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sexta-feira, 8 de maio de 2009

BAJOFONDO

Decidi ontem, quinta-feira, que iria ao show do Bajofondo, grupo musical integrado por músicos argentinos e uruguaios. Antes mesmo de fazerem sucesso no Brasil com a música Pa Bailar, tema de abertura da novela global "A Favorita", eu já tinha o cd Mar Dulce, mesmo título da turnê brasileira que o grupo está fazendo neste maio de 2009 por quatro cidades: São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e Porto Alegre.
Chegando na bilheteria do Teatro Nacional Cláudio Santoro, pensei que não acharia mais ingressos, pois tudo em Brasília esgota muito rapidamente. Surpresa ao verificar que havia muito ingresso e escolhi um excelente local na plateia. Marcado para ter início às 21 horas na Sala Villa Lobos, chego ao teatro com meia hora de antecedência e encontro facilidades para estacionar o carro. Ao entrar, percebo que a sala, com capacidade para mais de 1.000 pessoas, não ficaria lotada. Ao meu lado senta um casal de idosos. Os poucos que já estavam sentados eram todos de uma faixa etária acima de sessenta anos. Pensei com meus botões: "eles não vão gostar do show, devem estar pensando que será um espetáculo de tango". O show começou com dez minutos de atraso e muita gente foi entrando durante a execução das três primeiras músicas. Músicas estas que já davam o tom do que seria a noite: eletrizante, mesclas de melodias do tango e da milonga com elementos de música eletrônica, bem dançante. O casal ao meu lado nitidamente não está gostando. Tocaram logo de cara a música tema da novela para ganhar uma empatia com a plateia. Não precisava. Ao término da segunda música, a maioria dos presentes já estava totalmente entregue ao balanço da música contangiante do Bajofondo. A sincronia de música, luzes e projeção era um show a parte. Já com quarenta minutos de música rolando, Gustavo Santaolalla, o band leader, conversa pela primeira vez com a plateia e explica que os músicos moram em lugares diferentes: Buenos Aires, Montevidéu, Bariloche e Los Angeles e que cada um tem projetos paralelos ao grupo. Ele próprio diz que costuma fazer umas trilhas sonoras (modesto, pois é autor de premiadas trilhas sonoras de filmes hollyodianos, com Oscar de melhor trilha para O Segredo de Broleback Mountain e para Babel, além de colaborar com Walter Salles na trilha de Diários de Motocicleta e Linha de Passe). A parte intimista do show dura pouco e logo vem um set mais dançante. Os integrantes do grupo começam a chamar a plateia para dançar. O pedido é atendido de forma instantânea. Vários ficam de pé. Os idosos, percebo que são minoria, pois o teatro encheu bastante depois que as luzes se apagaram. Os idosos não se levantam. O casal do meu lado vai embora. O show chega ao ápice. Aparece no telão a palavra fim, sinalizando o final do espetáculo. Ninguém arreda pé do teatro. A banda não sai do palco e emenda música atrás de música. Repete Pa Bailar. Neste momento, várias pessoas já dançam no palco, entre os músicos. O show se transforma em uma rave. As luzes do teatro se acedem. Hora de ir embora. Engano. O road do grupo grita para a plateia ficar. Bajofondo volta para o bis. Uma, duas, três músicas. Pa Bailar é tocada pela terceira vez. Êxtase da plateia. Estou de pé, bem próximo ao palco, dançando e sacando fotos (como dizem los hermanos argentinos e uruguayos). Uma moça da plateia me reconhece do trabalho, diz que é seu aniversário e pede para eu enviar as fotos que tiro para o seu e-mail. Prometo fazê-lo. Não sei seu nome. Peço o e-mail e ela me fornece. Belo presente de aniversário que ela se deu. Show inesquecível. Felizes aqueles que viram até o fim. Duas horas de espetáculo de som, luzes e alegria. Valeram os R$150,00 (meia entrada com doação de um quilo de alimento não perecível).


3 comentários:

  1. Noel,
    Fiquei interessante no Bajofondo...
    Mas com esse preço acho que vai ser difícil conferir, e mesmo porque a turnê não contempla BH.
    Mas deve ser bem interessante mesmo.
    Bjs

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  2. Aqui em Brasília tudo é mais caro. Em São Paulo, o preço da entrada variou entre R$30,00 e R$110,00. Brasília foi preço único e maior que o valor máximo cobrado em SP.

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