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sábado, 6 de junho de 2009

NASCIMENTO DE UMA NAÇÃO


Sábado, acordo tarde e resolvo não sair antes do almoço. Como sempre carrego comigo alguns filmes, coloquei o filme Nascimento de Uma Nação (The Birth of A Nation), produção americana de 1915, dirigida por D.W. Griffith. Filme mudo com 187 minutos e que fez furor na época de seu lançamento. Já tinha visto antes e achei muito racista. Revendo hoje, fico mais convicto de que o filme realmente é racista e promove a organização ultra-conservadora Ku Klux Klan, afirmando, inclusive, que ela foi a grande responsável pelo restabelecimento da paz nos Estados Unidos. Os negros são todos representados de forma caricatural, com alguns atores brancos sendo pintados de preto para representá-los. Nunca vi tanta cena com efeitos manipuladores (à época deve ter surtido efeito), como as expressões femininas e de crianças sofrendo com as "atrocidades" praticadas pelos negros com direitos civis recém garantidos. Triste saber que um filme destes sempre consta da lista de filmes obrigatórios de se ver e de listas dos melhores filmes já realizados. Abstraindo da questão moral e racista (o que é difícil de se fazer), há cenas muito bem enquadradas e filmadas, especialmente as de batalha e a cavalgada dos integrantes da KKK. Como todo filme mudo, a interpretação das atrizes é excessiva (prefiro a palavra em inglês - over - para definir este tipo de interpretação). Algumas atrizes interpretam além do excessivo e seus gestos, embora em cenas dramáticas, fazem rir quem hoje assiste a este filme.

Lillian Gish, que interpreta Elsie Stoneman, a heroína do norte, está lindíssima. O ator Ralph Lewis, que faz o papel de seu pai, é a cara do Gene Simons, vocalista da banda Kiss.

Enfim, um filme para ser visto tão somente por aqueles que gostam de cinema e querem conhecer o filme que deu a Griffith o título de pai do cinema.

2 comentários:

  1. Cê acredita que não vi esse filme até hoje???
    Não se aflija não porque a maioria dos críticos apontam esse racismo do filme. A importância do filme está essencialmente na questão do modelo inaugural da montagem.
    bjs

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  2. Como cinéfilo, creio que você tem obrigação de ver. Não me aflijo, mas acho o filme Intolerância, do mesmo diretor, melhor. Não gosto destes racismos escancarados.

    Bjs.

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