Os filmes de terror que viram franquia sempre têm uma mesma linha mestra de roteiro. Vai ter uma mocinha destemida, alguns caras que invocam o mal, e, no caso de Hellraiser, tem o famoso Pinhead, líder dos cenobitas.
Este terceiro filme da saga Hellraiser foi dirigido por Anthony Hickox, tendo o diretor do filme anterior, Tony Randel, atuado como corroteirista. No elenco, saem os inexpressivos atores dos duas primeiras películas, entrando pessoas mais convincentes nos seus papéis, como é o caso de Terry Farrell, que interpreta a repórter Joey Summerskill. Fora Pinhead, que continua sendo interpretado por Doug Bradley, há uma aparição rápida de Kirsty, personagem principal dos dois primeiros filmes.
Joey presencia a chegada de um ferido com correntes penduradas no corpo no hospital onde fazia a gravação de uma reportagem, e vê a pele do ferido se soltar do corpo. Com o homem, chegou uma mulher que logo saiu correndo, mas Joey consegue saber onde encontrá-la, partindo para o bar Caldeira, onde Pinhead está preso em uma torre de pedra, conforme vimos no final do segundo filme. Gotas de sangue caem na tal torre, despertando o monstro, que faz um pacto com o dono do bar para se alimentar de outras pessoas até conseguir se libertar daquela prisão. Joey, por meio de sonhos, recebe a forma humana de Pinhead, que a orienta como levar o monstro para sua dimensão, onde ele se encarregaria de destrui-lo. Joey, com o cubo nas mãos, será perseguida por novos monstros, criados por Pinhead, até o final do filme.
Desta vez, parece que havia mais recursos que nos dois primeiros filmes, pois os efeitos especiais são muito convincentes, mas é a maquiagem que se destaca, especialmente com a caracterização dos monstros. Não se menciona mais cenobitas, simplesmente são monstros. O roteiro é lotado de falhas, de buracos, pois muita coisa deixa de ser explicada, mas o mais bizarro são os erros de continuidade. Em uma das cenas finais, Joey, com o cubo em uma das mãos, está fugindo dos monstros, quando há um corte, ela aparece sem o cubo, outro corte, está com o cubo, mais um corte, e, novamente, sem o cubo nas mãos. Pode passar batido, pois o foco fica na correria de Joey pelas ruas da cidade e nas explosões, mas um olhar mais atento percebe esse erro.
Diverte.
Disponível no Prime Vídeo.
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