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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

FELIZ 2011

Aos leitores e leitoras de meu blog, desejo um 2011 repleto de energia positiva, muita paz, saúde, alegria, realizações pessoais e profissionais, e muito dinheiro.


FELIZ ANO NOVO

FELIZ ANO NUEVO

HAPPY NEW YEAR

BONNE ANNÉE

GUTES NEUES JAHR

BUON CAPO D'ANNO

ANNUM FAUSTUM

XIN NIAN YU KUAI

AKEMASHITE OMEDETOU GOZAIMASU

BONAN NOVJARON

SHANAH TOVAH

MR. LAM

Noite de quinta-feira. Treze pessoas à mesa. Segundo piso. Vista para a Lagoa Rodrigo de Freitas. Restaurante Mr. Lam (Rua Maria Angélica, 21, Lagoa), especializado em cozinha chinesa. Serviço deixa a desejar, pois não houve uma explicação para todos de como eram os menus degustação. Há três opções de menu degustação, dois deles com pato. Na mesa, havia mais de uma pessoa que não comia pato. Optamos, assim, pelo menu sem esta iguaria. Não estou podendo beber nada com álcool, mas fui o responsável por escolher o vinho. Queriam um tinto mais leve. Pedi um pinot noir chileno. Parece que gostaram, pois durante o jantar alguma garrafas do mesmo vinho foram consumidas. Os pratos chegaram rápido à mesa. Em um disco de madeira à nossa frente eram colocadas as entradas (três discos, servindo quatro pessoas cada um). As entradas foram: Satay de Frango (espetos de frango com molho do Mr. Lam - delicioso, sabor marcante, sem ser enjoativo); Spring Rolls (rolinhos de primavera de vegetais - sabor normal, sem muita diferença de outros que já comi); Sqwab (folhas de alface americana, molho doce escuro, carne de frango finamente cortada e temperada especiarias chinesas, couve crocante - para se comer com as mãos. A gente mesmo faz o enroladinho. Para mim o melhor da noite. Comi uns três enroladinhos); Mr. Lam's Prawns (camarões levemente empanados com molho - não comi). Depois de saborearmos estas entradas, veio a confusão. Os que receberam as informações, já tinham escolhido o que queriam comer como prato principal, enquanto outros ainda não. Na confusão, novas escolhas foram feitas, mas os pratos já escolhidos chegaram em quantidade abundante para todos na mesa. Assim, foram colocados nos discos de madeira: Mr. Batista's Prawns (camarões com molho agridoce com especiarias levemente picante - não comi); Arroz Frito (com ovos, cebolinha e ervilhas - pediram para tirar o camarão - sabor normal, como qualquer arroz colorido de restaurante chinês); Vagem Francesa (vagens finas refogadas em molho escuro); Frango Peking (cubos de frango, castanhas, nozes e missô - muito bom, repeti várias vezes); Mr. Lam's Fish Filet (filé de badejo empanado com cebolinha, alho fatiado e molho de gengibre - não comi); Ma Mignon Mr. Lam (filé mignon fatiado servido com um molho escuro com gergelim - não comi). Estes foram os pratos que primeiro chegaram. Depois, somente no disco em minha frente, foram colocados os dois últimos pedidos: Trio do Mar (pedaços de badejo, camarões e vieiras com molho branco de alho e cogumelos chineses - o prato é light e muito saboroso); e Peking Noodles (massa com tiras de carne, broto de feijão, shitake e legumes, com molho de gengibre - não comi). Pedi uma sobremesa para compartilhar: Na Cama com John e Yoko (uma suave mousse de doce de leite com gotas de chocolate belga sob uma cama de calda de morango - achei boa, mas nada de excepcional). Finalizamos com café. No meu caso, descafeinado. Ao final, tirei a conclusão de que o restaurante não oferece nada de excepcional. Um lugar agradável, cheio, com comida bem feita. Gostei, mas não morri de amores.

CELEIRO

Nossos amigos de Belo Horizonte retornaram para casa no início da manhã da quarta-feira. Levantei cedo para me despedir deles, tomei o café da manhã com eles, mas tão logo saíram, voltei para cama. Li o jornal do dia, ouvi música, fiz algumas ligações. Quando já passava do meio dia, chamei Ric para almoçar. Sempre quis conhecer um restaurante famoso no Rio de Janeiro de cozinha natural. Decidimos, pois, ir almoçar no Celeiro (Rua Dias Ferreira, 199, Leblon). Pegamos um ônibus na porta do apartamento onde estamos hospedados e descemos na rua do restaurante. Diria se tratar de uma rua gourmet, pois há vários restaurantes nela, com muitas opções da culinária internacional. Quando chegamos ao Celeiro havia uma fila de espera. A simpática atendente disse que a espera para duas pessoas seria de quinze minutos. Ficamos sentados do lado de fora aguardando, observando o entra e sai de pessoas no local. É bastante concorrido e estava cheio de estrangeiros. O local não é grande, com dois pequenos salões internos e mesas na calçada. Com dez minutos fomos chamados para sentar. Ficamos no último salão. O sistema é self service por quilo, havendo opções de peixe. Há quiches, salgados e diversas saladas, sempre preparadas com produtos orgânicos. O restaurante existe desde 1982 e é estrelado no Guia Quatro Rodas. O preço é salgado, pois o quilo custa R$ 98,50. O atendimento é feito apenas por mulheres uniformizadas, com lenços de estampa de onça na cabeça.Os ingredientes das saladas são orgânicos. A frequência é dominantemente feminina. A comida é bem apresentada, com proteção de vidro, como orienta a Organização Mundial de Saúde. Tudo o que coloquei no prato estava delicioso. Muitas das opções de saladas já vem com molho. São sabores marcantes, harmonizando perfeitamente com os ingredientes. Comi uma esfiha de funghi maravilhosa. A fila de espera crescia lá fora. Uma elegante senhora entrou, foi direto para o local onde estão expostos os pratos, se serviu e ficou procurando onde se sentar. Na mesa em frente a que eu estava, um casal estava se servindo. A tal senhora não teve dúvidas, se sentando ali. Logo o casal voltou à mesa com os pratos nas mãos. Ficaram sem entender. A atendente viu e veio contornar a situação, dizendo que aquela mesa estava ocupada, que havia lista de espera e que não havia mesa disponível. A senhora não pediu desculpas, apenas argumentou que estava com o prato feito e precisava se sentar em algum lugar. Uma mesa estava sendo preparada para o próximo da fila. A atendente repetiu que não havia mesa disponível, mas que a colocaria na mesa que acabara de ser preparada, enfatizando que havia uma lista de espera. A mulher parecia ignorar o que a atendente falava, logo chamando a garçonete e pedindo um suco. Esta forma de agir do carioca que me irrita algumas vezes. É tentar levar vantagem em cima de outros que respeitam o direito de quem chegou primeiro. Voltei a concentração para meu prato, que aproveitei sentindo todas as nuances de sabores. Quisemos sobremesa. Escolhi um cheesecake com calda de morango. Ric pediu um doce que vira no balcão, com morangos por cima, pois não queria nada de chocolate. A garçonete perguntou se era a trufada e ele disse que sim. Fiquei calado. Quando as sobremesas chegaram, Ric fez uma cara de desaprovação com sua escolha. Troquei os pratos, comendo a torta trufada. Estava muito boa. Finalizamos com um café descafeinado. Paga-se a conta no balcão, o que agiliza a arrumação da mesa para o próximo da fila. Do restaurante fomos para o Shopping Leblon, pois tínhamos uma encomenda de um dos amigos de BH para pegar na Livraria da Travessa. Ótima livraria, grande, com excelente acervo de livros, cds e dvds. A encomenda não estava disponível, pois havia uma reserva para o cd na frente dele. Acabei comprando dois filmes, um cd da elogiada Karina Buhr e alguns cases para viagem. Já no caixa para pegar, vi na parede um painel de azulejos semelhantes aos de Athos Bulcão. Perguntei à caixa se era realmente de Bulcão. Ela disse que não sabia, mas que era de um artista plástico. Pedi a Ric que lesse a legenda do painel. Bingo: era um Athos Bulcão restaurado! Um absurdo um empregado não saber que há uma obra de arte de um importante artista brasileiro em seu local de trabalho. Demos uma longa volta pelo shopping. Retornamos a pé para o apartamento, passando antes no supermercado para comprar suprimentos para nosso café da manhã dos próximos dias.

JOHAN

No final da noite de quarta-feira, pedimos uma pizza para quatro e colocamos um filme no dvd. Trouxe seis filmes para o Rio de Janeiro. Escolhemos um filme francês de 1976, com temática gay. Johan (Johan), dirigido por Philippe Vallois, é filmado como se fosse um documentário no verão de 1975 em Paris. Johan, um apaixonado jovem cineasta aguarda seu namorado, Philippe, sair da prisão (o filme não fala o motivo pelo qual ele foi preso), enquanto filme a história dos dois. Para o papel de Philippe, ele testa vários homens que vai encontrando nos locais de encontros dos gays franceses. A história se passa na efervescência sexual da década de setenta, em época pré-aids, mostrando todas as loucuras que aconteciam na época. Ousado para a época, há cenas de sexo praticamente explícito. A história é um tanto quanto confusa, e não tem uma linearidade. Para mim, a intenção do diretor foi mostrar o retrato de uma geração, onde a liberdade sexual era a tônica, incluindo o consumo de drogas, especialmente a poppers, muito famosa e consumida pelos gays na década de setenta. Gostei pelo registro histórico.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

MODERN SOUND

Sempre que venho ao Rio de Janeiro, arrumo um tempinho para dar uma passada na excelente loja de cds e dvds Modern Sound (Rua Barata Ribeiro, 502, Copacabana). Desta vez não foi diferente. Aproveitando o bonito dia, peguei um ônibus em Ipanema com destino a Copacabana, enquanto Ric e os demais amigos foram para a praia. Não sou chegado em areia, sol e água salgada. Ao chegar na loja, tive uma surpresa negativa. Após 45 anos de existência, a empresa fechará no próximo dia 31 de dezembro. Portanto, estava visitando a loja a dois dias de seu fechamento. Os poucos empregados que ainda restaram continuavam com o mesmo atendimento cordial, prestativo, simpático, uma característica que sempre gostei ao fazer compras na Modern Sound. Ali sempre achava as últimas novidades, cds de promessas, raridades. Nunca saí de mãos vazias da loja. O ambiente era agradável, com um sempre movimentado café, incluindo ótimos shows noturnos no local. Fiquei triste com a notícia de que o tradicional estabelecimento não aguentou as inovações tecnológicas que revolucionaram o meio musical, refletindo drasticamente no comércio de cds e dvds. Percorri todo o ambiente com uma profunda tristeza, vendo prateleiras vazias, caixas pelo chão, e um acervo que não contava mais com os últimos lançamentos e as novidades. O clima era de fim de feira, com descontos de 30% para quem comprasse acima de R$ 100,00. Os cds e dvds que restaram não me interessaram. Pela primeira vez, saí sem comprar nada. Pela última vez, visitei a Modern Sound. Voltei de ônibus para Ipanema. Desci perto do ponto onde meus amigos estavam, dando uma passada rápida na praia. Senti-me um verdadeiro extraterrestre, pois fiquei quarenta minutos sentado em uma cadeira de praia, sem tirar a roupa e o tênis.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

FIM DE ANO NO RIO

Já estamos no Rio de Janeiro, onde passaremos o reveillon. Diferente do que vem anunciando a imprensa, aeroporto calmo, sem filas, rapidez no atendimento, embarque e decolagem no horário, chegada antes do previsto no Aeroporto Santos Dumont. No Rio, muita gente chegando, mas não esperamos praticamente nada na esteira para pegar nossas bagagens. Táxi para Ipanema comprado no balcão do aeroporto (R$ 51,00). Estamos no apartamento de amigos de Brasília que só chegarão na quinta-feira. No mesmo apartamento estão amigos de Belo Horizonte que ficarão até dia 30/12/2010. Chegamos no final da tarde. Depois de fazer compras básicas para o café da manhã em um supermercado próximo, ficamos no apartamento conversando até tarde da noite, quando eu e Ric saímos rapidamente para um jantar. Resolvemos ir a um restaurante próximo. Caminhando a pé, vimos um bonito restaurante, o Fiametta (Rua Aníbal Mendonça, 132), recém inaugurado em Ipanema. Estava lotado, mesmo sendo 22:30 horas. É um restaurante de cozinha italiana, mas me pareceu que o forte são as pizzas, pois a maioria das mesas era este o prato degustado. Pedi um risoto de presunto Parma e queijo brie. Não demorou muito. Estava saboroso, mas não era excepcional. Ficamos menos de uma hora no local. Achei muito ruidoso. Voltamos para o apartamento, onde ainda jogamos conversa fora com os que ainda não dormiam. Fui deitar depois da meia noite.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

STAR TREK



Aproveitando o ritmo lento no trabalho, cheguei em casa mais cedo nesta segunda-feira e coloquei mais um filme para rodar. Desta vez, escolhi a ficção científica Star Trek (Star Trek), produção americana de 2009, dirigida por J. J. Abrams. Não é uma refilmagem da série clássica da tv e tampouco dos filmes para cinema da mesma série. É um filme anterior ao início da jornada da Enterprise, quando os então cadetes formaram a primeira tripulação da famosa nave da Federação. No filme vemos os jovens James Kirk (Chris Pine), Spock (Zachary Quinto), Uhura (Zoe Saldana), McCoy (Karl Urban), Scotty (Simon Pegg), Chekov (Anton Yeltin), Sulu (John Cho), em sua primeira viagem tendo que enfrentar um vilão romulano que veio do futuro, destrói o Planeta Vulcano e se prepara para destruir a Terra. O vilão é um irreconhecível Eric Bana. O filme faz uma interessante homenagem à série clássica ao colocar Leonard Nimoy, o ator que eternizou o vulcano Spock, no papel que o consagrou na tv. Ele também veio do futuro, juntamente com o vilão romulano, e tem um elucidativo encontro com o jovem Kirk, além de um encontro com o Spock jovem já no final do filme. Ainda tem Winona Ryder como a mãe humana de Spock. Sempre gostei de filmes de ficção científica. Achei este filme bom, embora não faça sombra aos dois primeiros filmes da série para o cinema.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O MUNDO MÁGICO DE ESCHER


26 de dezembro de 2010. Último domingo do ano. Último dia para ver a exposição "O Mundo Mágico de Escher" no CCBB de Brasília. Segundo o folder da exposição, é a mais completa mostra dedicada ao artista holandês Maurits Cornelis Escher. Ficou em cartaz de 12 de outubro até 26 de dezembro de 2010. Fui várias vezes ao CCBB neste período, mas sempre deixava para depois ver esta exposição em outra oportuniade. Resolvi conferí-la justamente no seu último dia. Cheguei poucos depois do meio dia. Fiquei admirado de ver o CCBB tão cheio. Antes de partir para a mostra, comprei entradas para o primeiro final de semana do projeto Sai da Rede, quando artistas projetados na internet começam a fazer sucesso de crítica e de público. O projeto terá início em 07 de janerio de 2011. Li no Correio Braziliense que a mostra das obras de Escher já tinha batido o recorde de visitantes do local, mas não esperava que seu último dia fosse tão concorrido. Os desenhos do artista holandês ocuparam os dois andares da sala principal. No andar no nível da entrada, as xilogravuras e litogravuras de sua fase italiana, com traços fortes, bem desenhados, reproduzindo a paisagem da Costa Amalfitana. No andar inferior, alguns facsímiles de seus grandes desenhos, além de outros desenhos originais, já explorando o chamado ladrilhismo, onde as imagens se confudem. Peixe viram pássaros, répteis vão alternando tamanhos, um tabuleiro de xadrez se transforma em casas da Costa Amalfitana. São desenhos que chamam bastante a atenção. Para ver a exposição é preciso de tempo, pois cada obra exige um olhar mais atento, quando podemos perceber as nuances e as relações de partes do desenho, além de muita ilusão de ótica. Quando deixei esta sala, uma pequena fila já se formava do lado de fora, pois havia grande número de pessoas lá dentro. Fui direto para a outra sala expositiva, onde ficava uma exposição, baseada na obra de Escher, toda em espelhos. Interativa, havia filas em frente a cada instalação, mas sem tumulto. Consegui ver e inteagir com todas elas. Também ao sair, uma fila começava a se formar. Passei pelas obras expostas do lado de fora, as únicas que já tinha visto antes, seguindo para a fila para entrar no terceiro espaço expositivo, na sala multimeios, onde o chamariz eram os óculos 3D. Como tenho dor de cabeça com tais óculos, resolvi dar por encerrada a minha visita à exposição. O tempo estava lindo, mas ao longe se anunciava uma chuva. Os amplos estacionamentos estavam lotados. As filas, outrora pequenas, já eram imensas para entrar nos três espaços expositivos. Meu carro não pegou. Tive que acionar o seguro. O socorro demoru uma hora e quarenta minutos. Neste tempo, o tempo fechou, choveu, muitos chegavam, procuravam vaga para estacionar, saíam do carro e voltavam rapidamente, desanimados com a espera nas filas. Fiquei contente em saber que uma exposição de um artista que não figura no rol dos grandes artistas mundiais, capazes de arrastar multidões para ver suas obras, despertou tanto interesse na população local, isto sem contar com os turistas na cidade. Além da reportagem no jornal elogiando a exposição, creio que o famoso boca a boca também contribuiu para este fluxo de pessoas, especialmente no último dia, um domingo pós Natal, quando quase tudo estava fechado na cidade. Espero que as exposições de 2011 contiuem agradando a todos. Um diferencial do CCBB é que suas exposições sempre são gratuitas e há ônibus exclusivo fazendo o trajeto Plano Piloto-Centro Cultural-Plano Piloto. Quanto ao meu carro, bateria pifada. Também pudera, era ainda a original, depois de cinco anos de uso constante. Deram uma carga o suficiente para eu chegar em casa. Tive que chamar uma emrpesa para trocar a bateria na garagem do meu prédio. Desta feita, só aguardei quinze minutos. Mesmo com o inconveniente do carro pifado, gostei muito do meu último domingo do ano.

ROBIN HOOD

Aproveitei o sábado chuvoso em Brasília e depois de uma ceia natalina com direito a repetição no almoço do dia seguinte, fiquei em casa, colocando um BD para assistir. Escolhi um filme recente que não tive a oportunidade de ver no cinema. Robin Hood (Robin Hood), produção dos Estados Unidos de 2010, dirigida por Ridley Scott, contando no elenco com Russel Crowe (Robin Hood), Cate Blanchett (Lady Marion), Max Von Sidow (Sir Walter Loxley), William Hurt (William Marshall) Como é do estilo de Scott, o filme tem excelente reconstituição de época, incluindo cenários e figurinos, além de cenas de batalha bem realistas. O diretor inovou ao centralizar a história antes de Robin Hood ser o personagem que todos conhecemos. Assim, sob o ponto de vista do diretor, ficamos conhecendo suas origens. No mais, é um filme de aventuras, com suas pitadas de humor. O ator Oscar Isaac não convence como o perverso Príncipe John, sucessor de Ricardo Coração de Leão no trono da Inglaterra. Como entretenimento, é um filme interessante, mas longe de ser um épico como Gladiador do mesmo diretor e tendo Crowe no papel principal. O final sugere uma possível continuação, pois há um texto que aparece na tela dizendo aqui começa a história da lenda Robin Hood.

domingo, 26 de dezembro de 2010

FEDERAL

Depois de ver o ótimo curta Ratão, comentado no post anterior, o longa metragem da sessão dupla no Cine Brasília foi o filme Federal, também todo rodado em Brasília. Produção de 2009 dirigida por Erik de Castro, conta no elenco com atores conhecidos como Selton Mello, Carlos Alberto Riccelli e Eduardo Dussek, além de vários atores locais em papeis de destaque na trama, como Adriano Siri, Similião Aurélio, Bidô Galvão e André Amaro. Também tem no elenco o ator americano Michael Madsen, cujo personagem é totalmente dispensável da história. Uma equipe de policiais federais do grupo especial de combate ao tráfico   investiga o tráfico de drogas em Brasília, comandado por um playboy vivido por Dussek. Na trama, a lavagem de dinheiro ganho com a venda das drogas é feita por uma ONG e por um templo religioso. O filme é muito ruim, com roteiro fraco, interpretações pífias dos medalhões nacionais, falhas na condução do enredo, não tem ritmo, abusa de clichês dos filmes americanos, inclui uma cena chupada do primeiro Tropa de Elite (a tortura com um saco plástico no rosto), mas não tem o impacto visual do filme de Padilha. Há fatos não explicados, surgem do nada e voltam para o nada, como Dani, o personagem de Selton Mello, que usa drogas, luta pelos direitos dos presos, se transformando, sem mais nem menos, em um policial agressivo. As cenas de sexo são longas e de um extremo mau gosto. Dos atores conhecidos, o único que está bem é Dussek, mas repete um papel de bandido já feito por ele antes. Dos atores de Brasília, gostei de ver Adriano Siri em um papel dramático, longe das estripulias que o tornaram nacionalmente famoso com o grupo de teatro besteirol Os Melhores do Mundo. Bidô Galvão tem um papel mínimo, como mãe de um capoeirista perseguido pela polícia (sem motivos previamente explicados), mas mostra sua força para papeis dramáticos. Embora haja pontos positivos, eles são poucos para atenuar a ruindade do filme. Detestei. Fizeram bem os quatro que saíram do cinema ao final da projeção do curta Ratão. Talvez já sabiam que não valia a pena ficar para ver o longa de uma hora e meia de duração.

RATÃO

Sempre ouvi que alguns restaurantes de comida chinesa em Brasília são simples fachadas, usados como lavagem de dinheiro oriundo de negócios escusos. Realmente se pararmos para pensar, alguns restaurantes estão em pontos nobres das entrequadras, tem raros fregueses, mas nunca fecham as portas, fato comum na vida gastronômica da cidade. E esta lenda urbana foi parar nas telas de cinema, do cinema produzido na cidade. Fui assistir no Cine Brasília o curta metragem Ratão, dirigido por Santiago Dellape, que participou da edição de 2010 do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, na Mostra Brasília. Estrelado por Mateus Palmieri, André Deca, Evandro Perissè, Larissa Salgado, Andrade Jr., Felipe Eloi, Isabela Vitelli, Mestre Dada, Lina Borba e Leonardo Goya, é uma deliciosa ficção, toda rodada na cidade. Goma é um garoto que ajuda o tio em uma banca de games piratas na Feira dos Importados. Saindo da tal banquinha, esbarra em um chinês, que deixa cair um cd. A partir deste encontro casual, Goma e seus amigos de colégio vão viver uma aventura digna de filme policial americano. Em paralelo, o tio se prepara para uma vida espiritual elevada e uma dupla de policiais investigam a máfia para a qual o chinês trabalha. O Ratão do título é o chinês, que tem um final engraçadíssima. Claro que os garotos vão parar em um restaurante chinês, que não passa de fachada para os negócios ilegais da máfia. O filme é divertido, com bom ritmo, tem humor e os atores mirins estão muito bem dirigidos. Havia menos de dez pessoas na sala do Cine Brasília para ver uma sessão dupla, da qual o primeiro filme era este Ratão. Ao final da projeção, quatro pessoas foram embora, restando apenas cinco, entre eles, eu. Uma pena, pois o curta é muito bom, valendo o ingresso, por sinal, bem barato (R$6,00 a inteira).

sábado, 25 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL

FELIZ NATAL

HAPPY XMAS

FELIZ NAVIDAD

JOYEUX NOEL

عيد ميلاد سعيد

РОЖДЕСТВОМ

メリークリスマス

聖誕快樂

ΚΑΛΑ ΧΡΙΣΤΟΥΓΕΝΝΑ

FROHE WEIHNACHTEN

BUON NATALE

GLÆDELIG JUL

חג מולד שמח

P.S.: Usei o tradutor do Google.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

TRILOGIA PREDADORES

 99,65

Em três dias seguidos vi a Trilogia Predador. Ficção científica para pura diversão. Os filmes sempre tem o mesmo núcleo do roteiro, ou seja, um grupo na luta contra seres alienígenas, os tais predadores. Mudam o cenário e os atores apenas. Claro que, ao final, apenas os atores principais se salvam, com o retante do grupo eliminado ao longo das histórias. Foram os seguintes filmes:

1. O Predador (Predator), dirigido por John McTiernan, produção americana de 1987, com Arnold Schwarzenegger como protagonista. A história se passa em uma selva da Guatemala. O filme tem ação do início ao fim e algumas pitadas de humor. O brutamontes Scharzenegger é o mesmo personagem de sempre. Kevin Peter Hall é o ator por trás dos trajes e da máscara do predador, papel que voltaria a desempenhar no segundo filme da série.

2. Predador 2 - A Caçada Continua (Predator 2), dirigido por Stephen Hopkins, produção americana de 1990, com Danny Glover no papel principal. A história se passa em Los Angeles, uma cidade dominada pelas gangs do tráfico de drogas. Destaco, em uma das cenas finais, o crânio de um alien na coleção do predador em sua nave espacial, talvez uma sugestão para o filme que viria quatro anos depois: Alien X Predador. Dos três filmes, este é o mais fraco. 
 
3. Predadores (Predators), dirigido por Namród Antal, produção americana de 2010, produzida por Robert Rodriguez, com Adrien Brody, Alice Braga, Danny Trejo (ator fetiche de Rodriguez), Laurence Fishburne, Topher Grace. A história se passa em uma floresta em um planeta desconhecido, local para as temporadas de caça dos predadores, que aqui sempre agem em trio. Embora o diretor seja um desconhecido, o peso do nome do produtor deve ser o motivo para reunir um elenco de ponta, incluindo um ganhador de Oscar (Brody). É o filme mais inteligente, com frases irônicas, performances interessantes, mesmo que em rápida participação, como é o caso de Fishburne, citações de autores famosos, como Hemingway, além de ter ação como o enredo exige. E ainda há a presença da brasileira Alice Braga, cada vez mais integrante do cinema produzido em Hollywood. Para mim, é o melhor filme da trilogia.

Boa diversão para uma semana de marasmo no trabalho e de shoppings lotados.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

ROLETA CHINESA

 99,60

Revi, em dvd, Roleta Chinesa (Chinesisches Roulette), filme do cineasta alemão Rainer Werner Fassbinder, co-produção Alemanha e França de 1976. Já tinha visto este filme na década de oitenta em uma mostra dedicada ao diretor na Sala Humberto Mauro no Palácio das Artes, em Belo Horizonte. Não me recordava de praticamente nada, a não ser uma mulher com um lenço na cabeça que fumava sem parar. Como é comum na obra de Fassbinder, os personagens femininos são o destaque deste filme. Um casal rico diz para a filha que cada um vai viajar. No entanto, tanto a mulher quanto o homem encontram seus respectivos amantes e seguem para a mansão que possuem nos arredores de Munique. Um não sabia que o outro havia combinado suas puladas de cerca no mesmo local. A filha, que anda de muletas e tem uma espécie de governanta muda, também resolve ir para a tal mansão. Lá, uma empregada e seu filho completam a cena. Há um intenso jogo sexual no ar durante a estadia deles na mansão. A menina é arrogante e tem todos os seus caprichos aceitos pelo pai. Ela também afirma saber tudo sobre os amantes de seus pais e da vida do filho da empregada. Ela demonstra não gostar de ninguém. Em uma situação constrangedora, especialmente para os visitantes (os amantes), a menina decide que todos deverão se sentar à mesa para um jantar, fazendo, em seguida, uma separação em dois grupos de quatro pessoas cada para jogarem roleta chinesa. Um grupo escolhe um integrante do outro grupo. Com nove perguntas, os integrantes do outro grupo devem descobrir, a partir das respostas, quem foi o escolhido. Trava-se uma batalha de insultos nas respostas, um jogo da verdade, que acabará em tragédia, mas não da forma que esperamos. Ao final, uma procissão em frente à mansão, as luzes da casa acesa e um barulho de um tiro de revólver. Não se sabe quem atirou em quem. Todos tinham motivos. Fica para quem assiste ao filme fazer suas conjecturas, em um final totalmente aberto. O filme é intenso, com interpretações marcadas, lembrando uma peça de teatro. Não é o meu preferido de Fassbinder, mas valeu a pena rever Roleta Chinesa.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

AINDA SOBRE ELZA SOARES

 99,65

O Facebook relamente é um conchavo de amigos, onde todos só fazem elogiar uns aos outros. Utilizei esta rede social para escrever para uma das produtoras do Forró Bodó, que conheço há alguns anos e sei da sua competênica na área cultural.  Evento gratuito que ocorreu na Praça do Museu Nacional da República, em Brasília, elogiando a organização do evento, a alegria, o amplo espaço, a paz e tranquiliade que transcorreram durante os shows, e indiquei um link para este blog para ela ver o que escrevi. No blog, fiz alguns senões, com problemas que vem acontecendo em todos os eventos nesta praça, mas todos fora da responsabilidade da produção, uma vez se tratar de assuntos ligados ao Governo do Distrito Federal. Também expressei meu descontentamento com o show de Elza Soares, que ficou quase todo o tempo sentada (sei que ela tem quase 80 anos, que está com problemas no tornozelo) e que não conseguiu cantar nenhuma música inteira, se valendo do backing vocal da banda, que, diga-se de passagem, levou o show inteiro numa boa, não deixando ninguém ficar parado na praça. Uma pessoa deve ter lido o meu post e colocou no Facebook que tudo estava lindo e que algumas pessoas procuram defeito para desmerecer o espetáculo, aludindo a uma pesquisa (?) que não fiz. Acrescentou que quando não se tinha o que falar, era melhor ficar calado. Censura em pleno Século XXI? Ninguém pode expressar o que sente ou pensa? Não sou de ficar calado, respondi imediatamente, pois se não gostei de alguma coisa porque não posso me expressar? As pessoas tem medo de visões críticas. Só porque Elza Soares é uma diva, do alto de seus oitenta anos, não pode haver senões? Um show de forró tem que ter movimento. O cantor/cantora não pode ficar estático no palco. Cantar sentado em uma cadeira é bom para shows intimistas, o que não era o caso. Mas o ficar sentado poderia ser minimizado se Elza soubesse as letras das músicas eternizadas por Luiz Gonzaga, o que não foi o caso. Elza Soares pagou um mico desnecessário. Não fiquei sozinho nesta opinião. No Correio Braziliense de terça-feira, no caderno Diversão & Arte, Irlam Rocha Lima faz uma resenha do Forró Bodó e destaca o vexame do show de Elza Soares, mesmo que de forma indireta, quando coloca a opinião de algumas pessoas que estiveram no evento. No mesmo caderno, na coluna Fama, de Rosualdo Rodrigues, há uma chamada para o mesmo vexame. Repito que gosto muito de Elza Soares, já vi vários dos seus shows, tenho quase todos os cds lançados e que ela já tem lugar garantido no Olimpo das grandes cantoras brasileiras, porque não dizer também em âmbito mundial. Ela não precisava  pagar este mico todo. Foi uma pena!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

FORRÓ BODÓ

Depois de ficar o final de semana inteiro dentro de casa, recebi um telefonema de amigos me chamando para ir ao Forró Bodó, um espetáculo gratuito na Praça do Museu Nacional da República homenageando o Dia Nacional do Forró, comemorado em 13 de dezembro, data de nascimento de Luiz Gonzaga, o Gonzagão. A atração principal da noite era Elza Soares com o show "Elza Respeita Januários". Antes de Elza, bandas locais animaram o público presente, na maioria jovens. Cheguei depois das 20 horas, quando estava no palco a banda brasiliense Pé de Cerrado. A galera acompanhava entusiasmada o grupo. Maconha era uma constante durante toda a noite. Elza Soares entrou no paclo às 21:15 horas, amparada por duas pessoas, se sentando em uma cadeira de onde só se levantou para cantar uma única música, quase ao final de sua apresentação. O repertório do show era todo relacionado a Luiz Gonzaga, entre as músicas, as conhecidíssimas Vida de Viajante, Asa Branca, Vem Morena, Xote das Meninas, Respeita Januário, entre outras. O show durou uma hora e quarenta e cinco minutos. Neste tempo, aproveitei para dançar muito. O local era amplo e tinha uma cobertura, caso chovesse, o que não ocorreu. Pelo contrário, a noite estava linda e com um vento delicioso. Gosto muito de Elza Soares, sempre que posso vejo seus shows (este foi o terceiro que vi em 2010), tenho a maioria de seus discos, mas depois deste ano, conclui que não dá mais para assistí-la. Ela não canta mais, fica lendo as músicas, mesmo as mais conhecidas, como Asa Branca. Às vezes, ela se perde na leitura, talvez porque não consiga enxergar as letras e a vaidade não lhe permite usar óculos durante um show. Se não fosse o vocalista da banda que a acompanhou segurar em todas as músicas, o show poderia ter sido ruim. O cara mandou bem, cantando as músicas e colocando o público para dançar. Os dois outros shows de Elza que vi em Brasília em 2010 foram semelhantes, lendo  as letras, ou esquecendo tais letras quando se arriscava em cantá-las sem ler, como foi no espetáculo com músicas de jazz ou no show em homenagem à dupla João Bosco & Aldir Blanc. Ela é uma cantora reconhecida no Brasil e no mundo, não precisando passar por vexames como estes. Já garantiu seu lugar no Olimpo das divas da canção.
O Forró Bodó, enquanto entretenimento, foi ótimo, bem organizado, atraindo um público jovem, em local amplo, seguro e de fácil acesso. Porém, houve alguns senões, que creio serem de fácil solução para os anos vindouros. O primeiro é a livre venda de garrafas em vidro nas imediações do museu. Sei que não é da responsabilidade dos produtores do evento, mas como a área do show estava cercada, poderia haver uma proibição da entrada destas garrafas no local. Qualquer briga e uma garrafa destas vira arma mortal. O segundo senão ficou por conta das dezenas de barracas vendendo comida e bebida na praça, deixando uma sujeira grande no espaço, atrapalhando o ir e vir das pessoas que chegavam ou saíam do show. O terceiro senão fica para os carros destes vendedores ambulantes estacionados no concreto da Praça do Museu Nacional da República, fato que já vem acontecendo algum tempo nos eventos ali realizados, a exemplo do Cena Contemporânea. Quando a praça foi concebida com um imenso chão de concreto, não houve intensão de colocá-la como estacionamento, mas sim espaço de convívio das pessoas. O GDF deve olhar esta questão atentamente para não estragar o espaço e garantir uma livre circulação de quem participa e comparece aos eventos gratuitos no local.

domingo, 19 de dezembro de 2010

FILMOTECA ESSENCIAL - BRASIL (09)

Pixote - A Lei do Mais Fraco é o filme que vi, pela primeira vez, neste sábado. Entrou imediatamente em minha lista da filmoteca essencial brasileira, obrigatório em qualquer coleção do gênero. Produção nacional de 1981, mostrava o descaso dos governantes e da população para um problema sério, o de meninos envolvidos com toda forma de crimes e ilícitos, tais como roubos, assaltos, assassinatos, tráfico, consumo de drogas, prostituição. O filme é anterior ao Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, portanto retratou uma época em que reformatórios prisionais eram o destino dos menores que viviam em situação de crime. Pixote é um menino de dez anos que foi pego pela polícia e enviado para um reformatório, onde a crueldade era a tônica. Ali tomou contato com as drogas, com a bandidagem, com a sexualidade (cenas de estupro, de homossexualismo), se enturma, vê dois amigos serem assassinados, foge com mais dois, perambula pelas ruas de São Paulo praticando alguns furtos, embarca para o Rio de Janeiro, onde tem contato mais de perto com o tráfico de drogas e com a prostituição, comete seu primeiro homicídio, terminando só, perambulando pelos trilhos de trem. O menino que fez Pixote, Fernando Ramos da Silva, foi morto a tiros pela polícia em 1987, mostrando que a ficção pode se tornar realidade. A direção é de Hector Babenco que se baseou no livro de José Louzeiro, A Infância dos Mortos, para fazer o filme. Atores famosos tem participações curtas, mas marcantes, como Jardel Filho (Sapato, o bedel do reformatório), Beatriz Segall (a viúva que é chamada para identificar o menor que assassinou seu marido), Rubens de Falco (o juiz de menores), João José Pompeo (Almir, o policial linha dura), Tony Tornado (Cristal, um mau caráter envolvido com drogas e prostituição), Elke Maravilha (Débora, uma prostituta) e Marília Pera (Sueli, outra prostituta). Mas as interpretações de Jorge Julião (Lilica, o homossexual que foge com Pixote), Gilberto Moura (Dito, outro fugitivo do reformatório) e Fernando Ramos da Silva (Pixote) são os pontos fortes no elenco. Uma das cenas finais é muito marcante, quando Pixote mama em um dos seios de Sueli, a prostituta. Inicialmente ela permite, mas em seguida o rejeita por completo. Pixote termina o filme sozinho, sendo rejeitado por todos. Gostei muito.

sábado, 18 de dezembro de 2010

SHOWS MUSICAIS

Resolvi ficar em casa o sábado todo. Acordei tarde. Não tomei café da manhã, pois já era quase hora do almoço. Ric preparou uma galinha caipira cozida, com arroz branco, feijão, quiabo e angu. Uma autêntica comida mineira. Duas sobrinhas dele partilharam o almoço e a tarde de sábado conosco. Enquanto aguardava, fui ver o recente dvd de Ivete Sangalo: Multishow Ao Vivo Ivete Sangalo no Madison Square Garden. Na noite anterior, na mesa do El Paso Latino, um dos assuntos foi o figurino de Ivete neste espetáculo. O show é, como se esperava, agitado, acelerado, dançante, pra cima. Superprodução, com painel reproduzindo grafismos multicoloridos. A primeira música, Brasileiro, mostra como seria o show inteiro. Ficou muito bonito os grafismos alusivos à bandeira brasileira enquanto Ivete cantava. O público parecia ser majoritariamente brasileiro, pois camisas e bandeiras do Brasil, da Bahia e de times de futebol nacionais são frequentemente mostrados, além de acompanharem todas as músicas conhecidas. Na maior parte do tempo, Ivete se comunica com a plateia em bom português. Tem como convidados o colombiano Juanes, a canadense Nelly Furtado, o argentino Diego Torres, e o brasileiro Seu Jorge. Dos duos, o mais natural, e por isso mesmo, o melhor, é o com Seu Jorge, na interpretação da música Pensando Em Nós Dois. Há um momento Elton John, quando Ivete aparece debaixo de uma caixa de presente gigante sentada ao piano para interpretar a balada Easy. Michael Jackson é lembrado também com a música Human Nature. No mais, é um show de Ivete cheio de energia. Quanto ao figurino, ela faz cinco trocas de roupa ao longo do show. As roupas refletem uma imagem de festa constante no Brasil, mesmo a mais discreta delas, um fraque preto estilizado que ela aparece quando está ao piano. Chamaria as roupas de fantasias, especialmente a primeira e a última do show, que tem um corte semelhante, um fraque com estrutura avantajada e rígida nas pontas, dando um ar de mestre de cerimônias do Cirque du Soleil. O figurino, em alguns momentos, atrapalha a cantora, mas não tira o brilho do show. Aliás, integra bem ao conjunto colorido de todo o espetáculo. Realmente o figurino é over, mas reflete o que Ivete é no palco: over!
Depois de Ivete, foi a vez de ver I Am... World Tour, o novo trabalho de Beyoncé com imagens de sua última tourné, incluindo a histeria de fãs em Florianópolis, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Durante o show, imagens do público em várias cidades ao redor do mundo por onde a tourné passou. Foi bom rever o show que vi ao vivo em fevereiro deste ano no Morumbi em São Paulo.
Para esquentar para janeiro de 2011, o terceiro show que vi foi I Told You I Was Trouble - Amy Winehouse Live in London. Afinal já comprei ingresso, passagem aérea e reservei o hotel para o Summer Soul Festival, onde a cantora inglesa será uma das atrações. Este dvd é menos dançante do que os dois primeiros que vi, mas também é muito bom.
Para relaxar, o quarto dvd, que ainda está passando na minha TV, foi Simone Em Boa Companhia. Também vi este show no Teatro Nacional em Brasília. Já é a segunda vez que coloco este dvd. Gosto muito.

Nem vi o sábado passar...

ENCONTRO COM AMIGOS

Depois de uma sexta-feira entediante, sem muita coisa para fazer no trabalho, onde predominam as confraternizações natalinas, reservei a noite para o primeiro encontro com os amigos que viajaram comigo para Lima, Peru, depois de nosso retorno a Brasília. O local escolhido foi, naturalmente, o restaurante de comida latina El Paso Latino, cujos proprietários estão neste grupo de amigos. Marcamos o tal encontro para depois das 23 horas. Eu e Ric fomos os primeiros a chegar. O restaurante estava lotado. De dieta, estava com muita fome. Ficamos aguardando uma mesa vagar. Não demorou muito. Ficamos em uma mesa para quatro no lado externo, ao fundo do restaurante. Não esperamos o restante chegar, fazendo logo o meu pedido, um Trio Pecado: três ceviches de pescados, ou seja, atum, salmão e robalo, acompanhados de um purê de batata doce, de banana chip bem fininha e de milho peruano tostado. Estava muito bem feito, sendo o melhor deles o de robalo, o mais clássico de todos. Sem poder beber refrigerantes ou bebida alcoólica, pedi uma água com gás. Quando o proprietário veio até a mesa, perguntei se havia lúcuma, uma fruta típica do Peru, pois gostei muito de experimentar seu suco quando estive em Lima. Ele tinha polpa de lúcuma congelada. Assim, matei minha vontade, bebendo um suco dessa deliciosa fruta que lembra, de longe, o sabor de tâmaras. Estava ótimo, bem consistente. Espero que, em breve, haja alguma opção no cardápio do restaurante com esta fruta. Como sempre, meu amigo foi muito gentil ao mandar fazer o suco para mim. Nossos pratos chegaram praticamente no mesmo instante que dois amigos se juntaram a nós. Havia um fumante na mesa ao lado. Com um cigarro aceso atrás do outro, ficamos incomodados. Mudamos de mesa, desta vez para a frente do restaurante, onde dois outros amigos também se juntaram a nós. Ficamos conversando até perto de duas horas da madrugada. Da nossa conversa, saiu uma proposta de viagem conjunta para o México no mês de outubro de 2011. A pensar...
Para quem não conhece, uma foto da fruta lúcuma:

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

MÚSICA QUE OUÇO XLVII

Esquentando para o Summer Soul Festival em janeiro de 2011: Janelle Monáe



INVERNO DA LUZ VERMELHA

 100,35




Primeiro ato: inverno, Amsterdã, um quarto de hotel, uma prostituta, um machão músico e um escritor nerd. Um triângulo amoroso inusitado. Interpretações explosivas, texto banal.
Segundo ato: verão chuvoso, São Paulo, uma quitinete, a mesma prostituta, o mesmo machão músico e o mesmo escritor nerd. Continua o triângulo amoroso inusitado, só que sem a presença dos três juntos em cena. Interpretações contidas, texto forte.
O texto acima reflete a minha impressão sobre a peça Inverno da Luz Vermelha em cartaz no Teatro I do CCBB de Brasília. Escrita por Adam Rapp, com tradução de Eduardo Muniz e Ricardo Ventura, a peça é encenada em dois atos em 120 minutos pelos atores André Frateschi (Davi), Marjorie Estiano (Cristine/Cristina/Ana)  e Rafael Primot ( Mateus). A direção é de Monique Gardenberg, cenários de Daniela Thomas e iluminação de Maneco Quinderé. A troca de cenários é feita entre os dois atos com as cortinas abertas e luzes acesas, em um coreografado trabalho das pessoas que ficam nos bastidores da cena. Daniela Thomas utilizou muito material de demolição para compor os dois ambientes onde se desenvolve a história. Há dois números musicais no primeiro ato para aproveitar os dotes de cantores de Estiano, que dança sensualmente enquanto canta uma música francesa, e de Frateschi, que toca guitarra e canta uma canção em língua inglesa.
O teatro tinha um bom público, embora não estivesse lotado. Percebi que um senhor sentado ao meu lado ficou incomodado com os diálogos do primeiro ato, recheados de palavrões, e com a cena de estrupro no segundo ato. Quando terminou, ele aplaudiu protocolarmente.
Os três personagens são densos e tem como caraterística comum o fracasso em seus desejos e planos de futuro.  O final é bem emblemático. Cada um acaba longe do outro, sem perspectivas na vida. Uma peça para refletir. A direção de Gardenberg é segura, especialmente quando altera a performance dos atores nos dois atos, deixando-se mais soltos na primeira parte do texto e mais contidos na parte final. Gostei muito.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

A REDE SOCIAL

 99,90

Depois de ler muitas críticas favoráveis, além das recomendações de amigos e colegas de trabalho, fui conferir na noite de quarta-feira o filme A Rede Social (The Social Network), produção americana de 2010 dirigida por David Fincher. Comprei ingresso para a última sessão do Cinemark do Shopping Iguatemi Brasília. Enquanto aguardava na fila, observei que a maioria dos presentes eram jovens. Tudo a ver, pois o filme trata da criação do site de relacionamento Facebook, especialmente na pessoa de Mark Zuckerberg, figura central para o surgimento deste site. O roteiro tem idas e vindas no tempo, já que a ação principal do filme se concentra em uma mesa de negociação extrajudicial envolvendo Zuckerberg e aqueles que se sentiram prejudicados no decorrer da criação e evolução do Facebook. Enquanto a negociação desenrola, cenas em flashback aparecem, situando-nos na história e mostrando-nos as cenas do fato narrado. O filme não agradará a todos, pois os diálogos são acelerados e longos. Há uma verborragia sem fim, incluindo termos usados pelos "nerds" da computação, mas no saldo final, é muito bom. Fincher consegue mostrar fielmente o retrato da geração "sites de relacionamento", onde tudo deve ser compartilhado com todos. Além disto, as festas, bebidas, relacionamentos frugais, preocupação com estética, drogas e a gastança generalizada, típicas dos dias atuais, estão presentes de forma contundente no filme. Isto sem falar de como esta geração é perdida e, muito cedo, entrou em crise. Foi interessante saber que de um fora que Zuckerberg levou de sua namorada, acabou sendo criado o Facebook. O principal amigo dele e escolhido por ele para ser o diretor financeiro do site é brasileiro, Eduardo Saverin e, ao longo da trajetória da criação do site, foi sendo colocado de lado por Sean Parker (Justin Timberlake) criador do Napster, um autêntico oportunista que, vendo a aparente fragilidade de Zuckerberg e também seu aparente desinteresse por dinheiro, chega junto e, aos poucos, afasta Eduardo da empresa. Não se sabe a quantia que Eduardo levou na negociação extra judicial, mas seu nome voltou a figurar no Facebook como co-fundador. Merecidamente, os atores Jesse Einsenberg (Mark Zuckerberg) e Andrew Garfield (Eduardo Saverin) mereceram as indicações para concorrer ao Globo de Ouro 2011 como melhor ator e melhor ator coadjuvante, ambos para performances em drama. A Rede Social também está indicado nas categorias filme de drama, diretor e roteiro. Vale a pena conferir.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

DI CAVALCANTI DESENHISTA

 100,00



Em cartaz na Caixa Cultural de Brasília, em sua Galeria Principal, a exposição "Di Cavalcanti desenhista". Fui conferir na noite da última terça-feira. Não me recordava de ter visto algum desenho deste grande artista brasileiro, apenas pinturas vieram à minha memória. Fiquei curioso. São 120 desenhos dispostos nas paredes do grande retângulo que é a Galeria Principal, ficando fácil ver pacientemente obra a obra, fazendo um percurso único. Segundo informações na parede, reproduzida no folder da mostra, os desenhos chegam pela primeira vez ao grande público. As obras faziam parte do acervo do colecionador Lucien Finkelstein. Há, inclusive, alguns retratos deste joalheiro feitos por Di Cavalcanti na exposição. As mulheres, especialmente, as mulatas e negras, tema recorrente na obra do pintor, estão largamente presentes. Desenhos que lembram os movimentos cubista e surrealista também estão entre os desenhos que vi ontem. A grande maioria dos desenhos é em tom preto, nos quais o artista usou lápis, tinta e/ou aguada sobre papel. O primeiro desenho é um auto-retrato de Di Cavalcanti. Também há um retrato do poeta Vinícius de Moraes com seu inseparável violão e três mulheres semi nuas. Gostei muito de conhecer este lado desenhista de Di Cavalcanti. O senão fica por conta de uma troca das placas que identificam dois desenhos que, transcorridos seis dias de exposição, ainda não foi observada pela equipe da Caixa Cultural. Pedi a um dos vigias do espaço que falasse com algum responsável pela exposição. Vale a pena conhecer e, de quebra, ver as outras expposições que acontecem no mesmo local, como as fotografias de André Cypriano, cuja exposição recebe o título "Capoeira - Luta, Dança e Jogo da Liberdade", em cartaz nas Galerias Píccola I e II. As fotos capturam o universo que envolve a capoeira em diversas cidades no Brasil, sem ficar apenas no momento do jogo em si. Todas as fotos tem pequenos textos que ajudam a compreender a história da capoeira em nosso país.




Quando eram 20 horas, entrei no Teatro da Caixa para acompanhar a última edição do ano do Teste de Audiência, onde mais um filme nacional ainda não finalizado foi mostrado ao público (desta vez a plateia era pequena), seguido de debate com o diretor Marcelo Machado. Como assinei um termo de compromisso para não comentar sobre o filme, apenas informo que é um documentário chamado Tropicália. Tanto as duas exposições quanto o cinema tiveram entrada gratuita. O curador do Teste de Audiência anunciou que o projeto entrará, em 2011, em seu quinto ano na Caixa Cultural de Brasília e em seu terceiro ano no mesmo espaço em Curitiba.


terça-feira, 14 de dezembro de 2010

TUDO EM NOME DA VIDA SAUDÁVEL...

100,25


Hoje completou uma semana que estou com restrições alimentares: nada de laticínios, nada de gordura e fritura, nada de açúcar, nada de castanhas e congêneres, nada de carne vermelha, nada de feijão, lentilha, grão-de-bico, vagem, ervilha e afins, nada de refrigerantes, sucos em caixa ou em lata, bebida alcóolica. comer com pouco sal. Foram muitas tentações neste curto período, mas resisti. Adotei uma tática de não deixar de sair, de frequentar restaurantes, pois se fico em casa, acabo tendo mais ansiedade e a fome aperta. Em bares e restaurantes, escolho aquilo que posso comer, especialmente peixes, cereais integrais, verduras, legumes e frutas.

Ainda falta começar uma atividade física. Estou a procura de alguma que não me entedie. Em janeiro, com certeza, estarei praticando algum esporte.

Tudo para baixar os índices de colesterol, glicose, triglicerídeos e ácido úrico, além de regular a pressão arterial. Tudo em nome da saúde e da vida saudável.


segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

RETORNO AO TRABALHO

 100,60


Voltei ao trabalho hoje, depois de três semanas de férias. Agora é enfrentar documentos, processos, e-mails e os inveitáveis relatórios de final de ano.

domingo, 12 de dezembro de 2010

UM SÁBADO CHEIO EM BELO HORIZONTE

Tivemos um sábado movimentado em Belo Horizonte. Acordamos tarde, mas a tempo de tomar o bom café da manhã do Hotel Mercure Lourdes. O hotel é bem cheio nos finais de semana. Todos aproveitando a diária cultural. Pegamos um táxi em direção ao bairro Ermelinda, onde moram meus pais. Almoçamos com eles. Sabendo de minhas restrições alimentares, minha mãe preparou um almoço só com opções que eu podia comer. Salada de folhas verdes com tomate cereja, pepino e manga; legumes cozidos sem nenhum tempero (cenoura e batata); chuchu cozido bem picadinho (prato feito a meu pedido); arroz branco, feijão (único que não comi, tendo em vista a já citada restrição); e surubi ensopado. Tudo estava uma delícia, como sempre! Depois, conversamos um pouco, descansei, ajudei minha mãe a pagar contas pela internet. Por volta de 14 horas, resolvemos ir embora. Pegamos ônibus até o centro e de lá, tomamos um táxi para o Diamond Mall. Tínhamos outras opções de shopping, mas preferi um menos movimentado. Nosso objetivo inicial era comprar os presentes do amigo oculto para a confraternização logo mais à noite com alguns velhos amigos mineiros. Rodamos as lojas, não agradando de muita coisa, tendo em vista o espírito do amigo oculto, a ser sorteado na hora. Optei por comprar o novo cd duplo da Maria Bethânia e do novo dvd de Maria Gadú, enquanto Ric comprou chocolates na Cacau Show (uma mini garrafa imitando champagne e um pote de vidro cheio de formatos diferentes de bombons). Terminadas as compras e com tempo para o início da sessão de cinema (a garantia da segunda diária cultural no hotel), aproveitamos para tomar um café expresso no Café Verde Mar, localizado no piso térreo do shopping, em frente ao supermercado gourmet de mesmo nome. Seguindo a dieta, fiquei na água mineral com gás e com um café descafeinado. Na hora de pagar a conta, passaram meu cartão Visa, mas ele foi recusado, com a mensagem "transação recusada pelo cartão" estampada na máquina. Pedi para repetir, pois era o cartão que vinha usando nos últimos dias, inclusive foi o utilizado para pagar a compra do presente do amigo oculto minutos antes, em valor bem superior ao da conta no café. O garçom repetiu. A mesma mensagem apareceu. Troquei de cartão, transação aprovada. Liguei imediatamente para o cartão recusado para saber o que acontecera. As duas vezes que passaram o cartão, houve o registro da conta, não havendo nenhum problema com ele. Tive que solicitar o cancelamento dos dois registros. Como ainda estava no café, chamei o garçom, dizendo o que haviam me dito pelo telefone. Ele disse que a máquina do estabelecimento devia estar com defeito, se prontificando a me restituir o valor em dobro dos dois registros com o primeiro cartão. Agradecei, mas disse que já havia solicitado o cancelamento junto à administração do cartão de crédito. Do café fomos direto para o terceiro piso, onde estão localizadas as salas do Cinemark local. O filme que escolhemos foi As Crônicas de Nárnia - A Viagem do Peregrino da Alvorada (The Chronicles of Narnia: The Voyage of The Dawn Treader), terceiro episódio desta fantasiosa saga infanto-juvenil. Também não pagamos entrada, pois ainda tinha as cortesias para o Cinemark trocados pelos pontos acumulados no programa DOTZ. A direção do filme é de Michael Apted para uma produção dos Estados Unidos de 2010. Para resolver a questão do crescimento dos atores que fizeram os dois primeiros filmes, desta vez apenas os dois mais novos retornam a Nárnia para ajudar o Príncipe Cáspian contra um novo elemento maligno, um nevoeiro, desta vez acompanhados por um irritante primo mais novo. O filme é totalmente previsível, com os mesmos clichês dos dois anteriores. O tal primo irritante acaba se convertendo em herói, com dicas ao final de que, se houver um novo filme, ele retornaria ao mundo encantado de Nárnia. Como os anteriores, não gostei. Reafirmo que não tenho muita paciência para filmes onde animais conversam com os humanos. Antes que fiquem se questionando porque então assisti, já sabendo o que veria, respondo que era o único possível de se ver dentro do nosso apertado horário. Saímos do shopping perto de 19 horas, pegando um táxi para retornar ao hotel. Foi o tempo de aprontar para nova saída, desta vez para o encontro com os velhos amigos. Os amigos escolheram o local. Eles gostam de boteco, portanto, não me espantei quando me disseram o nome e o endereço: Bar Normal (Rua Barão de Cocais, 23, Sagrada Família). Fomos de táxi, parando em frente ao Hospital São Camilo, na Avenida Silviano Brandão. Atravessamos a avenida, e subimos a Rua Barão de Cocais. A poucos metros da avenida, dois senhores estavam sentados na calçada em frente a uma minúscula porta com um lustre rústica iluminando-a. Perguntei se era a rua que procurava, já que não tinha nenhuma placa indicativa na esquina, e se naquela porta se entrava para o Bar Normal. Ambas as respostas foram positivas. Para entrar, cada um recebe uma comanda. O senhor nos informou que o bar não aceitava cartões de crédito. Não gostei. Três amigas já tinham chegado e estavam em um ambiente reservado. O bar funciona em uma parte de uma casa adaptada. O ambiente reservado era uma espécie de sala, mas sem janelas para o exterior. Há duas aberturas para o salão do bar. A decoração é um caso à parte. Nas paredes, há mandalas de madeira, espelho, ferro, plantas, origamis pendurados no teto, rádios antigos, rendas nordestinas, sofás, mesas de compensado fixas no chão, cadeiras de plástico, pedras, paredes pintadas de uma cor ferrugem, enfim, uma grande salada. O atendimento é bem informal, mas eficiente. Música ao vivo no estilo um banquinho, um violão, com repertório clássico de bares, com bastante MPB. Cheguei com fome. Logo descobri que as opções eram poucas para minhas restrições, já que há uma variada oferta de petiscos típicos de bares. Na verdade, 100% do cardápio era vetado para mim, mas optei por aquilo que menos agrediria meu organismo: pasteis de angu recheados de frango desfiado. Embora fritos, eles vem bem sequinhos em uma porção com dez unidades. Estavam saborosos. Realmente pastel de angu é uma iguaria belo horizontina difícil de se encontrar em outras paragens. Para beber, somente água  mineral com gás, pois não havia suco natural, apenas os de lata. Logo todos os amigos chegaram, formando um roda com dez pessoas. Pek foi o último a chegar, vindo de uma peça de teatro. Ele me presenteou com os dois livros "Autores - Histórias da Teledramaturgia", lançado pela Editora Globo. Encontra-se esgotado. Traz depoimentos com diversos autores da telenovela brasileira. Belíssimo presente que ele carrega para me entregar desde o evento Auditions, dia 16/11/2010, quando estava no foyer do Palácio das Artes quando cheguei. Ele me falou do presente e eu, num ato insensato, pedi para ele me entregar em 11/12, sem sequer ver o livro. Já lhe pedi desculpes, mas o fiz novamente na noite de sábado. Atualizamos nossas conversas, o pessoal sempre bebendo cerveja e petiscando bastante. Quando os relógios indicaram meia-noite cantamos parabéns para Pek, que aniversaria no mesmo dia que Belo Horizonte, 12/12. Outro amigo presente também faz aniversário na semana que se iniciava, motivando-nos a também cantar parabéns para ele. A vela era em forma de interrogação, conseguida no próprio bar. Depois dos abraços, iniciamos o sorteio do amigo oculto. A dinâmica consistia em tirar um nome de dentro de uma sacola. A pessoa sorteada ia até o local onde estavam os presentes e escolhia um, abrindo-o na frente de todos. Em seguida, ele tirava novo nome da sacola que tinha duas opções: tomar o presente já aberto ou escolher novo embrulho. Caso tomasse o presente, o prejudicado escolheria nova sacola. Assim, o melhor é ser o último, pois todos os presentes já foram abertos (menos um), podendo fazer uma avaliação se vale a pena arriscar ou tomar um dos presentes conhecidos. No meu caso, tomei o presente de uma amiga. Era uma interessante caneca chamada "Um Dia Perfeito". Quando levantamos a caneca, luzes vermelhas se ascendem, parando em um desenho, como uma máquina caça-níquel. A ideia é compartilhar o jogo erótico e fazer o comando onde a luz parou. O último sorteado, Pek, tomou o primeiro presente aberto, que já tinha passado por três mãos. Era o presente que comprei. O bar fechava às duas horas da madrugada. Assim, pedi para fechar minha comanda quando faltavam quinze minutos para o expediente se encerrar. Paguei, indo para a avenida esperar um táxi passar. Não demorou nem dez minutos. Paramos dois táxis. Um para a amiga que organizou tudo e outro para mim e Ric. Chegamos no hotel quase duas e meia da madrugada. Ric ainda pediu uma omelete antes de dormir. Fiz o mesmo, mas apenas com recheio de tomates. O sono foi profundo.

sábado, 11 de dezembro de 2010

ENTERRADO VIVO

O voo Brasília-Belo Horizonte (Confins) saiu com uma hora de atraso. Em ambas as cidades, os aeroportos estavam lotados. Não despachamos malas, por isso, nossa saída foi rápida, mas enfrentamos nova fila para comprar a corrida de táxi até o Hotel Mercure Lourdes (Avenida do Contorno, 7.315, Lourdes), cujo valor está em R$ 87,00, além de outra fila para esperar um carro. Foi a primeira vez que chego em Confins e tenho que ficar em uma fila, aguardando um táxi chegar no ponto. O trânsito estava bom. Assim, chegamos ao hotel às 22:20 horas. O check in foi eficiente. Apartamento no décimo nono andar, com uma vista deslumbrante da cidade. Nem deu tempo para desfazer as malas, porque nossa diária é em valor promocional de final de semana, chamada diária cultural (R$ 149,00 com café da manhã), exigindo a apresentação, por diária, de uma entrada de museu, show, teatro ou cinema. Já tinha checado os horários dos filmes, sabendo que há sessões depois de 23 horas no Cinemark do Pátio Savassi Shopping. Pegamos um táxi na porta do hotel. A corrida é pequena, dá até para fazer a pé, mas o tempo corria. Pedi ao motorista para sair da Avenida do Contorno, pois o trânsito estava lento. Depois descobri que era por causa de um show no Chevrolet Hall, ao lado do shopping para onde estávamos indo. Descemos na Praça da Savassi, pagamos a corrida de R$ 8,00, subindo a pé para o shopping. O centro de compras ainda estava aberto, com horário especial de Natal. Paramos antes no quiosque do Ah! Bom Café, onde fizemos um lanche rápido. Chegamos na bilheteria às 23 horas, hora de início da última sessão do filme escolhido, A Rede Social. Sessão esgotada. Tendo que ver um filme ainda no dia 10/12, comprei para o próximo disponível. Não pagamos entrada, pois tinha cortesias para a rede Cinemark, trocadas pelos pontos que acumulei no programa DOTZ. O filme escolhido foi Enterrado Vivo (Burried), do qual não tinha nenhuma informação. Estreia na direção do espanhol Rodrigo Cortés, com produção americana, protagonizada por Ryan Reynolds (Paul Conroy). O filme me surpreendeu positivamente. O título brasileiro entrega o seu final, mas nem por isso ficamos quietos na poltrona. É um suspense crescente, agoniante, cheio de surpresas, claustrofóbico. O cenário é único: um caixão de madeira no qual Conroy, um motorista americano que prestava serviços no Iraque em 2006, acorda. Ele está amarrado, com a cabeça sangrando e não sabe porque está naquele espaço mínimo, sem possibilidades de se sentar. Um celular vibra aos seus pés. Começa, então, sua luta contra o tempo para sobreviver, ligando para sua família, para conhecidos, para a empresa para a qual trabalha, para o serviço de emergência americano, para o FBI, para o Departamento de Estado americano, além de receber várias ligações de seu sequestrador, exigindo dinheiro para o resgate e a gravação de vídeos. A interpretação de Reynolds é perfeita. Ele nos passa todo seu sofrimento e sua vontade de sair do caixão. Nos diálogos pelo celular, identificamos críticas ferozes à ocupação americana no Iraque, à maneira como os serviços telefônicos são atendidos e à supremacia dos interesses corporativos em detrimento ao indivíduo. No inicio, o público ainda consegue rir de algumas falas, mas na medida em que o filme evolui, as risadas desaparecem, ficando um clima de suspense na sala de cinema. Um filme que nos faz prender a respiração, nos fazer mexer na poltrona, mas nos faz pensar sobre nossa realidade. Um dos melhores filmes que vi neste ano de 2010. Na saída, o shopping já estava fechado. A única maneira de deixar o shopping é pela garagem, um absurdo para quem não está de carro, pois o espaço é pequeno, sendo um verdadeiro perigo para quem tem que sair a pé, pois é a mesma saída de carros. A administração do shopping deve repensar esta atitude, deixando aqueles que não estão com carro no seu estacionamento sair por uma das portas do centro comercial. Pegamos um táxi para o hotel, pagando R$ 7,00 pela corrida. Não quis comer mais nada, apenas deitar e dormir. Já passava de uma hora da madrugada.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

BH NOVAMENTE

101,10


Último dia útil de férias. Malas prontas para um final de semana em Belo Horizonte, encontro com as amigas cervejeiras (não bebo cerveja, mas gosto do bate papo nos botecos de BH).

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

CONFRARIA VINUS VIVUS - 50ª REUNIÃO

101,30


A noite de quarta-feira foi especial. Foi a quinquagésima vez que a Confraria Vinus Vivus se reuniu para degustarmos excelentes vinhos. Como acontece em todo mês de dezembro, aproveitamos a reunião para também fazermos nossa confraternização de final de ano, com a tradicional troca de presentes de amigo oculto. O local da reunião foi o de sempre, na casa de uma das confrades, excelente anfitriã. Ao longo do ano, nas reuniões mensais, cada confrade contribui com R$ 285,00, com exceção do anfitrião, que já oferece a casa e o jantar. Nossa confraria tem dez integrantes, contando com o sommelier, que recebe R$ 250,00 a cada reunião. Ele é o responsável pela escolha dos vinhos, por comprá-los e por fornecer as informações técnicas no momento da degustação. Quem escolhe o tema de cada reunião é a confraria. Assim, mensalmente, a confraria tem à disposição R$ 2.280,00, dos quais tiramos o valor do sommeliler. Com o restante, paga-se os vinhos da degustação e os que harmonizarão com o jantar. O que sobra fica para uma espécie de caixinha para pagar os vinhos top que serão apreciados na última reunião do ano. Quando surge uma boa oportunidade, o sommelier nos avisa. Sendo de nosso interesse, com o dinheiro da caixinha, compramos o vinho, mesmo que esteja distante de dezembro. Em alguns casos, com uma oportunidade de ouro, os confrades adiantam a cota mensal para garantir o vinho especial de final de ano, que fica na casa de uma das confrades, em sua adega climatizada. Em 2010, chegamos em dezembro com os quatro vinhos da degustação já comprados, com a caixinha negativa em R$ 300,00, ou seja, um integrante tinha crédito com a confraria. Além do déficit, tivemos que pagar os vinhos do jantar e o sommelier, sobrando R$ 1.550,00 para os vinhos da reunião de dezembro de 2011.
Iniciamos com a troca de presentes. Em seguida, sentamo-nos à mesa para a celebração, degustando quatro vinhos top:

Primeiro Vinho da Noite

Chateau Pichon Longueville - Grand Cru Classé

Região: Contesse de Lelande, Pauillac, Bordeaux, França
Safra: 2005
Álcool: 13%
Castas: não há informação precisa, mas tem mais de 40% de cabernet sauvignon, pouco mais que 30% de merlot; o percentual restante é preenchido com outras castas, como a petit verdot e a cabernet franc.
Guarda: 30 anos para mais.
Estágio: 18 meses em barricas de carvalho francês.
Cor: rubi.
Aroma: frutas negras, compota de ameixa, rosa. Após descanso na taça, um forte aroma de groselha.
Boca: taninos elegantes, sem agredir, ácido, framboesa.
Preço de mercado: R$ 1.200,00

Segundo Vinho da Noite

Grange Penfolds

Região: Barossa Valley, Austrália
Safra: 2002
Álcool: 14,5%
Castas: 100% syrah.
Guarda: 40 anos para mais.
Estágio: 20 meses em barricas de carvalho americano.
Cor: rubi mais fechado.
Aroma: doce.
Boca: redondo, macio, taninos aveludados, mais pesado do que o primeiro vinho degustado.
Vinho ícone da Austrália. As uvas ainda são pisadas. Não há filtragem em sua elaboração.
Valor de mercado: R$ 1.850,00

Terceiro Vinho da Noite

Contador

Região: Rioja, Espanha
Safra: 2004
Álcool: 14%
Castas: 100% tempranillo.
Guarda: 30 anos para mais.
Estágio: não há informação.
Cor: rubi turvo.
Aroma: frutas negras, ameixa em calda.
Boca: redondo, macio.
Não há filtragem em sua elaboração.
Esta safra recebeu 100 pontos do crítico Robert Parker e da revista Wine Spectator.
Valor de mercado: R$ 800,00

Quarto Vinho da Noite

Chateau Margaux Grand Vin - Première Grand Cru Classé

Região: Margaux, Bordeaux, França.
Safra: 1997 (safra não excepcional - 4 estrelas)
Álcool: 12,5%
Castas: não há informação precisa, mas tem mais de 70% de cabernet sauvignon, pouco mais que 15% de merlot; o percentual restante é preenchido com outras castas, como a petit verdot e a cabernet franc.
Guarda: 30 anos para mais.
Estágio: não há informação.
Cor: granada.
Aroma: mamão, merthiolate, ferro, couro.
Boca: elegante, macio, redondo.
Valor de mercado: R$ 3.200,00.



Os vinhos da degustação em decantação

Por unanimidade, o quarto vinho - Chateau Margaux Grand Vin - Première Grand Cru Classé, safra 1997 - foi escolhido como o melhor da degustação desta memorável 50ª reunião da Confraria Vinus Vivus. Curiosamente, este mesmo vinho, porém da safra 1989, foi degustado por nós na reunião de dezembro de 2008, também sendo eleito, por unanimidade, naquela ocasião, o melhor da noite. A safra de 1989 também não foi considerada excelente, recebendo a cotação 4 estrelas.


Surubi defumado ao forno, molho de dill e risoto de sete cereais, arroz vermelho, arroz selvagem frito e cogumelos


Pera em calda

Para terminar o belo encontro, nossa anfitriã nos ofereceu um surubi defumado ao forno, com molho de dill, acompanhado de um risoto de sete cereais, acrescentado de arroz vermelho e arroz selvagem frito, com cogumelos. Dois vinhos foram comprados para harmonizar com o jantar. Um branco e outro tinto, mais leve. A maioria preferiu harmonizar o prato com o vinho branco, o chileno do Valle del Maipo, Haras Character (safra 2009, chardonnay, 14% de álcool, R$ 60,00). Para quem preferiu um tinto leve, o escolhido foi o também chileno do Valle de San Antonio, Casa Marín  Litoral Vineyard (safra 2003 , pinot noir, 14,7% de álcool, R$ 185,00). Como sobremesa, uma pera em calda, acompanhada de vinho do Porto Quinta do Crastro 1993.

Dois integrantes se despediram da confraria ao final da noite. Uma pena. Já há candidatos para preencher estas duas vagas. A próxima reunião já foi marcada para o final de janeiro de 2011, quando apreciaremos vinhos brancos de livre escolha do sommelier.