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sábado, 20 de junho de 2009

PÁSSARO DA NOITE



Conforme já havia postado, comprei três entradas para a peça "Pássaro da Noite". Eu, meu pai e minha mãe chegamos à Sala Martins Penna do Teatro Nacional Cláudio Santoro com meia hora de antecedência. Difícil encontrar local para estacionar, já que no mesmo horário havia outro espetáculo na Sala Villa Lobos, no mesmo teatro.

Na entrada, ganhamos uma necessaire da Drogaria Rosário, uma das patrocinadoras da peça.

Texto de José Antônio de Souza e direção de Marcus Alvisi, a peça é um monólogo com Luana Piovani, que ficou quatro meses em cartaz no Rio de Janeiro. Como toda peça com ator conhecido que chega a Brasília, a sala estava bem cheia. Quinze minutos de atraso e começa o espetáculo. Não há nenhum cenário. O tablado é nu. Apenas Luana, com variações de luz e muita movimentação no espaço cênico. O figurino é todo em tom pastel, numa variação do bege ao marrom escuro e valoriza o corpo da atriz e se relaciona com o texto, cheio de melancolia e desespero. Com alguma pitada de sua vida pessoal, escancarada em jornais e revistas, Luana despeja na plateia setenta minutos de texto, mostrando um desespero por estar só e perdida em algum lugar, mas não se sabe onde. Apenas sabemos que é noite de sexta-feira e houve uma festa antes. Neste intervalo temporal, a personagem volta ao passado, lembra de sua infância, da adolescência, de amores e trepadas, não seguindo uma ordem cronológica para tais lembranças. Há certos momentos que o texto incomoda a plateia, em sua maioria pessoas maduras, pois Luana diz muita sacanagem e palavras xulas. Faz parte do contexto. Ela passa rapidamente de partes cômicas para dramáticas e tira algumas peças da sua roupa ao longo do espetáculo, deixando à mostra, apenas com um tecido transparente em cima, seus seios. Ao final, a plateia aplaude protocolarmente, sem muito entusiasmo. Quando ela volta em cena para os agradecimentos, rola uma certa empatia e os aplausos são mais enfáticos, mas nem todos ficam de pé para aplaudí-la. Realmente o texto não foi feito para agradar a todos. Luana mostra que está evoluindo e fez bem em apostar no teatro adulto depois do sucesso com a peça infantil baseada na obra O Pequeno Príncipe, de Saint-Exupery.

Para mim, ela foi ousada e merece os parabéns por isto.

Gostei da peça, embora não tenha achado sensacional. Vale a pena ver. Além do mais, Luana está, como sempre, exuberante.

Quanto a meus pais, não gostaram da peça. Meu pai disse que está todo mundo louco. Como falei, o texto não foi feito para agradar a todos.



Ao sair, terminamos a noite comendo uma pizza na Valentina Pizzaria (SCLN 214, Bloco A, lojas 9/11, Asa Norte).

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