Aproveitei que meu irmão, sua esposa e meus dois sobrinhos eram meus hóspedes no último final de semana para levá-los ao Museu Nacional Honestino Guimarães onde esteve em cartaz até o último domingo a exposição Zeróis: Ziraldo na Tela Grande, com entrada franca. Os desenhos de Ziraldo fizeram parte de minha infância/adolescência, uma vez que adorava ler os gibis da Turma do Pererê, sua criação. Não só lia as histórias em quadrinhos, como também colecionava as revistas. Na medida em que cresci, fui conhecendo a outra faceta deste artista, o irônico, o sarcástico, o crítico, especialmente suas charges estampadas em jornais e revistas do Brasil. A exposição Zeróis mostra um lado que não conhecia de Ziraldo, seu lado pintor de telas grandes. No caso, ele misturou heróis conhecidos, como Batman, Super Homem, Mulher Maravilha, Fantasma, Tarzan e Capitão América, com pinturas famosas de grandes pintores da história da arte, como Salvador Dalí, Goya, Andy Warhol, Liechtenstein, Pablo Picasso e Velázquez. Assim, o conhecido retrato de Marylin Monroe repetido em cores diversas por Warhol, teve uma releitura de Ziraldo com o rosto da Mulher Maravilha e outra com o do Super Homem, por exemplo. Há outras pinturas originais, sem se basear em nenhuma obra de arte existente, como aquela na qual os heróis são retratados em idade avançada, com barriga, bengala, urinol, remédios, cadeira de balanço, cajado e com muitas rugas nos rostos. Divertido e mordaz ao mesmo tempo, chamando a nossa atenção que o tempo é inexorável para todos, mesmo na condição de heróis. Outra pintura interessante é o Super Homem negro, apropriadamente chamada Super Homem Afro-Americano. Além dos quadros expostos, duas vitrines montadas no meio do espaço expositivo, situado no mezanino do museu, mostravam esboços, desenhos originais, páginas dos gibis da Turma do Pererê, anotações do artista para melhorar seus desenhos e o hilário desenho de Tarzan pendurado em um cipó com a Jane pendurada em seu pênis (há o quadro em tamanho grande, mas ele não fazia parte da exposição). Podia tirar fotos sem flash, motivo pelo qual muitos faziam poses ao lado dos quadros. Registrei algumas delas conforme se pode ver abaixo. Gostei do que vi e meus sobrinhos se divertiram muito.
artes plásticas
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