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domingo, 31 de maio de 2009

ADMIRÁVEL MUNDO NOVO?


Para fechar o domingão, eu e Ric decidimos ir ao teatro. Escolhemos a peça Admirável e Só Para Selvagens, em cartaz no Espaço Cena ( SCLN 205, Bloco C, Asa Norte). Fomos alertados por amigos que a peça só comportava vinte pessoas por apresentação. Ligamos por volta de 13 horas, então, para reservar dois lugares. Duas entradas inteiras (R$20,00 cada uma) reservadas para a segunda sessão do dia, às 21 horas.
Chegamos um pouco antes e encontramos conhecidos e gente do meio teatral brasiliense. A entrada era uma tampinha de garrafa colorida. Pegamos duas vermelhas, que sinalizavam que pagamos inteira. Na hora de abrir as portas do teatro, um pedido para desligar totalmente o celular, nem mesmo no modo silencioso podia ficar, pois a peça tinha vários microfones que poderiam captar qualquer vibração e dar uma microfonia.
A direção do espetáculo é de Miriam Virna, conhecida diretora e atriz de Brasília que agora mora no Rio de Janeiro. Ela também atua na peça ao lado de Alessandro Brandão, outro ator da cidade que agora batalha na cidade maravilhosa. O texto é uma livre adaptação da obra de Aldous Huxley, Admirável Mundo Novo. Livre adaptação hoje significa que criam em cima de uma obra e nada pagam em direitos autorais ao autor que escreveu o original.
O teatro é pequeno e 28 pessoas são acomodadas em duas fileiras de cadeiras, dispostas nas laterais, uma fila em frente a outra, deixando um corredor entre elas onde a peça se transcorre. Mais quatro pessoas se sentam em uma almofada grande bem em frente a minha cadeira. O cenário é todo negro, com luzes focando os atores. Cada um faz dois papeis e a troca se dá pontuada pela música, um set eletrônico original criado e executado pelo DJ Quizzik. É necessário prestar bem atenção, pois há um despejar de frases interminável. O texto é recheado de situações já vistas e revistas em mais de uma dezena de filmes e peças, sem nada de novo. Soa, inclusive, datado, com questionamentos sobre o capitalismo, Deus, individualidade e convívio social. Embora curta, pois a peça tem apenas 55 minutos, parece longa, não anima. Ambas as interpretações são boas, com muita técnica, mas fica nisto. Aproveitaram bem a tecnologia disponível em termos de áudio. O figurino também é negro e traz a concepção de um mundo novo cheio de sombras e dúvidas (que eles verbalizam o tempo inteiro na peça). Talvez a ideia de se usar a ausência de cores (o preto) foi para contrapor as visões de futuro onde o branco asséptico prevalece (como no filme THX 1138, de George Lucas). 
Enfim, não gostei do que vi: a música é chata, cansativa, o texto é repleto de clichês e o negro total me incomodou.

Acabei a noite comendo um crepe de mussarela com tomate fresco na creperia Crepe Royale (SCLS 207, Bloco C, loja 37, Asa Sul) e de sobremesa um pequeno crepe de alfajor para adoçar a vida.

sábado, 30 de maio de 2009

REFLEXOS DA ERA TECNOLÓGICA


Sempre gostei de novidades tecnológicas, especialmente as ligadas ao que gosto, como música, filmes e literatura. Hoje, ao arrumar o quarto que funciona como um escritório e local onde passo a maior parte do tempo quando estou em casa, fiquei enlouquecido com tantos fios e carregadores:
01) Máquina digital - cabo exclusivo para passar as fotos digitais para o computador, tripé portátil e carregador exclusivo para a bateria.
02) Telefone celular - cabo exclusivo para passar arquivos para o computador e carregador exclusivo para a bateria. O aparelho é funcional, de propriedade do governo, portanto, não é dos mais sofisticados. Tem câmera integrada, mas com baixa qualidade.
03) Palmtop - em desuso no mundo, mas para mim ainda muito funcional. É o meu verdadeiro arquivo ambulante, com agenda de endereços e telefones, planilhas de gastos mensais, incluindo cartões de crédito, lista completa de todos os filmes que tenho em dvd, agenda de compromissos (que acabou virando uma espécie de diário, pois anoto todos os locais onde almoço/janto e todos os eventos culturais que me faço presente, com as respectivas companhias) - cabo para sincronização com o computador, essencial pelo back up, e carregador exclusivo para a bateria.
04) iPod - tenho dois, um nano, de 8 GB, e um classic, de 160 GB. Uso os dois - carregadores, bases para mantê-los em pé, fones de ouvido e cabos exclusivos para transmissão dos arquivos das músicas digitais para o computador.
05) Notebook - aquisição recente - cabo de alimentação que funciona também como carregador da bateria, cabo hdmi para ligar a uma tv e mouse portátil.
06) Banda larga móvel - para acesso à internet quando estou fora de Brasília, utilizando meu notebook.
07) HD externo - 320 GB, com cabo para transmissão de arquivos digitais entre o computador/notebook.
08) Tomada universal - com tantos cabos e cada um com um formato de plug, é essencial.
09) Canivete suíço Victorinox.

Todos estes gadgets sempre carrego comigo em minhas viagens a trabalho e por motivos pessoais, gerando um enorme emaranhado de fios em minha bagagem.

Hoje li sobre os dispositivos de leitura para livros em formato digital em aparelhos pouco maiores que um palmtop. Mais um gadget a ser adquirido?

Fica a pergunta no ar: Será que era feliz sem estes badulaques e não sabia? Não sei a resposta.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

ENFIM, VOLTEI A VER UM FILME


Depois de um longo dia de trabalho, resolvo ir para casa e ver um filme. O escolhido é O Martírio de Joana D'Arc (La Passion de Jeanne D'Arc), de Carl Th. Dreyer, produção francesa de 1928. Já tem duas décadas que vi este filme na Sala Humberto Mauro no Palácio das Artes, Belo Horizonte, em uma das mostras interessantes que costumava lá ter lugar na década de oitenta. Lembro-me que uma cena me impressionou muito, exatamente a queima da heroína/santa na fogueira. Não pelos efeitos especiais, mas pela expressão facial da atriz Renné Falconetti. Estava acompanhado de uma amiga que à medida que o fogo ardia na fogueira, ela sentia cada vez mais calor, chegando a se abanar estabanadamente com a saia que usava, deixando à mostra sua calcinha, fato que desconcertou um senhor que sentava na mesma fila onde estávamos. Fiquei com a cena na memória e não me lembrava mais de nada do filme. Hoje, com calma, observei a força da direção de Dreyer. Depois de ver o filme, vi os extras do dvd (Magnus Opus), incluindo textos e biografias do diretor e da atriz, além de uma entrevista com a filha da atriz. Esta cópia é proveniente da versão restaurada pela Cinemateca Francesa em 1985, quando uma nova trilha sonora foi introduzida. Segundo o preâmbulo, esta versão chega o mais perto possível da original, que se perdeu consumida pelo fogo. Pauline Kael, famosa crítica de cinema americana, escreveu que a interpretação de Falconetti é a mais impressionante do cinema mundial. E olha que estamos falando de um filme mudo, de 1928, ou seja, um filme com 81 anos de idade.
O filme se concentra em um único dia, quando do julgamento de Joana D'Arc, e se baseia nos registros oficiais deste julgamento. O diretor concentra a filmagem, na maior parte do tempo, nos rostos dos atores e, segundo li, nenhum deles usou maquiagem. A força da história está na forte interpretação facial. As expressões dos religiosos mostram raiva, perversidade, maldade, superioridade, falsidade, enquanto a de Falconetti é a expressão máxima do sofrimento. O olhar da atriz  é algo impressionante. Depois de rever, percebo que a cena da fogueira, por ser previsível e ser um fato histórico conhecido, não é a mais impactante, como ficou na minha memória desde os idos da década de oitenta. A cena na sala de tortura e quando cortam o cabelo de Joana são mais densas e emocionantes. Fiquei em dúvida como o diretor conseguiu tirar da atriz tanta dor e sofrimento. Li que muitos diziam que Dreyer obrigava Falconetti a ficar ajoelhada em pedras para extrair o máximo de sofrimento e dor. Ao ver a entrevista da filha de Falconetti, que seguiu a carreira da advocacia, ela diz que sua mãe não sofreu nenhuma imposição do diretor e nem maus tratos físicos. Aquela interpretação veio da experiência teatral e de sua mania de perfeição. Fica então a dúvida.
Interessante saber que a atriz nunca mais fez um filme, voltando para o teatro. O ápice de sua carreira é justamente a década de vinte, quando era considerada uma estrela do teatro e ainda fez este magnífico filme. Nos anos posteriores ao filme, endividou-se, mudou para a Suíça, Estados Unidos (onde não pode desembarcar), Brasil (perdeu seu dinheiro em um cassino) e, por fim, Buenos Aires, onde ainda atuou e faleceu, com pouco mais que cinquenta anos.
Não costumo dar notas aos filmes que vejo, mas este é surpreendente e, mesmo sendo mudo e do início do século passado, ainda consegue causar impacto a quem assiste. Merece nota 9,5. Para um 10, creio ser necessário conhecer a versão original, consumida para sempre pelo fogo, assim como Joana D'Arc.

PILOBOLUS DANCE THEATRE










Quinta-feira, 28 de maio, dia de descanso para a mente. O corpo cansado aguentou bem a noitada. Teatro Nacional, Sala Villa Lobos com bom público para ver cinco programas do Pilobolus Dance Theatre:
01) Lanterna Mágica, coreografia de 2008 - não gostei. Muitos elementos de balé clássico. Talvez uma volta às origens da dança, já que o Pilobolus é uma companhia que sempre prezou pelos passos modernos. Houve erro visível na iluminação. O figurino é estranho. Fiz uma ligação do figurino com uma montagem do balé clássico que assisti de Sonho de Uma Noite de Verão. A música também não ajudava e a coreografia era insossa.
02) Pseudopodia, coreografia de 1973 - um lindo solo de um bailarino. Prevalecem elementos de ginástica artística que hoje não causam mais impactos. Tem-se que considerar que a peça tem mais de 35 anos e nos idos de setenta, pode ter causado furor no meio da dança. 
03) Rushes, coreografia de 2007 - a que eu mais gostei e a mais longa de todas. Vários elementos estão presentes, como lutas marciais (sumô), mangá, Charles Chaplin, clown, mímica, instalações, circo (lembrei-me de uma montagem do Circo Nacional da China quando as cadeira brancas fizeram parte ativa da coreografia). A música é ótima e temos uma sensação de paz com o barulho de água. Pina Baush é visivelmente homenageada (ou sampleada, propositalmente).
04) Symbiosis, coreografia de 2001 - como toda companhia importante do mundo, Pilobolus também tem um pas de deux. Muita coreografia no chão. Os bailarinos, muitas vezes, se fundem em um só corpo. Bela apresentação.
05) Megawatt, coreografia de 2004 - elétrica, nervosa. Impressionante a parte inicial, com todos rastejando em movimentos difíceis de costas e de frente. Parece que o balé moderno no mundo aponta para tal tipo de coreografia rastejante e no chão. O Grupo Corpo também fez isto em sua mais recente montagem, Breu.

O público de Brasília continua o de sempre: sem educação e desrespeitoso com o artista. Os do camarote só se ajeitaram em seus lugares depois de já ter começado a primeira dança, com as luzes acesas incomodando bastante a plateia. Inclusive prejudicou o próprio espetáculo, que exigia uma escuridão inicial, só com micro lâmpadas piscando, como vaga-lumes. Como me sentei na última fileira, muito barulho de gente chegando atrasado e procurando o local para se sentar. Os funcionários do teatro e o pessoal da produção também falavam muito, especialmente com relação aos inúmeros pipocares de flashes de máquinas digitais (uma praga moderna que cedo ou tarde os produtores de espetáculos terão que se acostumar, pois não há como proibir). E, para piorar, duas crianças de colo, ainda amamentando, resolvem dar sinal de vida, com breves choros. Enfim, Brasília ainda tem muito que amadurecer neste aspecto. O preço da entrada foi salgado (R$140,00 a inteira - paguei R$70,00, pois me beneficiei por ser assinante do Correio Braziliense).

quarta-feira, 27 de maio de 2009

terça-feira, 26 de maio de 2009

DIVAGAÇÕES

Um quarto enfumaçado. Luz branca fraquinha num dos quatro cantos. Visibilidade crítica. Lágrimas correm dos olhos. Uma dor profunda invade a alma. Sem motivos, sem origem, apenas uma invasão momentânea e dilacerante. As lágrimas continuam a escorrer. Curtas, certeiras, como um moto contínuo. A luz fica mais fraca. A dor passa para o corpo e permanece. Uma angústia aperta este corpo, como uma prensa metálica. A fumaça e a luz se integram em um único ser, transponível, mas incerto. Não se sabe o que há no quarto. Apenas a fumaça, a luz branca e a dor. O corpo está inerte, como se a alma saísse por alguns instantes, passeando pelo quarto pequeno, sem rumo. O vazio preenche o ambiente. Não há nenhum móvel, nenhum quadro, nenhuma cor. Só o branco da luz fraca em em dos cantos do quarto. É um quarto? Fica a dúvida. A dor não passa. Os olhos estão cansados de verter lágrimas. Vermelhos.
Um barulho quebra o silêncio. Não identifica o barulho. Fica uma ansiedade no ar. As lágrimas cessam e a respiração, que era lenta, se acelera. O barulho agora é apenas do arfar das narinas. O corpo está parado, apenas as narinas se mexem e o peito acompanha o movimento da respiração, cada vez mais acelerada. O corpo não tem alma. Ela está zanzando pelo cubículo enfumaçado. De onde vem a fumaça? Onde se apaga a luz? Onde está a porta? Há janelas no ambiente? Perguntas sem respostas. A alma sai de seu exílio e volta para o corpo. Os músculos se contraem. Espasmos de dor. As lágrimas voltam aos olhos irritados. O coração dispara. A vontade de deitar e dormir é grande, mas uma força maior impede de fazê-lo. A alma se debate com o corpo. A dor aumenta. A boca se abre para exprimir a dor em um grito que corta o ar. O corpo está livre, mas a alma comanda e faz com que ele permaneça inerte, sofrendo a imensa dor que não tem local, que não tem origem, que não tem motivos. Apenas uma dor.
Novo barulho, desta vez mais perto e mais alto. O corpo tenta se mover, mas a dor da inércia é maior. O chão está molhado, indicando que a fumaça pode ser vapor. O piso é firme e frio. A luz branca fica mais fraca. A dor, ao contrário, se fortalece e se intensifica. A alma geme. Quer ir embora. Quer partir. Voltar às origens. Origens que há muito ficaram para trás. O corpo insiste em ficar, mas quer se mover, procurar o barulho, visualizar outros mundos fora de seu cubículo apertado.
O barulho é intenso e constante. As paredes caem, o vapor se dissipa no ar. A dor é ainda mais forte. Não há mais luz. O corpo é esmagado pelos destroços das paredes e do teto. A alma observa de cima o fim do corpo. Não há mais dor. Não há mais luz. Não há mais fumaça. Não há mais lágrimas. Não há mais corpo.
Apenas a alma, o infinito e a saudade do corpo e da dor.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

FÉRIAS DE OUTUBRO

Quebec, Otawa, Montreal e Toronto no Canadá, Chicago nos Estados Unidos. Cidades definidas, bilhetes emitidos. É o início da preparação para as férias de outubro de 2009. Com o bilhete nas mãos já são 10 amigos de Belo Horizonte e de Brasília. Sucesso!

Me rendi ao twitter. Comecei neste final de semana. Ainda não vi muita graça. Prefiro postar neste blog.

Trabalho intenso nesta segunda-feira. Preparação para uma semana cheia de reuniões com representantes das regionais dos 26 estados e do Distrito Federal.

Ingressos garantidos também para ver o espetáculo Quidan do Cirque du Soleil em BH, na companhia de meus pais. Também em outubro, para depois da volta das férias no Canadá. Coincidentemente, o país de origem da trupe circense.

Semana cheia de atrações culturais em Brasília: Elba Ramalho, Tetê Espíndola, McFly, Leo Gandelman, Bossacucanova, Pilobolus Dance Theatre. Vou ver em quais consigo ir.

Preciso ir ao cinema.

domingo, 24 de maio de 2009

COMIDA DI BUTECO


Tarde ensolarada, mas com prenúncio de frio durante a noite. Gente bonita e bem vestida entrando no C.E.U. Público feminino muito maior que o masculino, confirmando a fama e os números censitários de que Belo Horizonte tem mais mulher do que homem. Os óculos escuros são cada dia maiores. Todas usam. Todos usam. Muito cachecol em volta do pescoço, mas camisetinhas cavadas fazem o look dominante, mostrando a dualidade entre o clima quente do nosso país tropical, mas também do frio gelado das noites de outono. Não há mesas vazias. O espaço é muito grande, permitindo a tranquila circulação das pessoas. Todos os 41 bares participantes da décima edição do festival Comida di Buteco tem barracas montadas no espaço. O tira-gosto tem preço único (R$10,00) e há diversos caixas, o que contribui para reduzir ou, mesmo, eliminar filas. Um palco montado para os shows principais e um simpático coreto armado no meio do espaço para os shows da tarde. Já chegamos com um show em curso no coreto. Procuramos lugar para sentar e nada. Há mesas e cadeiras de plástico, de madeira e de caixote estrategicamente colocados ao longo de enormes mesas comunitárias, feitas de compensado tosco. Todas lotadas de pessoas e bolsas. O clima é de muita alegria. O desfile de mulheres e homens bonitos é grande. Há muita gente na faixa etária entre 20 e 40 anos. Poucos adolescentes e quase nenhuma criança. Os mais velhos estão sentados, à espera dos shows da noite e apreciando a cerveja, sempre gelada, e os tira-gostos. Em todas as rodas armadas, o assunto gira em torno dos pratos do festival, qual o melhor, qual vai ganhar, indicações para este ou aquele prato. Há três bares convidados, de fora de BH. São os vencedores das edições mais recentes do festival exportado da capital mineira para outras praças. No caso, os convidados vieram de Goiânia, Salvador e Rio de Janeiro. O segundo show da tarde começa por volta de 16:30 horas. É Maurício Tizumba com seus tambores. Show rápido, mas que leva um público dançando para a frente do palco. Tizumba permanece no palco e chama a próxima atração da tarde, Marina Machado, que faz um show delicioso, iniciando com uma música de sua irmã, Érika Machado, emendando em seguida sucessos de sua carreira. Tizumba volta ao palco para fazer a última música em duo com Marina. O bis é inevitável e todos os músicos que se apresentaram até aquele momento estão no palco para cantar e tocar uma dançante música de Tizumba. Encontro Raquel, Margarida e Cristina, colegas de trabalho em Minas Gerais. As três animadas, dançando as músicas de Marina e Tizumba. O público não para de chegar. A circulação é tranquila, mas há muita gente. Os petiscos são degustados sem parar. Começamos, eu, Murilo, Rosa, Marli e Chica (mais tarde Juninho se juntou a nós), nossa peregrinação entre as barracas. Bolinho de bacalhau, maçã de peito, caldo de pé de porco com confit de pato, berinjela, bolinho de angu com taioba, mostarda crocante, medalhão de avestruz, feijão tropeiro, enfim, uma diversidade de pratos e todos muito saborosos. Dos que provei, meu favorito é o de berinjela com bolilnho de angu recheado de taioba. Vamos para o lounge, uma tenda armada no espaço com DJs tocando ininterruptamente. Quando entramos, já noite, o som na caixa era música brasileira dançante. Saimos para ver o show principal da noite, Moacyr Luz e banda com seus convidados Aline Calixto, Elton Medeiros e Luiz Melodia. Pouco mais de uma hora de show no qual grandes sambas de Cartola, Paulinho da Viola, Martinho da Vila, entre outros, e feitos em parceria com Elton Medeiros ou Moacyr Luz foram cantados e acompanhados pelo público, que tinha uma diversidade de idade muito grande. Final do show, todos os cantores estão no palco cantando e colocando a galera para sambar, espantando o frio que insistia em gelar a noite. Fim do espetáculo, muitos vão embora. Ficamos para mais uma rodada de tira-gostos e cerveja (para quem bebe, claro). Nas caixas de som, rolavam músicas internacionais que fizeram sucesso na década de 70 e 80 e embalam as grandes festas até hoje. Cansados, sentamos na arquibancada para as últimas conversas. Depois de nove horas na festa da saideira, é hora de ir embora. A fila de táxi é imensa, sinal de que os frequentadores começam a ter consciência que é melhor deixar o carro em casa, se divertir com os amigos e parentes, bebendo, sem a preocupação de ter que dirigir e parar em alguma blitz (muitas armadas, para o bem de todos nós, em todas as vias de saída do local). Saí com a certeza de que valeu a pena pagar R$40,00 (valor do ingresso inteiro, comprado ainda em abril, pois este valor subiu para R$50,00 a partir de maio) para participar desta festa. Fila imensa, mas nenhuma espera. A fila flui rapidamente. Já me programo para 2010, mas, antes, haverá a festa da saideira do mesmo festival em Brasília, no final de junho e que devo participar.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

AS SAUDADES DE BH CONTINUAM

A vontade de volta para BH é intensa. Estou com um saudosismo além do normal. Logo eu que gosto de só viver o presente e planejar o futuro. A cidade está linda, com tempo agradável e cheia de gente bonita pelas ruas. Andei muito a pé pela Savassi, com minha amiga Kitty. Passei pela Praça da Liberdade, com a juventude pulsando no ar. Reuniões de trabalho pela manhã e à tarde. Tempo para visitar tios, já na casa dos setenta anos, e também uma grande amiga, beirando os oitenta anos. Em ambas as visitas, papos ótimos e livros emprestados para uma boa leitura em Brasília (preciso arrumar tempo para ler, ver filmes, relembrar o francês e o italiano).

quarta-feira, 20 de maio de 2009

MAIS UM PRATO DO FESTIVAL



Para espairecer um pouco, resolvo sair para comer uma pizza com Ric. Escolhemos a nossa pizzaria preferida, Valentina Pizzaria (SCLN 214, Bloco A, loja 9, Asa Norte). Como a pizzaria também participa do festival Brasil Sabor 2009, escolhemos a opção do certame gastronômico, ou seja, Pizza de Bacalhau em Lascas (molho de tomate, muçarela, lascas de bacalhau, cebola roxa assada, cebolinha verde e azeitonas pretas - 6 fatias - R$42,20). É meu décimo prato do festival. Gostei da pizza, embora não bate as minhas pizzas preferidas do local (uma com berinjela e outra com alho poró e mascarpone). Antes da pizza, como em todas as vezes anteriores, pedimos uma fatia do pão de calabresa, simplesmente sensacional. Para acompanhar, um belo vinho tinto nacional, Casa Valduga Premium Merlot (R$57,00). Uma hora no restaurante foi o bastante para dissipar um pouco o mau humor.

Música do dia: Paralamas do Sucesso, em seu novo cd Brasil Afora.

DESCULPAS PARA KITTY


Estou em linha de colisão comigo mesmo. Nada está bom. O que será? Mau humor ao cubo, ou melhor, ao infinito.
Manhã: auditório do Parlamundi, no templo da Legião da Boa Vontade. Fui falar sobre a secretaria onde trabalho para a turma de novatos que ingressou no ministério nesta semana.
Resolvo almoçar sozinho hoje. Vou ao Bar Brasília (SRS 506, Bloco A, loja 14, Asa Sul), desta vez, bem vazio, diferente da última sexta-feira, quando tentei almoçar lá com minha chefe. É lógico que escolhi o prato do festival Brasil Sabor 2009: Polenta Mole com Frutos do Mar (frutos do mar cozidos no vapor com temperos especiais e vinho branco servidos em cima de uma polenta mole - R$42,20). Os frutos do mar bem cozidos e saborosos. A harmonização com a polenta ficou interessante (não me lembro de ter comido polenta com frutos do mar antes). Prato para se comer no inverno. Sobe um calor infernal. Ainda bem que na hora do almoço o céu estava encoberto, com temperatura amena na cidade. Este foi o nono prato do festival que experimento.
Tarde: despacho nos documentos acumulados na segunda e terça, quando estava no Paraguai e respostas aos e-mails, também acumulados, pelo mesmo motivo.
O mau humor é crescente. Sobrou até para Kitty, leitora habitual deste blog. Beijos de desculpas, querida Kitty.
Amanhã viajo de novo, desta vez, Belo Horizonte, minha querida terra natal. Vou arrumar a mala já.

terça-feira, 19 de maio de 2009

PARAGUAI

29 Horas e 35 minutos. Este é o tempo que fiquei em Assunção, Paraguai. Aeroporto direto para o Hotel Guarani Esplendor (Oliva esqu. Nuestra Sra. De Assunción), onde fiquei hospedado e mesmo local do evento. Primeira noite em claro. Manhã tomada por reuniões do subgrupo de trabalho do Mercosul. Almoço oferecido pelo governo paraguaio no próprio hotel. Tarde e parte da noite com mais reuniões e elaboração de ata, com agenda de novas reuniões, das quais devo participar, em Assunção, Paraguai (junho de 2009) e Montevidéu, Uruguai (julho, agosto e novembro de 2009). Muito trabalho pela frente. Tentativa de dormir, mas novamente noite em claro. Check out do hotel às 2 horas da madrugada. Traslado hotel aeroporto pelo governo paraguaio, assim como na chegada. Não fiz câmbio nenhum nestas horas em terras paraguaias.
O complexo de autoridade está presente em demasia no aeroporto de Assunção. Em um trecho de pouco mais que três metros, sem divisórias, onde todos os funcionários se veem, e com nenhum movimento, solicitaram que eu mostrasse meu passaporte três vezes: na imigração, como de praxe; no raio X, não entendi porque; e após o raio X, quando um funcionário com um colar exibindo um pendente enorme com um brasão semelhante ao da Receita Federal do Brasil, pede meu passaporte (ele viu que já havia apresentado o documento por duas vezes bem na frente dele) e ainda quer revistar minha bolsa. Não deixo ele mexer em nada. Ele fica irritado, mas digo que não atrapalharei o seu trabalho, mas minhas coisas eu mesmo abriria e mostraria. Tive que mostrar tudo que estava dentro da bolsa. "Fui liberado" e sentei próximo ao portão de embarque. Ele, não satisfeito, fica rondando por uns quarenta minutos, sempre me encarando, como se eu fosse um bandido ou terrorista. Fiquei indignado. Cansado, representando o governo brasileiro em reunião oficial do Mercosul, cuja presidência pro-tempore está com o Paraguai e sou tratado desta forma. Percebi que fui a vítima preferencial deles, pois os demais passageiros não tiveram este tratamento "vip". E, para finalizar, ainda tive que mostrar meu passaporte pela quarta vez, agora para o funcionário da TAM no momento do embarque. Detalhe importante, todos os funcionários que trabalham no aeroporto usam máscaras e luvas de borracha. A paranoia da gripe suína está no ar.
O voo sai no horário e chega com adiantamento de vinte minutos ao aeroporto de Guarulhos, mas não pode pousar porque ele está fechado por causa da neblina baixa. Sobrevoamos Guarulhos por 1 hora e vinte minutos, quando, enfim, pousamos e saio correndo para pegar minha conexão pela Gol para Brasília. Não passo no duty free por causa do atraso e passo batido na alfândega brasileira. Filas enormes no check in da Gol. Aeroporto lotadíssimo, pois o tempo em que ficou fechado, acumulou no mesmo horário pousos e decolagens. Filas para embarcar, para o controle do raio X e na sala de espera. Avião lotado e apertado. Muita dor de cabeça e mau humor, afinal são duas noites sem dormir. Chego em Brasília com duas horas de atraso e vou para casa. Tomo um banho e um remédio para dor de cabeça. Relaxo e durmo. Acordo já tarde e ligo para o CCBB. Triste notícia, pois não há mais entradas para o quarto show do projeto que homenageia Carmen Miranda. Não fui trabalhar.
À noite, 34ª reunião da Confraria Vinus Vivus, quando degustamos três vinhos da Bourgogne. Três pinot noir maravilhosos: Morey Saint-Denis Première Cru, safra 2004, importado pela Mistral (R$414,00); Clos des Lambrays Grand Cru, safra 2005, importado pela Grand Cru (R$722,00); e Corton Clos du Roy Grand Cru, safra 2002, importado pela Decanter (R$673,00). Dos dez participantes, nove elegeram o segundo vinho degustado como o melhor da noite. Para acompanhar a massa com coelho e ameixas pretas do jantar, um jovem pinot noir, também da região da Bourgogne, um Bourgogne Pinot Noir François Labet, safra 2007, importado pela Decanter (R$112,00). Finalizamos com um manjar acompanhado por um Moscatel de Setúbal, safra 2004. Nespresso para o gran finale. Próxima reunião marcada para junho, quando degustaremos vinhos australianos.

domingo, 17 de maio de 2009

LA BENEDICTA




Como desbravador de novos sabores, ao sair do belo show de Teresa Cristina, eu e Ric decidimos conhecer o restaurante La Benedicta (SCLN 413, Bloco C, loja 21, Asa Norte), que tínhamos passado na porta na noite de sexta-feira. O restaurante fica em uma quadra comercial que até pouco tempo atrás não tinha nada e agora já há dois interessantes espaços gastronômicos: Bendito Suco e Cabíria Café. O restaurante é a novidade. Chegamos às 23:00 horas. Somos bem recebidos e escolhemos a mesa. No local, apenas uma mesa ocupada por um casal. Ao ser por mim questionado, o garçon diz que aquela é a 45ª noite em que abrem. O restaurante é novíssimo. A decoração, em tons de vermelho e preto (lustres), é aconchegante, demonstrando a intenção de ser uma casa onde o prazer de comer e de beber um bom vinho é o mote principal. Interessante notar que há um sem número de cadeiras, sofás e poltronas em estilos, cores e materiais diferentes espalhados pelos 120 lugares do local. Por enquanto, só funcionam para jantar, com almoço apenas aos sábados e domingos. O que me chamou a atenção ao passar na porta na noite anterior, foi uma faixa tosca, que não combina em nada com a decoração do restaurante, anunciando paellas e risotos. Portanto, cozinha contemporânea, com fusão de vários elementos e gastronomias. A chef tem origem no Piemonte, Itália, de onde também vem a inspiração para o nome do restaurante (um antigo convento daquelas bandas se chamava La Benedicta). A proposta é de renovação do cardápio a cada estação do ano, seguindo a linha dos restaurantes modernos, especialmente do eixo Rio-São Paulo-Belo Horizonte. A chef veio até a nossa mesa perguntar se precisávamos de ajuda em relação à escolha dos pratos. Muita simpática e atenciosa. O mesmo vale para os dois garçons e para o diretor do espaço, Wagner Diverio. Escolhi um risoto chamado Gold Tentation (açafrão e foie gras) e Ric foi no bacalhau confitado. Pedimos um vinho tinto chileno - Carmen Carmènere Reserva, que estava na temperatura ideal. O garçon, demonstrando conhecer o gosto dos brasileiros, pergunta se queríamos um balde para esfriá-lo mais, informando que a temperatura da adega estava em 20°. Disse estar ótimo, que não gostava de beber vinho tinto gelado. O couvert é composto por pães produzidos pela própria chef, acompanhado de pastas, azeitonas com ervas e manteiga. Tudo delicioso, apenas uma ressalva para a pasta de peixe, um pouco forte para meu paladar. Os pratos são bem apresentados, merecendo as fotos deste post. O sabor do risoto é muito interessante, com a harmonização do foie gras com o arroz e açafrão ficando perfeita. Ric gostou muito de seu bacalhau. Os pratos são bem servidos. Já perto de meia noite, mais duas mesas são ocupadas por dois casais. O ambiente favorece um jantar a dois, com certeza.
Vida longa ao novo espaço gastronômico.

PROJETO BELAS 2





Último show do Projeto Belas 2 que acontece no Espaço Brasil Telecom, nas dependências do Brasília Alvorada Hotel. Meia hora antes do horário marcado para o início do show, as portas do teatro já estavam abertas, mas o público prefere ficar no saguão, conversando, bebendo, vendo e sendo visto. Somente quando soa o segundo sinal é que um número expressivo de pessoas entra na sala onde aconteceu o show de Teresa Cristina (R$40,00, entrada inteira).
Apenas dez minutos de atraso e é anunciado o show. Teresa Cristina será acompanhada apenas por dois músicos, um violonista (Bernardo) e um percussionista (Pretinho da Serrinha). Desta vez não há o Grupo Semente que a acompanha em shows na Lapa e em seus cds. Ela anuncia que o show é feito exclusivamente para o projeto e informa que está nervosa, pois é sua primeira apresentação após ser mãe pela primeira vez. O teatro está praticamente lotado. O show é lindo. Teresa fez uma seleção de músicas de seus trabalhos já gravados, especialmente o iluminado Paulinho da Viola. Mas não se limitou a isto. Cantou música que não estava no roteiro, cantou música que nunca gravou (Ela, de Herivelto Martins), apresentou música que estará em seu próximo trabalho (Convite à Tristeza). A música que não estava no roteiro é de Paulinho da Viola. Ela explica que encontrou com ele no saguão do hotel em que estava hospedada em Brasília e decidiu, ao se dirigir ao teatro, colocá-la no repertório do show. Ela diz que Paulinho da Viola está em Brasília para assistir ao show da filha no CCBB. Bingo, descubro, pois, que Beatriz Faria, a bela morena de voz afinada que vi na noite de sexta-feira no projeto que homenageia Carmen Miranda é a filha de Paulinho. A máxima que diz que filho de peixe, peixe é, fica confirmada. Teresa domina completamente a plateia com seu canto e com a empatia que conduz ao longo do show. Faz brincadeiras, especialmente ao cantar a música Pecado Capital, de Paulinho da Viola, dizendo que aquela música foi feita para ser cantada em Brasília (dinheiro na mão é vendaval, dinheiro na mão é solução...). Também diz que, segundo o pediatra de sua filha, estaria mais sensível no período da amamentação. E ela demonstra esta sensibilidade ao cantar os sambas de Zé Ketti, Paulinho, Chico Buarque, entre outros bambas da nossa música. Mas também chora ao ser aplaudida ao final do espetáculo. Ela não sai do palco, diz que todo artista gosta de fazer charme saindo e depois voltando ao ouvir os pedidos de mais um. Ela diz que ficará e canta mais duas músicas. A plateia pede mais e sugere algumas. Ela diz que as sugestões são músicas lentas e que gostaria de cantar alguma música para dançar. A galera, já de pé, aplaude e ela emenda mais duas músicas. Parecia que o show seria interminável, até que o leite começa a pingar de sua roupa. Ela, muito espontânea, diz que tem que acabar o show. Sai ovacionada. Belo show. Teresa prova que a simplicidade pode ser um diferencial positivo enorme. Uma cantora, dois músicos, um pano de fundo com uma aplicação brilhante de uma flor. Luzes corretas. Apenas isto e um belíssimo show.
A nota triste da noite é que ela anunciou que correm boatos que aquele seria o último show no Espaço Brasil Telecom, pois ele fecharia. Se for verdade, triste notícia para Brasília, que perderia um espaço que acaba de completar um ano e já se firmou como alternativa, especialmente para projetos mais intimistas. Sei que a Brasil Telecom foi comprada pela Oi e que a nova empresa tem sede no Rio de Janeiro, mas porque não manter este belo espaço ostentando o nome da nova empresa?


sábado, 16 de maio de 2009

LAVADORA E SECADORA DE ROUPAS


A manhã deste sábado foi para atualização deste blog e algumas leituras.
Liguei para minha mãe.
Recebo uma ligação, era Emi e Ro nos convidando para almoçarmos. Convite aceito. Restaurante escolhido.
Eu e Ric chegamos no Café Savana (SCLN 166, Bloco A, loja 4, Asa Norte) às 13:30 horas. Nossos amigos já lá estavam. Já haviam escolhido o vinho tinto chileno VEO. Escolhemos, todos, o prato do dia, um frango recheado de farofa e passas, acompanhado de arroz branco e purê de batata, batata baroa e alho poró. Havia já um bom tempo que não comia frango em restaurantes. Estava uma delícia. O sol castigou um pouco, batendo exatamente na mesa em que estávamos. Dois amigos que não víamos há muito tempo chegam ao restaurante. Conversamos um pouco e eles se sentam em outra mesa. Ficamos uma hora e meia, pagamos a conta, num total de R$220,88.
Ric e eu fomos para o ParkShopping, pois precisava comprar uma máquina de lavar roupas, já que a de casa já deu o que tinha que dar e vaza água para tudo quanto é lado. Fomos ao Ponto Frio do shopping e vimos todas as máquinas disponíveis. Escolhemos uma lavadora e secadora da marca LG com capacidade para lavar 8,5Kg. O preço estampado em uma etiqueta em cima da máquina era R$3.399,00. Resolvi levar, já que o vendedor disse que aquele preço poderia ser parcelado no cartão de crédito em dez vezes sem juros. Ao finalizar a compra, o vendedor ofereceu, por mais R$70,00 apenas, uma garantia estendida por mais um ano, o que levaria a garantia para dois anos. Garantiu, ao final, que a máquina seria entregue, com certeza, na segunda-feira, dia 18 de maio de 2009. Aceitei e fui ao caixa pagar. Ao receber o comprovante da compra e da garantia estendida, vi que o valor da máquina era R$2.899,00 e o restante era a tal garantia. Questionei, o vendedor disse que deu um desconto no valor exposto para colocar a garantia. Me senti lesado e enganado. perguntei se desistisse da garantia estendida, o preço da máquina cairia para o que estava no cupom da loja. Ele disse que não. Obviamente, irritado, cancelei a compra na hora. Ainda uma gerente veio tentar saber o que se passava e que tiraria a garantia, me dando uma nota no valor que estava na etiqueta, ou seja, R$3.399,00. Disse que aquilo era uma enganação e firmemente disse que queria o cancelamento da compra naquele instante e que a loja aprendesse a vender os seus produtos, sem tentar enganar os clientes. O vendedor ficou com cara de tacho, mas foi aconselhado por outro gerente a voltar para a frente da loja. Ele resolveria o cancelamento. Compra cancelada, pegaram os dados de meu cartão de crédito para procederem ao cancelamento junto à administradora do cartão. Disse que queria este comprovante também naquele instante. A caixa me disse que demorava vinte minutos e que podia esperar assentado. Disse que ficaria em pé, em frente ao caixa, para evitar que outras pessoas fossem atendidas na minha frente. O gerente sai de cena e volta com outra funcionária para fazer o procedimento do cancelamento da compra junto ao cartão. Em quinze minutos recebe o comprovante do cancelamento.
Estava revoltado. Ric comentou que era melhor comprar muito para relaxar, pois me conhece. Disse que estava bem e só queria comprar um blaser na Zara, pois precisava levar para a viagem ao Paraguai. Zara lotada de gente, assim como todo o shopping. Onde está a crise? Não é época de datas comemorativas, não está havendo liquidação nas lojas e todos comprando e comprando. Escolhi um blaser multifuncional, ou seja, combina com roupa clássica e com roupa esportiva. Ainda paramos no Bistrô Gourmet para um café e um refrigerante. Deixei o shopping com a certeza que comprar pela internet é menos estressante.
Cheguei em casa e, direto no computador, acesso o sítio eletrônico Submarino.com e constato que realmente estava sendo passado para trás. A mesma máquina, mesmo modelo e mesma marca tem o preço de R$2.578,00, com frete grátis para entrega em todo o Brasil. Claro que comprei feliz. A entrega será em sete dias úteis.
Hoje é dia de mais um show: Teresa Cristina. Post específico será feito.

ALÔ...ALÔ? 100 ANOS DE CARMEN MIRANDA - SHOW 3







20:30 horas de sexta-feira, dia 15 de maio de 2009. Eu e Ric nos dirigimos ao CCBB Brasília (SCES, Trecho 2, Conjunto 22) para ver o terceiro show do projeto Alô...Alô? 100 Anos de Carmen Miranda (R$7,50 a meia, cliente Banco do Brasil). Chove bastante. Fato fora do comum para esta época do ano, pois as chuvas já deveriam ser esparsas e apenas chuviscos. Voltemos ao show. Atraso considerável para abrir as portas e para começar. O teatro não está cheio. Este terceiro show, chamado Brazilian Bombshell, tem músicas de sucesso de Carmem Miranda quando ela já morava nos Estados Unidos. Algumas das músicas fizeram parte da trilha de filmes estrelados por Carmen. A apresentação ficou por conta de Sérgio Cabral, já nos seus bem vividos 71 anos de idade (completa 72 anos neste domingo, dia 17 de maio). Muito divertido, e tirando um sarro da condição de ser idoso, disse que lhe era permitido fazer divagações e contar muitos casos. Sobre a marchinha Tourada em Madi, de João de Barro, o Braguinha, e Alberto Ribeiro, contou que ele, Cabral, estava no Maracanã, em 1950, com doze anos de idade, assistindo ao jogo Brasil X Espanha, no qual o escrete nacional ganhava de 6 X 1, quando a música de Braguinha começou a tocar (ele disse que muitos espanhóis acreditavam que a música fora feita por um espanhol). Anos mais tarde, já como jornalista, entrevistou Braguinha e ele rememorou o episódio no dia do jogo, quando sua música começa a tocar, todos cantam e ele chora. Um torcedor vê aquilo e diz: chora espanhol! Hilário! Sérgio Cabral falou sobre praticamente todas as músicas e elogiou bastante os dois cantores da noite. As primeiras três músicas foram interpretadas por Beatriz Faria, bela morena que, com poucos trejeitos, conseguiu preencher todo o palco. De uma música para outra, diz que cresceu no Rio, mas que nascera em Brasília. Surpresa para todos na plateia. Fechou o primeiro set com Mamãe Eu Quero, de Jararaca e Vicente Paiva, deliciosamente por ela interpretada. Para o segundo set, um inspirado Marcos Sacramento, que me lembrou muito a forma de Ney Matogrosso cantar. Praticamente ele incorporou Carmen Miranda. Terceiro set, novamente Beatriz e uma bela interpretação para Aquarela do Brasil, de Ary Barroso. O quarto set reservou uma performance digna de Ademilde Fonseca. Marcos Sacramento avisa ao público para não repetirem a façanha em casa e ataca de Bambo do Bambu, de Donga e Patrício Teixeira, numa versão acelerada e que na segunda parte fica aceleradíssima. Uma senhora, entusiasmada, levanta, sozinha, e bate palmas pela performance. A voz de Sacramento é ótima. Set final, e os dois cantores no palco cantam e interpretam Boneca de Piche, de Ary Barroso e Luiz Iglesias. Já no sempre inevitável bis, os dois cantam Cai, Cai, de Roberto Martins, fechando com chave de ouro o terceiro show, que contou mais uma vez com Luís Filipe de Lima no violão (além de idelaizador do projeto e diretor musical). Neste show, ele foi acompanhado por Henrique Cazes no cavaquinho, Ademir Jr. nos sopros, Beto Cazes e Júnior, ambos na percussão.



O quarto e último show será no final de semana de 22 a 24 de maio, com Rita Ribeiro e Eduardo Dussek, revivendo o último show de Carmen. Ainda não sei se conseguirei ir, pois estarei em Belo Horizonte no mesmo final de semana. Vou fazer o esforço necessário.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

PREPARATIVOS PARA O PARAGUAI











Sexta-feira, 15 de maio de 2009: dia atribulado, muita coisa para definir, afinal a reunião em Assunção já é na segunda-feira. Recebo os bilhetes aéreos, mas não recebo as diárias. Vão depositar, em reais (minha escolha), em minha conta corrente ainda durante o dia (o que não ocorreu). Notícia de que o chefe da delegação não vai mais viajar (trocou a viagem de Assunção, Paraguai, para Washington, Estados Unidos). Começo a sentir que vai sobrar para mim na próxima segunda. Muitas tarefas, trabalho em triplo: para sexta, para segunda e para terça. Além de toda a preparação para a viagem, tenho que fazer a leitura de textos enviados nesta sexta-feira e que fazem parte da pauta de segunda, e atender as ligações internacionais de Argentina e Paraguai sobre minha opinião do que deve ser discutido e decidido. Para quem pensa que estas reuniões começam e terminam dentro da programação agendada, ledo engano. É uma negociação infindável de bastidores, principalmente antes das reuniões. E dá-lhe telefonemas internacionais, dando palpites aqui, retirando temas que não interessam ao Brasil dali, e coisas do gênero. Cada um negociando pelo lado de seu país. O legal é que se fazem amizades interessantes nestes bastidores. Fora o estresse da viagem, ainda tinha que preencher uma planilha e um formulário ainda na sexta-feira.
Deixo de lado o formulário, pois desenvolveram um sistema para seu preenchimento pela internet e o sistema trava na fase de salvar as alterações e inclusões feitas. Saio com minha chefe para almoçar. Destino: Bar Brasília, para mais uma degustação de um prato do festival gastronômico Brasil Sabor 2009. O motorista parecia fora de órbita, errou quatro vezes o caminho e demoramos quase uma hora para chegar e quando chegamos, fila de espera, em plena sexta-feira, 13 horas. Escolhemos outro restaurante do livrinho que era próximo e não havia possibilidades de erro. Acreditem, o motorista virou para a esquerda e o certo era para a direita. Mais uma volta e chegamos ao novo destino: Dudu Camargo Restaurante (SCLS 303, Bloco A, loja 3, Asa Sul). Lotado, mas com uma mesa agradável na parte externa. Minha chefe não come carne vermelha, por isso, não escolhe o prato do festival. Eu, pelo contrário, adoro carne, peço o Saltimboca Dudu Bar (filé com presunto de parma e sálvia, vinho branco, molho rôti, acompanhado de arroz cremoso de parmesão - R$24,20). Gosto do prato, carne fininha e macia e o arroz estava delicioso. Aprovado.
De volta ao trabalho, recebo a notícia que o outro chefe da delegação também não viajará para a reunião do Mercosul. Sobrou para mim. Não como chefe de delegação, mesmo porque só ficarei um dia na reunião (são cinco dias ao todo), mas sobrou no sentido de que segunda-feira tenho que coordenar a parte brasileira. Isto significa trabalhar antes, durante e depois de cumprida a agenda proposta. O formulário na internet continua inoperante. Acabo de preencher a planilha que subsidiará os representantes do ministério em reunião com a entidade sindical de trabalhadores rurais, a anual pauta do Grito da Terra.
Para encerrar o dia, mais uma reunião, que prometia entrar noite adentro, mas me retiro antes de terminar, dizendo que era sexta-feira, dia de aproveitar a vida e que iria a um show. Perguntaram de onde tirava tanta energia para trabalhar o dia inteiro, sob pressão de prazos e de pedidos, e ainda tinha disposição para sair. Falei que era isto que não deixava eu cair na mesmice, na rotina e na depressão e assim me espairecia. Saí feliz. O show será objeto de um post próprio.
No show, eu e Ric encontramos duas amigas e após o espetáculo, acabamos a noite bebendo um vinho tinto nacional, um varietal merlot, da Casa Valduga (Casa Valduga Premium), acompanhado de um pão de calabresa e depois, uma bela pizza (metade berinjela agridoce, metade alho poró, shimeji e mascarpone). Local escolhido: Valentina Pizzaria (SCLN 214, Bloco A, loja 9, Asa Norte), para mim, a melhor de Brasília. Tenho até cartão fidelidade do restaurante (alguns vão dizer que isto não conta, pois tenho fidelização em vários estabelecimentos, mas este é o único restaurante que tenho este tipo de cartão).
Música do dia: Vanessa da Mata, em seu cd Multishow ao vivo. Começo a gostar.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

ENFIM, GOSTEI DE UM PRATO


Vou para o Paraguai. Isto é prêmio ou castigo? Reunião segunda-feira, Mercosul. Vou domingo, voo no início da noite para Guarulhos e de lá para Assunção. Reunião o dia inteiro na segunda brava e retorno na terça, saindo do Paraguai, pasmem, às 05:10 horas da manhã. Pergunto novamente: prêmio ou castigo? Ossos do ofício, dirão alguns. Vamos pelo lado positivo: posso comprar no duty free.
O dia foi agitado, doze horas no trabalho. Pauleira pura.
Almoço no Bar do Mercado ( SCLS 509, Bloco C, loja 26, Asa Sul) com minha chefe, fiel companheira nas mesas de almoço pelos restaurantes da cidade. Escolhemos o prato do festival Brasil Sabor 2009, prato que serve duas pessoas, Cartoccio de Frutos do Mar (frutos do mar e salmão cozidos no vapor com temperos especiais e vinho branco - R$42,20). Enfim, ao experimentar o sexto prato do festival e completar minha cartela para concorrer a uma viagem para o sul do país ou para o Chile, gostei da escolha. Saboroso, leve e com um perfume de vinho branco agradável. Muito bom e já recomendei para amigos e colegas de trabalho que estão na busca insana pelos pratos do festival.
Em casa, já tarde da noite, coloco roupa na máquina de lavar. Ligo e vou fazer outras coisas. Acho o barulho estranho, volto e tenho uma surpresa desagradável. Água para tudo quanto é lado. Parodiando um título de Paulo Coelho (DETESTO!), sentei no chão, ou melhor, na água, e chorei! Ric chega e me resgata da inércia e da confusão mental. Tenho que comprar outra máquina. O problema não é novo, mas agora piorou de vez. Também pudera, a máquina já tem mais de doze anos de uso constante. A compra já será nesta sexta, pois o tempo urge.

Música do dia: continua sendo Nana Caymmi, sempre no carro, com seu novo cd Sem Poupar o Coração.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

ODEIO ATIVIDADE FÍSICA

Acordei com a macaca. Odeio atividade física. Odeio atividade física. Odeio atividade física. Odeio atividade física. Odeio atividade física. Odeio atividade física. Odeio atividade física. Meu novo mantra!
Vivemos em um mundo cheio de neuras e várias pessoas tentam lhe dizer o que é certo, o que é errado, o que deve fazer e o que deve não fazer. Meu médico me disse que devo fazer atividade física, que devo emagrecer, embora meus exames estão todos ótimos, sem nenhum problema. O eterno colesterol alto, depois de tentar de tudo, entre este tudo, a atividade física, se mantem em níveis ideais graças a uma poderosa estatina que tomo há mais de um ano (duas vezes por semana). Mas o médico insiste nesta tal atividade física, que é muito importante para uma velhice saudável e coisa e tal. Acontece que o meu médico é enorme de gordo e não pratica nenhuma atividade física. Adoro estas contradições da vida.
Realmente estou com a macaca hoje. Odeio atividade física. Navegando na internet, li um texto de alguém que não se identifica, que toca no assunto atividade física. É óbvio que deve ser alguém como eu, pois só há pontos negativos ressaltados: prejuízo nas articulações, contusões, perda de um tempo no qual poderia estar lendo, vendo um filme, passeando, dormindo, enfim, fazendo coisas mais prazerosas. A vida já é cheia de coisas ruins de que não gostamos mas temos que enfrentar, porque me martirizar com atividade física se ao praticá-la, só acabo com mau humor incalculável? Saúde não é só atividade física, como querem vender. Meus pais nunca fizeram atividade física e chegaram bem na velhice. Enfrentam os problemas que todos, incluindo os que eram praticantes de esportes na juventude, se deparam na chamada terceira idade (que os politicamente corretos insistem em dizer melhor idade). Chico Anysio já disse, em entrevista para o Jô Soares, que nunca fez atividade física e que chegou bem na velhice. E ainda lança uma pergunta instigante: algum atleta de rendimento chega aos 100 anos? No texto que mencionei acima, há menção a animais que vivem anos e são gordos (elefantes) ou lentos (tartarugas), sem nenhuma preocupação com atividades esportivas. Ou seja, o texto veio parar na minha cara (literalmente, pois li na tela do computador) bem no dia em que acordei com este pensamento: odeio atividade física.
Então, depois de toda esta reflexão, decidi: vou cancelar a academia que estou matriculado desde novembro de 2008, e pago em dia a mensalidade sem ir. A última vez que pisei os pés no templo do mau humor foi primeiro de março passado. Fim, sem atividade física, e feliz, muito feliz.

EL PASO LATINO

FANTÁSTICO - COMIDA ÓTIMA EM AMBIENTE AGRADÁVEL

O LADO B DE DOLORES



Manhã: compra de ingressos para o terceiro show do projeto sobre Carmen Miranda e para o terceiro show do projeto sobre Dolores Duran no CCBB.
Almoço: Café Savana (SCLN 116, Bloco A, loja 4, Asa Norte), com minha chefe. Escolho o prato do festival Brasil Sabor 2009, Medalhão Hungria (medalhão de filé mignon ao molho cremoso de páprica doce e picante, salpicado de bacon tostado, acompanhado de purê de batata-baroa com alho-poró e cenourinhas refogadas - R$24,20). O purê que veio em meu prato era de batata inglesa, ao invés de baroa, como descrito no banner e no livrinho do festival. Quinto prato que experimento no festival e ainda estou a procura de um que goste. O prato não é ruim, mas também não me entusiasmou para tornar a degustá-lo.
Tarde: recebo duas novas servidoras que trabalharão no meu setor. Ainda receberei mais sete até o dia 25 de maio, pois está havendo a substituição de terceirizados por servidores concursados. A tarde é completada por reuniões, que entram no início da noite. 
Corro para o CCBB, faço um lanche rápido no Bistrô Bom Demais (SCES, Trecho 2, Conjunto 22 - CCBB), antes do show começar. Por acaso, encontro uma amiga na bilheteria e, também obra do acaso, nossas cadeiras eram lado a lado.

E fui a mais um projeto no Centro Cultural Banco do Brasil em Brasília (SCES, Trecho 2, Conjunto 22). Em todas as terças-feiras de maio, o CCBB está apresentando "O Lado B de Dolores Duran". Perdi o primeiro show, pois não stava em Brasília na terça-feira, dia 05 de maio. Mas garanti meu ingresso (R$7,50 a meia, cliente BB. Obs: o show das 13 horas é gratuito), disputadíssimo, para o segundo show com Denise Duran, irmã de Dolores, Pery Ribeiro e Os Cariocas. O projeto é apresentado por Soraya Ravenle (1º e 4º shows) e Denise Duran (2º e 3º shows). Na noite de 12 de maio, a maioria dos presentes que lotavam o teatro eram pessoas já na faixa dos cinquenta, sessenta anos e que curtiram a música de Dolores nos 29 anos da curta vida da cantora. A irmã Denise fez uma breve apresentação sobre a vida de Dolores, solando duas músicas ao longo de todo o show. Nitidamente ela está sem voz, não conseguindo atingir determinadas notas musicais. Mas também não insiste, explica que ficou 40 anos sem cantar e agora faz uma participação especial aqui e acolá. O primeiro a ser chamado é Pery Ribeiro, apresentado como grande intérprete da bossa nova e das músicas de Dolores. Pery, sentado quase todo o set, conta casos sobre a homenageada, entremeando com músicas gravadas por ela, especialmente de Billy Blanco. Bem humorado, faz piadinhas para a plateia e também escorrega em algumas notas musicais. Sai de cena e Denise sola a segunda música, somente com um piano acompanhando-a. É a vez de Os Cariocas entrarem. As músicas escolhidas são conhecidas e os arranjos são muito bem feitos. O ponto alto é Estrada do Sol, de Tom Jobim e Dolores Duran. Ao final, antes do bis, todos se reúnem no palco e cantam A Noite do Meu Bem, com o acompanhamento da plateia. Gostei de ter visto um show com estes cantores, pois nunca os tinha visto ao vivo. A voz já não é a mesma em nenhum deles, mas vi que a emoção e o prazer de cantar, de se apresentar ao vivo, ainda é forte em todos. O tempo é mesmo implacável. Comprei o ingresso para o terceiro show, na terça-feira, dia 19 de maio.

Ao final do espetáculo, dirijo-me para a festa de inauguração do El Paso Latino (SCLS 404, Bloco C, loja 23, Asa Sul), novo restaurante de meus amigos. É o restaurante onde fui experimentar o cardápio no último dia 06 de maio, cujos comentários postei com o título Vem Aí Mais Um Sucesso neste blog. Chego já no final da festa. Conheço a decoração completa. Muito bonita. Vale a pena conhecer.

Música do dia: Nana Caymmi, seu novo cd. Relaxante, voz suave. Bom para ouvir em momentos que você está de bem com a vida.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

AGENDA LOTADA

Feitiço Mineiro - Asa Norte - Brasília


O interfone toca cedo. São 07:40 horas. O rapaz que aplicará a proteção no tecido do sofá e das cadeiras da sala chega. Rápido, ele faz a aplicação.
Vou à Unimed Confederação pegar autorização para fazer uma ecografia do abdomen. Autorização concedida rapidamente.
No trabalho, uma quantidade assustadora de e-mails para ler, responder, além de enviar outra grande quantidade, o que significa mais e-mails para ler e responder as dúvidas durante a semana.
Notícia recebida perto do meio dia: tenho que ir para a reunião semestral do subgrupo de trabalho do Merocsul que tem relação com o órgão no qual estou em exercício. Detalhe importante é que a reunião será na segunda-feira, dia 18/05/2009, em Assunção, isto mesmo, Paraguai. Não estava em meus planos e coloquei uma das secretárias para correr atrás de emissão de bilhete aéreo, recebimento de diárias, reserva de hotel, habilitação do celular em terras estrangeiras, garantia de estar de volta à Brasília antes das 18 horas do dias 19/05/2009, dia marcado para a 34ª reunião da Confraria Vinus Vivus. Nunca faltei a uma reunião sequer da confraria e não será desta vez. Já sei o que devo falar no Paraguai, pois já havia preparado texto e projeto sobre o tema há uns dois meses.
Almoço é mais do mesmo: Feitiço Mineiro (SCLN 306, Bloco B, loja 45/51, Asa Norte) juntamente com minha chefe. Dá-lhe comida mineira.
Retorno ao trabalho e mais uma agenda que devo cumprir: gravar dois debates para um mesmo canal de tv, a NBR, com temas diferentes. Dois programas gravados na mesma tarde e em exibição em datas distintas. Confirmo a gravação para o dia 10 de junho. Minha agenda está lotada até lá. Confirmo também a minha presença em lançamento de um livro sobre migração de trabalhadores no Mercosul ainda nesta semana.
Saio tarde do trabalho, já passavam das 21 horas.
Ouço bastante o cd de Verônica Ferriani, cantora que conheci em show no último domingo e que comprei, como já escrevi neste blog, ao sair da sala de espetáculo. Primeiro disco desta ótima cantora, gravado em 2008. Vale a pena conhecer e se encantar com a voz desta jovem. Vida longa às cantoras brasileiras!

ALÔ...ALÔ? 100 ANOS DE CARMEN MIRANDA - SHOW 2















Os cantores Pedro Miranda e Verônica Ferriani












Chega ao segundo final de semana o projeto ALÔ...ALÔ? 100 ANOS DE CARMEN MIRANDA no CCBB de Brasília (R$7,50 a meia entrada, pois sou cliente Banco do Brasil). Apresentado por José Antônio Nonato, o Show 2 - Disso É Que Eu Gosto tem como interprétes das músicas gravadas por Carmen Miranda os cantores Verônica Ferriani e Pedro Miranda. Nonato contou deliciosas histórias sobre Carmen e as primeiras décadas do século passado. A exposição de Nonato foi um tanto longa, chegando a incomodar algumas pessoas da plateia e os próprios instrumentistas que estavam no palco. Alguns chegaram a fazer vibrar as cordas de seus instrumentos musicais como um sinal de que o show deveria começar. Nonato explicou cada música a ser executada, inclusive traduzindo alguns termos que hoje soariam estranhos aos nossos ouvidos. Os dois cantores eram desconhecidos para mim. Pedro Miranda, apresentado como sobrinho neto de Carmen Miranda, é um intérprete que utiliza vários elementos de encenação teatral, mostrando que, além de cantar, também é um ator. Verônica Ferriani é ótima, afinadíssima, totalmente à vontade no palco, dançando, interpretando e fazendo grandes momentos com Miranda. Para mim, o show deste final de semana foi muito superior ao primeiro. As músicas, a maioria classificada por Nonato como quase inéditas, tem letras divertidas, com rimas bem colocadas. Afinal, foram mestres do cancioneiro brasileiro que as compuseram. A única que eu conhecia é uma famosa marchinha de São João, que cantei e dancei muito em festas juninas na minha infância: Isto É Lá Com Santo Antônio, composta por Lamartine Babo.
Os músicos que acompanham todo o show seguram bem a onda e tocam muito bem, sendo que a primeira música do espetáculo, Alô Alô, é executada somente instrumentalmente por eles: Luís Filipe de Lima (violão), Pedro Vasconcellos (cavaquinho), Ademir Jr. (sopros), Valerinho (pandeiro) e Paulinho Dias (percussão).

Ao sair da sala de espetáculo, estavam vendendo o cd de Verônica Ferriani. Comprei no ato e já coloquei no carro para escutar. Adorei as primeiras músicas. Não deu para escutar tudo. É a música do dia.
Resolvo comer uma pizza, sozinho, na Fratello Uno (SCLN 109, Bloco D, loja 19, Asa Norte). Lá chegando, encontro quatro amigos e termino a noite de domingo com ótima conversa.