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domingo, 15 de dezembro de 2013

MERCADO ÍNDIO

Pegamos dois táxis na porta do restaurante Pescados Capitales (Avenida La Mar, 1.337, Miraflores) em direção à rua onde ficam os mercados de artesanato peruano. No primeiro carro foram Telma, Paula e Valéria. Eu, LH e Karina esperamos mais um pouco até que uma SUV encostou. Era um táxi sem identificação, mas com credencial do restaurante. O taxista quis nos cobrar s/. 20, alegando que o carro era blindado e seguro. Negociamos o preço, argumentando que nossas amigas tinham saído naquele instante para o mesmo local e pagariam s/. 10, até ele concordar em fazer por s/. 15. Fiquei a pensar quem me provava que o carro era blindado e qual seria a minha necessidade de andar em um carro com tal característica. O trânsito fluiu bem. Ele nos deixou na esquina da Calle General Vidal Flores com Calle Suarez, onde havia uma entrada para o Mercado Indio. Demos uma volta. Não era o que eu conhecia e nem achamos as que foram na frente. O mercado estava vazio, com os vendedores nos chamando para ver seus produtos. Resolvemos sair para a rua principal, a Avenida Petit Thouars, onde há outros mercados e shoppings que vendem artesanato e artigos de prata, muito apreciados pelos turistas por causa da qualidade e dos preços. Reconheci a rua, apontando para a esquerda, onde estava o mercado maior, o que eu tinha estado da outra vez em que visitei Lima. Enquanto andávamos, recebi um SMS de Telma informando que elas estavam no Miraflores Indian Market (Avenida Petit Thouars, 5.321). Era para onde estávamos indo. Este mercado é bem maior, com corredores em várias direções cheio de lojas com os produtos típicos do Peru. Assim, vimos muita prataria, artigos de cerâmica, com destaque para as peças natalinas, já que a época favorecia as vendas destes produtos, instrumentos musicais de madeira, daqueles que a gente vê quando topamos com peruanos tocando El Condor Pasa em ruas das maiores cidades do mundo, tecidos coloridos, souvenir com alguns símbolos peruanos, como a lhama e o touro com chifres dourados, chamado torito de pukara, além de camisetas, chaveiros, marcadores de livros, badges para mochilas, imãs, entre outros itens. Eu não tenho muita paciência para rodar e pesquisar preços, ainda mais que tudo me parecia mais do mesmo, até os vendedores. Dei duas voltas completas pelos corredores, comprei um avental com um desenho de uma receita de ceviche e três velas decoradas, típicas de Cusco. Karina também decidiu rapidamente suas compras. Confesso que artesanato custa a me chamar a atenção. Tem que ser muito diferente e original. Como tudo ali parecia ser produzido em série, perdi o interesse rapidamente. LH e Paula também fizeram suas compras. Nós quatros ficamos um bom tempo na praça central do centro de artesanato aguardando Telma e Valéria, que tinham desaparecido entre as lojas. LH tentou achá-las, indo até nos outros centros comerciais vizinhos, mas não as encontrou. Esperamos mais um tempo. Em uma última tentativa e já com o dia terminando, LH encontrou as duas em uma loja de artigos de prata. Comunicou a elas que estávamos indo embora para o hotel, que não ficava distante do mercado. Resolvemos ir a pé. Saímos para a direita, na própria Avenida Petit Thouars, caminhando até a movimentada Avenida Angamos Este, onde viramos à esquerda. Em um quarteirão, ao atravessar a Avenida Arequipa, ela troca de nome para Avenida Angamos Oeste. Caminhamos sem pressa por esta via até a Avenida Comandante Espinar, onde viramos à direita, para andar duas quadras, alcançando a Plaza Agustín Gutierrez, onde há uma série de restaurantes de rede conhecidos como TGI's Friday, Chilli's, Starbucks, McDonald's, e Bembos, além de um movimentado centro comercial com salas de cinema. O combinado era sair mais tarde para jantar, mas como a maioria dos restaurantes interessantes limenhos não abre aos domingos de noite, identificamos ali um local para um plano B. Na praça, viramos à esquerda na Avenida Emilio Cavenecia, indo em direção à Calle Miguel Dasso. Mais duas quadras e chegamos à Calle Alvarez Calderón, onde ficava nosso hotel. Eram 18:45 horas. Combinamos de nos encontrar no saguão do hotel às 20 horas, horário em que nosso amigo Pedro Américo chegaria da Suíça, para jantarmos. Cheguei no quarto, tomei uma rápida chuveirada e deitei. Nada mais ouvi. Nem telefone, nem campainha. Acordei às 02:00 horas da madrugada. Um bilhete debaixo da porta informava o horário que deveria estar na recepção do hotel na manhã daquela segunda-feira, quando os táxis estariam nos esperando para nos levar para a oficina de trabalho na OIT. Voltei para a cama. Já de manhã, durante o café, descobri que ninguém tinha saído para jantar. O domingo fora puxado para todos nós.

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