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domingo, 12 de dezembro de 2010

UM SÁBADO CHEIO EM BELO HORIZONTE

Tivemos um sábado movimentado em Belo Horizonte. Acordamos tarde, mas a tempo de tomar o bom café da manhã do Hotel Mercure Lourdes. O hotel é bem cheio nos finais de semana. Todos aproveitando a diária cultural. Pegamos um táxi em direção ao bairro Ermelinda, onde moram meus pais. Almoçamos com eles. Sabendo de minhas restrições alimentares, minha mãe preparou um almoço só com opções que eu podia comer. Salada de folhas verdes com tomate cereja, pepino e manga; legumes cozidos sem nenhum tempero (cenoura e batata); chuchu cozido bem picadinho (prato feito a meu pedido); arroz branco, feijão (único que não comi, tendo em vista a já citada restrição); e surubi ensopado. Tudo estava uma delícia, como sempre! Depois, conversamos um pouco, descansei, ajudei minha mãe a pagar contas pela internet. Por volta de 14 horas, resolvemos ir embora. Pegamos ônibus até o centro e de lá, tomamos um táxi para o Diamond Mall. Tínhamos outras opções de shopping, mas preferi um menos movimentado. Nosso objetivo inicial era comprar os presentes do amigo oculto para a confraternização logo mais à noite com alguns velhos amigos mineiros. Rodamos as lojas, não agradando de muita coisa, tendo em vista o espírito do amigo oculto, a ser sorteado na hora. Optei por comprar o novo cd duplo da Maria Bethânia e do novo dvd de Maria Gadú, enquanto Ric comprou chocolates na Cacau Show (uma mini garrafa imitando champagne e um pote de vidro cheio de formatos diferentes de bombons). Terminadas as compras e com tempo para o início da sessão de cinema (a garantia da segunda diária cultural no hotel), aproveitamos para tomar um café expresso no Café Verde Mar, localizado no piso térreo do shopping, em frente ao supermercado gourmet de mesmo nome. Seguindo a dieta, fiquei na água mineral com gás e com um café descafeinado. Na hora de pagar a conta, passaram meu cartão Visa, mas ele foi recusado, com a mensagem "transação recusada pelo cartão" estampada na máquina. Pedi para repetir, pois era o cartão que vinha usando nos últimos dias, inclusive foi o utilizado para pagar a compra do presente do amigo oculto minutos antes, em valor bem superior ao da conta no café. O garçom repetiu. A mesma mensagem apareceu. Troquei de cartão, transação aprovada. Liguei imediatamente para o cartão recusado para saber o que acontecera. As duas vezes que passaram o cartão, houve o registro da conta, não havendo nenhum problema com ele. Tive que solicitar o cancelamento dos dois registros. Como ainda estava no café, chamei o garçom, dizendo o que haviam me dito pelo telefone. Ele disse que a máquina do estabelecimento devia estar com defeito, se prontificando a me restituir o valor em dobro dos dois registros com o primeiro cartão. Agradecei, mas disse que já havia solicitado o cancelamento junto à administração do cartão de crédito. Do café fomos direto para o terceiro piso, onde estão localizadas as salas do Cinemark local. O filme que escolhemos foi As Crônicas de Nárnia - A Viagem do Peregrino da Alvorada (The Chronicles of Narnia: The Voyage of The Dawn Treader), terceiro episódio desta fantasiosa saga infanto-juvenil. Também não pagamos entrada, pois ainda tinha as cortesias para o Cinemark trocados pelos pontos acumulados no programa DOTZ. A direção do filme é de Michael Apted para uma produção dos Estados Unidos de 2010. Para resolver a questão do crescimento dos atores que fizeram os dois primeiros filmes, desta vez apenas os dois mais novos retornam a Nárnia para ajudar o Príncipe Cáspian contra um novo elemento maligno, um nevoeiro, desta vez acompanhados por um irritante primo mais novo. O filme é totalmente previsível, com os mesmos clichês dos dois anteriores. O tal primo irritante acaba se convertendo em herói, com dicas ao final de que, se houver um novo filme, ele retornaria ao mundo encantado de Nárnia. Como os anteriores, não gostei. Reafirmo que não tenho muita paciência para filmes onde animais conversam com os humanos. Antes que fiquem se questionando porque então assisti, já sabendo o que veria, respondo que era o único possível de se ver dentro do nosso apertado horário. Saímos do shopping perto de 19 horas, pegando um táxi para retornar ao hotel. Foi o tempo de aprontar para nova saída, desta vez para o encontro com os velhos amigos. Os amigos escolheram o local. Eles gostam de boteco, portanto, não me espantei quando me disseram o nome e o endereço: Bar Normal (Rua Barão de Cocais, 23, Sagrada Família). Fomos de táxi, parando em frente ao Hospital São Camilo, na Avenida Silviano Brandão. Atravessamos a avenida, e subimos a Rua Barão de Cocais. A poucos metros da avenida, dois senhores estavam sentados na calçada em frente a uma minúscula porta com um lustre rústica iluminando-a. Perguntei se era a rua que procurava, já que não tinha nenhuma placa indicativa na esquina, e se naquela porta se entrava para o Bar Normal. Ambas as respostas foram positivas. Para entrar, cada um recebe uma comanda. O senhor nos informou que o bar não aceitava cartões de crédito. Não gostei. Três amigas já tinham chegado e estavam em um ambiente reservado. O bar funciona em uma parte de uma casa adaptada. O ambiente reservado era uma espécie de sala, mas sem janelas para o exterior. Há duas aberturas para o salão do bar. A decoração é um caso à parte. Nas paredes, há mandalas de madeira, espelho, ferro, plantas, origamis pendurados no teto, rádios antigos, rendas nordestinas, sofás, mesas de compensado fixas no chão, cadeiras de plástico, pedras, paredes pintadas de uma cor ferrugem, enfim, uma grande salada. O atendimento é bem informal, mas eficiente. Música ao vivo no estilo um banquinho, um violão, com repertório clássico de bares, com bastante MPB. Cheguei com fome. Logo descobri que as opções eram poucas para minhas restrições, já que há uma variada oferta de petiscos típicos de bares. Na verdade, 100% do cardápio era vetado para mim, mas optei por aquilo que menos agrediria meu organismo: pasteis de angu recheados de frango desfiado. Embora fritos, eles vem bem sequinhos em uma porção com dez unidades. Estavam saborosos. Realmente pastel de angu é uma iguaria belo horizontina difícil de se encontrar em outras paragens. Para beber, somente água  mineral com gás, pois não havia suco natural, apenas os de lata. Logo todos os amigos chegaram, formando um roda com dez pessoas. Pek foi o último a chegar, vindo de uma peça de teatro. Ele me presenteou com os dois livros "Autores - Histórias da Teledramaturgia", lançado pela Editora Globo. Encontra-se esgotado. Traz depoimentos com diversos autores da telenovela brasileira. Belíssimo presente que ele carrega para me entregar desde o evento Auditions, dia 16/11/2010, quando estava no foyer do Palácio das Artes quando cheguei. Ele me falou do presente e eu, num ato insensato, pedi para ele me entregar em 11/12, sem sequer ver o livro. Já lhe pedi desculpes, mas o fiz novamente na noite de sábado. Atualizamos nossas conversas, o pessoal sempre bebendo cerveja e petiscando bastante. Quando os relógios indicaram meia-noite cantamos parabéns para Pek, que aniversaria no mesmo dia que Belo Horizonte, 12/12. Outro amigo presente também faz aniversário na semana que se iniciava, motivando-nos a também cantar parabéns para ele. A vela era em forma de interrogação, conseguida no próprio bar. Depois dos abraços, iniciamos o sorteio do amigo oculto. A dinâmica consistia em tirar um nome de dentro de uma sacola. A pessoa sorteada ia até o local onde estavam os presentes e escolhia um, abrindo-o na frente de todos. Em seguida, ele tirava novo nome da sacola que tinha duas opções: tomar o presente já aberto ou escolher novo embrulho. Caso tomasse o presente, o prejudicado escolheria nova sacola. Assim, o melhor é ser o último, pois todos os presentes já foram abertos (menos um), podendo fazer uma avaliação se vale a pena arriscar ou tomar um dos presentes conhecidos. No meu caso, tomei o presente de uma amiga. Era uma interessante caneca chamada "Um Dia Perfeito". Quando levantamos a caneca, luzes vermelhas se ascendem, parando em um desenho, como uma máquina caça-níquel. A ideia é compartilhar o jogo erótico e fazer o comando onde a luz parou. O último sorteado, Pek, tomou o primeiro presente aberto, que já tinha passado por três mãos. Era o presente que comprei. O bar fechava às duas horas da madrugada. Assim, pedi para fechar minha comanda quando faltavam quinze minutos para o expediente se encerrar. Paguei, indo para a avenida esperar um táxi passar. Não demorou nem dez minutos. Paramos dois táxis. Um para a amiga que organizou tudo e outro para mim e Ric. Chegamos no hotel quase duas e meia da madrugada. Ric ainda pediu uma omelete antes de dormir. Fiz o mesmo, mas apenas com recheio de tomates. O sono foi profundo.

2 comentários:

  1. Noel,
    Não paro de ouvir o disco da Bethânia.
    Bjs

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  2. Pek,

    Realmente o cd é ótimo. Ele fica constantemente no meu carro, junto com o da Simone.

    Bjs.

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