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domingo, 1 de agosto de 2010

TEMPO DE COMÉDIA


Continuando com minha agenda cultural, eu e Ric fomos conferir a peça Tempo de Comédia, em cartaz no Teatro I do CCBB de Brasília desde o dia 15 de julho de 2010. Ingresso, como sempre, a R$ 7,50 (meia entrada por ser correntista do BB). O texto original tem o nome Comic Potential que foi escrito pelo dramaturgo inglês Alan Ayckbourn. A tradução foi feita por Ricardo Ventura e Eduardo Muniz, ambos também atuando na peça. O elenco ainda conta com Julia Carrera, Luiz Damasceno, Malu Pessin, Adriano Paixão, Bia Borin, Luciano Gatti, Lívia Lisbôa e Lívia Guerra. São 110 minutos de texto, são 110 minutos de muita risada. Havia tempos que não ria tanto em um teatro. Cada cena é hilária. Os atores dão um show de interpretação. Não é uma comédia besteirol, destas que vem fazendo sucesso de público nos palcos brasileiros. O texto é inteligente, não perdoa as questões ligadas às relações humanas, mas mostra isto tudo de uma forma leve, vibrante, cativante, engraçada, com direito a gags típicas do cinema mudo. Aliás, o cinema mudo é homenageado no texto, com a citação do grande diretor/ator Buster Keaton. A história se concentra em um estúdio de gravação de tv, em um futuro incerto, onde os atores são andróides, chamados de actóides. O diretor com duas assistentes técnicas controlam as interpretações, colocando mais lágrimas, mais risos nos intérpretes robôs.. Os atores que fazem os actóides estão simplesmente ótimos. São "over" em gestos, caras e bocas. A malvada da história fica por conta da diretora-geral da emissora, vivida por Malu Bessin, que controla com mão de ferro a programação, de olho na audiência, que está em queda. O dono da emissora vive em uma cadeira de rodas, sem poder falar e se comunica atráves de uma outra pessoa. Ainda há o sobrinho não tão rico do dono da emissora que quer ser escritor e se apaixona por uma das actóides, que tem uma inteligência artificial além da média. Consegui identificar alguns filmes e séries de tv que, com certeza, foram fontes de inspiração para as cenas: A General, Os Três Patetas, AI - Inteligência Artificial, X-Men, Plantão Médico, Super Homem, Uma Noite na Ópera. Ao final, todo o elenco foi muito aplaudido. A peça é sucesso de público e ainda fica em cartaz em Brasília até o dia 08 de agosto, com duas sessões extra no final de semana. Vale a pena conferir. Saí do CCBB totalmente leve, feliz com a vida. Na saída, ouvimos um som vindo da parte de trás do teatro. Era o projeto Depois das Fronteiras, definido em seu folder como experiências sonoras e visuais no Planalto. Puffs coloridos espalhados no jardim escuro, barraca montada para vender bebidas e salgadinhos, várias pick-ups em linha para o show de djs, projeção na parede de concreto, um frio gostoso, noite estrelada, música nos convidando para a dança. Isto é Brasília!


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