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terça-feira, 31 de maio de 2011

MARINA DE LA RIVA


Final de domingo, início de noite fria. Final de semana intenso, tanto em casa, onde fiz uma série de arrumações de livros e revistas, quanto em atividades culturais. Depois de muita coisa no devido lugar, dei um tempo, deixei várias revistas espalhadas pelo chão e fui para a Caixa Cultural onde acontecia o show de Marina de La Riva. Ingresso comprado com antecedência por R$ 10,00 a meia, mediante a entrega de um quilo de alimento no dia do espetáculo. Aos domingos, os eventos no Teatro da Caixa começam às 19 horas. Saí de casa faltando quinze minutos para as sete, mas como o trânsito no domingo é tranquilo, cheguei em exatos 7 minutos no local. A entrada ao teatro já estava liberada. Fila M, assento 17, bem centralizado. O show começou com apenas cinco minutos de atraso. Seis músicos, todos vestidos em preto, formam a excelente banda que acompanha a carioca com genes cubanos Marina de La Riva. Tenho os dois discos por ela lançados, o de estúdio e a versão ao vivo. Já conhecia também sua performance em palco, quando ela deu um show no hoje Teatro Oi Brasília. Naquela oportunidade, lembro-me que gostei do show, mas preferi o disco. Desta vez foi diferente, o espetáculo foi mais contagiante. Ela estava mais solta no palco, brincando com sua banda, mostrando que tinha uma sinergia peculiar com seus músicos, além de uma empatia com o público instantânea. Por falar em público, embora com ingressos esgotados, o teatro tinha alguns lugares vazios. Sinal de que as famosas cortesias não foram utilizadas. Voltando ao show, ela estava também vestida em negro, como na foto promocional reproduzida acima. Cantou as músicas que integram os dois discos, como as de autores/compositores cubanos. Apresentou também músicas novas que farão parte de seu novo cd. Diferente do primeiro show que vi, este tinha mais músicas de compositores brasileiros, todas com uma roupagem diferente e interpretação singular, remetendo aos ritmos cubanos. Na primeira parte, predominou o climão romântico, com músicas estilo fossa, mas na segunda parte, a maioria do repertório era para cima, alegre, vibrante. Adivinha O Quê? (Lulu Santos), Bloco do Prazer (Moraes Moreira & Fausto Nilo) e Alguém Me Avisou (Dona Ivone Lara), todas músicas de sucesso na voz de outros famosos intérpretes brasileiros, ganharam uma leitura diferente. Gostei de todas elas. Ao voltar para o bis, ela fez uma brincadeira. Disse que tinha feito a mesma coisa na noite anterior e que a galera havia gostado. Falou que faria a mesma pergunta para nós, o público da noite, o que um caixa de supermercado faz quando passamos nossas compras: "Você sentiu falta de algum produto?". Com todos rindo, ela perguntou se sentimos falta de alguma música durante o show. Bastaria falar que ela e banda apresentariam no bis. Gritaram para fazer mais uma de Esnesto Lecuona, o que de pronto ela atendeu, além de Taí , ou Ta-Hí (Noel Rosa) que o público também pediu. Nesta música, ela fez uma interessante junção com La Mulata Chancletera (Lecuona & Galarraga).  Além destas duas, cantou também a música preparada para o bis, a linda Mariposa (Ernesto Lecuona). Belo show, que teve em torno de uma hora e meia de duração. Do teatro, fui para a tradicional pizza de domingo com os amigos na Fratello Uno da Asa Norte. Quando cheguei em casa, já passava de meia-noite, mas ainda arranjei disposição para colocar as revistas deixadas no chão em seus devidos lugares. Fiquei olhando para aquele monte de revistas não lidas, algumas do mês de janeiro e pensei alto: "Porque compro se não tenho tempo suficiente para ler?" Fiquei sem resposta. Fui dormir.

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