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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

MIRAFLORES - LIMA

Assim que terminamos o almoço no Tanta Larcomar, a turma se dispersou no shopping. Fui um dos últimos a sair do restaurante. Quando estava tirando a máquina fotográfica da bolsa, Karina apareceu chamando-me para ver umas peças em prata na Ilaria, uma famosa joalheria peruana especializada em artigos neste metal. Ela me levou direto para a vitrine com anéis, pulseiras e cordões masculinos. Gostei de três anéis, mas somente um deles coube em meu dedo. Não havia outros tamanhos e nem eles alargavam as peças existentes. Gostei também de uma pulseira em couro e prata, cujo fecho eram duas cabeças de um animal, mas Karina me chochou de cara, dizendo que era horrível. Comprei apenas um anel por s/. 220. Já saí com ele no dedo. Continuei a percorrer os corredores do shopping, vendo vitrines, mas com o firme propósito de nada mais comprar. Telma queria conhecer um pouco a região. Resolvi acompanhá-la. Nós dois saímos do shopping, pegando a calçada da esquerda, margeando, bem no alto, o litoral limenho. Para a esquerda, tivemos uma excelente noção de parte da chamada La Costa Verde. No mar, um bando de jovens buscava as melhores ondas para surfar. Uma bem cuidada calçada, bastante arborizada, era o nosso caminho. Paramos várias vezes para tirar fotos. Telma me perguntou o que era uma construção na cor azul que avançava no mar em presença marcante na região. Era o restaurante Rosa Náutica, que já tinha tido a oportunidade de almoçar por duas ocasiões e nenhuma deles fiquei satisfeito com o serviço e os pratos do menu. Seguimos adiante. De um lado, sempre o mar. Do outro, modernos edifícios. Miraflores bem cuidada. Pequenos trechos de verde são parques com nomes diferentes, mas todos estão unidos pelo mesmo caminho. Paramos em um belvedere, onde há uma escultura enorme chamada Intihuatana, obra do artista Fernando de Szyszlo, cuja percepção varia dependendo do ângulo que nós a vemos. Mais fotos. Atravessamos a simpática Puente E. Villena Rey, alcançando o mais famoso parque da região, o Parque del Amor, cujos bancos de mosaico de pedaços de azulejos lembram muito a obra de Gaudí no Park Guell em Barcelona. A vista que se tem dali é deslumbrante. Os jardins estavam floridos, cenário perfeito para fotos de tudo quanto é evento. Na ocasião, duas senhoras com roupas típicas faziam uma espécie de ensaio fotográfico. Mas o que mais chama a atenção neste parque é a escultura El Beso, do artista peruano Victor Delfin. Ela é grande, em cor de terra, retratando um casal com feições bem indígenas deitado se beijando. Dois policiais fazem a segurança do local. O dia já ia embora. Ventava muito. Era hora de voltar para o hotel. Pegamos um táxi que estava estacionado ali perto. O motorista queria cobrar s/. 20, mas acabamos negociando para pagar s/. 12. Ele fez uma longa volta pelos bairros Miraflores e San Isidro, escapando do infernal engarrafamento de final de tarde em dia útil em Lima. Foi bom que conhecemos mais um pedaço da cidade, pois ele passou por dentro do Bosque El Olivar de San Isidro, reduto de mansões limenhas e declarado como monumento nacional desde 1959. No hotel, tínhamos umas duas horas até sairmos novamente para nosso jantar de despedida da cidade.

Intihuatana, de Fernando de Szyszlo


El Beso, de Victor Delfin

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