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domingo, 23 de agosto de 2009

OVERDOSE DE EXPOSIÇÕES

Amanheci sem vontade de ficar em casa. O dia estava lindo e convidativo a ficar fora o dia inteiro. Foi o que fiz e acabei tendo uma overdose de exposições, percorrendo quatro importantes espaços culturais da cidade, pela ordem: Centro Cultural Banco do Brasil - CCBB (SCES, Trecho 2, Conjunto 22), onde almocei, Museu Nacional (Complexo Cultural da República, Esplanada dos Ministérios), Caixa Cultural (SBS, Quadra 4, lote 3/4) e ECCO - Espaço Cultural Contemporâneo (SCN Quadra 03, Bloco C, loja 05). A seguir, cada exposição visitada e um breve comentário sobre elas:
Exposição 01: Saint-Étienne Cité du Design - Centro Cultural Banco do Brasil - exposição que integra o calendário do Ano da França no Brasil. Achei interessante ver objetos que serão difíceis de usar, mas que tem um certo apelo ecológico. O que mais me chamou a atenção foi um móbile de corações de pelúcia no centro da galeria principal. Lúdico e reflexivo ao mesmo tempo.
Exposição 02: Justaposição Polar - Elder Rocha - Centro Cultural Banco do Brasil - mostra de artista brasiliense com grandes pinturas a óleo. O destaque fica para a pintura-instalação feita exclusivamente para a exposição. Fiquei um bom tempo sentado olhando os detalhes desta pintura.
Exposição 03: Amor e Solidariedade - Abelardo da Hora 60 Anos de Arte - Centro Cultural Banco do Brasil - Pavilhão de Vidro e jardins. As esculturas expostas nos jardins são de uma beleza ímpar, a maioria enaltecendo a beleza feminina, mas a que mais chama a atenção é a que retrata uma família de retirantes, a expressão de dor e fome é muito realista. Destaco ainda uma série de gravuras com o título Meninos do Recife: embora feitas no início dos anos 1960, a dureza mostrada ainda é realidade em pleno século XXI.
Exposição 04: Casulos - Darlan Rosa - Centro Cultural Banco do Brasil - jardim - exposição permanente que permite uma interação, especialmente para crianças. Releitura de equipamentos públicos de parques municipais destinados a brincadeiras de crianças.
Exposição 05: Expressões Gráficas - México Contemporâneo - Museu Nacional - presente da Embaixada do México para o público brasileiro, traz acervo importante de gravuras do Museu da Estampa daquele país. Destaque para uma gravura de Orozco, famoso muralista mexicano.
Exposição 06: Tão Longe, Tão Perto - Museu Nacional - exposição montada e patrocinada pela Fundação Telefônica, em comemoração ao seu décimo aniversário no Brasil, conta a história da comunicação, especialmente das telecomunicações com dados curiosos e exibição de aparelhos antigos. Há interatividade. A mais longa de percorrer de todas que visitei neste domingo e a que tinha mais público, especialmente adolescentes. Achei curioso um jovem de 15 anos querer ver uma ficha telefônica, artigo de museu para esta geração.
Exposição 07: A Humanidade em Guerra - Museu Nacional - montada pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha, mostra a crueldade da guerra em fotos antigas e históricas e fotos de conflitos recentes e suas consequências na comunidade local.
Exposição 08: Eternamente Dulcina - Uma Vida Dedicada ao Teatro - Caixa Cultural - linda exposição de objetos pessoais e fotos que relembram a carreira desta grande atriz do teatro brasileiro: Dulcina de Moraes. Pena que faltam informações em algumas fotos. O núcleo de vestidos, chapéus, lenços, bolsas e luvas da atriz é um show a parte. Vale ver o vídeo com depoimentos sobre a atriz de vários personagens da cena teatral brasileira.
Exposição 09: Coletivo Potiguar - Fotografia Contemporânea - Imagens da Esquina do Brasil - Caixa Cultural - nove fotógrafos que se relacionam com o Rio Grande do Norte expondo fotos recentes. Gostei das fotos de Max Pereira, pura poesia visual e Hugo Macedo, com a série O Glamour das Kengas.

Exposição 10: A Linha e O Tempo - Um diálogo com o Acervo Caixa e o convidado Chico Amaral - sempre é bom rever obras de Amílcar de Castro, Wilson Alves, Tomie Otake, ente outros. Aqui, o curador Graça Ramos uniu obras que tinham como característica a utilização da linha, do traço. As obras expostas me deram a sensação de movimento.
Exposição 11: Sur La Route/Na Estrada - ECCO - Espaço Cultural Contemporâneo - exposição integrante do calendário do Ano da França no Brasil - obras dos brasileiros Elyeser Szturm, Galeno, João Angelini, Paulo Faria, Vicente Martinez e Valéria Pena-Costa e dos franceses Assan Smati, Damien Deroubaix, Fabien Souche, Jean-Baptiste Sauvage e Marie Chartron. A faixa com uma cruz do lado de fora do espaço cultural faz parte da exposição. Interessante a cabeça enorme feita com placas de isopor de Assan Smati. Gostei, coisa rara, de quatro vídeoinstalações no segundo andar da galeria, especialmente as de João Angelini. O senão fica por conta das luzes apagadas no segundo andar e como já era final de tarde, a luminosidade externa não clareava o bastante para ver as obras expostas.
Espaços culturais visitados neste domingo: ECCO, Caixa Cultural, Museu Nacional e CCBB.

6 comentários:

  1. UF! Haja fôlego!
    Beijos
    Kitty

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  2. Noel,
    Deu mais vontade de ver a Amor e Solidariedade, e da Dulcina.
    Belos passeios.
    Bj

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  3. Kitty,

    Foi um dia de cultura. Ainda teve teatro e cinema em posts que farei nesta segunda-feira.

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  4. Pek,

    O dia foi maravilhoso. Todas valem a pena. Creio que você gostaria muito da mostra sobre Dulcina de Moraes. Há uma referência ao único filme que ela fez, mas não me recordo o nome agora.

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  5. Noel,
    O nome é Vinte e Quatro Horas de Sonho.
    Tem um perfil dela lá no Mulheres
    http://www.mulheresdocinemabrasileiro.com/dulcinademoraes.htm
    Bj

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  6. Obrigado pela informação Pek. como sempre, sabe tudo do cinema nacional e das mulheres do cinema brasileiro.

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