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sábado, 15 de agosto de 2009

SÁBADO EM PIRI

Sábado com manhã linda, céu azul, vento frio, sol a pino. Café da manhã maravilhoso da Pousada O Casarão. O despertar foi cedo. Depois de alimentados, ficamos na beira da piscina, debaixo de frondosas jaboticabeiras, ouvindo músicas do Queen, lendo jornal, tirando fotos, batendo papo regado com cerveja e refrigerante. Emi nos mostrou alguns exercícios da yoga que pratica. Ficamos na piscina até perto de meio dia, quando voltamos aos quartos para arrumar e sair para almoçar.Na verdade, escolhemos pegar os carros e ir para a Fazenda Babilônia (Rodovia GO-431 km 03), a 24 quilômetros de Pirenópolis. Estrada asfaltada e sem movimento. Para chegar na sede da fazenda, pega-se uma boa estrada de terra de apenas 2 quilômetros. No trajeto até lá, vegetação castigada pela seca que assola a região nesta época. Lindas árvores com flores roxas. Na fazenda centenária (1800), pagamos o valor referente ao café sertanejo (R$30,00 por pessoa) e, enquanto aguardamos a montagem de nossa mesa, percorremos um pouco da história local, conhecendo os cômodos da casa. A capela é um espetáculo, toda reformada. Aproximadamente vinte minutos de espera e fomos chamados para nosso lanche/almoço. As mesas são aquelas enormes de fazenda e fica no local onde são preparados os quitutes, numa varanda bem grande. Não há bebida alcoólica, apenas sucos de cajá, acerola e caldo de cana. Para comer há muitas opções para olhos e paladar. Pamonha frita, pão de queijo, almôndegas, redanha (espécie de hamburger de carne bovina e suína), costelinha de porco, matula de frango, broa de milho, brevidade, biscoito de queijo, abóbora com coalhada assada na folha de bananeira, pudim de pão, bolo de mandioca, rosquinhas, linguiça, queijo fresco, geléias de frutas, melaço, quitutes da região assados em folhas de bananeira, café preto de bule. Enfim, uma verdadeira orgia gastrônomica. Fomos embora por volta de 14:30 horas. Emi tanto insiste com Lúcio, o belo recepcionista da fazenda, que consegue ganhar uma muda de orquídea. De volta para Pirenópolis e já na pousada, Cris foi dormir e Ric atualizar sua página no Orkut. Eu, Emi, Ro e Marcelo resolvemos jogar buraco novamente, com as mesmas duplas da noite anterior, em uma revanche. Eu e Emi perdemos, talvez por falha minha, ao esquecer de descer uma carta que poderia fazer com que meu parceiro liquidasse a rodada. De qualquer maneira, jogamos a terceira rodada, como tira-teima e eu e Emi vencemos novamente. Quando acabamos de jogar, a tarde já ia embora. Saímos para uma caminhada pelas ruas de paralelepípedos da cidade, subindo até a Igreja do Nosso Senhor do Bonfim, no alto de uma colina, quando tivemos uma bela visão do restinho do por do sol, com um céu no horizonte bem amarelo.
Voltamos para o centro, passando pela feirinha na praça principal, pela ponte sobre o Rio das Almas e pela Ponte Pênsil Dona Benta. Resolvemos parar para tomar um café no Armazém da Rua Direita (Rua Direita, 07, Centro). Apenas Ro, Marcelo e Cris pedem o café, só servido na versão orgânico e curto. Eu, Ric e Emi preferimos uma caipiroska. No meu caso, pedi uma mistura de laranja com maracujá. Pouco álcool e bem refrescante. O local é bem alternativo e há um empório de produtos orgânicos e naturais. Não vendem grandes marcas. Segundo o garçon, de origem paulistana, eles não trabalham com produtos de larga escala, tais com as cervejas da Ambev e refrigerantes.
Resolvemos jantar na própria pousada, que inaugurou recentemente o restaurante Capim Santo, com serviços nas noites de sábado. Mesa preparada para nós seis em área externa, em um jardim de temperos e luz de velas na mesa. Um luxo, quando degustamos os quatro vinhos tintos que nos restaram.
Descemos para o jantar perto de 21 horas. Nossa mesa era cercada de grandes vasos de cerâmica nos quais são cultivados ervas como hortelã, orégano, tomilho, manjericão, alecrim, sálvia, salsa portuguesa, capim cidreira, entre outras. O menu é com preço fixo: R$28,00 por pessoa (para hóspedes é cobrado o valor de R$25,00) e composto por uma entrada, um prato quente e uma sobremesa. Para entrada, mix de folhas orgânicas e frutas da estação, com três opções de molhos. Escolhi o molho de menta. Como prato principal, a minha escolha recaiu em um escalope de filé mignon ao molho de jabuticaba acompanhado por arroz branco e legumes cozidos no vapor. Para terminar, a sobremesa por mim escolhida foi um brownie de baunilha com creme de castanha de baru. O sabor dos três pratos é ótimo. O único senão fica por conta da temperatura dos pratos quentes, que chegaram já frios à mesa. O garçon que nos atendeu, Weverson, foi muito atencioso e serviu muito bem, incluindo troca das taças de vinho na medida em que trocávamos as garrafas. Por falar em vinho, o melhor de todos degustados nas duas noites foi o Xisto 2005, da região do Douro, Portugal, que acompanhou o prato de filé desta noite. O pior de todos foi um Lídio Carraro Merlot 2004, nitidamente decadente e com um aroma insuportável de mofo e barro podre. Ficou nas taças.

2 comentários:

  1. Noel,
    Lidas fotos.
    Essa viagem deve estar sendo mesmo muito prazeiroza.
    Bjs

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  2. Pek,

    A viagem foi ótima, como há muito não fazíamos.

    Bjs.

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