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sexta-feira, 29 de maio de 2009

PILOBOLUS DANCE THEATRE










Quinta-feira, 28 de maio, dia de descanso para a mente. O corpo cansado aguentou bem a noitada. Teatro Nacional, Sala Villa Lobos com bom público para ver cinco programas do Pilobolus Dance Theatre:
01) Lanterna Mágica, coreografia de 2008 - não gostei. Muitos elementos de balé clássico. Talvez uma volta às origens da dança, já que o Pilobolus é uma companhia que sempre prezou pelos passos modernos. Houve erro visível na iluminação. O figurino é estranho. Fiz uma ligação do figurino com uma montagem do balé clássico que assisti de Sonho de Uma Noite de Verão. A música também não ajudava e a coreografia era insossa.
02) Pseudopodia, coreografia de 1973 - um lindo solo de um bailarino. Prevalecem elementos de ginástica artística que hoje não causam mais impactos. Tem-se que considerar que a peça tem mais de 35 anos e nos idos de setenta, pode ter causado furor no meio da dança. 
03) Rushes, coreografia de 2007 - a que eu mais gostei e a mais longa de todas. Vários elementos estão presentes, como lutas marciais (sumô), mangá, Charles Chaplin, clown, mímica, instalações, circo (lembrei-me de uma montagem do Circo Nacional da China quando as cadeira brancas fizeram parte ativa da coreografia). A música é ótima e temos uma sensação de paz com o barulho de água. Pina Baush é visivelmente homenageada (ou sampleada, propositalmente).
04) Symbiosis, coreografia de 2001 - como toda companhia importante do mundo, Pilobolus também tem um pas de deux. Muita coreografia no chão. Os bailarinos, muitas vezes, se fundem em um só corpo. Bela apresentação.
05) Megawatt, coreografia de 2004 - elétrica, nervosa. Impressionante a parte inicial, com todos rastejando em movimentos difíceis de costas e de frente. Parece que o balé moderno no mundo aponta para tal tipo de coreografia rastejante e no chão. O Grupo Corpo também fez isto em sua mais recente montagem, Breu.

O público de Brasília continua o de sempre: sem educação e desrespeitoso com o artista. Os do camarote só se ajeitaram em seus lugares depois de já ter começado a primeira dança, com as luzes acesas incomodando bastante a plateia. Inclusive prejudicou o próprio espetáculo, que exigia uma escuridão inicial, só com micro lâmpadas piscando, como vaga-lumes. Como me sentei na última fileira, muito barulho de gente chegando atrasado e procurando o local para se sentar. Os funcionários do teatro e o pessoal da produção também falavam muito, especialmente com relação aos inúmeros pipocares de flashes de máquinas digitais (uma praga moderna que cedo ou tarde os produtores de espetáculos terão que se acostumar, pois não há como proibir). E, para piorar, duas crianças de colo, ainda amamentando, resolvem dar sinal de vida, com breves choros. Enfim, Brasília ainda tem muito que amadurecer neste aspecto. O preço da entrada foi salgado (R$140,00 a inteira - paguei R$70,00, pois me beneficiei por ser assinante do Correio Braziliense).

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