Almocei no restaurante Na Cozinha (Rua Haddock Lobo, 855, Jardins, São Paulo) nesta sexta-feira quente na capital paulista. Para mim, o tempo inteiro era sábado, pois acordei muito tarde, já perto de meio dia. Cheguei ao local às 14:10 horas. Foi minha primeira vez neste restaurante. É pequeno, no máximo seis ou sete mesas, dando ar de bistrô, devido ao clima aconchegante. Logo na entrada, vemos a cozinha aparente, com paredes em vidro para que a fumaça não chegue no salão onde ficam os clientes. Devido ao horário, apenas uma mesa estava ocupada. Sentei em uma mesa no final do corredor, o que me garantia uma ampla visão do restaurante. O atendimento é simpático, informal e eficiente. O garçom soube responder todas as minhas dúvidas e curiosidades. Ele me sugeriu o menu especial, dedicado a Santa Bárbara (Iansã, que no sincretismo religioso, é o santo associado no candomblé), cujo dia se comemora em 04 de dezembro. O menu consistia de prato com iguarias da culinária baiana, ou seja, caruru, vatapá, bobó de camarão, xinxin de galinha, feijão fradinho, farofa de dendê e arroz branco. Ainda no mesmo menu, estava incluída a sobremesa, um manjar de coco com calda de laranja e gengibre. Tudo ao preço de R$ 39,90. Este menu especial só será oferecido nos dias 03 e 04 de dezembro de 2010. De 05 a 11/12/2010, o menu especial será com comidas típicas do Centro-Oeste. Ric preferiu pedir o carro chefe da casa, o menu executivo de picadinho de filé (R$ 29,90), com salada de folhas, mini pasteis de carne, feijão, tomate, farofa e arroz branco, terminando com uma salada de frutas temperada com sal e gelo. Não há sucos no cardápio, mas há algumas opções de refrigerantes típicos de alguns estados, como o Mate Couro, encontrado em Belo Horizonte, Minas Gerais, a tubaína de São Paulo, a cajuína dos estados do Nordeste. Havia o delicioso Guaraná Jesus, do Maranhão, mas por dificuldades de comercialização, não oferecem mais. O chef é Carlos Ribeiro, um simpático paraibano que foi até nossa mesa conversar um pouco. Ric pediu uma cajuína, enquanto eu fiquei na água com gás. De entrada, pedimos uma porção mista de pasteis fritos (R$ 21,00). Vieram seis pasteis, dois de carne, dois de palmito e dois de queijo temperado com ervas. Deu para enganar o estômago, enquanto aguardávamos nossos pratos principais. Achei os pasteis sem personalidade. Em todo pastel de queijo, seu recheio deve vir derretendo, o que não foi o caso. Já os pratos principais vieram com bonita apresentação e um delicioso aroma. Todas as iguarias baianas vieram bem montadas e estavam bem feitas, com destaque para o vatapá e o caruru, que estavam muito bons. O senão ficou apenas para o arroz, que veio frio, mas nada diferente do que qualquer porção de arroz que se come nos restaurantes em Salvador, Bahia. Ric gostou do seu picadinho. O manjar de coco veio em um pequeno tamanho, ideal para quem não quer comer muito doce. A calda tem um sabor expressivo de laranja, com um longe ardor do gengibre. Fiquei curioso com a salada de frutas temperada com sal e gelo do menu de Ric. Experimentei e achei o sabor delicado. O sal é discreto, conferindo um toque especial às frutas. Não bebi café, mas como Ric pediu, verifiquei que é Nespresso. Quando saímos, já estava fechado o restaurante, pois já passavam das três horas da tarde. Valeu a pena conhecer este escondido restaurante nos Jardins. Recomendo.
Menu Santa Bárbara
Menu Executivo - Picadinho de Filé
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