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sábado, 14 de agosto de 2010

ANTIGRAVITY



Quinta-feira, 21 horas, Sala Villa Lobos do Teatro Nacional Cláudio Santoro. Eu e Ric ficamos em uma fila imensa para entrar, mesmo com os lugares marcados, para ver Antigravity, uma companhia americana de acrobacias aéreas. Paguei R$ 30,00 (meia entrada com o cupom Sempre Você do Correio Braziliense). Houve atraso para a abertura das portas de acesso ao teatro. Havia um grande público, embora não estivesse completamente lotado. Muitos adolescentes com uniformes de escolas do DF se faziam presentes, indicando que houve distribuição de ingressos por parte da produção do espetáculo. Antes do início do show, houve a projeção de um vídeo sobre o intercâmbio que alguns membros da Antigravity fizeram em seis capitais brasileiras no mês de julho, com imagens e depoimentos de adolescentes sobre a experiência. A companhia tem vinte anos e reúne ex-atletas, especialmente das modalidades da ginástica artística e rítmica, além de oriundos das competições de X-Games. O espetáculo é dividido em dois atos, com intervalo de quinze minutos entre eles. É uma mistura de esportes, dança, circo, música e luzes numa salada de acrobacias. O elenco reúne quatorze pessoas, além de uma artista convidada, a anã Terra Jolé, que faz números dublando cantoras do mundo pop, enquanto o palco é arrumado para novo número. Para quem já viu o Circo Imperial da China ou o Cirque du Soleil vai achar entediante as apresentações. Como já vi os dois, não gostei do espetáculo. Há altos e baixos, O nível não chega a empolgar. As apresentações que se inspiram na ginástica rítmica são sofríveis. O número com fita é muito ruim, cheio de erros. O mesmo vale para o número com bolas. As ginastas/artistas entraram vestidas com uniformes da seleção brasileira e as bolas lembravam as de futebol. Foi tão ruim que me lembrei da seleção de futebol do técnico Dunga. Já os números com bambolês (arcos) foi melhorzinho, especialmente quando entram em cena os dois atletas que fazem evoluções dentro de arcos gigantes, parecendo o famoso desenho de Leonardo Da Vinci, o Homem Vitruviano. As dublagens de Jolé são engraçadas, mas as drag queens brasileiras dão de mil na sua apresentação. Quando ela entrou em cena como Britney Spears foi interessante, mas ficou repetitivo ao entrar como Ivete Sangalo (uma evidente apresentação preparada especialmente para a turnê brasileira) e como Lady Gaga. Se eu fosse o diretor, manteria apenas esta última, pois a coreografia com o elenco masculino é divertida. Outro defeito do espetáculo é a péssima ligação entre um número e outro, com falhas na música (interrupções abruptas), na iluminação e não há alguém para recolher do palco roupas e objetos que pertencem a números passados. A fita do segundo número ficou em cena por mais três apresentações, caída no canto direito do palco. Há, contudo, números interessantes, como a cama elástica com paredão, que não apresenta nada de novo, mas é bem executada. Novo mesmo somente a performance com o elenco masculino, todos calçados com uma bota metálica, com molas propulsoras. Eles pulavam e rodopiavam em torno do corpo, com saltos mortais. Parecia um filme de ficção científica. Enfim, não gostei do show como um todo.

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