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domingo, 27 de maio de 2012

HOMENS DE PRETO 3

Foram necessários dez anos para um terceiro filme da série para cinema Homens de Preto (Men in Black) chegar às telonas. Homens de Preto 3 (Men in Black III) entrou em cartaz no circuito brasileiro na última sexta-feira, dia 25 de maio. No final da tarde da mesma sexta, já sem compromissos de trabalho que me levaram a Belo Horizonte, fui conferir o filme no Cinemark do Pátio Savassi Shopping. Apesar de não gostar, comprei entrada para a sessão em 3D, pagando meia entrada (R$ 12,50), por utilizar o cartão de crédito Bradesco. Óculos no rosto, vi todos os trailers que antecederam ao filme, rindo muito de A Era do Gelo 4. Homens de Preto 3 manteve o mesmo time principal dos dois primeiros filmes, ou seja, Steven Spielberg é o produtor, Barry Sonnenfeld é o diretor, Will Smith é o Agente J. e Tommy Lee Jones é o Agente K. A novidade é Josh Brolin vivendo o Agente K mais jovem, quando tinha 29 anos, em 1969, na época do lançamento da Apollo XI à Lua. O filme começa com a estonteante cantora/atriz Nicole Scherzinger, em uma roupa justíssima preta, carregando um bolo cor de rosa. O close no sapato de salto alto e sola vermelha não deixa dúvida se tratar de um Louboutin, indicando que o filme vai flertar com o universo luxo/pop o tempo inteiro. Tal cena inicial me fez lembrar a abertura da hilária série de TV Agente 86, com uma infinidade de portas se abrindo para a passagem do atrapalhado Maxwell Smart (Don Adams). A mulher fatal está fazendo uma visita ao prisioneiro Boris, O Animal (Jemaine Clemant), um blogodita de alta periculosidade, vilão da história, trancafiado em uma cela na prisão de segurança máxima construída na Lua. Ele escapa, com direito a um salto na superfície lunar igual ao do primeiro homem a pisar por lá, nos idos de 1969. Os agentes J. e K. continuam os mesmos, com J. falando muito e K. sempre com cara de poucos amigos. Bóris volta à New York com a intenção de pegar uma máquina de viagem no tempo para voltar em 1969, em Cabo Canaveral, Flórida, quando do lançamento da Apollo XI, para acertar as contas com K., que tinha arrancado seu braço esquerdo. A intenção de Boris é matar K., alterando profundamente o curso da história, permitindo que a Terra fosse invadida e destruída por blogoditas (uma alusão aos blogs que proliferam aos montes na internet?). Logicamente que J. tem que voltar no tempo para impedir que Boris mate K. Josh Brolin dá um show como o jovem Agente K., mantendo os mesmos cacoetes que Tommy Lee Jones imprimiu na personagem. O filme é superior à segunda parte da série, mas me pareceu datado, sem muita novidade quanto aos alienígenas. Alguns pontos são esclarecidos como a paixão de K. pela Agente O. (Emma Thompson nos dias atuais e Alice Eve em 1969), e os motivos de tanta dedicação de K. por J. Emma Thompson está desperdiçada e muito caricata (sua primeira fala é um amontoado de uivos e grunhidos). Smith é o mesmo eterno meninão, sem novidades na interpretação e Lee Jones está sem brilho. Brolin, Clemant e Bill Hader, que interpreta Andy Warhol, são os pontos altos no quesito interpretação. Por falar em Warhol, foi muito boa a ideia de colocar a Factory, sua casa frequentada por modelos, celebridades e anônimos nos anos 60/70, como um ponto de encontro de alienígenas, incluindo todas as modelos (há uma fala de Smith que deixa isto claro). Barry Sonnenfeld resolveu também dar as caras no filme, como um autêntico marido americano, acompanhado de sua esposa, com roupas coloridas e muito laquê no cabelo, assistindo pela televisão o homem indo à Lua. Antes de sua estreia, já tinha lido que algumas celebridades apareceriam no filme como alienígenas. Assim, assistir a Homens de Preto 3 pode ser também um jogo, uma espécie de Onde Está Wally?, quando podemos tentar identificar Lady Gaga, Justin Bieber ou Tim Burton. Confesso que consegui distinguir apenas Lady Gaga (aparece de peruca azul em um monitor de vídeo na agência onde trabalham J. e K.). E para quem é fã de Frank, o cachorro falante da raça pug que dominou o segundo filme da trilogia, ele não integra o elenco desta vez, mas uma foto gigante dele, em preto e branco, decora o quarto da casa de J. Enfim, é uma boa diversão. E saí da sala de projeção sem dor de cabeça. Acho que os óculos da rede Cinemark não me causam as dores fortes que os aparelhos de outras redes de cinema me provocam.

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