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sábado, 12 de maio de 2012

PRISCILLA, RAINHA DO DESERTO - O MUSICAL

Depois de ver A Família Addams na noite de sábado em São Paulo, eu e meus amigos fomos na matinê de domingo, sessão das 16 horas, conferir a versão brasileira do musical Priscilla, Rainha do Deserto, em cartaz no Teatro Bradesco, Shopping Bourbon. O ingresso para a platéia vip, incluindo as taxas, e com desconto por ter utilizado o cartão de crédito Bradesco, custou R$ 221,50. Ficamos em área central, com visão total do palco. O teatro não lotou, mas tinha um bom público, acima de 2/3 da capacidade. Dividido em dois atos, o musical dura pouco mais do que duas horas. É baseado no famoso filme Priscilla, A Rainha do Deserto, com texto de Stephan Elliott & Allan Scott. A versão brasileira ficou sob a responsabilidade de Flávio Marinho, com direção de Tânia Nardini. A história é a mesma. Três gays saem de Sidney em direção à Alice, uma cidade no interior da Austrália, onde um cassino os contratou para alguns shows. Eles compram um ônibus (o Priscilla do título) para fazer a viagem. Com objetivos distintos, os três se aventuram pelo deserto e por cidades pequenas até chegar ao seu destino. É uma ode à amizade, contra a intolerância e o desrespeito, tudo contado de forma leve e alegre, mesmo tendo situações tristes. Diferente do filme, quando Felicia queria subir ao topo de uma montanha e cantar um medley das canções do Abba, no musical este medley é de Madonna. Houve uma redefinição da trilha sonora, muitas delas não presentes no filme. Esta atualização do repertório musical não prejudicou a história, possibilitando aos mais jovens uma melhor assimilação do contexto. Assim, além dos sucessos de Madonna (Material Girl, Holiday, Like A Virgin, True Colours, Like A Prayer), também foram incorporados ao musical hits de Tina Turner (Whats Love Got to Do With It), Cyndi Lauper (Girls Just Wanna Have Fun), entre outros. Os três protagonistas são atores que sempre participam de montagens musicais no Brasil: Luciano Andrey (Tick/Mitzi), Ruben Gabira (Bernadette) e André Torquato (Adam/Felicia). Todos estão ótimos, tanto na caracterização quanto na atuação. Dois conhecidos dos musicais brasileiros também dão as caras nesta montagem: Saulo Vasoncelos (Bob), que protagonizou O Fantasma da Ópera, tanto no México quanto no Brasil, e Simone Gutierrez (Diva), que protagonizou Hairspray em solo brasileiro. Ele tem uma participação menor, como o mecânico Bob, e pouco canta em cena. Já Simone é uma das três divas, quase sempre em aparições penduradas do teto, cantando a maior parte das canções do repertório do musical. Um diferencial de Priscilla é que a maioria das canções são interpretadas em sua versão original, em inglês. As músicas são tão conhecidas que seria realmente estranho se houvesse uma versão em português. Mesmo para quem não entende a língua, consegue acompanhar a história pelos ótimos diálogos. Outro ponto de destaque é o ônibus, um elemento fundamental no musical. O figurino é sensacional, com muito brilho, cor e adereços. Ri muito. Assim como na noite de sábado, o final da tarde de domingo foi muito divertido.



artes cênicas
musical

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