Sexta-feira. Decidi que não ficaria até tarde no serviço como nos dias anteriores (teve noite em que apagaram as luzes do andar comigo ainda trabalhando, depois de 22 horas). Desliguei computador e impressora às 19:50 horas. Fui direto para casa, onde Ric já me esperava para irmos ao show de Tulipa Ruiz, baseado em seu único cd, o excelente Efêmera. Já tinha visto este mesmo show em janeiro deste ano no Teatro I do CCBB, mas resolvi pagar R$ 25,00 (preço único) para assistí-lo novamente, só que desta vez em outro espaço, pelo Projeto Encantadoras, no Teatro Oi Brasília, localizado no Hotel Royal Tulip Brasília Alvorada (SHTN Trecho I, Conjunto lb, Bloco C, vizinho ao Palácio da Alvorada). No saguão de espera, aguardando as portas do teatro se abrirem, preenchi um cupom que daria direito a participar de um sorteio ao final do show. Uma mesa montada no saguão expunha alguns desenhos de Tulipa Ruiz, camisetas, moletons e cd, tudo à venda, obviamente. Como sempre acontece neste teatro, pelo menos nas vezes em que lá estive, quando deu o terceiro sinal, ainda haviam muitos lugares vazios. Eles ficaram assim durante todo o show. Uma pena, porque Tulipa Ruiz fez uma apresentação bem mais empolgante do que no início do ano no CCBB, quando eu já tinha gostado muito (leia postagem da época: clique aqui). E olha que ela disse que estava um pouco gripada na noite desta sexta-feira. A plateia que foi mostrou que conhecia as músicas do set list do show, cantando quase o tempo todo. Com uma bela projeção de imagens ao fundo, ora desenho, ora ao vivo, cada música era uma surpresa, pois Tulipa reservava uma coreografia ou uma performance diferente. Com apenas cinco minutos de atraso, sua banda entrou no palco. Entre os quatro músicos que a acompanharam, estavam seu pai e seu irmão. Começou o show com a mesma música que abre seu cd, Efêmera, já colocando a plateia para cantar. Na segunda música, já havia gente na lateral esquerda do teatro, bem próximo ao palco, em pé. Queriam dançar. Não só dançaram, como receberam a companhia da cantora que desceu para dançar e cantar com eles. Sinergia total. A gostava música Brocal Dourado não teve a chuva de brocal como no show do CCBB e ela explicou o motivo. Sujava muito o palco e a galera do gargarejo. Mas o efeito visual na projeção atrás do palco, além da iluminação, permitiram que cada um usasse a imaginação e se sentisse debaixo de uma chuva de brocal, que, segundo Tulipa, é um produto escolar que fica entre o glitter e a purpurina. Ao interpretar Da Maior Importância (Caetano Veloso), fez uma performance visceral. Já valeu o show. Na hora do hit Às Vezes, composição de seu pai, Luiz Chagas, guitarrista de sua banda, que no show usava uma Gibson preta de 1975, uma surpresa preparada por ela para o público. Posicionada em frente a uma mesa redonda com um jovem que não me recordo o nome e responsável pelas projeções no telão, que empunhava uma pequena câmara, ela despejava em cima da mesa uma série de cartões que continham palavras chaves da letra da canção enquanto interpretava este seu sucesso. Antes de começar, ela avisou que não tinha dado certo nos ensaios. O jovem filmava os cartões sendo jogados um em cima do outro na mesma velocidade da interpretação da música. Belíssimo efeito e tudo certo. Por mais de uma vez ela teve problemas com o microfone, mas não perdeu o rebolado, mostrando que além de bom humor, falando para as pessoas enviarem torpedos enquanto esperavam, mostrou domínio de palco e do público. Com uma hora de show, avisou que era hora de acabar, se despedindo de todos. A galera não arredou pé, pedindo bis. A volta foi rápida, com mais duas canções sendo apresentadas. Terminou com a que eu mais gosto do disco: A Ordem das Árvores. Ficamos para o sorteio. Foram dez camisetas e três cds sorteados. Todos, sem exceção, saíram para mulheres. Do lado de fora, muita gente fazendo fila para comprar o cd, diferente do show do CCBB, quando havia falta do cd no mercado e eles venderam um vale cd, que alguns poderiam trocar naquele momento. Eu e Ric já tínhamos combinado de encontrarmos com os amigos donos dos pais de Getúlio para conversarmos sobre a experiência de ter um cachorro em casa, mas antes passamos no CCBB, onde rolava a abertura do Projeto Live P.A., marcada para se iniciar às 22:30 horas. O show de Tulipa Ruiz terminou exatamente neste horário e como o CCBB não é distante do Teatro Oi Brasília, chegamos lá em pouco mais do que dez minutos. Uma fila de carros se dirigia para o mesmo local. Foi difícil achar vaga no amplo estacionamento do centro cultural. O projeto consiste de dois músicos e um computador em palco montado nos jardins externos do centro cultural. Serão oito shows diferentes, durante as sextas e sábados de maio. O Bistrô Bom Demais estava lotado, assim como a fila para comprar bebida no bar montado do lado de fora, em frente às esculturas de Darlan Rosa. A noite estava agradável e bonita. Chegamos na hora em que o show começava. No palco, Moreno Veloso e Nina Becker. Vi apenas a apresentação de quatro músicas, pois Ric quis logo ir ao encontro dos amigos, já que estava com fome. O público era ótimo, muita gente jovem, alternativa e bonita. Vou tentar ir em algum dos shows programados. Fomos jantar e falar de cachorro, nosso assunto recorrente nestes últimos seis dias.
Olá.Obrigado pela referência ao Teatro Oi Brasília. Esperamos que continue acompanhando nossa programação.
ResponderExcluirAtenciosamente,
Teatro Oi Brasília
Sempre estou atento à ótima programação do Teatro Oi Brasília. Acho que deveria haver mais divulgação.
ResponderExcluirAmo a Tulipa, ela é demais e o seu álbum "Efêmera" é o máximo, ainda não tive oportunidade de assistir o seu show, mas parece que agora em outubro ela vem aqui em Belém e, claro, estarei lá, assim espero. Por isso resolvi ler o que você tinha escrito sobre o show dela, e pelo visto foi muito bom. Assim que eu gosto!
ResponderExcluirAbraços.