Angela Childs trabalha remotamente para uma empresa de tecnologia, corrigindo os erros de Kimi, uma inteligência artificial nos moldes de Alexa e de Siri. Ela sofre de agorafobia, que foi agravada durante o lock down imposto pela pandemia causada pelo novo coronavírus. Ela se relaciona com um vizinho do prédio da frente utilizando mensagens, via celular. O vizinho frequenta sua casa de vez em quando, quando têm sexo. Durante uma escuta de um áudio a ser corrigido, Angela descobre um possível crime, tentando comunicar aos seus superiores o fato, mas eles não lhe dão muita bola. A partir de então, ela vai enfrentar seus medos para tentar desvendar o mistério, correndo sérios perigos. Final coerente com a trama, mas previsível.
Sorderbergh é um diretor que gosto muito. Kimi, seu mais novo filme, aborda temas muito atuais, como a agorafobia (outro filme recente trata deste mesmo transtorno de ansiedade, como Uma Mulher na Janela), pois Angela Childs tem pânico só de pensar em sair de casa. E toda forma de pânico foi agravada no período de enclausuramento por causa da pandemia, o que também o filme retrata, afinal, a trama se passa em um período pós pandemia, quando as pessoas ainda usam máscaras de proteção. O trabalho remoto, especialmente o ligado à tecnologia é outro ponto tratado no roteiro. O que mais me chamou a atenção destes temas atuais é o total controle que as grandes corporações de tecnologia (Google, Metaverso, Apple, Amazon, companhias telefônicas e de transmissão de dados) possuem em relação aos clientes. Tudo é gravado, sempre tem alguém escutando, tudo está arquivado. Mostra, ainda, que um hacker, de qualquer parte do mundo, pode acessar nossos dados nos computadores de armazenamento destas empresas. É assustador. Mas seguimos usando nossos celulares. Vida que segue.
Nota: 07 (sete).
Disponível no HBO Max.
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