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terça-feira, 30 de junho de 2009

VIAGENS E MAIS VIAGENS


Último dia do mês e do semestre. Como sempre, uma batelada de trabalho.

O dia começou cedo, pois tive que levantar antes do horário que estou acostumado uma vez que participei, junto com minha chefe, de uma reunião de trabalho no centro de convenções do Mercure Líder, no Setor Hoteleiro Norte. Esta reunião tomou quase a manhã toda.

Já no local de trabalho, verifiquei os documentos acumulados na segunda-feira, pois estava em BH, a serviço. A caixa de mensagens estava lotada.

Como a fome chegou logo, eu e minha chefe, para não perder o hábito, fomos almoçar no Feitiço Mineiro (SCLN 306, Bloco B, lojas 45/51, Asa Norte). Gosto muito deste restaurante, pois a comida é bem feita, sempre há pratos da comida mineira (obviamente), o atendimento é ótimo e não é caro.

Na parte da tarde, análise da execução orçamentária nos seis meses do ano para decidir os valores a descentralizar para as regionais. Ainda estabeleci um pequeno cronograma de viagem para os meses de julho e agosto de 2009. Seja a trabalho ou particular, já tenho viagens certas para São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Campo Grande e Belo Horizonte de novo.

Ao chegar em casa, hora de agendar o pagamento de contas e mais contas, além de ter que pagar parte da viagem ao Canadá.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

SEGUNDA EM BH

Como tinha uma reunião agendada para Belo Horizonte na segunda-feira, dia 29/06/2009, fui para BH com meus pais na noite de domingo. Dormi na casa deles e segunda-feira, logo cedo, peguei um ônibus e fui para o Centro, local da reunião com mais de 100 pessoas da regional de Minas Gerais. Assuntos gerais foram abordados e a recepção da plateia foi mais amena do que imaginei previamente, pois tinham me alertado que haveria muita reclamação. A reunião foi serena e, prevista para durar o dia inteiro, terminou às 13:10 horas. As chefias locais me solicitaram uma reunião na parte da tarde já que não haveria mais a reunião maior, nos moldes da parte da manhã. Aceitei, mas antes sai para almoçar com minha amiga e colega de trabalho Kitty. Escolhemos o Diamond Mall (Avenida Olegário Maciel, Santo Agostinho) para o almoço. Já no centro de compras, fomos a parte reservada aos restaurantes, longe da praça de alimentação. Já pensei de cara em comer um sanduíche especial no Eddie Fine Burgers, que possui uma filial no shopping. Kitty concordou e pedimos dois (um para cada) dos famosos sanduíches da casa. Realmente o título de melhor sanduíche da cidade é merecido. Sem muitas firulas, o meu sanduíche tinha um filé mignon no ponto, bem macio, acompanhado de queijo, bacon, alface e tomate. Embora no cardápio a referência seja o pão de hamburguer, pedi para trocar por um ciabatta, que vem tostado, uma delícia. E as fritas são ótimas, crocantes, sequinhas e bem fininhas. O papo foi agradável e de sobremesa tivemos que nos contentar com as opções do restaurante do lado (dos mesmos proprietários), o Ah!Bom, onde estavam almoçando duas irmãs que não via de longa data. Momento recordar é viver...
Voltando à sobremesa, escolhi um pedaço da torta Ópera, depois que meu pedido no Eddie não pode ser atendido, uma vez que o brownie havia acabado.
Voltei com Kitty para a reunião da tarde, onde um delicioso pé de moleque caseiro foi oferecido, oferta de uma colega de trabalho, cuja produção é creditada a sua mãe. Lá fiquei até a hora de pegar um táxi e ir para o Conexão Aeroporto para pegar um ônibus executivo para o Aeroporto de Confins (R$16,20). Como era hora do rush, o trajeto Centro-Confins durou uma hora. Cheguei ao aeroporto às 19 horas e, depois do check in, a minha compulsão por comprar revistas me levou até a livraria e sai com alguns exemplares para leitura. O embarque atrasou quase uma hora, mas o tempo passou rápido, já que fiquei lendo as revistas que comprei.
Chego em casa já tarde da noite e tenho que me deitar rápido, pois na terça, logo cedo, tenho uma reunião importante para participar.

domingo, 28 de junho de 2009

PROGRAMA DE DOMINGO

Manhã fria em Brasília. Ótimo para ficar na cama, sem pensar em nada e foi o que fiz até 11 horas, quando levantei, comi uma fruta, fiz a barba e tomei um bom banho.

Chamei todos para almoçar mais cedo, pois a ideia era levar meus pais ao Mangai (Setor de Clubes Sul, Trecho 2), filial brasiliense do famoso restaurante de comida nordestina do sertão com sede em João Pessoa, Paraíba e filial também em Natal, Rio Grande do Norte.
Chegamos no restaurante às 12:15 horas e já estava bem cheio o estacionamento. Pegamos uma mesa mais perto das amplas janelas de vidro que estavam abertas e ventava um frio gostoso. Ric e meus pais foram logo se servir, pois a fila que se forma em torno das infindáveis opções de pratos quentes costuma ser enorme. Para beber, pedimos os famosos sucos do local. Optamos por duas jarras, uma de manga e outra de cajá. Foi um exagero, pois uma jarra serve, com folga, quatro pessoas. É óbvio que sobrou muito suco em ambas as jarras. Os sucos estavam fantásticos. É bom ressaltar que se não for solicitado suco sem açúcar, ele vem bem adoçado. Quando Ric voltou à mesa, foi a minha vez de me levantar e ir para a fila, ainda pequena. Em frente aos pratos, fiquei sem opção de tanta opção. A gente fica meio atônito, não sabe o que vai colocar no prato. A conclusão é previsível: PRATO CHEIO e pesado. Restaurante para glutões. Fiz uma mistura de arrepiar qualquer gourmet, colocando lado a lado mais de um tipo de feijão, frituras, assados, linguiças, queijo coalho e um grande bife à parmeggiana. Na balança, a constatação: 800 gramas. Já sentado, não comi tudo, pois não gostei da linguiça de bode (nunca tinha experimentado). Ric resolve se servir mais uma vez e demora muito, pois a fila já está bem grande. O restaurante não vende bebidas alcóolicas, apenas pequenas doses de cachaça, o que faz com que as famílias (é um restaurante muito frequentado por famílias e turmas de amigos, especialmente admiradores da comida nordestina) não fiquem muito tempo. Tempo suficiente para apreciar a comida bem feita e os ótimos sucos. O sistema de cartão magnético entregue na entrada individualmente facilita na hora de pagar, pois pode-se ir direto aos caixas e efetuar o pagamento e ir embora.





Do Mangai fomos direto para o Brasília Shopping (Setor Comercial Norte, Quadra 05, Bloco A, Asa Norte) para vermos o filme Jean Charles (Jean Charles), de Henrique Goldman, produção Brasil/Inglaterra de 2009. O filme mostra a vida de Jean Charles em Londres até a sua morte estúpida no metrô londrino, quando foi confundido pela polícia britânica com um dos terroristas que explodiram bombas no transporte coletivo da cidade alguns dias antes. Jean Charles é interpretado por Selton Mello, atualmente onipresente nas telas do cinema nacional. Mello engordou para fazer o papel e foge um pouco dos tipos engraçados que tem feito ultimamente (ainda não vi A Erva do Rato, de Júlio Bressane, onde não desempenha papel engraçado). Como sempre, está muito bem no papel. Vanessa Giácomo faz Vivian, a prima de Charles que chega em Londres sem falar uma palavra de inglês e já no meio do filme, fala perfeitamente. Isto mostra que o diretor não se preocupou em situar linearmente a história e nem faz as passagens bruscas de tempo (apenas no final, quando dá um salto de três anos, devidamente avisado na tela). Sente-se que o tempo passou por detalhes, como o da personagem Vivian falando em inglês. Luiz Miranda faz Alex, o melhor amigo de Jean Charles, companheiro de trabalho e de moradia, onde também mora Patrícia, a prima de Charles, aqui interpretada pela própria prima Patrícia Armani. Mesmo fazendo o papel de si própria, não passa veracidade, enfim, não convence, assim como todos os que fazem parte do elenco de apoio, com rápidas aparições. Exceção feita para Sidney Magal, também interpretando a si mesmo. Uma coleção de mulher feia passa na tela, destacando-se a festa que o empreiteiro brasileiro oferece aos seus trabalhadores, também brasileiros, quando fecha um novo contrato. Nesta festa, além dos comes e bebes, ele oferta mulheres, todas muito feias.

Embora todos saibamos o trágico final de Jean Charles, o filme emociona (há muita gente fungando no escuro do cinema nas cenas da morte e do enterro) e nos faz ficar com ódio da polícia britânica, ao executar, a sangue frio, um brasileiro amante da vida.

sábado, 27 de junho de 2009

CARNE DE SOL




Sábado. Dia de ficar em casa. Imprimo fotos para atualizar álbum da Confraria Vinus Vivus e fotos que minha mãe quer para seus novos porta retratos.

Ric prepara o almoço. Além de meus pais, dois convidados: Emi e Ro.

Menu:
Salada de radichio, endívia, tomate e shitake refogado no azeite
Purê de mandioca
Carne de sol com cebola (carne preparada e salgada por Ric na véspera)
Arroz branco
Feijão verde cozido
Paçoca (o único prato comprado pronto)
Pudim de leite com calda de ameixa para sobremesa
Vinho tinto A Lisa 2006 (Patagônia, Argentina), trazido por Emi e Ro, e Marquês de Montemor Reserva 2005 (Alentejo, Portugal), vinho que ganhei na degustação da Plansel na semana anterior.
Café Nespresso

Depois do almoço, que acabou tarde, deu um sono.....

À noite, ninguém quer sair. Todos ficam em casa. Apenas um lanche para forrar o estômago.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

REUNIÃO EM PLENO HORÁRIO DE ALMOÇO

Hoje foi daqueles dias. Noite mal dormida. Mau humor logo de manhã e duas reuniões antes do almoço. Ou melhor, uma antes do almoço e outra que entrou no horário do meu almoço. Reuniões com organismos internacionais sobre cooperação técnica. Produto esperado: transferência de conhecimento e boas práticas do Brasil para os países do hemisfério sul. Resultado: uma enorme quantidade de trabalho pela frente.
Não almocei. Apenas sanduíche comprado na lanchonete do térreo do prédio em que trabalho. Horrível. O melhor foi a manga que levei de casa e comi como sobremesa.
Como meus pais ainda estão em Brasília, não fiquei até tarde no trabalho. Antes de 19 horas já estava em casa. Ric preparava a sobremesa que servirá no almoço de sábado. Sim, ele está fazendo um almoço para meus pais. Ele não quis sair.





Chamei meus pais para ir ao cinema. O filme escolhido na verdade é um desenho animado: A Era do Gelo 3 (Ice Age: Dawn of The Dinossaurs), direção de Carlos Saldanha, produção americana de 2009. Escolhi este desenho para que meus pais pudessem ter a chance de assistir a um filme em terceira dimensão com os óculos especiais fornecidos na entrada do cinema (que devem ser devolvidos na saída). Fomos ao Cinemark, no shopping de entretenimento Pier 21, às margens do Lago Paranoá, no Setor de Clubes Sul. Descobri que quem tem o cartão Claro Clube paga meia na rede Cinemark. Fiquei feliz, pois tenho este cartão por assinar a banda larga móvel da Claro. A entrada para os filmes em 3D é mais cara, no caso, paguei três meias entradas, no valor de R$12,50 cada uma.
Meu pai não queria colocar os óculos ao saber que eram usados continuamente pelos frequentadores do cinema, ficou com nojo. Mesmo falando com ele que eram esterilizados, ele resistiu. Ao ver que o filme fica embaçado sem os tais óculos, ele os colocou. Embora a estreia oficial será apenas no dia primeiro de julho, a pré-estreia estava cheia, com muitos adultos sem crianças. Talvez pelo horário escolhido, sessão das 20:20 horas.
Por ser 3D, não há propagandas e poucos trailers, todos em terceira dimensão, são exibidos. O filme começa logo.
Achei divertido, como os dois primeiros, mas parece que não há mais como contar as mesmas piadas e mostrar as mesmas situações em mais um filme com os mesmos personagens. Embora a história tenha um novo personagem cativante, uma doninha solitária e destemida, me soou mais do mesmo. Há momentos com piadas para adultos que dificilmente uma criança compreenderá. Também há referências a vários filmes de aventura, especialmente na segunda metade do filme. Cenas de Star Wars (como a corrida no deserto com Anakin ainda criança ganhando a competição), obviamente de Parque dos Dinonassauros, de King Kong (a versão mais recente), entre outros. Para quem é cinéfilo e gosta dos filmes de aventura e ficção, é um prato cheio tentar identificar as muitas referências e homenagens.
Como todo filme em 3D, o filme é dublado e a voz de Cláudia Gimenez, pelo menos para meus ouvidos, não combina com a mamute.




E fica a dúvida, a preguiça Sid é fêmea ou macho?






Ao sair, ficamos bem em frente ao Pizza Hut e foi ali mesmo que matamos a fome, comendo uma pizza média, massa pan, metade marguerita, metade supreme. Há muito não comia nesta pizzaria. O gosto é mesmo padrão. O serviço deixou a desejar, pois todos os garçons e garçonetes estavam mais interessados em ver o Globo Repórter especial sobre Michael Jackson, em uma televisão ligada no meio do salão. A nossa estadia no restaurante durou o tempo necessário para comer a pizza e pagar a conta, algo em torno de quarenta minutos.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

MAIS UM DIA DE TRABALHO ROTINEIRO

Hoje foi só rotina.
Para quebrar um pouco, um café da tarde com comidas típicas juninas foi compartilhado por vários servidores de onde trabalho. Boa comida, bom papo e ainda a TV ligada no jogo do Brasil na Copa da Confederações.
Recebi dois convites para fazer exposições em São Paulo e em Salvador, ambos no mês de julho. Aceitei o primeiro, pois já oficializaram a minha participação. O segundo convite aguardo a formalização para responder. Estou inclinado em aceitá-lo.
Estou ainda sofrendo os efeitos dos remédios do exame de ontem. Muito sono. Vou dormir.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

DÚVIDA CRUEL

Esther se olhava no espelho. O rosto estava limpo, lindo. Os cabelos, presos, também tinham um ótimo aspecto. Era sua primeira gravidez e não havia sentido grandes mudanças em sua pele. Já estava em seu nono mês e a previsão era a criança nascer nos próximos dez dias. Ficou ali parada, com a mão na barriga, numa conexão direta com seu bebê. Ela não sabia o sexo. Preferiu não saber, embora a sua médica tenha insistido muito em falar. Sua dúvida maior não era sobre o sexo, mas sim sobre a cor. E raça não era possível verificar no ultrassom.
Esta era sua grande dúvida.
Esther se casou com seu primeiro e único namorado, um homem negro nove anos mais velho do que ela. Tinha uma vidinha normal de dona de casa em uma típica cidade do interior de Minas Gerais, com cerca de dez mil habitantes.
A rotina fazia parte de sua vida: arrumava casa, lavava roupa, passava a mesma roupa, fazia comida, esperava o marido para almoçar e para jantar. Gostava de esportes, de natação. O marido achava ruim ela ir ao único clube da cidade para nadar. Por isso, não ia.
Aprendera a arte da natação ainda criança, quando seus pais moraram em Belo Horizonte. Frequentava o Minas Tênis Clube na unidade de Lourdes. Chegou a competir em algumas provas, mas logo teve que abandonar tudo, pois seu pai fora promovido e aceitara o desafio de conduzir uma unidade da empresa alemã para a qual trabalhava no interior do Estado. Era filha única e foram morar afastados do centro urbano. Não havia amiguinhas para brincar. A vida se tornou um tédio e só pensava em ficar adulta logo para largar tudo e voltar para Belo Horizonte, voltar para a natação. Na nova cidade, somente podia nadar aos domingos, quando seu pai a levava para o clube da cidade.
E foi no clube, já com dezesseis anos, que conheceu Adão, o Negão, como era chamado carinhosamente por todos. Adão era homem sério, trabalhava na mesma empresa que o pai e tinha um bom relacionamento com os colegas de serviço. Esther, no auge da formosura, lançou vários olhares lânguidos para o Negão. Ele não correspondia, pois temia a reação do pai dela. Afinal, tinha 25 anos, engenheiro mecânico, evangélico e se preparava para ser pastor. Não tinha tempo para namoricos com a filha do chefe.
Esther, encarnando uma autêntica personagem rodriguiana, fez de tudo para acender o vulcão do moço. E conseguiu. Em três anos, namorou de mãos dadas, noivou, transou pela primeira vez embriagando o noivo e se casou. O seu inferno estaria começando.
Adão se mostrou mais preocupado com o templo, no qual já fora nomeado pastor, do que com a vida conjugal. Era muito ciumento, não deixando Esther ir ao clube sozinha. Pelo menos moravam em uma casa a três quadras do clube. Esther ficava no passeio todas as manhãs, vendo o movimento do ir e vir dos frequentadores do clube.
Esther ficou triste. Esther ficou doente. Esther ficou grávida.
Foi uma alegria momentânea no lar. Seus pais adorando a ideia de serem avós, Adão agradecendo a graça de ser pai pela primeira vez e Esther penando para descobrir quem era o pai.
Enquanto ficava no passeio em frente a sua casa, Esther viu um homem lindo, de feições asiáticas passar. Nunca tinha visto ele por ali. Ficou intrigada. Em mais três dias, o asiático passou e sempre a cumprimentava com a cabeça. Ela se encantou. Era o homem de sua vida, pensou.
Mas e Adão? Adão foi o homem da minha primeira libertação, este será o da minha segunda, pensava.
Na quarta vez em que ele passou, Esther respondeu ao seu cumprimento. Ele parou, se apresentou e perguntou se morava ali. Esther disse que sim e emendou várias perguntas. Ele se chamava Torino, estava de passagem na cidade, pois fazia um trabalho temporário na mesma empresa de seu pai. Conhecia o pai de Esther e também Adão. As manhãs eram livres e ele frequentava o clube para nadar, pois era competidor. Sua prova principal era o 100 metros nado costas. Os olhos de Esther brilharam muito. Perguntou quanto tempo ele ficaria na cidade e descobriu que ela tinha apenas mais uma semana para agir.
Imaginava fugindo com Torino. Ele não se interessou por ela. Afinal, era casada com um pastor evangélico e colega de trabalho, mesmo que temporariamente. Mas Esther tinha suas armas e seus encantos.
Armou uma casinha de caboclo para o asiático. Ele caiu na armadilha e tiveram uma linda manhã de amor. Torino, depois de cair em si, se desesperou e foi embora correndo. Naquela mesma noite, depois de um hiato de semanas, como ficara comum na relação dos dois, Adão e Esther transaram loucamente.
Esther estava louca de esperanças de ver Torino no dia seguinte. De ele lhe confessar que queria levá-la para sempre daquela cidade, tirá-la daquela vida, de rodar o mundo com ela. Triste ilusão. Esther nunca mais o viu.
Algumas semanas depois, sua menstruação não veio. Era regular, igual relógio, nunca falhara. Foi fazer o exame e deu positivo. Grávida. Um misto de alegria e terror passou por sua cabeça. Quem era o pai?
A gravidez foi toda com esta preocupação interna. Externamente, Esther conseguia aparentar contentamento. Sempre tinha a preocupação de não saber o sexo. Queria que o suspense que ela vivia em relação às características físicas de seu filho fosse compartilhado pelos demais em relação ao sexo do bebê.
Muitas manhãs, Esther se postava em frente ao portão de sua casa, aguardando Torino passar. Não podia perguntar a Adão ou ao seu pai sobre ele, pois não saberia explicar que o conhecia.
Nove meses de agonia para Esther.
16 de outubro, sexta-feira, noite. Esther está na cama e sente um molhado descendo por suas pernas. A bolsa rompera. Chama Adão e ele a leva para o hospital municipal, ligando antes para a médica e para os pais dela.
Esther tem muitas contrações e urra de dor, chora, puxa os cabelos. Xinga Adão e todos que estão perto. Grita o nome de Torino, mas ao perceber, grita mais cem nomes de homens e mulheres, como se estivesse enlouquecida.
Os enfermeiros dão remédios para acalmá-la. O parto será normal, diz a enfermeira-chefe. Ela é preparada e segue para a sala de parto. Perguntam se quer alguém com ela. Ela diz não. Seu desejo é obedecido.
Muito esforço e suor são gastos e um choro corta o ar. A criança dá sinal de vida. A felicidade toma conta do ar. É uma menina, uma linda menina, dizem os enfermeiros. Como podem afirmar que é linda a menina, se todos os bebês são iguais e horrorosos, pensa Esther. Ela está nervosa, quer saber a cor, como é o formato dos olhos, mas só falam que a menina é linda. Se enche de coragem e pergunta: "Qual a cor da minha filha?". A enfermeira, com a menina no colo, lhe mostra e diz: "É branquinha, igual a mãe, e tem os olhinhos puxados e o cabelo preto e lisinho".
Esther desmaiou. Corre corre na sala. Medem a pulsação, a temperatura. Ela vai ficando gelada, com o rosto sem vida. Os batimentos cardíacos vão ficando lentos. O corre corre aumenta. Usam o desfibrilador. Ela dá sinais de que se mantém viva. O susto passa para ela e para todos.
Ela só pensa: e agora? Ela é levada para o quarto e vai amamentar a menina pela primeira vez. Adão chega neste momento. Esther está lívida. Adão sorri para ela, vê a menina e diz que precisa conversar. Esther fica transparente. Calmamente, ele diz que aquele nascimento era uma dádiva divina. Ele nunca contara, mas não podia ter filhos. Tinha tido uma doença na infância que o tornara estéril. Fez alguns tratamentos antes de conhecer Esther, sem sucesso, mas nunca teve coragem de contar a ninguém. Sempre orou muito para que o problema se revertesse e que esta graça tinha acabado de presenciar. Esperou o nascimento para ter a certeza de que era pai. Esther passou de transparente para bege. Ficou atônita. Será que ele não via que a menina era de pai asiático?
Adão pegou a menia no colo e disse: "Você é linda e se chamará Sara. Sua mãe é Esther, eu sou Adão e Sara será seu nome."
Ele se vira para Esther e diz bem alto: "Vamos celebrar, vamos comemorar a chegada de minha filha." E, baixinho no ouvido de Esther, ele susurra: "Seu inferno está só começando".

COLONOSCOPIA

Fraco, muito fraco. Foi assim que me senti a madrugada inteira. Com muita dor de cabeça, com fome e me sentindo uma planta, pois não saía do vaso. Efeitos dos dois comprimidos de Dulcolax. Mas o pior ainda estava por vir...
De manhã, tomei um comprimido de Plasil, logo às 7 horas (odeio levantar cedo) e às 8 horas comecei a tomar, de dez em dez minutos, 200 ml de Lactulase - Farlac, até completar 740 ml. O efeito é devastador. A sensação de planta cresceu e fiquei pensando como as árvores são infelizes (se possuírem sentimentos) de ficar olhando a mesma paisagem quase eternamente (elas podem ser transplantadas).
Fiquei mais fraco ainda e acabado. A dor de cabeça passou e a fome também. A sede ficou intensa. Manhã inteira nesta rotina de quarto-banheiro-quarto.
Minha mãe me acompanhou no exame. Meu pai também queria ir, mas ela não deixou, alegando que a clínica só permitia um acompanhante por paciente. Ela me disse que meu pai fica nervoso e fuma demais, desaparecendo a todo instante. Ric nos levou de carro, mas não podia ficar, pois hoje era o dia agendado para ele tirar o novo passaporte na Polícia Federal.
Na clínica não havia ninguém e logo fui chamado para o exame (13 horas). Depois de me vestir com as roupas certas e ser arrumado na maca, fui sedado. Fiquei num misto de acordado e dormindo. Lembro-me do médico chegando, mas não me recordo se ele falou alguma coisa comigo e nem do exame em si. O exame durou perto de quarenta minutos e logo estava sentado em uma poltrona confortável com minha mãe ao lado e bebendo um suco, pois a sede era forte. Não bebia nada desde às 11 horas da manhã, conforme recomendações do médico.
O resultado saiu na hora. Tudo estava normal no meu intestino. O sangramento era apenas de uma hemorroida, fácil de tratar nas palavras do médico. Consulta, pois, marcada para o mês de julho para início do tratamento.
Como ainda eram 14:15 horas, liguei para Ric e ele nos buscou. Em casa, comecei a sentir muitas cólicas, decorrentes dos gases pós exame. O médico havia alertado para tal.
Comi um pedaço de bolo e pedi um sanduíche do Giraffas pelo telefone. Logo que acabei de comer, deitei e dormi, acordando somente às 19:30 horas, com o nariz e a garganta secos. Sinal de que a secura em Brasília já dá sinais de vida. É hora de colocar umidificadores para casa e abusar de soros para narinas, colírios nos olhos e hidratantes na pele.
Quanto ao exame, a pior fase é a preparação. O momento do exame em si é rápido e não há nenhum desconforto.

terça-feira, 23 de junho de 2009

VÉSPERA DE EXAME

Hoje foi dia de tomar somente líquido, preparando para o exame desta quarta-feira. Fiquei com dor de cabeça o dia todo e ainda tive que tomar laxante. Horrível. E ainda terei que esperar para comer algo sólido somente depois de terminada a colonoscopia, após 15 horas de amanhã.
Aproveitei que fiquei o dia de molho em casa e, abusando de minha mãe, coloquei em ordem todos os meus filmes em dvd. Descobri pelo menos uns vinte repetidos e da maneira que coloquei os filmes nas estantes sobrou espaço para as próximas aquisições.
Começamos por volta de 11 horas da manhã e terminamos já mais de 11 horas da noite.
Agora vou tentar dormir para amanhã chegar logo.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

TRABALHO TRABALHO TRABALHO

Trabalho, trabalho, trabalho, apenas trabalho. Hoje o dia foi assim, sem tempo nem para almoçar direito. Comi qualquer coisa no próprio serviço. Fechamento de textos, reuniões infindáveis. Parece um ciclo, quando vem, vem muita coisa para fazer. Seria mil vezes melhor se as coisas fossem constantes, se a carga de trabalho fosse semelhante ao longo dos dias, meses e anos. Mas não é assim.

domingo, 21 de junho de 2009

DOMINGO COM MEUS PAIS

De manhã, fomos às compras de frutas, legumes e verduras no Mercadinho La Palma.
Compras de artigos de limpeza e de mercearia deixei para a internet, Pão de Açúcar Delivery. Entrega programada para terça-feira de manhã.




Saímos para almoçar no Zahle, mas como havia fila de espera, decidimos mudar de restaurante e ir para O Convento ( EQS 208/209, Asa Sul), restaurante estilizado de comida mineira localizado na Casa D'Italia, bem em frente à Estação 108 Sul do metrô de Brasília. Pedi um risoto caipira, com carne seca, banana frita, abóbora e linguiça. Delicioso.



Do restaurante, fomos direto para o ParkShopping, onde deixei minha máquina fotográfica para consertar na Sony Style e aproveitei que estava lá e comprei um notebook pequeno.
De um shopping para outro, chegamos no CasaParkShopping para ver um filme. Como chegamos adiantados, passei na Livraria Cultura e comprei os novos discos de Móveis Coloniais de Acaju (C_mpl_te), Marcos Sacramento (Na Cabeça) e Pequeno Cidadão (disco infantil de Arnaldo Antunes, Antônio Pinto, Edgard Scandurra e Taciana Barros), e os filmes Romance (Guel Arraes), Vergonha (Ingmar Bergman), O Curioso Caso de Benjamin Button (David Fincher), O Fundo do Coração (Francis Ford Coppola) e True Blood - Primeira Temporada Completa (série de TV criada por Alan Ball).



O filme escolhido foi Trama Internacional (The International), de Tom Tykwer, produção conjunta dos Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha, de 2009. Filme que mistura suspense e muita ação, especialmente no Museu Guggenhein de Nova York. O próprio diretor disse que espera que a cena de tiroteios no museu seja lembrada assim como a cena da perseguição sofrida por Cary Grant no filme de Hitchcock, Intriga Internacional. Gostei muito do filme. Há algumas falhas de roteiro que não atrapalham a trama. Detalhe importante, o ator principal é o ótimo Clive Owen.





Ao sair do shopping, resolvemos já comer alguma coisa para evitar sair novamente. Paramos no Crepe Royale (SCLS 207, Bloc C, loja37, Asa Sul) para comermos um crepe básico.




Em casa, hora de configurar meu novo notebook e registros dos cds e dvds.

VAIO

Não resisti e comprei o Sony Vaio que pesa 620 gramas. Lindinho demais!!

sábado, 20 de junho de 2009

PÁSSARO DA NOITE



Conforme já havia postado, comprei três entradas para a peça "Pássaro da Noite". Eu, meu pai e minha mãe chegamos à Sala Martins Penna do Teatro Nacional Cláudio Santoro com meia hora de antecedência. Difícil encontrar local para estacionar, já que no mesmo horário havia outro espetáculo na Sala Villa Lobos, no mesmo teatro.

Na entrada, ganhamos uma necessaire da Drogaria Rosário, uma das patrocinadoras da peça.

Texto de José Antônio de Souza e direção de Marcus Alvisi, a peça é um monólogo com Luana Piovani, que ficou quatro meses em cartaz no Rio de Janeiro. Como toda peça com ator conhecido que chega a Brasília, a sala estava bem cheia. Quinze minutos de atraso e começa o espetáculo. Não há nenhum cenário. O tablado é nu. Apenas Luana, com variações de luz e muita movimentação no espaço cênico. O figurino é todo em tom pastel, numa variação do bege ao marrom escuro e valoriza o corpo da atriz e se relaciona com o texto, cheio de melancolia e desespero. Com alguma pitada de sua vida pessoal, escancarada em jornais e revistas, Luana despeja na plateia setenta minutos de texto, mostrando um desespero por estar só e perdida em algum lugar, mas não se sabe onde. Apenas sabemos que é noite de sexta-feira e houve uma festa antes. Neste intervalo temporal, a personagem volta ao passado, lembra de sua infância, da adolescência, de amores e trepadas, não seguindo uma ordem cronológica para tais lembranças. Há certos momentos que o texto incomoda a plateia, em sua maioria pessoas maduras, pois Luana diz muita sacanagem e palavras xulas. Faz parte do contexto. Ela passa rapidamente de partes cômicas para dramáticas e tira algumas peças da sua roupa ao longo do espetáculo, deixando à mostra, apenas com um tecido transparente em cima, seus seios. Ao final, a plateia aplaude protocolarmente, sem muito entusiasmo. Quando ela volta em cena para os agradecimentos, rola uma certa empatia e os aplausos são mais enfáticos, mas nem todos ficam de pé para aplaudí-la. Realmente o texto não foi feito para agradar a todos. Luana mostra que está evoluindo e fez bem em apostar no teatro adulto depois do sucesso com a peça infantil baseada na obra O Pequeno Príncipe, de Saint-Exupery.

Para mim, ela foi ousada e merece os parabéns por isto.

Gostei da peça, embora não tenha achado sensacional. Vale a pena ver. Além do mais, Luana está, como sempre, exuberante.

Quanto a meus pais, não gostaram da peça. Meu pai disse que está todo mundo louco. Como falei, o texto não foi feito para agradar a todos.



Ao sair, terminamos a noite comendo uma pizza na Valentina Pizzaria (SCLN 214, Bloco A, lojas 9/11, Asa Norte).

PAI E MÃE EM BRASÍLIA


Manhã para reclamar dos serviços da NET/Vírtua, pois a rede está instável desde a noite anterior. Depois de muito brigar no telefone e ameaçar cancelar a assinatura, a atendente resolve agir. Inicialmente ela dizia que não havia problemas e que meu modem estava normal. Detalhe, o modem estava desligado da tomada. Como ela poderia afirmar que estava normal, se não estava on line? Enfim, após meia hora de bate boca, ela agenda uma visita do técnico para verificar a rede externa. Não deu para esperar (eles pedem até três horas para normalizar a rede), pois tinha que ir para o aeroporto buscar meus pais que chegariam às 13:30 horas.

Fui para o aeroporto, levando alguns jornais para ler, caso houvesse atraso. Não houve atraso e eles estavam, no horário combinado, me esperando no desembarque do aeroporto de Brasília. Passamos rapidamente em casa para deixarmos as bagagens, peguei Ric (que já tinha testado a internet e tudo estava ok) e fomos para o Mangai, restaurante de comida do sertão nordestino à beira do Lago Paranoá. Nem bem avistamos o restaurante e já vi que seria difícil, pois havia carros estacionados do lado de fora do estacionamento enorme do local. Constatamos que a fila de espera era muito grande e nem descemos do carro. Fomos direto para outro restaurante de origem nordestina, o recém inaugurado Camarões Lago Sul (Parque Ícone, Setor de Clubes Sul, Trecho 2, Conjunto 36, Lago Sul). Filial do restaurante Camarões Beira Mar de Foratleza, Ceará (o restaurante que plagiou nome e cardápio do famoso Camarões Natal, Rio Grande do Norte), o restaurante é bem grande, com um terraço com vistas para o Lago Paranoá, onde nos quiseram colocar, em pleno sol. Disse que não e nos acomodaram em uma pequena mesa com a promessa de antes da comida chegar juntariam outra mesa (o que de fato foi feito). A tal mesa ficava bem ao lado do trança trança de garçons para a cozinha, bem em frente ao enorme bar (sem cadeiras de espera. Para tal, há uma sala específica e grande, ao lado da entrada). O cardápio é o mesmo de Fortaleza, com todos os pratos servindo duas pessoas (há pratos que servem quatro pessoas, como o arroz de mariscos). Pedimos pratos com camarão. Eu e Ric dividimos o Camarões Tropical (camarões salteados no gengibre com molho de manga, acompanhado de arroz de brocólis e purê de jerimum). Meus pais pediram o Camarões Delícia (molho branco, banana frita e queijo coalho gratinado, acompanhado de arroz branco). O purê estava ótimo, no ponto certo e quentinho. O arroz de brocólis bem sem gosto e sem cor. O molho de manga estava bem saboroso, um pouco ácido, talvez pelo fato de ser usada manga verde e não madura. Meus pais gostaram do prato deles. Experimentei os dois molhos e achei o molho branco muito enjoativo. O de manga estava bem mais interessante. Depois de uma hora e dez minutos no restaurante, pedimos a conta (R$174,46) e deixamos o café expresso para beber em casa.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

quinta-feira, 18 de junho de 2009

E FUI SORTEADO....

Manhã fria e preguiça de levantar. Uma força me puxa para ficar na cama. Não quero me levantar. Não quero trabalhar. O dever me chama. Tenho uma consulta marcada ainda na parte da manhã. Vou levar os resultados dos exames de sangue e do fígado para a gastro dar uma olhada. Tomo banho com muita preguiça, me arrumo e vou para a clínica. Sempre espero muito na recepção. Hoje parece ser meu dia de sorte. Ninguém na recepção e sou chamado antes do horário para o consultório da minha médica. Muito simpática, conversamos sobre amenidades e ela pergunta como estou e se ainda tomo o remédio receitado dia sim, dia não. Respondo afirmativamente e acrescento que nada sinto. Ela decide cortar de vez o remédio e ver como meu estômago se comporta. O exame do fígado está ok. Quanto ao exame de sangue, é melhor repetir, pois ela me pergunta se havia comido frutos do mar antes de ter colhido o material para o exame e, como respondo que estava no Rio de Janeiro e comi frutos do mar todos os dias, ela disse que as pequenas alterações apresentadas podem ser decorrentes da alimentação. Devo me abster de comer estas iguarias e repetir o exame no final de julho. Também no final de julho farei uma nova endoscopia para ver a situação do estômago.
Saio da clínica e vou direto para o trabalho. Lá já estava armada a festa junina com vários quitutes típicos. Despacho alguns documentos, respondo e-mails, checo minha agenda para a parte da tarde. Nada a fazer, diz minha secretária. Saio novamente, vou até ao CCBB/DF e tento comprar entradas para a Mostra Internacional de Teatro. Tentativa infrutífera, pois os ingressos já estão esgotados desde terça-feira. Vou até a bilheteria do Teatro Nacional e compro três entradas (eu, pai e mãe) para o monólogo Pássaro da Noite, com Luana Piovani. Entradas compradas (R$35,00 cada uma, todas meia. Duas para os meus pais, na categoria idoso e uma para mim, na categoria Correio VIP) para sábado à noite.
Almoço com minha chefe e um colega de trabalho no Dona Lenha (Deck Brasil - Lago Sul). Peço o de sempre, um maravilhoso filé à parmeggiana com farofa de ovos e arroz integral.
De volta ao trabalho, hora de cantar parabéns para os aniversariantes de junho, aproveitando a comilança da festa junina. Também hora de definir texto final de uma nova instrução normativa e responder um questionário para um pesquisador americano.
Saio do trabalho por volta das 20 horas e vou direto ao restaurante Dom Francisco (Setor de Clubes Sul - ASBAC), onde participo de uma degustação dos vinhos portugueses do Alentejo, da vinícola de Jorge Bohm, em Montemor-O-Novo. Promoção da Porto Fino (SCLN 308, Asa Norte). O valor cobrado, R$100,00, dá direito à degustação de seis vinhos e de um jantar feito pelo Chef Francisco Ansilero. A apresentação da vinícola e dos vinhos degustados fica a cargo de Dorina, filha do proprietário da quinta onde são produzidos os vinhos. A apresentadora tem que se esforçar bastante para falar, pois o microfone e o sistema de som não funcionavam. Quando já estávamos no quarto vinho, conseguiram que o sistema de som funcionasse. Ela é de origem alemã, mas fala bem o português, embora com um "erre" carregado na pronúncia. Já vive em Portugal há muitos anos. Muito boa a explicação e a apresentação dos vinhos. Começamos com um Marques de Montemor 2007, depois um Capela de Santa Margarida Vinho DOC 2006. Destaco os dois em seguida: PLANSEL, ambos monocastas (um Touriga Franca 2005 e outro Touriga Nacional 2006) e o vinho que leva o nome da apresentadora, Dorina Lindemann. Não bebi o último vinho, que acompanhou o jantar, mais um Marques de Montemor. Ao final da apresentação, dois sorteios de um kit de vinhos da vinícola em questão. O primeiro número sorteado é o 78. Uma mesa se enche de alegria, pois nela estava o felizardo. O segundo número sorteado é 0 30. Não havia ninguém com este número. Assim, mais um sorteio é feito e o meu número, recebido na entrada, é o escolhido: 83. Ganho duas garrafas de vinho da vinícola, nenhum dos dois degustados na noite: Marquês de Montemor Reserva 2005 tinto e Marquês de Montemor 2007 branco.

Da degustação, eu e mais quatro amigos, todos da Confraria Vinus Vivus, participamos. Saímos juntos por volta de 23 horas. Como estou de carro, resolvo passar por vias secundárias para evitar possíveis bafômetros. A minha intenção era ter ido de táxi, saindo de casa. Como me atrasei no trabalho, tive que ir direto. Ric não podia me buscar, pois também tinha bebido vinho em casa, conforme falou ao telefone.

Chego em casa bem, pois, como era uma degustação, não há como beber muito.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

AMIGOS DE BH

Este é o post número 100. E houve pessoas que disseram que não chegaria nem a dez...

Hoje, ao fazer uma ligação para um amigo em Belo Horizonte, fui repreendido por não mencionar em meu post "SEGUNDA SONOLENTA" os amigos de BH que viajarão comigo para o Canadá no mês de outubro. 
Pois bem, vou corrigir minha falha ou omissão.

Eu e Ric viajaremos com oito amigos, sendo quatro deles de Brasília e quatro de Belo Horizonte. Neste último domingo, conseguimos reunir, mesmo com a distância que separa BH de Brasília, oito dos dez que viajarão juntos. Os dois que ficaram em BH, foram consultados via telefone. Esta reunião, realizada no apartamento de dois amigos de Brasília, teve como objetivo a definição de todo o roteiro, incluindo a quantidade de noites que ficaremos em cada cidade, além da forma que iremos nos deslocar de uma cidade para outra. Aproveitamos as definições e já compramos os trechos aéreos que ainda faltavam nos deslocamentos cuja decisão foi pela via aérea.

Ficou desta forma a programação:
01 noite em Quebec, 05 noites em Montreal e 04 noites em Toronto. Os quatro amigos de BH ficarão duas noites em Quebec, pois chegarão um dia antes. Já no final da viagem, nós oito amigos que nos encontrávamos em Brasília na citada reunião, iremos para Chicago, nos Estados Unidos, onde ficaremos mais quatro noites. Já temos todos os trechos aéreos emitidos e a reserva de hotel em Chicago confirmada. Os hotéis nas cidades canadenses, bem como traslados, transportes internos, city tours e deslocamento Quebec-Montreal ainda serão cotados por agências de viagens, conforme planilha por nós elaborada.

Como eu e Ric ainda não tínhamos o trecho aéreo Toronto-Quebec, logo na chegada, resolvi a parada, comprando tais bilhetes no dia de ontem, pela internet. Agora todos os dez amigos já possuem os mesmos trechos aéreos emitidos. Também já comprei guia do Canadá e guias específicos das cidades de Toronto, Montreal e Chicago.

Contagem regressiva: faltam 106 dias para a viagem ao Canadá.

O FILHO DA MÃE





Ótimo Livro!
















P.S.: Este post foi inspirado nas postagens de meu querido amigo Pek, em seu blog INSENSATEZ.

terça-feira, 16 de junho de 2009

PSICOSE




Como já postei anteriormente, sigo, na medida do possível, a ordem inversa da lista dos 100 filmes essenciais. É a vez do número 35.
Psicose (Psycho), de Alfred Hitchcock, produção americana de 1960. Dispensa comentários. Filme clássico, com Anthony Perkins arrebentando como Norman Bates e, claro, a famosa cena em que Marion Janet Leigh Craine é assassinada no box do chuveiro. A trilha sonora de Bernard Herrmann é parte integrante deste filme, sendo inimaginável algumas das cenas sem a música que as pontuam.
Depois do filme, ainda vi um documentário, de 94 minutos, mostrando o seu "making of". Interessante, pois traz detalhes contados por vários envolvidos diretamente com o filme e sua realização. Há depoimentos do roteirista, Joseph Stefano, de Janet Leigh, da filha do diretor que faz uma ponta no filme, Patricia Hitchcock, entre outros.



DOR DE GARGANTA

"Vidas no Lixo", de Alexandre Stockler



"Quadra Fechada", de Beto Novaes


Acordei com muita dor no corpo e na garganta. Febre. Resolvo ficar em casa. Não há como trabalhar com gripe em seu auge. Tomo um remédio para aliviar as dores, ligo para o serviço e falo que não iria trablhar e deito novamente. Só levanto quando Ric retorna do trabalho, na hora do almoço. Ele se surpreende comigo em casa, pois não sabia que estava mal. Ele vai para a cozinha e faz o almoço. Enquanto espero a comida, assisto a dois documentários - "Vidas no Lixo", de Alexandre Stockler (Brasil, 2008), e "Quadra Fechada" (Brasil, 2007), de Beto Novaes, uma produção do Sindicato de Empregados Rurais de Cosmópolis e Região, São Paulo. Ambos seriam insumos para duas gravações que farei em programa de TV nesta quarta-feira. O programa consiste em um debate entre um representante governamental e outro da sociedade civil. O primeiro documentário diz respeito a crianças e adolescentes que ganham a vida catando lixo. O segundo é sobre o trabalho por produção e suas consequências na saúde do trablhador rural no corte da cana.
Paro para almoçar rapidamente e termino de assisitir aos documentários. Imediatamente ligo para a assessoaira de comunicação social do ministério e informo que não sou a pessoa adequada para gravar o segundo debate, pois não é da minha alçada a questão de saúde de trabalhadores. Farei somente a primeira gravação.
Minha assistente vem até minha casa pegar o dvd do segundo documentário, pois haverá indicação de outra pessoa para participar da gravação do programa.
Me sinto mole o dia todo. Vou ver um filme da lista dos 100 filmes essenciais publicada pela revista Bravo!

segunda-feira, 15 de junho de 2009

SEGUNDA SONOLENTA

Segunda-feira, 15 de junho de 2009. Depois de cinco meses, minha empregada voltou ao trabalho. Estava de licença médica, pois quebrou o pé e teve que se submeter a uma cirurgia para colocar pino. Explico como funciona a máquina de lavar nova e dou graças por ter café da manhã, com suco de laranja fresquinho.
Dormi pouco, visto que chegamos muito tarde em casa. Quase duas horas da madrugada. Chegamos de São Paulo por volta de meia noite e ainda passamos na casa dos amigos que irão viajar para o Canadá conosco em outubro para decidirmos mais coisas sobre o roteiro e comprar os trechos aéreos que ainda faltavam.
Com muito sono, fui trabalhar. Não havia muito a fazer. Com o feriado na quinta-feira e uma sexta-feira útil inútil, não houve muita demanda nos protocolos, não havendo, portanto, documentos e processos em minha mesa. Foi bom que orientei meu novo substituto eventual de como proceder em algumas situações corriqueiras.




Para almoçar, fui ao Feitiço Mineiro (SQN 306, Bloco B, lojas 45/51, Asa Norte), com minha chefe e mais um colega de trabalho. Hoje havia uma grande mesa cheia de estrangeiros que estavam tendo explicações de cada comida disposta no fogão a lenha. Muitos flashes e pouco entendimento. Na hora de se servirem, algumas estrangeiras colocavam um pouco de cada panela, fazendo montanhas de fazer inveja aos peões de obra. Algumas estavam tão desajeitadas que seguravam a bolsa, o prato e os cabelos enormes, que vez por outra insistiam em "entrar" no prato delas, saindo lambuzados de molhos e afins.

À tarde, uma reunião rápida e mais sono.

Ligo para um day spa e pergunto se há horário para uma massagem, pois minhas costas e pescoço estão muito doloridos. consigo horário às 19:30 horas. Massagem fantástica (R$90,00). Tive sorte, pois hoje era um dia especial no spa e havia alguns massagistas de fora de Brasília. O que fez massagem em mim era descendente de chineses e quase me quebrou todo, mas saí de lá, depois de uma hora e vinte minutos, sem nenhuma dor. Pena que ele voltará para Londrina, onde tem uma clínica de massoterapia.

Em casa, começo a promessa de só comer coisas leves no jantar. Ric já havia preparado um prato com alface, rúcula (ambas orgânicas, do sítio de um colega de trabalho), cenoura ralada e hamburguer de peru grelhado. Um luxo!

domingo, 14 de junho de 2009

13ª PARADA GAY DE SÃO PAULO





































DE REPENTE CALIFÓRNIA






Como contei no post anterior, tínhamos combinado de nos encontrar a noite. No entanto, não houve o encontro com Vera, que, inclusive, antecipou seu voo para domingo de manhã, pois seu olho estava coçando muito e incomodando-a. Já Juarez não atendeu e nem retornou nossas ligações. Eu, Ric, Muca e Emi decidimos ir ao cinema. O filme escolhido é De Repente Califórnia (Shelter), de Jonah Markowitz. Produção americana de 2007, já havia passado no Brasil no Mix Brasil Festival de Cinema da Diversidade. Agora, aproveitando a data oportuna, ou seja, a semana dos vários eventos voltados para o público LGBT em São Paulo, o filme, com temática gay, entra no circuito comercial. Em São Paulo entrou em cartaz em duas salas. Fomos ao Espaço Unibanco de Cinema (Rua Augusta, 1.475, Bela Vista). Como era perto do hotel, fomos a pé, bem encapotados por causa do frio. A sessão escolhida foi a das 22 horas. Valor da entrada: R$16,00 a inteira. Logo entramos na fila e uma mulher, ao ver o público, soltou a seguinte pérola: "será que o filme é proibido para mulheres, só tem homem na fila". Obviamente a grande maioria da fila parecia ser gay. O Espaço Unibanco não passa muito trailer ou comerciais antes de iniciar o filme, como os grandes complexos de cinema tem feito ultimamente.

O filme é uma história de amor entre dois homens, um deles se descobrindo homossexual, com todos os clichês já amplamente explorados em outros filmes românticos, inclusive utilizando a temática gay. Há falhas grandes no roteiro. O filme não tem ritmo. Os dramas internos das personagens são mostrados superficialmente e resolvidos em tempo recorde. As personagens, ao serem informadas de alguma coisa, sempre usam a frase "eu já sabia". O incômodo com a frase é notado quando provoca risos na plateia na enésima vez em que é pronunciada, mesmo a cena sendo dramática. Maneira simplista de encurtar as coisas. O diretor quis fazer um filme de surfistas, gastando muito tempo na fita em mostrar manobras nas ondas da Califórnia, sem ser feliz. Não conseguiu mostrar a "química" entre o tema e o surf. Por falar em Califórnia, o título dado pela distribuidora brasileira é muito infeliz. O título em inglês - Shelter - também não ajuda muito, pois se refere apenas a condição de o personagem principal ser o esteio de uma família desestruturada. Faltou aprofundar alguns temas. Filme fraco.
Para o público a que se destina vai ser bem recebido, pois os protagonistas, Brad Rowe e Trevor Wrigth, são bonitos, há cenas de beijos, mas é comportado ao não mostrar nenhum personagem nu (apenas troncos descamisados são mostrados).
Para ilustrar bem o que disse, todos que estavam comigo amaram o filme.



Depois do filme, descemos a pé para os Jardins, onde escolhemos o restaurante Paris 6 (Rua Haddock Lobo, 1.240, Jardins) para jantarmos e fecharmos a noite de sábado (já na madrugada de domingo). Mesmo perto de meia noite, enfrentamos uma fila de espera de vinte minutos, quando fomos acomodados na parte interna do restaurante, completamente lotado. O local é uma boa opção para quem quer comer alguma coisa, mesmo tarde da noite, pois funciona 24 horas. Bistrô com cardápio focado nos pratos franceses, muitos deles em releitura, sem respeitar as receitas clássicas (o caso do Coquelette au Vin, que tem apenas o molho de vinho tinto, não sendo o frango cozido no vinho). Bebemos um vinho francês. Muca preferiu uma caipiroska de lima da pérsia. O prato que escolhi foi polvo crocante acompanhado de tomate recheado de amêndoas e espaguete puxado na manteiga. O polvo estava delicioso, o mesmo valendo para o tomate. Já a massa, deixava a desejar. Finalizamos com café descafeinado. Pela primeira vez na viagem, não dividmos a conta por igual. Cada um pagou exatamente o que consumiu. Os valores não diferiram muito se fosse dividido igualmente.



Subimos a pé para o hotel. Hora de deitar e descansar para a parada de domingo.

sábado, 13 de junho de 2009

DIA DE RESSACA E DE COMPRAS



Acordamos tarde, já quase meio dia. Novamente Emi foi o primeiro a acordar e ligou para nosso quarto. Resolvemos sair somente para o almoço. Juarez, um amigo em São Paulo, também liga querendo almoçar conosco. Vera liga e sugere comida árabe. Sugestão de pronto aceita e fomos ao restaurante Folha de Uva (Rua Bela Cintra, 1.435, Jardins). Mesa para seis. Emi não estava bem, com ressaca da balada da noite anterior na The Week. Vera com dores e coceira no olho. Muca com a mesma ressaca de Emi. Juarez conta sobre seus projetos de cultura para o segundo semestre. Ficamos quase duas horas no restaurante. Na saída, combinamos de nos encontrar à noite. Vera foi para o hotel dormir, Juarez para sua casa e nós voltamos para o hotel.
Descansamos uma hora. Ric e eu saímos novamente. Fomos ao Shopping Pátio Higienópolis fazer compras. Logo na primeira loja que entramos, a Forum, fizemos as compras que queríamos. Atendimento excelente. Experimentei na loja, pela primeira vez, o guaraná Kuat Eko Zero, com chá verde. Gostei bastante, sabor bem suave, totalmente diferente do sabor do Kuat normal.


Demos mais uma volta no centro de compras, apostamos na mega sena, que estava acumulada. Tentei comprar uma mala, mas não tinha a cor que eu queria. Todas as vendedoras da loja tentaram me convencer a comprar a unidade que estava no depósito, que mandariam buscá-la e no domingo, a partir do meio dia, eu a pegaria na loja. Não quis.



Com fome e com frio, paramos na unidade do Fran's Café do shopping. Gastamos meia hora tomando um cappuccino quente e comendo uma torta doce.



Voltamos ao hotel. Decido dar uma passada na Livraria Cultura do Conjunto Nacional e, em meia hora, comprei diversas revistas. Haja tempo para a leitura.



De volta ao hotel, atualizo este blog.

NOITE HORRÍVEL

A expectativa para a Ursound era grande, mas o atraso de Ric, Emi e Muca para voltar da sauna me irritou profundamente. Eles prometeram voltar por volta das 21 horas, mas chegaram ao hotel somente depois de meia noite. Já havia ligado para os celulares dos três e nada de ninguém atender. Chegaram com cara lavada e rindo muito.
Fiquei injuriado. Com fome e com raiva. Saímos rápido e descemos a pé pela Rua Augusta em direção ao Centro. A descida me animou um pouco porque as tribos presentes na rua eram diversas e interessantes. Estava com fome e os locais pensados estavam fechados. Descemos toda a rua e várias vezes fomos convidados para entrar em boates com shows de louras, morenas e japonesas, todas "apertadinhas", conforme alardeavam os leões de chácara.
Chegamos na Rua Martins Fontes com Rua Avanhandava, quando paramos para comer uma pizza na Avanhandava 34 (Rua Avanhandava, 25, Bela Vista). Mesa para três, nos colocaram na porta dos banheiros. O serviço estava péssimo, custaram a nos atender. Os três sem óculos para leitura, escolhemos o básico: metade portuguesa e metade beringela. Serviço cada vez mais lento. Comemos rápido e pedimos um café. A água do restaurante tinha acabado, portanto não havia café, e nos deram três doses de licor Tia Maria como cortesia.

Da pizzaria, continuamos a descer a Rua Martins Fontes em direção ao início da Rua Álvaro de Carvalho onde funcionava o Hotel Cambridge e local da festa Ursound. Chegamos por volta de 2 horas da manhã e até sair, às 4 horas, só foi chateação. Ric me irritou o tempo todo, primeiro com cara de poucos amigos e visivelmente com vontade de dormir. Depois fumando muito e gritando. Estávamos na pista 3, com música eletrônica. O local estava lotadíssimo. Mudei de pista e fiquei na número 1, sem nenhuma vontade de dançar. Voltei e discutimos muito até Muca sair fora. Enfim, chegamos a uma decisão comum: ir embora. Pagamos a conta (R$44,00 para os dois). Ursound especial da parada: fica para 2010.


Já no hotel, escovei meu dentes, limpei o rosto, passei creme hidratante (o frio estava intenso) e deitei. Adormeci rapidamente.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

DIA DOS NAMORADOS

É dia dos namorados. Já tinha dado meu presente para Ric ainda em Brasília, logo que cheguei do Rio de Janeiro, na segunda-feira, dia 08 de junho. Ric me diz que ganhou antecipado e que daria meu presente depois desta data. Nosso amigo Emi, justamente o que mais dorme, foi quem nos acordou, por volta de 9:40 horas. Enrolamos para sair. Ainda fiz a barba, tomei banho e me arrumei. Conseguimos sair do hotel, Eu, Ric e Muca, apenas 11:30 horas, e fomos ao encontro de Emi e Vera, que já estavam batendo pernas na Rua Oscar Freire. Nos dirigimos para lá, olhamos vitrines, entramos na Guerreiro, experimentei várias pulseiras, mas não levei nenhuma. Na verdade, levei Muca para ver colares de couro e prata. Ele experimentou vários, mas nada comprou. Ficou de pensar (não é a toa que é conhecido como "A Dúvida").
Paramos na Cristallo (Rua Oscar Freire, 914 - Jardins), já que não tínhamos tomado café da manhã. Ali ficamos meia hora e demos mais uma rodada na região. Estava muito frio e decidimos ir ao Shopping Cidade Jardim para almoçar e ver mais vitrines. Dois táxis foram necessários. Eu, Ric e Muca pegamos o primeiro disponível. Vou no banco da frente e falo qual o nosso destino. O motorista não sabia onde era o shopping e pediu o endereço. Digo que é na Marginal Pinheiros, para os lados do Morumbi. Ele pega o GPS e tenta descobrir. Muca verifica o mesmo em seu iphone. O endereço é descoberto e indicado para o motorista, que entrega o GPS para eu digitar. O motorista é bem engraçado, oferece mel (daqueles em embalagens de plástico), pergunta se queríamos ar acondicionado, música e fica imitando a voz feminina do seu GPS. Nos perdemos e fomos parar no Shopping Eldorado. Insisti mais de uma vez que estávamos na direção errada da marginal, mas Muca dizia que estávamos certos, conforme indicava seu iphone. Paramos em um ponto de táxi e perguntamos como chegar ao Cidade Jardim. Depois da explicação, mais uma volta e seguimos para a direção que eu havia apontado inicialmente. O telefone toca. É Vera perguntando porque ainda não chegamos. Digo que o motorista errou e ele se diverte, dando pinta no carro. Diz para eu não ficar nervoso, pois daria um desconto. Disse que não estava nervoso, mas Ric me contesta (ele adora me colocar em situação constrangedora), dizendo que estava nervoso sim. Depois de muito rodar, chegamos, enfim, ao shopping. Ric e Muca saem do carro e eu pago a corrida, com o desconto prometido. O motorista me dá feliz dia dos namorados e pergunta qual era o meu (o com ou o sem chapéu). Dei um sorriso e disse que era o com chapéu.


Entramos no chiquérrimo shopping e vou direto à loja Nespresso para comprar mais cápsulas de café. Depois, rodamos as vitrines do centro de compras para Ric, Muca e Emi conhecerem o local.


Para o almoço, escolhemos o recém inaugurado Due Cuochi Jardim, localizado no terceiro piso do shopping, onde há um enorme terraço com pés de jabuticabeiras. Estamos em São Paulo, assim, mais fila. Previsão de mesa para uma hora de espera. Mais uma volta pelo shopping. Quando voltamos ao restaurante, ainda não era nossa vez. Sentamos em uma pequena mesa no bar e aguardamos, bebendo um pinotage sul-africano, safra 2006, acompanhado de uma entrada com pães e vários antepastos (todos deliciosos, mas destaco os pães e a abobrinha grelhada).
Depois de uma hora e dez minutos de espera, nossa mesa está pronta. Pratos escolhidos, mais um vinho e muita conversa. O meu prato foi sugerido pelo garçon, uma paleta de cordeiro com couscous marroquino. O mesmo prato foi pedido por Vera e por Muca. A paleta de cordeiro derretia na boca de tão macia e saborosa. O couscous estava com um tempero interessante, bem leve. Dispensável, em minha opinião, a espuma que acompanhou o prato. Ninguém quis sobremesa. Apenas café. O meu, descafeinado, obviamente.
Ao sair, resolvo comprar um blaser de veludo cotelê na Alfaiataria Paramount. Foi muito rápido. Vendedor atencioso, mediu meu peito e trouxe dois números para eu experimentar. O que ficou certo nos braços e no ombro é o escolhido, de cor caramelo, embora necessite de pinçar a cintura, coisa que farei em Brasília, já que há uma loja da rede no Conjunto Nacional. Ao retirar o blaser, senti uma fisgada no pescoço que só foi aumentando. Saímos, pegamos um táxi para o hotel e passei na farmácia para comprar um emplastro para colocar no pescoço. Tomo um Dorflex, passo Cataflan spray e ponho o emplastro. A dor é terrível. Resolvo ficar no hotel, enquanto Vera foi para seu hotel e Muca, Emi e Ric vão para uma sauna.
Tenho que ficar quieto, pois a noite será longa, já que irei, juntamente com Muca e Ric, à Ursound, uma das várias festas pré-paradas que acontecem em Sampa. Em 2008, eu e Muca fomos a esta festa e adoramos. O público é eminentemente masculino e sem as frescuras de ostentação de corpos e grifes. A maioria faz o estilo urso (grandão, peludo, gordo, não necessariamente com as três características concomitantemente).

AINDA CORPUS CHRISTI

Depois de malas desfeitas, fomos ao encontro dos amigos e saímos para almoçar, mesmo sendo tarde. Decidimos pelo Spot (Rua Ministro Rocha Azevedo, 72, Bela Vista), restaurante que todos já conheciam e que todos apreciam. É daqueles restaurantes que se deve conhecer. Gente bonita, belos garçons e garçonetes, ambiente agradável, sempre cheio, e comida boa. Como das vezes anteriores, ficamos em lista de espera por uma hora, mas sentados no bar bebericando as deliciosas caipiroskas de lima, de mix de frutas, e de lichia. Quando conseguimos uma mesa para cinco pessoas, pedimos logo os pratos, já que na espera havíamos pedido uma entrada para compartir: cogumelos à provençal (muito bons). Pedi um prato tradicional da casa, penne oriental (com cenouras raladas, amendoins e molho shoyo), nada de excepcional, mas de gosto agradável. Ficamos quase duas horas no restaurante, terminando de conversar, enquanto meus amigos bebiam um vinho rosé, do lado de fora da casa, em frente a uma praça bem aprazível. Muito frio em São Paulo.

Eu, Ric e Muca, depois de passar rapidamente no hotel, fomos para o Vale do Anhangabaú, no Centro, para participar da IX Feira da Cidadania LBGT. Fomos de metrô, com duas baldeações.


O local estava lotadíssimo, em certos pontos até difícil de passar. Depois de rodar por todo o espaço onde a feira estava montada, conseguimos localizar as barracas de bebidas e comidas e nos sentamos em uma mesa na lateral do palco principal, onde acontecia diversos shows de drag queens. A apresentação era de Silvetty Montilla e, como sempre, ela estava inspirada. O ponto alto do show foi ver Márcia Pantera, depois de anos, ainda em forma e escalando as estruturas metálicas do palco, fazendo parte de sua performance no alto das ferragens.


Haja bate cabelo!


Ficamos até 21 horas (chegamos às 18:30 horas) e resolvemos sair dali para comer alguma coisa. Decidimos pela volta à região da Avenida Paulista.

Mais uma vez metrô, com duas trocas de linhas e, descendo na estação Consolação, fomos até o América (Avenida Paulista, 2.295, Cerqueira César) para um rápido repasto. Escolhi um hamburguer tradicional da casa. Enquanto esperávamos a comida, bateu uma preguiça.

Assim, depois de uma hora e meia no América, voltamos para o hotel para descansar e dormir.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

CORPUS CHRISTI EM SAMPA


Depois de filas imensas para despachar bagagem no balcão da TAM no aeroporto de Brasília; de ter que ceder meu lugar no corredor (já surrupiado anteriormente no check in, pois a TAM não garantiu a marcação prévia quando da emissão do bilhete) para um casal que viajava com uma filha pequena; de atraso de uma hora para decolar e uma espera de quase quarenta minutos para pegar minha mala, chego a São Paulo no início da tarde do feriado de Corpus Christi. Por sorte, não havia fila para pegar táxi e nem trânsito lento, como de costume na capital paulista. Eu e Ric fomos atendidos em apenas cinco minutos no check in do Hotel Mercure Sain Germain, localizado no bairro Cerqueira César, a uma quadra da Avenida Paulista e da Rua Augusta. Pedimos um quarto no mesmo andar onde nossos amigos estão hospedados e fomos atendidos. Um quarto ao lado do outro.
Hora de desfazer as malas e escolher um local para almoçar, dando início a uma maratona gastronômica e cultural nos próximos quatro dias.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

ENTREVISTA PARA NOVO EMPREGO

Um fio de luz entrava pelo único buraquinho que havia na janela de madeira. Isto indicava que o sol já ia alto, pois logo cedo, devido aos prédios vizinhos, a luz solar não entrava diretamente no quarto de Heleno. Ele abre o olho direito incomodado com a tênua claridade e tenta ver as horas em seu rádio relógio.
11:27 em vermelho reluzia.
Dá um pulo da cama, sentindo uma fisgada na coluna, lembrando da entrevista para o novo emprego que aconteceria às 13 horas. Tinha uma hora e meia para se levantar, fazer a barba, tomar um banho, colocar uma roupa adequada, comer qualquer coisa, pegar o metrô e ser pontual na chegada à empresa. Pensou rapidamente que teria que eliminar alguns destes passos. Lera tudo nos manuais de como se comportar em uma entrevista, especialmente quando se almeja um emprego. Desistiu de fazer a barba e de comer alguma coisa. Escovou os dentes, jogou uma água no rosto e penteou os cabelos cacheados. Colocou uma calça social, um sapatênis preto, meias pretas, uma camisa listrada de azul e branco com mangas compridas e um casaco de veludo. Saiu correndo para a estação do metrô, a duas quadras de onde morava. Como já tinha bilhete, passou na roleta, desceu correndo as escada rolantes que o levava a plataforma de embarque. Não esperou nem três minutos. O trem se aproximou, parou, abriu as portas. Ele entrou e se sentou, ensaiando em voz baixa as respostas que iria dar. Sete estações depois, sem necessidade de baldeação, desceu e se dirigiu para o prédio da empresa, que se situa bem em frente à saída do metrô. Errou a saída, pegou a da direita e teve que voltar. Chegou transpirando de nervosia e se apresentou para uma recepcionista. Explicou quem era e o que fazia ali. Ela o identificou, entregou um crachá de visitante e o indicou a sala onde aconteceria a entrevista.
Seis pessoas, todos homens, aguardavam sentados. Ele era o sétimo e isto não o agradou, pois odiava este número. Se sentou em um canto e ficou espreitando os demais candidatos. Todos os seis concorrentes estavam de terno escuro, sapato social e gravata. Todos tinham relógios bonitos, alguns com anéis de prata nos dedos. Todos faziam questão de ostentar os aparelhos celulares. Heleno não tinha celular, por questões de princípios. Heleno não usava relógio e nem anel. Heleno se sentiu um estranho no ninho. A entrevista seria cronometrada. Não mais que quinze minutos para cada um, já haviam avisado a todos enquanto estavam na sala de espera.
Aquiles é chamado. Um porte de cavalheiro. Entra sem gingar o corpo. Esbelto, esguio. 15 minutos. Aquiles sai com um semblante resplandecente. Estava confiante.
Jonas é o segundo da lista. Baixinho, usava um corte de terno e cores corretas de camisa e gravata para aumentar sua silhueta. Entrou sem errar o passo. Firme. 15 minutos. Face radiante de alegria. Estava confiante.
Gregório se levanta ao ouvir seu nome. Este é gordinho e usa um terno perfeito, feito sob medida para seu corpo. Passos pequenos, calmos, serenos. Sorri para a recepcionista e para os demais concorrentes. 15 minutos. A respiração está arfante. Adrenalina decorrente da alegria total. Estava confiante.
Heleno começa a se apavorar. Não teria chances. Os três que o antecederam estavam muito centrados. Mostravam que estavam preparados.
Carlos José é o quarto e levanta apressado, olhos esbugalhados, rosto cheio de cortes de uma barba feita às pressas. A roupa era visivelmente de um tamanho maior do que ele usava. Cambaleou muito para entrar, parecia bêbado. 15 minutos. Saiu olhando para baixo, arrasado. Não esboçou nenhum sorriso. Estava descrente.
Uilio foi chamado. Todos olharam para ele. Que nome estranho. Acostumado desde a infância, olhou para todos e disse que era para ser William, mas seu pai não sabia falar direito. O escrivão, não entendendo o nome, pediu para soletrar. Ele, sem pestanejar, soletrou: U I L I O. Parecia que esperava este momento, pois esta sua fala lhe deu uma força visível nos seu olhos que brilhavam. Entrou de cabeça erguida, com passos contados, roupa impecável. 15 minutos. Sucesso era a palavra que se podia ler em sua testa. Estava confiante.
É a vez de Sales. Terno Ermenegildo Zegna, gravata listrada em tons sóbrios. Camisa com punho de abotoadura, de madrepérola. Sapatos pretos, lustrados e perfeitos. Cabelo com corte moderno, mas bem arrumado. Rosto barbeado, perfeito. Tinha uma tristeza marcante nos olhos. Entrou lentamente, como se estudasse cada metro quadrado do ambiente. 15 minutos. Certeza total de que seria o escolhido.
Por fim, Heleno é chamado. Levanta sem saber se rumava para a sala da entrevista ou se rumava para a saída. Resolve escolher a saída, mas a recepcionista o pega pelo braço e o muda de direção. Está nervoso. Está muito nervoso. Suas pernas bambeiam. Suas mãos estão trêmulas. Consegue, com muito esforço, chegar à sala da entrevista. Não há ninguém. Apenas uma tela de plasma na parede. Todo o ambiente é claro. Ele se senta e a porta se fecha. Uma música começa a tocar. Reconhece a melodia. Tem certeza que é uma música que ouvia em sua adolescência, mas era cantada na época e agora apenas instrumental. A música fica mais alta e ele se concentra. Ele sabe que música é, mas não se recorda da letra. Começa a acompanhar a melodia fazendo alguns sons pela boca. A letra é em espanhol, ele se lembra, mas qual, se pergunta. Ninguém fala nada. De repente, a tela de plasma mostra um contador, como os números de seu rádio relógio. O contador indica sete minutos. Novamente o número sete. Ninguém entra, não há nenhum som de vozes, apenas a música, cada vez mais alta. Tem vontade de explodir. Se levanta. Vai até a porta e tenta abrir. Está trancada. Bate na porta. A recepcionista abre e diz que a entrevista acabou. 8 minutos. Heleno sai da sala com cara de espanto. Não entendeu nada. A recepcionista pede para ele se sentar. O resultado da entrevista sairá logo. Ninguém comenta nada sobre sua experiência na sala com a tela de plasma. Com exceção de Heleno e Carlos José, os demais sorriam. Nenhum celular tocava. Passaram-se alguns minutos. A recepcionista entra com o resultado parcial, pois dois deveriam repetir a entrevista. Ela avisa que Carlos José, Aquiles, Jonas, Gregório e Sales estão dispensados. Não passaram na entrevista. Eles não acreditaram no que ouviram e muito menos Heleno. Uilio era só alegria. Os cinco eliminados quiseram questionar, mas a recepcionista, muito firme, disse que não cabia nenhum tipo de argumentação. Eles estavam eliminados e ponto final. Não se tratava de um concurso público, com possibilidades de recursos. Foram convidados a se retirar.
Heleno, ainda incrédulo, se questiona porque fora selecionado para nova rodada de entrevista. Afinal, foi o único que não ficou quinze minutos sozinho naquela sala fechada ouvindo aquela música com o som cada vez mais alto e cada vez mais irritante. A recepcionista sai. Mais alguns instantes e um senhor super bem vestido entra e informa que a mesma entrevista será repetida. Uilio se anima e Heleno resolve desistir. O senhor o ignora. Se dirige a Uilio e pergunta se já está pronto. Ele responde afirmativamente e volta para a sala fechada. 15 minutos, sai mais exultante do que da primeira vez. A palavra sucesso era mais visível em sua testa. Parecia um luminoso de neon. A recepcionista chama Heleno, que não teve coragem de se retirar e ele diz para ela que não aguentaria novamente a experiência com aquela música. Era melhor não tentar de novo. Ela pergunta se era uma posição fechada e ele diz que sim. Ela pede para aguardarem, pois iriam compilar o resultado das duas entrevistas. Heleno diz que não precisava, pois já tinham a primeira e única nota. Ela se virou e entrou. Cinco longos minutos para Uilio e Heleno na sala de espera.
A recepcionista volta e diz que o aprovado era Heleno. Uilio quer saber porque. Ela diz que não tinha autorização para explicar a escolha dos diretores. Era Heleno e ponto final. Heleno não entende. Fica sentado com múltiplas sensações: entusiasmo, espanto, felicidade, curiosidade, surpresa, enfim, um turbilhão de coisas se passavam em seu cérebro e reverberavam em seu corpo. Uilio é convidado a se retirar. Três homens e duas mulheres, todos vestidos bem informais, surgem na sala de espera e se apresentam como os diretores da empresa. Parabenizam Heleno pela entrevista. Mas ele pergunta qual seria a entrevista sobre a qual falavam. Eles disseram que a entrevista nada mais era do que uma observação desde o momento em que se sentaram na sala de espera, feita pela recepcionista e o comportamento na sala com a tela de plasma. O crucial na escolha foi o tempo que cada um ficou na sala. Tiveram uma dúvida com relação a Uilio porque, na primeira vez, ele tampara os ouvidos quando a música aumentou. Na segunda, dançou e cantou a letra da música toda, fator que levou os diretores a não o escolherem. Dançar aquela música era o fim. Heleno foi o melhor. Não aguentou a música, pediu para sair logo e não quis repetir a mesma experiência. Ele era o que a empresa precisava. Informaram que poderia começar no dia seguinte. Ele perguntou se podia saber se a experiência foi a mesma para os sete candidatos e qual era a música tocada. Sim, responderam que a experiência e, portanto, a música, foi a mesma para todos. Ele ficou parado, esperando o nome da música. Os cinco deram meia volta e saíram.
A recepcionista o indicou a saída falando: "Não queira saber a música".
Heleno saiu. A música voltou a martelar na sua cabeça. Que música é esta? Que música é esta? Não vinha a resposta. Resolveu passar em uma loja de discos. Cantarolou a melodia, mas ninguém sabia. Disse que era uma música que ouvia quando adolescente. Como já tinha 43 anos, um vendedor disse que talvez uma visita a um sebo de discos o ajudaria. Sabia onde ir.
Mundo dos Vinis era o nome do sebo. Entrou e cantarolou a música para o vendedor. Na hora o vendedor não só a identificou, como mostrou a capa do vinil. Perguntou se queria comprar. Heleno se assustou e riu muito. Como poderia ter esquecido. Festinhas da adolescência, todos dançavam e rebolavam aquela música. Agradeceu pensando que era melhor não comprar, seguiria o conselho que recebera ao sair da empresa.
Saiu da loja, caminhou um pouco, lembrou que nada comera até aquela hora. Parou em um café e lanchou. Entrou no metrô e voltou para casa, afinal o dia seguinte seria um novo dia para ele.

Tinha uma certeza: "melhor não saber a música".