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sábado, 23 de abril de 2011

MUSEO NACIONAL

Manhã de sábado em Bogotá. Dia frio, nublado. Acordamos mais tarde. Tomamos o café da manhã no próprio Sofitel Bogotá Victoria Regia. Claro que comi frutas do país, como pitaya, granadilla e higos, além de tomar suco de amora, delicioso. Não tínhamos pressa, pois o único programa para este sábado era conhecer o Museo Nacional (Carrera 7, entre Calles 28 e 29, Centro Internacional). Só deixamos o hotel ao meio-dia. Aproveitei para reservar um transporte para nos conduzir ao aeroporto logo mais à noite. Transporte confirmado para 21:15 horas no valor de 38.000 COP a ser incluído em minha conta do hotel. Pedi um táxi especial, destes que cobram mais caro, mas que ficam nos esperando o tempo que for necessário. Há o preço da corrida e mais o valor de cada hora de espera. Sempre há destes táxis em hoteis mais requintados. O mensageiro do hotel chamou um carro que, por sinal, será o mesmo que nos levará ao aeroporto à noite. Pela corrida do hotel até o museu paguei 24.000 COP. Foi longo o trajeto, possibilitando-nos conhecer melhor a cidade. O motorista nos deixou na porta lateral do museu, onde há uma unidade do Juan Valdez Café. Por cada hora ou fração de espera, seriam 6.000 COP, além do valor da corrida de volta. Eram 12:30 horas. Disse ao motorista que gastaria, pelo menos, uma hora e meia no museu. Ele disse para não se preocupar, pois estava por nossa conta. Entramos pela lateral, passando pelo café, pela loja do museu, pela chapelaria até chegar ao saguão principal, onde funciona a bilheteria. Neste final de semana a entrada era gratuita. Foi necessário apenas pegar os bilhetes. Fotos são permitidas, desde que sem flash. O museu é o mais antigo da Colômbia. Funciona em um belíssimo prédio onde outrora foi uma prisão. Quando chegamos, estavam convidando, a quem interessasse, para assistir a um concerto de música religiosa no pequeno teatro localizado no saguão de entrada. Preferimos ver a exposição permanente. São três pisos. O acervo permanente relata a história do país desde o tempo das civilizações indígenas que viviam no território colombiano, passa pela chegada dos espanhóis que conquistaram tais territórios, a evangelização dos indígenas, as guerras pela independência e seus heróis, a constituição de um país livre e democrático, os problemas internos de guerrilhas, como as FARC, o desenvolvimento, a cultura, destacando literatura, televisão, cinema, artes plásticas e artes visuais. Tudo isto é muito bem ilustrado com objetos de época, quadros, pinturas, fotografias, esculturas, troféus, medalhas, moedas, armas, enfim, uma infinidade de coisas que nos mostra a história do país. Em local de destaque fica a primeira peça do museu, uma espécie de meteorito chamado aerolito encontrado na região de Bocayá em 1810. Gostei de ver múmias de índios muíscas, o troféu ganho por Luz Marina Zuluaga, eleita Miss Universo em 1959, geladeira, máquina de lavar e fogão da marca GE da década de 1960, o uniforme usado por um atleta que integrou a primeira delegação esportiva colombiana nos Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936, uma pequena sala de cinema onde passava filme antigo colombiano, caixas com punhado de terra de cada campo de batalha pela independência do país, e as várias pinturas de Fernando Botero existentes no terceiro piso. Cada vez gosto mais deste pintor colombiano. E neste museu pude ver pinturas onde as famosas formas redondas ainda não faziam parte de sua rotina. Calculei corretamente o tempo, pois conseguimos ver todo o museu, com exceção das seções que estavam fechadas ao público, em pouco menos do que uma hora e meia. Deu tempo de comprar algumas lembranças na loja local e tomar um café no Juan Valdez Café. Na saída, um segurança revistava bolsas e mochilas, mas de forma muito polida. O motorista já nos aguardava. Ele perguntou se era para voltar para o hotel, mas queríamos ir ao Centro Comercial Andino, um dos três shoppings que ficam bem próximos ao nosso hotel. Pela corrida e pelas horas paradas, pagamos 36.000 COP. Demos uma volta no shopping, mas não havia nenhum restaurante lá dentro, apenas uma enorme praça de alimentação. Sabendo que nos arredores há uma profusão de bares e restaurantes, saímos para escolher um deles. Queria algo mais leve, pois não gosto de comer nada muito pesado em dias de longas viagens aéreas. Havia vários locais para escolhermos: comida mexicana, colombiana, argentina, tailandesa, chinesa, japonesa, fast food. Ficamos com a comida italiana. Uma massa é bem difícil de ser uma escolha errada.


Múmia de índio muísca - Museo Nacional - Bogotá


Aerolito encontrado em 1810 - primeira peça do Museo Nacional - Bogotá


Retrato de Luz Marina Zuluaga, eleita Miss Universo em 1959 - Museo Nacional - Bogotá


"La Italiana" - óleo sobre tela, 1954 - de Fernando Botero - Museo Nacional - Bogotá


Museo Nacional, prédio onde funcionou uma penitenciária - Bogotá

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