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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

SALVADOR - TRABALHO E FUTEBOL

Fiz uma viagem bate e volta para Salvador, Bahia. Peguei o rescaldo dos atrasos da Gol que aconteceram desde o último final de semana. Precavido, fiz o check in pela internet (ida e volta), mas os balcões da companhia aérea estavam tranquilos. No entanto, as salas de embarque estavam repletas de gente. Não havia lugar para sentar. Como sempre acontece no aeroporto de Brasília, o portão marcado no cartão de embarque não foi onde ele foi realizado. Soa como desorganização o fato de a Infraero indicar para a empresa aérea um portão que é impresso em nosso cartão de embarque, nos dirigimos para o tal portão, o monitor indica que o voo está confirmado para aquele portão e vem uma frase que todos que usam o aeroporto de Brasília (o mesmo vem acontecendo no aeroporto de Congonhas, em São Paulo): "devido ao reposicionamento de aeronave no pátio, o embarque do voo YY, quando autorizado, será no portão XX" Meu voo era no portão 3, sendo alterado para o portão 7. O voo atrasou em uma hora. Avião lotado. Voo tranquilo, sem turbulências. Nem vi o tempo passar, pois fiquei lendo jornal do dia. Ao chegar no aeroporto de Salvador, uma colega de trabalho já me esperava. Fomos direto para o Mercure Salvador Rio Vermelho (Rua Fonte do Boi, 215 - Rio Vermelho), onde costumo ficar quando vou para a capital baiana. Foi o tempo de fazer o check in, colocar a mala no quarto, descer novamente para almoçarmos, pois já era perto de 13 horas e tinha reunião agendada para 14:30 horas. O trânsito em Salvador é uma loucura, todo travado. Escolhemos almoçar por perto do hotel. Minha colega sugeriu o restaurante Dona Mariquita (Rua do Meio, 178 - Rio Vermelho), local que eu queria conhecer na minha última viagem a Salvador, mas que não tive tempo. O local é simples, com decoração rústica, mas a comida vale muito a pena. Não estava cheio. Escolhemos uma moqueca de camarão com maturi (castanha de caju verde). Além dos acompanhamentos escritos no cardápio (arroz branco e pirão), ainda podemos escolher mais um, entre três opções informadas pela garçonete, cujo uniforme era bem despojado, uma repaginação da baiana. Preferimos ficar com o caruru. Enquanto esperávamos, conversamos sobre o gosto em comum de viajar, de conhecer novos mundos, novas culturas e novos sabores. O prato não demorou e serve muito bem duas pessoas. A moqueca estava bem feita, com muito camarão.O maturi dá um sabor diferenciado, um pouco ácido, contrastando com o dendê. O caruru estava divino. Adoro quiabo. Já o pirão, é dispensável. Achei que estava azedo. Deixei de lado. Depois de pouco mais de uma hora no restaurante, pagamos a conta (R$ 74,48) e seguimos para a reunião, no Centro. Gastamos um bom tempo no trânsito. Chegamos atrasados em vinte minutos. Comecei logo o colóquio com os colegas baianos, esclarecendo dúvidas, além de colher informações importantes para a avaliação do planejamento nacional. A reunião terminou por volta de 17:30 horas. O tempo começou a fechar, sinalizando chuva para o final da noite. Dali, tínhamos que ir para o Estádio Manoel Barradas, casa do time do Vitória, conhecido como Barradão, pois tínhamos compromissos com a imprensa, além de distribuição de material da campanha nacional contra o trabalho infantil. O mote da campanha é o esporte, motivo pelo qual o jogo final da Copa do Brasil, entre os times do Santos e do Vitória, foi escolhido para dar mais visibilidade à campanha. Demoramos duas horas no trânsito, chegando 19:50 horas no portão 16 do estádio, entrada para os convidados. Éramos oito pessoas, em dois carros. O carro em que eu estava chegou primeiro. Entramos no estádio e estacionamos ao lado do  campo. Tínhamos acesso garantido às cadeiras. O estádio é bem diferente dos que conheço. Há muito tempo não ia ao campo de futebol para ver um jogo. A torcida do Vitória estava agitada, cantando feliz. No caminho, muita gente com a camisa do time do coração caminhando até o estádio. Dentro, um belo balé de mãos e cantoria, além da utilização de um acessório vermelho, distribuído na portaria, que fazia o diferencial. Eram dois balões na forma de cilindro que, batido um contra o outro, faziam um barulho de palmas. A torcida do Santos foi confinada em um canto pequeno atrás de um dos gols. O contraste da torcida do Vitória, majoritariamente em vermelho, e a do Santos, em branco, era outro espetáculo visual. A cantoria era geral. Quando os demais chegaram, fomos até as cabines de rádio, onde distribuímos o material da campanha, além de conversarmos com todos os radialistas presentes. Quando saímos para distribuir os cartões vermelhos para o trabalho infantil, a chuva começou a cair. Usamos um cartão como protetor de cabeça. As pessoas pediam o cartão para fazer o mesmo, proporcionando uma visibilidade involuntária do cartão. Não fiquei muito tempo na chuva. Enquanto a turma se dividia, uns indo para a torcida do Santos (que se recusavam a segurar o cartão por causa da cor vermelha) e outros ficando nas cadeiras e arquibancadas da torcida do Vitória, eu voltei para a cabine da Rádio Transamérica, de onde vi o jogo, ouvindo a divertida narração do locutor da rádio. Achei divertidíssima esta experiência. Assisti todo o primeiro tempo desta cabine, mas não vi o gol do Santos, pois estava lendo os scripts do locutor exatamente na hora. Decidimos ir embora durante o intervalo, pois prevíamos uma saída complicada do estádio, ainda mais se o Vitória perdesse. Todos reunidos, descemos até onde estavam os carros. Ao chegar no estacionamento, surpresa desagradável. Um dos carros estava preso, sem possibilidades de sair. O carro maior, uma camionete, estava livre. Sete pessoas se acomodaram neste carro, ficando apenas o motorista do outro veículo. Não havia muito a fazer. Ele disse que esperaria o final do jogo. O pior era que o motorista é torcedor do Bahia! A volta foi mais rápida, pois não havia trânsito tumultuado. No caminho, ouvimos a narração dos dois gols que garantiram a virada do Vitória no jogo, mas que não foi suficiente para lhe dar o título de campeão. O Santos, mesmo perdendo por 2 X 1, sagrou-se campeão do torneio, pois havia ganhado o primeiro jogo em sua casa pelo placar de 2 X 0. Cheguei ao hotel cansado, com sede, com dor de cabeça e muita fome. Afinal a minha última refeição tinha sido às 13:30 horas. Já passava da meia noite. Pedi uma omelete pelo serviço de quarto. A entrega do pedido demorou quase cinquenta minutos. tive que reclamar. Enquanto esperava, tomei um banho relaxante, arrumei a mala, pois levantaria cedo na quinta-feira para retornar a Brasília. A comida chegou, matei minha fome, escovei meus dentes, deitei. Não vi a hora em que peguei no sono. Somente acordei quando o relógio do celular despertou. Eram seis horas da manhã. Senti que o cansaço não tinha ido embora, mas não podia dormir mais. Tinha um voo cedo para pegar. Cheguei em Brasília sem atraso. Eram 11:30 horas. Resolvi passar em casa e por lá almoçar. Vi a cama. Deitei para uma soneca. Acordei somente às 17:30 horas com muita fome. Fiz um lanche rápido. Não havia tempo para ir ao trabalho.

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