Cheguei de João Pessoa, onde estava a trabalho, na sexta-feira já no final da tarde. Resolvi seguir do aeroporto direto para o CasaPark Shopping, onde comprei ingresso (R$ 10,00) para conferir o blockbuster Battleship - Batalha dos Mares (Battleship - Estados Unidos, 2012). O filme está em cartaz na sala 3 do confortável e bonito Espaço Itaú de Cinema. Sessão de 18:30 horas. Lugar marcado na bilheteria. Sala com pouco público. Fiquei interessado no filme quando vi o seu trailer. Ao final dos 131 minutos de projeção, preferi mil vezes o trailer. O filme é dirigido por Peter Berg e tem no elenco, entre outros, Liam Neeson (Shane), Taylor Kitsch (Alex Hopper), Alexander Skarsgard (Stone Hopper), Brooklyn Decker (Sam) e Rihanna (Raikes). Engenheiros da NASA enviam um sinal ao espaço com o objetivo de fazer comunicação com o Planeta G, que tem semelhanças com a Terra. O sinal é recebido, com os alienígenas enviando cinco naves ao nosso planeta, com objetivos não muito amistosos. Uma nave bate em um satélite e se espatifa nos mares de Hong Kong, destruindo um dos muitos arranha-céus da cidade, em cena que lembrou os ataques do 11 de setembro de 2001 no World Trade Center, incluindo a corrida desesperada dos cidadãos nas ruas perto do prédio atingido, com direito à mesma nuvem de pó que ocorreu naquele atentado. As quatro outras espaçonaves pousam no oceano, perto de Pearl Habour, no Havaí, onde aconteciam as manobras dos jogos da marinha com participação de navios e tripulação de uma dezena de países banhados pelo Pacífico. Antes de dar início aos jogos, veteranos de guerra da marinha americana são homenageados a bordo de um encouraçado que virou museu. Na tripulação, um tenente atrapalhado, apaixonado pela filha do almirante, que, por sua vez, não gosta do jovem. Ele tem um irmão na marinha que é seu oposto, cheio de virtudes e admiração dos colegas. A mocinha é fisioterapeuta da marinha e recebe um paciente, veterano de guerra, sem as duas pernas que perdeu a vontade de viver (é claro que os dois serão peça fundamental na vitória americana sobre os aliens). Assim, cheio de clichês, incluindo a participação dos velhinhos e do encouraçado na batalha contra os ets, se desenrola o filme. Sofrível é a palavra que vem a minha cabeça para descrever esta película. Os efeitos especiais são bons, mas não seguram a história. Fiquei me perguntando o que Liam Neeson está fazendo no filme, pois está totalmente desperdiçado. Kitsch e Decker não conseguem ser carismáticos para conquistar a plateia como o casal de mocinhos da história. Skarsgard está apagado, com participação curta, não lembrando, nem de longe, sua interpretação sensual para o vampiro Eric da série True Blood. Rihanna não muda a expressão facial, sendo a mesma desde a primeira tomada. O próprio diretor chegou a dizer, em entrevista realizada em Cartagena, Colômbia, quando do lançamento mundial do filme, que ela foi muito esforçada. Esforçada, neste caso, pode ser entendido como uma interpretação pífia. É melhor continuar sua carreira vitoriosa de cantora pop. O jogo Batalha Naval, seja o da Hasbro ou nos blocos de papel, no qual o filme foi inspirado, diverte muito mais do que esta versão para os cinemas.
filme
Nenhum comentário:
Postar um comentário