Pesquisar este blog

quarta-feira, 9 de março de 2022

ARGENTINA - DIA 11 - CCK E PUERTO MADERO, BUENOS AIRES


"Esfera Azul", 2015, de Julio Le Parc

12/01/2022
(quarta-feira) - nem bem acordo e o calor já estava sufocante do lado de fora. Novamente café da manhã no hotel. Durante o café, comentei com os demais que estava preocupado em fazer o exame RT-PCR na sexta-feira, pois tinha lido que o volume de pessoas fazendo exame era muito grande, motivando atrasos na entrega dos resultados. Na mesma matéria, li que havia postos extras para exame em vários pontos da cidade para os quais não havia agendamento, bastava chegar e enfrentar a fila para colher o material do exame. O mais próximo do hotel estava nas dependências do Teatro Colón, que fica a uns 800 metros de onde estávamos. Decidimos, em uníssono, fazer o exame na quinta-feira. Para evitar dores de cabeça, mantivemos a agenda da sexta-feira no La Rural, mas mudaríamos o exame para antígeno, pois o seu resultado sairia entre 12 e 24 horas.

O calor e o cansaço da viagem após 10 dias nos fizeram enrolar bastante para sair. E o fizemos em hora errada, pois deixamos o hotel às 13:00 horas, no auge do calor e da sensação térmica batendo os 38º C. Nosso destino era o Centro Cultural Kirchner, conhecido como CCK. Fomos caminhando, parando na Plaza 25 de Mayo para tirar fotos, entramos na Catedral, mais fotos, e seguimos em frente. Chegamos na porta do CCK por volta de 13:30 horas. Ainda estava fechado. Seu horário de abertura é às 14:00 horas. Aproveitamos para conhecer as estátuas que ficam na esplanada em frente ao centro cultural.

O prédio era sede da empresa de correios da Argentina, tendo se transformado em centro cultural no governo de Cristina Kirchner. Ele foi batizado de Centro Cultural Kirchner em homenagem ao marido  de Cristina, Nestor, então falecido, que havia governado o país antes dela.


Fachada do CCK

O CCK abriu às 14:05 horas. Tinha uma dezena de pessoas para entrar. Fizemos fila para passar no balcão para fazer nosso registro. Uma visita guiada estava programada para às 15:00 horas. Era muito tempo para esperar. Resolvemos fazer a visita aos espaços expositivos do CCK por nossa conta.

Fizemos a visita de baixo para cima. Fomos pelas escadas rolantes. Sempre no meio do edifício uma estrutura me chamava a atenção, era o auditório batizado de Balena Azul, por seu formato remeter a forma de uma baleia. Infelizmente, somente no tour da visita guiada é permitida a entrada, ou se você tem um ingresso para os espetáculos que lá acontecem.

Outro destaque do local é a Esfera Azul, obra de Julio Le Parc, feita de acrílico, que fica pendurada no centro do hall principal. Sua cor azul, seu brilho e sua modernidade contrastam com a arquitetura antiga do edifício, mas esses elementos se completam de forma harmónica, tipo a Pirâmide do Louvre com o prédio que abriga o museu.


"Tatuadx", 2019, de Ana Clara Soler

Também destaco a grande luminária, dentro da qual há dois níveis de espaço expositivo onde estava em cartaz a mostra Premio Adquisición de Artes Visuales 8M, Edición 2021. Arte contemporânea. Algumas eu gostei, mas a maioria não teria em casa.

Ainda passamos pela Sala Evita, uma espécie de museu com objetos de Eva Perón. Para entrar na sala, tivemos que chamar alguém para abri-la, pois tinham esquecido de fazê-lo.

Quando terminamos nosso tour, vimos a turma da visita guiada começar a andar. Eram 15:30 horas. A fome berrava. Puerto Madero estava a poucos metros. Fomos para lá almoçar, escolhendo o Johnny B. Good, uma hamburgueria decorada com motivos de rock.


Restaurante
: Johnny B. Good
.

Endereço: Avenida Alicia Moreau de Justo, 740, Puerto Madero, Buenos Aires, CABA, Argentina.

Instagram: @jbgpuertomadero

Data: 12/01/2022 (quarta-feira) - almoço.

Especialidade: grill e sanduíches.

Minha nota: 3 (três).

Tempo no local: 1 hora e 15 minutos.

Valor pago: ARS 2.547,00, com cartão de crédito (R$ 157,23 na conversão do cartão, já incluído o IOF). Valor para duas pessoas (eu e Gastón).

Ambienteocupa um ampla loja na ponta de uma das docas de tijolinhos avermelhados de Puerto Madero. Há mesas do lado externo e um ambiente interno bem grande, com vários tipos de mesas e cadeiras. A decoração remete ao rock, é escura. Tem um balcão para quem quiser somente tomar drinques, pois a casa funciona como bar, sendo muito movimentada no período da noite. Música alta. Vidraças grandes garantem a entrada de boa luz durante o dia.

Serviço: ruim. Quando chegamos, havia duas empregadas no totem de recepção, mas nenhuma delas nos dirigiu a palavra. Entramos, andamos pelo espaço, que estava vazio, com poucas mesas ocupadas no lado onde a luz externa entrava com mais intensidade. Foi lá que nos acomodamos em uma mesa de madeira, que estava suja. A garçonete veio, entregou os cardápios, limpou a mesa e se postou ao lado em situação constrangedora para nos apressar a escolher. Depois que fizemos os pedidos, ela foi lançá-los no sistema, retornando com a conta, alegando que estava na hora dela largar o serviço. Obviamente que falamos que só pagaríamos depois de terminar o almoço. A cara de poucos amigos que ela fez foi imediata. A comida demorou a chegar, mesmo com pouca gente no recinto. A garçonete não nos atendeu mais. Um garçom, bem mais simpático, foi o responsável pelo atendimento até o final.

A experiência: para beber, duas latas de Coca Cola sem açúcar, uma para mim e outra para Gastón. Para comer, eu pedi um hamburger house e Gastón um sanduiche ternera. Ambos vieram acompanhados por fritas. Eu não gostei do meu pão. Estava com gosto de velho, mesmo tendo sido passado na chapa. A carne estava bem cozida, mas não me agradou  no paladar. As batatas, como está nítido na foto que ilustra esta postagem, estavam com aspecto feio, escuras e murchas.


Terminado o almoço, caminhamos pela região de Puerto Madero, mas o calor era quase sufocante. Uma volta em uma doca já foi o suficiente para suar em bicas. Retornamos para o hotel, também a pé, onde ficamos até 21:15 horas.

Sem planos para jantar, e sem vontade de pegar transporte público ou privado, caminhamos do hotel até a Avenida 8 de Julio, onde paramos no restaurante La Tierra. Ele fica em uma esquina, dentro de um hotel, com entrada separada. Entramos, sentamos, vimos o cardápio, que era muito enxuto, esperamos, esperamos, esperamos e nada de algum garçom nos atender. Saímos, indo em direção à Avenida Corrientes, onde existem muitos restaurantes. Mas nenhum agradava a Emi. Caminhamos horrores. Gastón lembrou de uma indicação dos amigos argentinos, que ficava perto. Era o bar Los Galgos. Aí jantamos.

Restaurante: Los Galgos Bar.

Endereço: Avenida Callao, 501, Buenos Aires, CABA, Argentina.

Instagram: @losgalgosbar

Data: 12/01/2022 (quarta-feira) - jantar.

Especialidade: gastronomia argentina clássica.

Curiosidade: é um clássico da região central de Buenos Aires, classificado como bar notável. A casa é especializada em drinques com Vermut.

Minha nota: 7 (sete).

Tempo no local: 1 hora e 25 minutos.

Valor pago: ARS 2.490,00, com cartão de crédito (R$ 151,28 na conversão do cartão, já incluído o IOF). Valor para duas pessoas (eu e Gastón). Deixamos ARS 250 (R$ 7,14) de gorjeta.

Ambienteocupa uma loja de esquina. Salão interno com mesas bem coladas umas nas outras. Balcão grande ao fundo, em frente à porta de entrada. Mesas e cadeiras de madeira, que são confortáveis. Não há tolhas cobrindo as mesas. Iluminação com tons amarelados, dando um ar que o local é antigo, e de fato o é. Há um bar no segundo piso, mas não conhecemos, pois já tinha terminado o happy hour quando chegamos para comer e não havia como acessar o ambiente.

Serviço: como o bar é notável, o serviço é muito bom, com garçons experientes, sabendo tratar bem o cliente. Há pessoas que devem frequentar muito o bar, pois os garçons as conhecem pelos nomes. Cardápio extenso, com muitas iguarias da gastronomia argentina. Muitas opções de petiscos para compartilhar. Nossos pedidos chegaram bem rápido à mesa. Não cobraram cubiertos.

A experiência: eu e Gastón compartilhamos tudo que pedimos: garrafa de 500 ml de água com gás (ARS 250,00), um sifão de 1 litro de água gaseificada, que eles chamam de soda (ARS 90,00), uma porção de buñuelos de acelga (ARS 650,00). Vieram nove bolinhos com massa escura, acompanhados por uma maionese de alho. Aparência não muito convidativa, mas muito saborosos, com tempero delicioso. Poe dentro, assume uma coloração esverdeada por causa da acelga. Preferi comer sem a maionese. Depois chegou o revuelto de gramacho  clásico (ARS 890,00). Também a sua aparência não ajudava, mas, novamente, o sabor era sensacional. Ovos mexidos com cebola, presunto, ervas, queijo, levemente gratinado, cobertos com uma porção de batata palha. Para terminar, dividimos um flan 12 huevos (ARS 520,00), que veio com uma cobertura de doce de leite. Achei bom na primeira colherada, mas depois enjoei, pois estava muito doce.

Retornamos a pé para o hotel. Já passavam de 23:30 horas e o calor ainda reinava absoluto.

Meia noite em ponto e eu entrava no quarto. Hora de descansar.

Continua...

Nenhum comentário:

Postar um comentário