Domingo à noite. Mais um evento cultural em minha agenda. Desta feita é a peça
Confissões das Mulheres de 30, em cartaz no
Teatro dos Bancários (
SHCS 314/315 Bloco A, Asa Sul). Não paguei nada pela entrada, pois ganhei dois convites de amigos que patrocinavam o evento. Como fui só, entreguei a entrada que estava sobrando para a produção que logo providenciou sua entrega a uma moça que aguardava uma sobra de ingresso. A sessão tinha lotação esgotada. O ar condiconado do teatro estava bem frio, o que me fez pensar que sempre tenho que carregar comigo uma blusa leve para evitar estes problemas. O texto é baseado em apanhados de
Domingos de Oliveira. A direção é coletiva. O elenco conta com
Juliana Araripe, Camila Raffanti e
Patrícia Pichamone. Peça de sucesso em palcos paulistanos. É uma comédia enfocando as dúvidas e constatações de mulheres que chegaram na casa dos trinta anos, as chamadas balzaquianas. Há muito falatório sobre sexo e homens. São vários monólogos, em revezamento das três atrizes em cena. Poucos são os momentos que as três estão juntas no palco. Tive a sensação de
déjà vu, de mais do mesmo. Algumas piadas são sem graça. Há uma esquete sobre futebol, um jogo entre Palmeiras e Corínthians, totalmente desnecessária, sem nenhum impacto em uma plateia que costuma torcer para times cariocas. Senti o cosntrangimento da atriz ao fazer esta esquete. São poucos os momentos em que achei graça. O figurino é horrível, todo negro. O cenário é pobre, apenas uma mesa e um boneco tipo manequim de vitrine sob esta mesa. O final, com as luzes se apagando e as três em posições fixas no palco, apenas iluminadas com lanternas de armário (destas redondas que acendem quando presiona-se o vidro), mostrou-me que as mulheres de trinta não passam de objetos dispostos em vitrines. Mais machista, impossível. Definitivamente, não gostei.
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