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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

L'ENTRECÔTE DE PARIS


Mais uma vez perdemos a hora do café da manhã em São Paulo. Acordamos tarde no domingo, quase na hora do almoço. Fomos então direto para um restaurante almoçar. Domingo é certo que os restaurantes da cidade ficam lotados, com muitas filas de espera. O negócio é chegar por volta de 13 horas, quando ainda há vagas. Ainda no hotel, consultei o Guia da Folha, mas acabei escolhendo um restaurante que fazia propaganda em uma revista. Liguei antes para saber se era necessário reservar mesa, pois alguns restaurantes paulistanos só atendem quem tem reserva feita pelo telefone. Fui informado de que o horário para fazer reservas já tinha acabado, mas que se chegasse até 13:30 horas, haveria mesa disponível. O restaurante é o L'Entrecôte de Paris (Rua Pedroso Alvarenga, 1.135), no famoso bairro Itaim Bibi, onde se concentram alguns dos melhores restaurantes da cidade. Pegamos um táxi (R$ 18,00), chegando ao local às 13:10 horas. Fomos recebidos na porta e nos deram opção para escolher onde queríamos nos sentar: na varanda ou no salão principal. A varanda é simpática, toda em vidro, com vista para a rua, mas preferi o aconchego do salão interno, pois sua decoração me lembrou o Café de Paris de Genebra ou alguns bistrôs parisienses. Cadeiras de madeira, sofá em couro vermelho ao longo das paredes, mesas bem perto umas das outras, chão de piso hidráulico, grandes espelhos retangulares pendurados na parte de cima das paredes com inclinação para baixo, muitas fotos de Paris, incluindo personalidades francesas, como o jogador Zidane, fazem parte da sua decoração. Música francesa em volume adequado faz parte da ambientação. O slogan da casa é interessante: "igualzinho ao que você saboreou lá, com uma pitada de simpatia bem brasileira". Esta simpatia estava escancarada no rosto da garçonete que nos atendeu. O restaurante, como seu primo francês, tem menu único: entrecôte (segundo Wessel, é a continuação natural do contra-filé) com uma camada de molho de manteiga de ervas, servido com batata frita cortada em palito. Precede uma salada verde com tomate cereja, nozes e mostarda de Dijon. O menu sai por R$ 39,50. Para acompanhar o prato, nada melhor do que um vinho tinto francês. Por falar em vinho, a adega é grande e fica em uma das paredes do salão principal. Ao receber a carta de vinhos, notei que ela é enxuta, com poucas opções. Talvez seja porque o prato seja único. Escolhi um vinho de Bordeaux, o Les Granges des Domaines Edmond de Rothschild, safra 2007 (R$ 126,00), importado pela Zahill. A garçonete elogiou pelo vinho escolhido. Observando as mesas ocupadas, notei que os pratos chegam rapidamente à mesa, pois não há muito o que escolher. Assim, pedi que nossos pratos só viessem quando avisássemos. Aceitamos o couvert, composto de pães, manteiga, patê de azeitonas pretas e azeite (R$ 6,50). O tempo estava nublado, com eventuais chuviscos. Com todo este clima, comendo o pão, me senti em Paris. O vinho estava na temperatura ideal, com um sabor primoroso. Depois de quarenta minutos batendo papo, demos o sinal verde para vir os pratos. Primeiro a salada. O molho de mostarda Dijon dava um sabor especial às folhas, que associada às nozes, deu uma certa personalidade à entrada. Foi terminar a salada e o garçom já trouxe o prato principal. Um bem montado prato, com as cores amarelo (batatas fritas) e verde (molho de manteiga de ervas) dominando. A surpresa ficou por conta da carne. Ela vem fininha, diferente dos seus primos europeus, já fatiada. As fatias são acomodadas de forma que pareça um filé. Embora o sabor estivesse ótimo, a carne no ponto, confesso que prefiro as carnes mais altas. O vinho harmonizou divinamente com o entrecôte. Chegava a hora de pedir a sobremesa. Diferente do prato principal, neste campo há  opções, algumas clássicas da culinária francesa. Vi passar alguns pratos com doces com uma bela aparência, mas preferimos ficar só no café. Mais um restaurante que serve Nespresso, meu café favorito. Quando saímos, o restaurante estava lotado, com fila de espera na varanda do lado de fora. Pedimos à garçonete que nos chamasse um táxi que chegou rápido, no momento em que a chuva apertava. Nosso destino era o Center 3, na Avenida Paulista, pois decidimos ir ao cinema.


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