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sábado, 16 de maio de 2009

ALÔ...ALÔ? 100 ANOS DE CARMEN MIRANDA - SHOW 3







20:30 horas de sexta-feira, dia 15 de maio de 2009. Eu e Ric nos dirigimos ao CCBB Brasília (SCES, Trecho 2, Conjunto 22) para ver o terceiro show do projeto Alô...Alô? 100 Anos de Carmen Miranda (R$7,50 a meia, cliente Banco do Brasil). Chove bastante. Fato fora do comum para esta época do ano, pois as chuvas já deveriam ser esparsas e apenas chuviscos. Voltemos ao show. Atraso considerável para abrir as portas e para começar. O teatro não está cheio. Este terceiro show, chamado Brazilian Bombshell, tem músicas de sucesso de Carmem Miranda quando ela já morava nos Estados Unidos. Algumas das músicas fizeram parte da trilha de filmes estrelados por Carmen. A apresentação ficou por conta de Sérgio Cabral, já nos seus bem vividos 71 anos de idade (completa 72 anos neste domingo, dia 17 de maio). Muito divertido, e tirando um sarro da condição de ser idoso, disse que lhe era permitido fazer divagações e contar muitos casos. Sobre a marchinha Tourada em Madi, de João de Barro, o Braguinha, e Alberto Ribeiro, contou que ele, Cabral, estava no Maracanã, em 1950, com doze anos de idade, assistindo ao jogo Brasil X Espanha, no qual o escrete nacional ganhava de 6 X 1, quando a música de Braguinha começou a tocar (ele disse que muitos espanhóis acreditavam que a música fora feita por um espanhol). Anos mais tarde, já como jornalista, entrevistou Braguinha e ele rememorou o episódio no dia do jogo, quando sua música começa a tocar, todos cantam e ele chora. Um torcedor vê aquilo e diz: chora espanhol! Hilário! Sérgio Cabral falou sobre praticamente todas as músicas e elogiou bastante os dois cantores da noite. As primeiras três músicas foram interpretadas por Beatriz Faria, bela morena que, com poucos trejeitos, conseguiu preencher todo o palco. De uma música para outra, diz que cresceu no Rio, mas que nascera em Brasília. Surpresa para todos na plateia. Fechou o primeiro set com Mamãe Eu Quero, de Jararaca e Vicente Paiva, deliciosamente por ela interpretada. Para o segundo set, um inspirado Marcos Sacramento, que me lembrou muito a forma de Ney Matogrosso cantar. Praticamente ele incorporou Carmen Miranda. Terceiro set, novamente Beatriz e uma bela interpretação para Aquarela do Brasil, de Ary Barroso. O quarto set reservou uma performance digna de Ademilde Fonseca. Marcos Sacramento avisa ao público para não repetirem a façanha em casa e ataca de Bambo do Bambu, de Donga e Patrício Teixeira, numa versão acelerada e que na segunda parte fica aceleradíssima. Uma senhora, entusiasmada, levanta, sozinha, e bate palmas pela performance. A voz de Sacramento é ótima. Set final, e os dois cantores no palco cantam e interpretam Boneca de Piche, de Ary Barroso e Luiz Iglesias. Já no sempre inevitável bis, os dois cantam Cai, Cai, de Roberto Martins, fechando com chave de ouro o terceiro show, que contou mais uma vez com Luís Filipe de Lima no violão (além de idelaizador do projeto e diretor musical). Neste show, ele foi acompanhado por Henrique Cazes no cavaquinho, Ademir Jr. nos sopros, Beto Cazes e Júnior, ambos na percussão.



O quarto e último show será no final de semana de 22 a 24 de maio, com Rita Ribeiro e Eduardo Dussek, revivendo o último show de Carmen. Ainda não sei se conseguirei ir, pois estarei em Belo Horizonte no mesmo final de semana. Vou fazer o esforço necessário.

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