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quinta-feira, 17 de maio de 2012

ROXETTE

Meu revival dos anos oitenta continua. Fui ao show da dupla sueca Roxette na noite de terça-feira, 15 de maio, no Ginásio Nilson Nelson, em Brasília. Paguei R$ 140,00 para ficar na pista premium, local mais próximo do palco. Fui com um amigo. Chovia e fazia frio quando chegamos. Foi tranquilo estacionar o carro, assim como entrar. Estava tudo muito bem organizado. O ginásio não recebeu grande público. Havia muito espaço no setor premium, o que facilitou na hora de dançar quando das músicas mais conhecidas. O show começou com vinte minutos de atraso. O palco era simples, apenas com um pano colorido compondo o fundo, que foi retirado ao longo do show, mostrando um painel de luzes que formavam figuras geométricas. Quando as luzes se apagaram, a dupla e sua banda entraram no mesmo momento, tocando Dressed for Success, já atiçando o público, que gritava muito. Como em todos os shows recentes que fui em espaços grandes, uma infinidade de celulares e câmaras digitais foram levantados, com a plateia registrando tudo. A impressão que tenho é que a maioria não se importa muito em prestar atenção no show, mas sim registrar tudo para postar nas redes sociais, mostrando aos amigos que estavam presentes no ginásio. O sobe-levanta de máquinas e celulares foi uma constante durante todo o show. Fiz isto algumas vezes também. Voltando ao show, a segunda canção também foi um dos seus hits, Sleeping in My Car. Uma fã ensandecida ao meu lado gritava a cada início de uma nova música. Teve gente que saiu de perto de tanto que ela gritava "esta é minha música!". Um casal chegou a perguntar, ironicamente, se ela era a letrista das canções que a dupla cantava no palco. Marie Fredriksson estava toda de negro, com calça de couro e não se movimentou muito durante o show. Em algumas vezes bebeu algo quente de uma caneca. Per Gessle iniciou o show com uma camisa branca que foi trocada por outra de cor preta em um breve momento no qual Marie, muito ovacionada pelo público, teve um momento solo no palco, acompanhada apenas por um de seus músicos. Gessle tinha as unhas com esmalte escuro e jogou dezenas de palhetas para a plateia. Ele se movimentava muito no palco, conversava com o público e trocou de instrumento de corda várias vezes. A produção do espetáculo preparou a participação do público mais à frente em três momentos. Um pouco antes de começar o show, balões alaranjados com o nome da dupla em preto foram distribuídos para quem quisesse enchê-los. Quando da execução de uma das canções do álbum Travelling, o mais recente da dupla, a gostosa It's Possible, mais ou menos no meio do show, várias folhas em tamanho A4 foram levantadas pelo público encostado na grade de proteção que separava a pista do palco nas quais a palavra DO estava impressa em tinta preta. Era o do do do do do refrão. No terceiro momento, algo comum em shows de música pop, vários balões gigantes foram arremessados para o público que fazia-os girar para frente e para trás até que eram retidos por fãs mais espertos que queriam o balão como um souvenir daquele momento. Em determinadas canções, eu tinha dificuldades de entender o que Marie cantava, especialmente quando ela estava com o microfone virado para a esquerda do palco. Meu amigo achou que ela estava com problemas na voz, mas quando ela mantinha o microfone virado para o centro ou para a direita, sua voz soava potente e afinada. Perto do final, durante o sucesso Dangerous, Per Gessle apresentou a banda. Finalizou com o guitarrista que incendiou o ginásio ao executar o nosso Hino Nacional nas cordas de sua guitarra em ritmo acelerado, com o público cantando e batendo palmas. Uma bandeira brasileira foi jogada ao palco. O guitarrista a colocou nos ombros, para delírio dos presentes. Com uma hora e vinte minutos de música rolando, eles deixaram o palco, mas as luzes não se apagaram e não senti muito entusiasmo das pessoas ao meu redor para pedir o esperado bis, pois dois grandes hits ainda não tinha sido cantados. Eles retornaram para executarem grandes sucessos: Spending My Time, The Look, Listen to Your Heart, finalizando com Church of Your Heart. Foram muito aplaudidos no final. Pela expressão facial da dupla, eles saíram satisfeitos com a recepção do público de Brasília. Particularmente, o show foi aquém das minhas expectativas. Não fiquei tão empolgado com Roxette quanto fiquei ao ver o show de Duran Duran no mês de abril.



música

Um comentário:

  1. Só pra vc saber a vocalista do Roxette teve um câncer maligno no cérebro em 2002, foi diagnosticada com 5% de chance de sobrevivenica e ficou toda sequelada, por isso a falta de movimento no palco, é um milagre ela estar cantando ainda.

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