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quinta-feira, 17 de março de 2022

HELLRAISER: RENASCIDO DO INFERNO (HELLRAISER)


Hellraiser: Renascido do Inferno
(Hellraiser), 1987, 94 minutos.

Terror escrito e dirigido por Clive Barker a partir de um conto de sua própria autoria. Inaugurou uma franquia longeva, já com dez filmes ao todo. Na esteira dos grandes sucessos de público da década de 1980, iniciado com o clássico Halloween (1978), Barker introduz mais um personagem na galeria dos ícones do terror: Pinhead, que se juntou a Michael Myers (Halloween), Jason Voorhees (Sexta Feira 13), Freddy Krueger (A Hora do Pesadelo) e Leatherface (O Massacre da Serra Elétrica).

Embora esteja no subgênero slasher, Hellraiser também foi inovador ao trazer os cenobitas, vilões que não perseguem as suas vítimas, mas são evocados por elas em um ritual de magia negra utilizando um cubo cuja manipulação lembra o famoso cubo mágico lançado nos anos 1970. Assim, eles deixam de aparecer nas ruas, com alguma ferramenta/instrumento cortante nas mãos, para sempre estarem em um espaço fechado ao redor da vítima.

A trama: um casal se muda para um sobrado onde tinha vivido o irmão do marido, que estava desaparecido. Júlia, a mulher, primeiro resistente à mudança, ao descobrir o paradeiro do cunhado, que fora seu amante no passado, não só gosta da ideia de fixar residência ali, como vai ajudar o cunhado a voltar à forma humana, levando homens, matando-os para ele beber o sangue e ir retornando à sua forma física. A enteada não gosta da mulher de seu pai, motivo pelo qual não mora no sobrado. É ela que vai desvendar o mistério, se colocando em real perigo, tanto em relação aos cenobitas, quanto a seu tio.

O roteiro é fraco, apresentando muitos personagens que aparecem e desaparecem sem contribuir para a história. A performance dos atores principais também não ajuda, pois é sofrível, especialmente Claire Higgins, que interpreta Julia. Seu figurino e seu cabelo sempre montado com laquê atrapalham a composição da personagem, que é lasciva (o cabelo está sempre fixo, imóvel, em qualquer cena). No último terço do filme, a história acelera, como se a grana da produção tivesse chegado ao fim.

Mas com todos estes defeitos, enquanto terror, o filme prende a atenção. O gore, ou seja, a quantidade de sangue presente nas cenas, chama a atenção. Méritos também para os efeitos especiais, escorados na maquiagem, principalmente, e na trilha sonora, que deixa o espectador tenso. O mais impactante do filme são os cenobitas, liderados por Pinhead (Doug Bradley), uma turma de monstros que cultua o prazer a partir da dor. As sessões de tortura com ganchos e correntes são assustadoras. A composição destes monges do sadomasoquismo é muito boa, quando foram usados muito látex e maquiagem.

Disponível no Prime Vídeo, Looke, Mubi e Pluto TV (este último é gratuito).


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