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terça-feira, 19 de maio de 2009

PARAGUAI

29 Horas e 35 minutos. Este é o tempo que fiquei em Assunção, Paraguai. Aeroporto direto para o Hotel Guarani Esplendor (Oliva esqu. Nuestra Sra. De Assunción), onde fiquei hospedado e mesmo local do evento. Primeira noite em claro. Manhã tomada por reuniões do subgrupo de trabalho do Mercosul. Almoço oferecido pelo governo paraguaio no próprio hotel. Tarde e parte da noite com mais reuniões e elaboração de ata, com agenda de novas reuniões, das quais devo participar, em Assunção, Paraguai (junho de 2009) e Montevidéu, Uruguai (julho, agosto e novembro de 2009). Muito trabalho pela frente. Tentativa de dormir, mas novamente noite em claro. Check out do hotel às 2 horas da madrugada. Traslado hotel aeroporto pelo governo paraguaio, assim como na chegada. Não fiz câmbio nenhum nestas horas em terras paraguaias.
O complexo de autoridade está presente em demasia no aeroporto de Assunção. Em um trecho de pouco mais que três metros, sem divisórias, onde todos os funcionários se veem, e com nenhum movimento, solicitaram que eu mostrasse meu passaporte três vezes: na imigração, como de praxe; no raio X, não entendi porque; e após o raio X, quando um funcionário com um colar exibindo um pendente enorme com um brasão semelhante ao da Receita Federal do Brasil, pede meu passaporte (ele viu que já havia apresentado o documento por duas vezes bem na frente dele) e ainda quer revistar minha bolsa. Não deixo ele mexer em nada. Ele fica irritado, mas digo que não atrapalharei o seu trabalho, mas minhas coisas eu mesmo abriria e mostraria. Tive que mostrar tudo que estava dentro da bolsa. "Fui liberado" e sentei próximo ao portão de embarque. Ele, não satisfeito, fica rondando por uns quarenta minutos, sempre me encarando, como se eu fosse um bandido ou terrorista. Fiquei indignado. Cansado, representando o governo brasileiro em reunião oficial do Mercosul, cuja presidência pro-tempore está com o Paraguai e sou tratado desta forma. Percebi que fui a vítima preferencial deles, pois os demais passageiros não tiveram este tratamento "vip". E, para finalizar, ainda tive que mostrar meu passaporte pela quarta vez, agora para o funcionário da TAM no momento do embarque. Detalhe importante, todos os funcionários que trabalham no aeroporto usam máscaras e luvas de borracha. A paranoia da gripe suína está no ar.
O voo sai no horário e chega com adiantamento de vinte minutos ao aeroporto de Guarulhos, mas não pode pousar porque ele está fechado por causa da neblina baixa. Sobrevoamos Guarulhos por 1 hora e vinte minutos, quando, enfim, pousamos e saio correndo para pegar minha conexão pela Gol para Brasília. Não passo no duty free por causa do atraso e passo batido na alfândega brasileira. Filas enormes no check in da Gol. Aeroporto lotadíssimo, pois o tempo em que ficou fechado, acumulou no mesmo horário pousos e decolagens. Filas para embarcar, para o controle do raio X e na sala de espera. Avião lotado e apertado. Muita dor de cabeça e mau humor, afinal são duas noites sem dormir. Chego em Brasília com duas horas de atraso e vou para casa. Tomo um banho e um remédio para dor de cabeça. Relaxo e durmo. Acordo já tarde e ligo para o CCBB. Triste notícia, pois não há mais entradas para o quarto show do projeto que homenageia Carmen Miranda. Não fui trabalhar.
À noite, 34ª reunião da Confraria Vinus Vivus, quando degustamos três vinhos da Bourgogne. Três pinot noir maravilhosos: Morey Saint-Denis Première Cru, safra 2004, importado pela Mistral (R$414,00); Clos des Lambrays Grand Cru, safra 2005, importado pela Grand Cru (R$722,00); e Corton Clos du Roy Grand Cru, safra 2002, importado pela Decanter (R$673,00). Dos dez participantes, nove elegeram o segundo vinho degustado como o melhor da noite. Para acompanhar a massa com coelho e ameixas pretas do jantar, um jovem pinot noir, também da região da Bourgogne, um Bourgogne Pinot Noir François Labet, safra 2007, importado pela Decanter (R$112,00). Finalizamos com um manjar acompanhado por um Moscatel de Setúbal, safra 2004. Nespresso para o gran finale. Próxima reunião marcada para junho, quando degustaremos vinhos australianos.

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