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segunda-feira, 4 de maio de 2009

SAMPA NOVAMENTE


Restaurante Dona Lenha - Shopping Deck Brasil - Brasília - DF


Segunda-feira, início de semana já cansado. Stress logo cedo com a empresa que iria passar um produto de proteção nos móveis novos da sala. A empresa marcou às 8 horas e ninguém chegou até 8:30 horas, quando resolvi ligar e cobrar. Uma mulher atendeu ao telefone e disse que estava agendado entre 8 e 12 horas. Fato que contestei, pois o horário combinado era 8 horas, sendo a minha casa a primeira a ser visitada pelos empregados da empresa. Depois de alguma discussão, pedi meu dinheiro de volta. Acrescente-se o fato de que já havia pago o serviço há dois meses atrás, no ato da compra dos móveis. A mulher ainda me chamou, indiretamente de mentiroso, pois disse que ela própria havia agendado comigo ao telefone este horário elástico. Repeti que isto não correspondia ao combinado e que não me interessava mais os serviços da Panno e que queria o meu dinheiro de volta em minha conta bancária naquele mesmo dia. Ela anotou meus dados bancários e desliguei. Puto. Arrumei a mala, pois hoje é dia de voltar para São Paulo, desta vez a serviço. Paguei a diarista, pois minha empregada ainda está em licença médica se recuperando de uma cirurgia no pé. Fui trabalhar. No trabalho, nada de novo, além da rotina.
Hora do almoço, saio com mais dois colegas para o restaurante Dona Lenha (QI 11 - Shopping Deck Brasil - Lago Sul) experimentar mais um prato do festival Brasil Sabor 2009. Os três pedimos o mesmo prato: Pesce Amalfitano - robalo assado na lenha com azeite de limão siciliano, molho de alcachofra e arroz preto com perfume de anis-estrelado. A apresentação do prato é bonita. O sabor, no entanto, deixa a desejar. O peixe estava assado além da conta, formando uma crosta dura, e tinha espinhas. Já o arroz negro passou do ponto, poderia estar mais al dente. O arroz negro pede esta consistência. O restaurante, em festivais passados, elaborou pratos melhores. No momento em que chegava para almoçar, meu celular toca. Era a empresa Panno pedindo uma nova chance, admitindo o erro e pedindo desculpas. Como já paguei e sei que a novela seria longa para receber o dinheiro de volta, agendei nova data, para segunda-feira, dia 11 de maio, às 8 horas em ponto, sem direito a atrasos. A senhora do outro lado do telefone acatou todas as exigências e ainda perguntou se o rapaz poderia chegar às 7:50 horas. Disse que não havia nenhum problema em adiantar.
À tarde no trabalho dediquei a leituras da versão final de uma nova instrução normativa que a secretaria onde trabalho editará.
Saio do serviço às 18:30 horas, com receio de enfrentar engarrafamento no caminho do aeroporto, mesmo sabendo que o voo estava previsto para sair às 20:30 horas. Não pego nenhum trânsito ruim e chego em quinze minutos no aeroporto. Desta vez viajarei de Gol. Faço o check in rapidamente, despacho minha mala (mesmo ficando apenas um dia em São Paulo, resolvi despachar a bagagem, já que carrego o notebook pesado nas costas) e vou até o guichê da Gol alterar a volta de duas outras viagens que farei a serviço. Pago R$160,00 de multa para as duas alterações.
O voo sai no horário e há muita turbulência no caminho, impedindo o serviço de bordo ser realizado por completo. Tive a sorte de ainda ser servido de refrigerante light e um saquinho de biscoitos (novos lanches da Gol). Chego no aeroporto de Congonhas no horário previsto, às 22:10 horas, e espero quinze minutos para a saída de minha mala na esteira (nesta cia não tenho as regalias da TAM).
Compro um bilhete de táxi - R$58,00, para o trajeto aeroporto de Congonhas-Novotel Jaraguá São Paulo Conventions (Rua Martins Fontes, 71 - Centro). Ganho um up grade de quarto, pois não havia disponível nenhum quarto não fumante com cama king, conforme reserva confirmada. O novo quarto é amplo, mas com duas camas de solteiro. As camas são largas. Não me incomodo com a troca, já que o quarto é superior. Tenho preguiça de sair, tenho que levantar cedo para o evento do dia seguinte. Peço, então uma omelete de queijo no quarto para lanchar.

Reflexão do dia: Viramos escravos completos da telefonia móvel. Este fato é visível em qualquer aeroporto, mas especialmente em Congonhas, São Paulo. Ainda no embarque, vários passageiros entram no avião falando ao celular, alguns em voz alta, sem se incomodar se os outros ouvem sua conversa ou se está incomodando alguém com seu tom de voz. Muitos ignoram os avisos que as portas foram fechadas e, portanto, devem desligar os aparelhos. Só o fazem quando a comissária de bordo passa de fileira em fileira e, como uma mãe delicada, pede para o passageiro que ainda fala ao celular desligá-lo. O voo dura pouco mais que uma hora e vinte minutos. O avião encosta as rodas na pista e já há passageiro ligando o telemóvel, como dizem os portugueses. É um festival de sinais sonoros indicando que o aparelho está novamente em funcionamento e dá-lhe sinais de recebimento de mensagens e até mesmo chamadas estridentes. Descemos longe da ponte de desembarque, motivo pelo qual a necessidade de pegarmos um ônibus. Na pista, debaixo das asas do avião, passageiros andam apressados com os celulares nos ouvidos e a prática segue dentro do ônibus. Há pessoas com mais de um aparelho. Parece que ninguém se lembra que há pouco menos de quinze anos ninguém vivia nesta neura. Vou pensando nisto no caminho até a sala de desembarque para esperar minha mala. Esqueço completamente de ligar meu celular. Faço isto somente dentro do táxi e, ao ligá-lo, sinais de mensagens de texto e de caixa postal. A campainha toca. Volto ao mundo real. Sou escravo também. Será que existe um serviço para recuperação de viciados que não vivem sem o aparelho celular? Algo do tipo alcóolicos anônimos? Vou pesquisar. Quem sabe haja um resort onde os celulares são "detidos" no check in e somente devolvidos no final da estadia. Creio que os americanos já inventaram isto, pois eles fabricam as neuras e depois haja processos de "desintoxicação", também inventados e patenteados por eles.

Música do dia: Mariana Aydar, cd novo Peixes Pássaros Homens. Maravilhoso!

2 comentários:

  1. Caetano Veloso já disse que não tem. O crítico Luiz Carlos Merten, de O Estadão, também não.
    Não sei se recorda, mas de nossa turma eu fui o último a ter.
    Reisti enquanto pude, mas ainda mais agora, como autônomo, fica difícil ficar sem.
    Mas`em lazer à noite, quase sempre o deixo em casa.
    Bjs
    Ps.: São Paulo de novo? Só para me matar de inveja, né?

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