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terça-feira, 21 de julho de 2009

BRASÍLIA SE PREPARA PARA OS 50 ANOS

Hoje tive que rodar muito de carro pela manhã em Brasília: consulta médica, solicitar autorização para exame, trabalho, almoço, compras no CasaPark Shopping, e enfrentei alguns pontos de engarrafamento devido às obras que inundam a cidade. A maioria das obras é de alargamento de avenidas e viadutos. Há também construção de novas vias e de novas "tesourinhas" (o nome dado aos retornos de Brasília). São as preparações para os cinquenta anos da cidade que comemoraremos no ano que vem, exatamente no dia 21 de abril de 2010. Tais obras estão infernizando o trânsito, especialmente nos horários de rush. Muitos podem dizer que é passageiro e necessário, mas quando ficar pronto, vai melhorar. No entanto, e confesso que estas ideias me vieram à cabeça depois que li um estudo sobre trânsito e transporte coletivo urbano, fiquei parado em pleno sol de 13:30 horas, com níveis de umidade na casa dos 25%, pensando que quanto mais se alargam as vias mais se proporcionam possibilidades que um maior número de veículos esteja circulando nas ruas, ocasionando, em pouco tempo, novos estrangulamentos e novos engarrafamentos. Creio que, aliado a estas obras necessárias e adoradas, também se deveria investir, e muito, em transporte coletivo urbano. Em Brasília, é lastimável esta questão. Não há um órgão público específico para cuidar do trânsito e do transporte coletivo, como em Belo Horizonte e São Paulo, só para ficar em dois exemplos. O serviço de táxi é péssimo e caro, com carros antigos, sem padronização, sem limpeza adequada (já recusei a andar em um táxi que estava imundo por dentro), sem uma mínima identificação. Talvez Brasília tenha o único aeroporto das cidades grandes do país onde não se tem um balcão para comprar uma corrida de táxi. O sistema de ônibus é pior ainda. Com motoristas mal preparados (o Correio Braziliense vive fazendo matérias sobre isto), sujos, com horários indefinidos. O metrô funciona lotado. Há promessas de mais trens e mais estações. Fala-se também no veículo leve sobre trilhos - VLT, mas creio ser uma realidade ainda para 2013/2014, quando chegarmos perto da Copa do Mundo. Muitos dizem que os moradores da cidade preferem andar de carro, mesmo que somente haja uma pessoa dentro (o próprio condutor). E ainda há uma máxima perpetuada eternamente que diz que se houvesse um transporte coletivo digno, os moradores deixariam seus carros em casa e andariam de ônibus e metrô. Outra máxima diz que se a população não começar a usar o transporte coletivo, mesmo que ruim, ele nunca vai melhorar. Estas máximas existem porque não há um órgão distrital capaz de apresentar soluções e impor restrições. Roma é um exemplo, onde os carros não circulam no Centro e há grandes incentivos para utilização de todos os meios de transportes públicos disponíveis para a população. Mas aqui não é Roma....

2 comentários:

  1. Noel,
    Belo Horizonte, que era tão tranquila já está dando sinais de esgotamento, com engarrafamentos na hora do rush.
    Como moro no centro e ando mais a pé que de outros veículos, suspiro um um pouco mais e tenho pena de quem tem que enfrentar isso depois de um dia de trabalho.
    Investir em transporte público é essencial em qualquer cidade.
    Eu mesmo andei de trem até os 19 anos.
    É uma lástima que tenham acabado com os trens de subúrbios.
    Há um projeto de revitalização dos trens de passageiros. Espero que seja realidade.
    E BH merece uma ampliação do metrô, que é um tipo de transporte maravilhoso.
    Fiz meu curso de Letras na PUC indo de metrô todos os dias.
    Bjs

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  2. Pek,

    Adoro quando você diz que andou de trem. Sei que é verdade, mas parece tão surreal para os dias de hoje.

    Bjs.

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