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sábado, 21 de maio de 2011

RIO

Quando estive em Belo Horizonte, no início da semana, consegui um tempo no início da noite de segunda-feira e fui ao cinema. Estava na Savassi. Fui ao Shopping Pátio Savassi para conferir a programação do Cinemark local. Estava em cartaz, em duas salas, o desenho animado Rio (Rio), produção americana de 2011 dirigida pelo brasileiro Carlos Saldanha, o mesmo diretor responsável pelos três longas animados de A Era do Gelo. Utilizando a promoção do cartão de crédito Bradesco, paguei meia entrada no valor de R$ 10,50. O preço é alto porque a projeção é em 3D. Junto com a entrada, um óculos foi fornecido. Na sessão, havia pouca gente. Atrasou um pouco a começar o filme, coisa rara de acontecer em cinema. Até a propaganda sobre o sistema de segurança e avisos importantes da rede Cinemark é em terceira dimensão, precisando dos óculos especiais para enxergar direito, pois do contrário, via tudo embaçado. Não houve muitos trailers. Creio que quiseram tirar o atraso da projeção. O desenho animado, como o próprio nome indica, se passa no Rio de Janeiro. É uma história onde araras azuis são os protagonistas. Um macho, contrabandeado quando ainda filhote para os Estados Unidos é a salvação para a preservação da espécie, pois há apenas uma fêmea que vive em uma espécie de hospital de aves que são recolhidas dos contrabandistas. Este hospital fica no Brasil, no Rio de Janeiro, dentro do que me pareceu ser o Jardim Botânico. O macho foi achado por uma garotinha que o ensinou a fazer tudo, inclusive complicados cálculos matemáticos, mas não o ensinou a voar. Um pesquisador brasileiro, Túlio, cuja voz no original e na versão dublada brasileira é de Rodrigo Santoro, viaja aos Estados Unidos e encontra a arara azul, chamada de Blu (voz de Jesse Eisenberg), com sua inseparável dona, Linda (voz de Leslie Mann). Com muito custo, o pesquisador os convence a voar até o Brasil para que haja o acasalamento e a salvação da espécie. Eles chegam ao Brasil na época do carnaval. Temos, então, uma série de encontros e desencontros, com várias aves aparecendo, incluindo uma cacatua que encarna o vilão da história. O encontro de Blu com Jewel (traduzido para o português como Jade) é ao som de Say You Say Me, sucesso da década de oitenta na voz de Lionel Richie. Quem empresta a voz para a personagem é a atriz Anne Hathaway. Uma dupla de pássaros bem bonachões, no melhor estilo carioca, são dublados por Jamie Foxx e Will i Am, da banda Black Eyed Peas. Embora tenha uma forte mensagem ecológica, além de enaltecer a bondade, o companheirismo, a amizade e a união, alguns estereótipos do Rio de Janeiro estão presentes: samba, festa, futebol, morro, paisagens estonteantes (Lagoa Rodrigo de Freitas, Bondinho do Pão de Açúcar, Corcovado, Santa Tereza, Arcos da Lapa, Bonde de Santa Tereza, Calçadão de Copacabana, Marquês de Sapucaí, Desfiles de Escola de Samba), favelas, traficantes (só que ao invés de drogas, o tráfico é de aves nativas tropicais). Os politicamente corretos de plantão podem reclamar, pois o chefe da gang de traficantes é um negro favelado, mas o diretor fez um contraponto interessante colocando a cacatua branca como o grande vilão da história. As duas cenas mais interessantes, em termos de visual, são as danças que iniciam e finalizam a história, claramente inspiradas em Fantasia, de Walt Disney e nos musicais que fizeram sucesso no cinema nas décadas de 40 e 50, com direito a tomadas de câmara do alto, com belas coreografias formando diversos grafismos. Diversão garantida. No entanto, saí do cinema com uma dor de cabeça insuportável, especialmente na região do pescoço. Pensei que fosse pressão alta. Fui direto para a casa de meus pais onde estava hospedado. Minha mãe tem um aparelho de medir a pressão, mas estava tudo normal, ou melhor, mais baixo que o normal (11 X 7), devido aos três comprimidos diários que tenho tomado para controlar minha pressão arterial. Fiquei tentando descobrir o motivo da dor de cabeça intensa, quando me lembrei que tive a mesma dor quando assisti Avatar, de James Cameron, no cinema. Era o tal dos óculos do 3D. Acho que não me adaptei bem a esta tecnologia.

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