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terça-feira, 5 de maio de 2009

RESPIRANDO CULTURA













Zucco Restaurante - São Paulo - SP


Manhã de terça-feira tomada por compromissos de trabalho. Participei do relançamento da campanha de combate à violência sexual contra crianças e adolescentes, evento realizado no Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, no Centro de São Paulo. Fiquei como um incógnito. Tanto melhor. O evento acabou mais cedo do que o previsto e me vi com a tarde e a noite livres na cidade. Isto porque meu voo de retorno à Brasília só foi marcado, pelo trabalho, para tarde da noite e eu, para não ficar sem hotel, paguei do meu bolso a multa de R$50,00 cobrada pela Gol e remarquei a volta para a manhã de quarta-feira, 06/05/2009. Assim, fui respirar cultura. Pego um ônibus que sobe a Rua Augusta (R$2,30) e desço nas proximidades da Avenida Paulista.
Inicialmente, passei na Livraria Cultura do Conjunto Nacional para trocar o novo cd de Milton Nascimento, gravado em Paris com os irmãos Belmondo, pois o que eu comprei no feriado do dia primeiro de maio não veio com o principal, o CD. O atendente da livraria concordou comigo que a surpresa ao abrir a capa de papel foi desagradável e foi logo pegar outro. Ele abriu para se certificar e nova surpresa, sem cd. Achei que eram todos. Ele pede ajuda a outra atendente e recolhem todos os cds que estavam expostos. Abre mais um e desta vez tinha o disco. Efetuei a troca. Já saindo, ouço ele dizer que o cd fora gravado em Paris e que lá estava até agora. Eles estavam abrindo um por um e já haviam descoberto mais um envólucro sem o disco. A gravadora Biscoito Fino pisou na bola com seu controle de qualidade. Como já passava do meio dia e estava com fome, pois não havido tomado café e nem comido nada até aquela hora, desci pelos Jardins para almoçar. Escolhi um restaurante italiano que tinha passado em frente no último final de semana: Zucco (Rua Haddock Lobo, 1.416 - Cerqueira César). Logo na entrada me oferecem lugar no chamado deck, uma ampla varanda de frente para a rua, com um pé-direito bem alto e com uma das paredes formada por uma extensa folhagem, o que dá um efeito bonito e aconchegante. Preferi ficar dentro do restaurante, com mesas com toalhas de pano (o que não tinha do lado de fora, mais informal). Não havia nenhum cliente do lado de dentro. Nas paredes, fotos de girassóis, em diversas cores. Como em todo restaurante moderno e inaugurado há menos de um ano, a cozinha é aparente, destacando-se um forno à lenha. A adega é grande, também aparente e no canto direito de quem entra, logo após um bar integrado ao salão. Os garçons todos uniformizados, de maneira bem informal. Todos bem simpáticos e com atendimento sem grandes firulas. Olhando o cardápio, percebo que as receitas italianas de sempre estão presentes, como massas, risotos e carnes. Prefiro o menu executivo (R$46,00), servido no almoço. O menu é composto de couvert (pães, manteiga e uma pasta que não comi), entrada, prato principal e sobremesa. Pedi uma salada de alface, endívias, tomates e queijo branco, regada com azeite, como entrada. Prato principal foi salmão grelhado escoltado com legumes no vapor e de sobremesa, abacaxi. Termino com uma xícara de café Illy. Achei a salada ótima, mas o salmão era um pouco enjoativo. Creio que exageraram no azeite com ervas. Pago a conta (R$61,04) e entro na loja ao lado, novamente no Le Buteque (Rua Haddock Lobo, 1.416 A - Cerqueira César), para saborear um delicioso macaron de laranja com chocolate e bebo um novo expresso, desta vez Lavazza (R$7,00). Subo a Rua Haddock Lobo a pé e vou até o Museu de Arte de São Paulo - MASP (Avenida Paulista, 1.578) ver a exposição de Vik Muniz. A entrada é gratuita nesta terça-feria e há muita gente na fila. Ainda é hora de almoço e o paulistano aproveita para dar uma espiada nesta mostra. Para a exposição, há um post próprio.
Após percorrer a exposição por meia hora, saio do museu e vejo que dá tempo de assistir a um filme no Bristol, rede de cinema no Center 3, na mesma Avenida Paulista. Já na bilheteria, escolho o filme X-Men Origens: Wolverine (X-Men Origins: Wolverine, EUA, 2009), de Gavin Hood. A sessão começa às 15 horas e há menos de dez pessoas na sala de projeção. O filme tem falhas de roteiro, mas para quem quer só entretenimento, funciona. Li que a sua estréia nos EUA teve bilheteria consagradora. Para quem sai quando os letreiros ainda sobem na tela, um alerta: há uma cena após o último crédito.
Como o dia estava inspirador, caminho do Center 3 até o Novotel Jaraguá, onde me hospedo. A caminhada dura 40 minutos. Não tenho fome. Já são quase 18 horas. Descanso um pouco. Este pouco durou mais de duas horas. Acordo e saio para terminar o dia com mais cultura. Vou a pé até o Espaço dos Satyros 1 (Praça Franklin Roosevelt, 134 - Consolação), me informo sobre a peça em cartaz, compro uma inteira (R$20,00) e faço um pequeno lanche, comendo uma empada de palmito e um coca zero (R$5,50). A peça escolhida se chama Born to Be Wild, texto e direção de Jarbas Capusso Filho, encenada pelos atores Celso Melhez, Didio Perini e Ralph Maiza. Três amigos se encontram em uma quitinete e fazem inúmeras reflexões do cotidiano, sem nenhuma ordem ou coerência. Os atores não conseguem passar verdade em seus textos. São sessenta minutos de encenação, que parecem longas duas horas. Ao final, apenas aplausos protocolares. Visivelmente, as 26 pessoas que assisitiram à peça não gostaram. Saí rápido e voltei para o hotel. Peço um lanche no quarto. Atualizo o blog.

Música do dia: trilha sonora do filme Sem Destino, que compunha a trilha sonora da peça Born to Be Wild.

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