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domingo, 26 de julho de 2009

CACHORRO!


Noite de sábado, mais uma peça em nossa programação cultural. Desta vez a peça é Cachorro! da Cia. Teatro Independente, trupe do Rio de Janeiro. A peça foi indicada para o prêmio de melhor direção no Prêmio Shell de 2007. A montagem está em cartaz no Teatro da Caixa Cultural (Setor Bancário Sul, Quadra 4, lotes 3/4), em horário diferenciado, às 20 horas, com ingressos custando R$10,00 a inteira. Mesmo com o preço atraente, o teatro não estava lotado, mas tinha um bom público. Tem direção de Vinícius Arneiro, que também atua ao lado de Carolina Pismel e Paulo Verlings. O texto de Jô Bilac, fortemente inspirado na obra de Nelson Rodrigues, trata de um triângulo amoroso, onde o vértice forte é Solange. Há paineis servindo de cenário que são movidos pelos próprios atores quando os locais das cenas se modificam e uma iluminação marcada no claro/escuro, especialmente com sombras em cenas importantes para o enredo. O enredo não traz novidades, mas prende a atenção do público. Todos sabem que acontecerá uma tragédia, já anunciada nos minutos iniciais, quando uma cartomante (apenas voz) prevê o futuro de Solange. Os homens, Almeidinha (o amante) e Apoprígio (o marido), embora com personalidades diferentes, comem na mão de Solange. Muitas cenas são marcadas por passos de tango e em algumas delas não há nem mesmo música ao fundo. Embora dramática, o público ri das situações apresentadas pela interpretação cheia de gestos, caras e bocas dos atores. Gostei muito do que vi. Li no Correio Braziliense que o grupo está montando um novo espetáculo, com texto do mesmo autor desta peça que vimos hoje, se chamará Rebu e estreará em outubro no Rio de Janeiro. Espero poder ver este novo trabalho.

Como a peça acabou cedo, ainda 21:15 horas, fomos jantar, eu, Ric, Ro e Emi. Escolhemos um novo restaurante da cidade que ainda não conhecíamos: Kojima (SCLN 406, Bloco C, loja 13, Asa Sul). Como o nome indica, restaurante de culinária japonesa, mas com toques contemporâneos. Portanto, para os que não comem peixe cru, como Ric e Emi, há opções de pratos quentes que fogem ao trivial dos apresentados pelos restaurantes japoneses. Eu e Ro pedimos a piece de resistence da casa, uma entrada com salmão no maçarico recheado de cogumelos. Delicioso. Também pedimos um combinado de sushi e sashimi para dois, cuja apresentação no prato é muito bonita. Ainda pedimos um outro prato com sushi de salmão e shimeji flambado em nossa mesa no Contreau. Ótimo pedido. Ric gostou de sua coroa de camarões empanados com arroz com especiarias e Emi elogiou muito o magré de canard com molho de laranjinha kinkan e purê de inhame com crocantes de batata doce. Para acompanhar todos estes pratos, pedimos dois vinhos tintos, sob protesto de Emi, já que o único prato que realmente harmonizava com o vinho tinto era o dele. Bebemos um Cartuxa 2005, de Portugal e um Guardian Peak 2006, da África do Sul. Para sobremesa, somente eu e Ro pedimos. Ele um charuto de café e eu um harumaki duo (rolinho de primavera recheado metade com goiabada, metade com cream cheese). Ambos bem saborosos. Para nos esperar, Ric pediu caipiroska de morango e outra de lima da pérsia e Emi pediu meia garrafa do EA, vinho tinto português. O restaurante é bonito, com decoração em vermelho, lembrando o sol nascente da bandeira japonesa e frequentado por gente bonita. Estava cheio. O atendimento é informal, mas eficiente. Talvez precise de um pouco mais de divisão de tarefas, pois vários dos garçons passaram por nossa mesa. Como ficamos bem próximos do balcão onde se preparam os pratos com peixe cru e também se usa o maçarico no salmão, sentimos, logo que sentamos, um cheiro forte de combustível (creio ser do maçarico), mas logo as narinas acostumaram e não mais incomodou o cheiro. Noite agradável. ficamos mais de duas horas e meia no restaurante. Com certeza, voltarei para apreciar outros pratos.

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