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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

PAN DOO

Uma catástrofe. Um equívoco. Um desastre. São palavras que podem definir minha experiência ao escolher, juntamente com Ric, Ro e Emi, o restaurante Pan Doo (SCLS 306 Bloco C Loja 36, Asa Sul) para jantar na noite do último sábado. Chegamos ao local quando já passavam das 21 horas. O restaurante estava vazio, com apenas duas mesas ocupadas na calçada lateral do bloco onde está localizado. Um garçom perguntou se eu queria mesa no andar superior. Subi para ver o ambiente. Espaço pequeno, sem ninguém. Preferimos ficar embaixo, em uma das mesas da calçada. A proposta do restaurante é muito boa: comida asiática de várias nações daquele enorme continente. No cardápio, em frente a cada prato há uma bandeira e o nome do país de origem. Claro que houve um abrasileiramento dos pratos orientais. Fiquei curioso com algumas opções, especialemnte pratos do Sri Lanka, Malásia e Indonésia. Pedimos a carta de vinhos, além de perguntar se os pratos demoravam para chegar à mesa. O garçom disse que não demoravam muito. Resolvemos pedir um vinho tinto entre as poucas opções da carta, muito modesta, diga-se de passagem. Ric pediu cerveja e uma garrafa de água sem gás. Os demais pediram água com gás. Também pedimos uma entrada para compartilhar. Foi um prato do Vietnã que consisitia em guiozas cozidos no vapor recheados com carne de caranguejo. A cerveja e o vinho chegaram à mesa. O garçon veio apenas com uma garrafa de água com gás dizendo que era a única que havia e a dividiria entre os três que a escolheram. Quanto a água sem gás, nenhuma garrafa. Questionamos se não havia um controle de estoque. Recebemos como resposta que as equipes do dia e da noite eram diferentes. E daí? Onde está o controle? Se já sabiam desde o início da noite que não havia água, porque não providenciaram a compra emergencial no supermercado vizinho? Esperaram que um cliente solicitasse para deslocar uma pessoa para comprar garrafas de água no tal supermercado. Obviamente que chegaram em alguns minutos, sem gelo e assim foram servidas. Não ofereceram gelo. Foi preciso falar que não estava gelada. De qualquer forma, preferi beber sem gelo mesmo, pois parecia que qualquer fala nossa desestabilizava os dois garçons. A entrada chegou em um daqueles recipientes de bambu no qual tinham dez guiozas. Colocaram o recipiente no meio da mesa, mas se esqueceram de colocar pratos e talheres para nós quatro. Quando o fizeram, só dois foram agraciados. Cheguei a pensar que também havia acabado os pratos. Reclamei e vieram os dois restantes. Os tais guiozas estavam bem apresentados, em uma cama de folhas de couve, mas o sabor não me agradou. A massa estava grossa e o molho era sem graça sem sabor marcante. Apesar da fome, ainda sobrou guioza. Resolvemos fazer o pedido dos pratos principais. Cada um fez uma escolha diferente. Pedi um prato da Índia: arroz de jasmim, legumes à indiana e um tornedor com molho de mostarda e mel. Ric também pediu carne vermelha, picanha e  disse ao garçon que gostava da carne muito bem passada. Se fosse alto, poderiam abrir para grelhar bem o bife. Emi escolheu um carneiro cozido com pétalas de cebola, acompanhado de arroz com açafrão da Índia. Ele perguntou ao garçom o que era este açafrão, se era verdadeiro ou se era cúrmuma, como no Brasil. O garçom não sabia responder. Teve que pedir auxílio, mas ficamos sem uma resposta convincente. Em resumo, responderam que era um açafrão...da Índia. Ro escolheu um prato vegetariano, especialidade coreana. Ficamos bebendo e conversando até os pratos chegarem. Perguntaram se queríamos mais uma mesa para aumentar o espaço na hora de jantar. Como o restaurante continuava vazio, aceitamos a sugestão. O primeiro a ser servido foi Emi, que de cara não gostou da aparência do seu carneiro. O pior foi quando o garçon pegou a cumbuca com o arroz. A vasilha estava quente. Ele soltou-a na mesa, soltando um "queimei meu dedo"! Por pouco, Emi também não se queimava, pois o garçom não viu onde soltou o prato. Poderia perfeitamente cair em cima de Emi. O meu tornedor veio cortado ao meio e muito bem passado. Horrível. Fizeram com minha carne a recomendação que Ric fez para seu prato. Além disto, o molho de mostarda com mel era espesso, sem nenhuma suavidade. Os legumes à indiana estavam mergulhados em um molho amarelo, parecendo curry, mas não tinham sabor, pareciam sem tempero. Salvou o arroz de jasmim, pelo menos. Ric não reclamou do seu prato. O pior sobrou para Ro. Ao levar à boca, sentiu que havia carne em seu prato. Chamou o garçom e reclamou, dizendo que havia pedido um prato vegetariano, que havia, inclusive, quando do pedido, dado o nome e o número do prato (36). O garçom disse que entedera mal e soltou a seguinte pérola: a "única diferença deste prato que foi servido e o seu pedido é que este tem filé mignon". Justamente o que Ro não queria. Nem sequer propouseram a troca do prato. Todos, incluindo Ric, deixaram comida nos pratos. Decidimos ir embora logo, sem sobremesa, sem café e sem Nota Legal. Vai ser difícil voltar neste restaurante.

2 comentários:

  1. Prezado Sr. Noel,

    é uma pena que o senhor e seus amigos não tenham gostado do nosso restaurante. Realmente, a culinária asiática é exótica e não agrada a todos os paladares. Por isso, fizemos uma fusão com a culinária brasileira para que agradasse mais paladares. Exemplo disso, é o Tornedor ao Molho de Ostras e Legumes à Indiana que é um dos carros-chefes do restaurante, mas que também o disponibilizamos com a opção de outros molhos, como o de mel e mostarda, para clientes que não apreciam o sabor da ostra ou que não querem arriscar novos sabores. Além disso, os Legumes à Indiana tem um sabor peculiar, pois é feito com Açafrão da Índia . Por isso, sabemos que não é possível agradar a todos, mas temos ciência disso. Trata-se de uma cozinha exótica.
    Por falar em Açafrão da Índia, nos pratos elaborados em nosso restaurante que leva esta especiaria, é realmente este Açafrão que utilizamos e não produtos similares, pois prezamos pela qualidade e transparência de nossos pratos.
    Com relação à Carta de Vinho, por não possuirmos uma grande adega, fizemos sim, uma carta modesta, mas que tentasse contemplar a exigência de diversos clientes. Inclusive, ela foi elaborada por uma das melhores importadoras de Brasília que á a Art Du Vin, responsável pelo atendimento de diversos restaurantes renomados da região.
    Pedimos desculpas pelo atendimento confuso dos garçons, mas informamos que providências estão sendo tomadas para que isso não se repita mais.
    Agradecemos sua opinião, pois é por meio destas críticas que procuramos melhorar nossos serviços e tentar proporcionar um atendimento de qualidade.

    Obrigado.

    Restaurante Pan Doo.

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  2. Agradeço a manifestação. Quero ressaltar que aprecio sabores exóticos e diferentes, mas infelizmente não achei o prato que escolhi saboroso. Quanto ao açafrão da Índia, já pesquisei e, como no Brasil, é feito a base de cúrcuma. Entendo que todos os garçons devem saber responder sobre os pratos do cardápio, incluindo seus ingredientes.

    Saudações.

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