Sábado, dia 12 de maio, final de tarde. Estava sem vontade de sair. Escolhi um filme na estante para ver. Queria alguma coisa antiga e que ainda não conhecesse. A decisão foi por um filme em preto e branco, dirigido por Fritz Lang que recebeu o título em português de Um Retrato de Mulher (The Woman in The Window). Confesso que a versão brasileira para o título tem mais ligação com o roteiro do que o original. No elenco estão Edward G. Robinson, Joan Bennett e Raymond Massey. O professor Richard Wanley (Robinson) e dois amigos se encantam por um quadro na vitrine do clube que frequentam em New York. A pintura é de um retrato de uma mulher, desconhecida para eles, mas muito bonita. Wanley, ao sair do clube sozinho, conhece a misteriosa mulher retratada, Alice (Bennett), e acaba se envolvendo em uma trama complicada que envolve o assassinato do amante de Alice, um empresário muito rico, e todas as artimanhas dos dois para se livrar do corpo do homem e ficarem longe de possíveis suspeitas. Eles não contavam com a existência de um inescrupuloso segurança contratado pela empresa do amante para seguí-lo, que passa a chantagear Alice, pedindo dinheiro para manter o bico calado. Para piorar a situação, Frank Loler (Massey), um dos amigos de Wanley, é promotor, encarregado do caso, com uma mente rápida para tentar solucionar casos de homicídios. Ele leva o professor para ver como a polícia estava agindo para descobrir pistas sobre o assassino. Robinson e Bennett estão muito bem em seus papéis, dando veracidade aos fatos, especialmente nos momentos de grande aflição e ansiedade de seus personagens. Fritz Lang foi um grande diretor e consegue manter o suspense até o final da trama, com algumas interessantes reviravoltas e um final inesperado. Gostei também de ver os efeitos especiais utilizados na década de 1940, especialmente quando as cenas são dentro do carro em movimento. É claro que depois de ter contato com toda a tecnologia hoje existente, fica patético constatar que o carro está parado e o que se move é o cenário visto pelas suas janelas, mas, para a época, imagino que tais tomadas eram o melhor que havia em efeitos especiais. Boa diversão.
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