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quinta-feira, 4 de junho de 2009

DIA LINDO, DIA DE TRABALHO

Rio de Janeiro, 04 de junho de 2009. Dia lindo, não faz calor. Pena que estou a trabalho. Escrevo este post no intervalo do simpósio do qual participo. Minha fala será no meio da tarde, quando dividirei a mesa com quatro mulheres. Detalhe, das quatro, três já cansei de ouvir falar em outros eventos. Mais do mesmo, com certeza. Será que ninguém para para pensar sobre a eficácia destes eventos. Neste intervalo, fico me questionando porque temos uma compulsão de realizar eventos regularmente sobre um mesmo tema, sempre nas mesmas cidades. O público alvo é o mesmo e os convidados como palestrantes também são os mesmos. Seria mais interessante concentrar esforços em locais onde tais eventos nunca acontecem, quando o público será outro, até mesmo pela novidade de a cidade estar recebendo um seminário, uma oficina de trabalho ou qualquer que seja o nome que se queira dar. Outro fato que observo aqui é o entra e sai no decorrer das exposições das pessoas que se inscreveram no seminário. E, ao final, dependendo da capacidade de transmitir do palestrante ou da maneira que o indefectível power point é apresentado, a sala termina com cerca de trinta por cento de ouvintes em relação ao início da fala. E se a exposição ocorre no final do dia, já computados todos os atrasos certeiros, o percentual costuma ser menor ainda. Quem fala tem que ter uma capacidade fenomenal de se reinventar e prender a atenção da plateia. Creio que estou aprendendo captar a atenção, pois, recentemente, participei de um evento com participação de 130 pessoas. Durante minha exposição, de uma hora, seguida de debate, apenas uma pessoa saiu da sala, mas voltou logo com um copo de água. Falei, andei, coloquei o power point (era obrigatório), perguntei, instiguei a plateia a se manifestar, dei exemplos pessoais, contei amenidades e gesticulei muito (isto faz parte de meu ser). Duas semanas depois, todos os palestrantes foram reunidos para recebermos as considerações dos participantes, já que teremos mais duas turmas pela frente. Fiquei até constrangido, pois fui o único que não teve nenhum ponto negativo destacado pelos participantes e fui avaliado com 92% de aprovação (59% excelente e 33% bom). O que chegou mais perto da minha avaliação, obteve 41% de aprovação. Fiquei lisonjeado, mas preocupado, pois a necessidade de ser criativo é cada vez mais gritante e temo que um dia fique travado e seja um desastre.
Vou voltar para o simpósio.

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