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terça-feira, 24 de maio de 2011

NEW YORK NEW YORK


Eu e Ric passamos o último final de semana em São Paulo. Viajamos com um objetivo definido: ver dois musicais em cartaz na capital paulista. Comprei os ingressos para ambos os espetáculos muito antes da viagem. Fomos na sexta-feira, no final da tarde, com direito a voo cancelado pela TAM e endosso para voarmos no mesmo horário pela Gol. Sem despachar malas, saímos rapidamente do aeroporto, indo direto para a fila enorme, como já era esperado, para comprar a viagem de táxi do Aeroporto de Congonhas com destino ao Mercure Pamplona Hotel (Rua Pamplona, 1.315, Jardim Paulistano). Trânsito muito lento. Demoramos muito para chegar ao hotel, onde conseguimos fazer o check in perto de 20 horas. Foi o tempo de colocar as malas no apartamento, colocar uma blusa de frio e pegar um táxi para o Bourbon Shopping (Rua Turiassú, 2.100, Perdizes), onde fica o Teatro Bradesco, onde está em cartaz o musical New York New York, uma adaptação do livro homônimo de Earl Mac Rauch. Ingressos para a plateia custaram R$ 123,90 cada um, já incluídas as taxas de conveniência, preço este com desconto por  eu ter pago com cartão de crédito do Bradesco. O início do espetáculo estava marcado para 21:30 horas. Tínhamos, pois, pouco mais que uma hora para comer alguma coisa. Optamos pela unidade do restaurante de culinária árabe que existe no mesmo piso do teatro, o Almanara, onde saciei minha fome com alguns pratos clássicos da cozinha árabe. Pedi um prato chamado Mezze. São três pastas em pequenas porções: berinjela, coalhada seca e grão de bico. Para acompanhar, ainda pedi pão sírio macio e um quibe frito. Ric fez uma opção mais robusta: michuê de filé mignon e arroz sírio. Ao sair do restaurante, com a nota fiscal paulista em mãos, ainda deu tempo para passar na Livraria Cultura do shopping e acabei comprando dois filmes em dvd e um guia de turismo. Entramos no teatro faltando dez minutos para começar o musical. Rapidamente nos acomodamos em nossos lugares. Pontualmente, o espetáculo teve início às 21:30 horas com o teatro bem cheio, mas não lotado. A direção e a cenografia são de José Possi Neto e a direção musical é de Fábio Gomes de Oliveira. Encabeçando o elenco estão Alessandra Maestrini e Juan Alba. Há participações especiais de Simone Gutierrez e de Julianne Daud. Há uma intensa troca de figurinos, todos muito bem feitos e muito bonitos. A história se passa nos Estados Unidos em período imediatamente ao final da segunda guerra mundial quando houve uma explosão da música americana. São grandes standards da música, sucessos das décadas de 30, 40 e 50 que embalam a história de amor entre a cantora Francine Evans, vivida por Alessandra Maestrini, e o músico saxofonista Johnny Boyle, papel que coube a Juan Alba. Por se tratar de grandes sucessos musicais, a opção do diretor foi acertada em não fazer versões para elas, cantadas todas em inglês. Para aqueles que não entendem a língua inglesa, uma legenda passava no alto do  palco. O musical tinha tudo para agradar: ótimo diretor, excelente elenco de apoio, uma protagonista carismática e com uma potente voz, muito afinada, figurino excelente, músicas que agradam a todos, mas  ao considerar o musical como um todo, como um conjunto, acho que não funcionou. A interpretação soa um tanto quanto excessiva (over, como dizem os americanos). A caracterização que Simone Gutierrez empresta à sua personagem é histriônica, algo semelhante ao besteirol dos programas de humor popular da TV, como o chato Zorra Total da Globo. Isoladamente, há ótimos momentos, como a interpretação de Alessandra Maestrini para a música tema do espetáculo, New York New York, eternizada na voz de Frank Sinatra, ou  quando Simone Gutierrez deixa de lado o overacting para cantar Fever, mostrando sua afinada voz e uma bela coreografia quando a atriz/cantora é cercada por homens formando um círculo. Achei horrível a aparição de Carmem Miranda, vivida por Julianne Daud, que não colocou a energia que estamos acostumados a identificar quando pensamos nesta atriz/cantora que fez carreira internacional cantando o Brasil e suas coisas maravilhosas. Após duas horas e quarenta minutos de musical, com direito a um intervalo de quinze minutos, ouvi um senhor reclamar para a mulher que o acompanhava: "Paguei duzentos reais para ver isto?". Esta frase resumiu bem o meu sentimento ao final do musical. Se compararmos os dois atos, o primeiro é muito arrastado, chega a cansar de tão chato. Já no segundo ato, parece que vemos outra peça, com mais emoção em cena, mais vibração, mais cor, mas mesmo assim, o resultado final para mim foi decepcionante. Na saída, tivemos que esperar um pouco para chegar um táxi no ponto localizado em uma das saídas do shopping. Assim que o táxi chegou, decidimos voltar direto para o hotel. Cansado, não quis nem mesmo acessar a internet. Rapidamente deitei e adormeci.


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