SPARTACUS - SANGUE E AREIA

Comprei o DVD da primeira temporada da série de televisão Spartacus - Sangue e Areia (Spartacus - Blood & Sand). São treze episódios com cinquenta minutos, em média, cada um. Em quatro vezes, vi a temporada toda. Achei muito bom. Os efeitos visuais são diferentes de tudo que vemos na TV ou mesmo nos cinemas. Os produtores resolveram fazer a série como se fosse uma história em quadrinhos para adultos, priorizando tomadas em câmara lenta, especialmente quando o sangue jorra nas incontáveis lutas entre gladiadores que ocorre em toda a série. E quando o sangue jorra, o vermelho é muito vívido, visivelmente artificial, mas é assim de propósito, como os quadros das graphic novels, onde o exagero das imagens vale mais do que os diálogos nos balõezinhos. O criador da série é Steven S. DeKnight. Produção americana de 2010 da HBO, tem a maioria do elenco de atores australianos, incluindo o protagonista, Andy Whitfield (Spartacus), morto precocemente em 2011 vítima de um câncer. Seu principal rival entre os gladiadores é o gaulês Clixus, interpretado pelo também australiano Manu Bennett. A vilania é recorrente no filme, não estando nenhum personagem isento de fazer maldades. Spartacus é um guerreiro trácio cujo povo se une aos romanos para lutar contra inimigos comuns, mas logo são subjugados. Ele se rebela, mas é capturado e separado de sua esposa. Vendido como escravo para Batiatus (John Hannah), romano da região de Cápua, dono de um ludus, onde gladiadores são treinados para lutar na arena, algumas vezes até a morte, para delírio dos romanos. No início, ele resite em ser um escravo/gladiador, mas logo vê que sua única saída é aceitar esta nova condição, se transformando no grande campeão de Cápua, tirando o título do até então invencível Crixus. O objetivo principal de Spartacus é reencontrar sua esposa, também feita escrava. Para tanto, faz um acordo com Batiatus. Se ele trouxesse sua esposa de volta, lhe daria muitas vitórias na arena. Batiatus cumpre a promessa, mas a esposa chega morta. Até Spartacus descobrir que fora enganado, muita luta vai acontecer. O elenco feminino está ótimo, especialmente Lucy Lawless, que interpreta Lutrecia, a esposa de Batiatus, mas que gosta de transar com o gladiador Crixus, que, por sua vez, é apaixonado pela escrava de Lucretia, a bela Naevia (Lesley-Ann Brandt). Lucretia e Batiatus almejam um posto político e não medem esforços nem consequências para atingir tal objetivo, incluindo uma aproximação com Ilithyia (Viva Bianca), esposa do general Graber (Craig Parker), o responsável pela captura de Spartacus. Corrupção, vingança, traição, sacanagem, mortes, submundo, corpos esculturais (de homens e de mulheres), sexo, muito sexo, são ingredientes picantes presentes em todos os episódios. O nu frontal masculino e feminino é uma constante, reproduzindo o modo como os romanos encaravam a questão da sexualidade. Na história, há, inclusive, um casal homossexual entre os gladiadores, que convivem tranquilamente com a situação. Nesta série, ninguém pode confiar em ninguém. Gostei tanto que fiquei curioso e com vontade de ver a segunda temporada, ainda não disponível em DVD.

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