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sábado, 9 de junho de 2012

BRANCA DE NEVE E O CAÇADOR

Era finalzinho da tarde de segunda-feira quando fiquei livre dos compromissos de trabalho em Salvador, Bahia. Já que estava próximo, resolvi dar uma passada no Salvador Shopping e acabei comprando ingresso (R$8,00) para ver o filme Branca de Neve e O Caçador (Snow White and The Huntsman), produção americana de 2012, dirigida por Rupert Sanders, em cartaz no Cinemark local. O cinema estava com bom público. Vi algumas crianças acompanhadas de seus pais, afinal era a história de Branca de Neve! Com pouco mais de vinte minutos de filme, as crianças já estavam impacientes, querendo sair da sala de projeção. O filme é sombrio, feito para adultos, embora não haja cenas muito fortes, mas não tem nada da inocência do famoso desenho da Disney. O diretor parece ser um fã ardoroso dos filmes de fantasia, como a trilogia O Senhor dos Anéis, As Crônicas de Nárnia e similares, pois há cenas visivelmente inspiradas nestas fitas. A história é ambientada na Idade Média, com direito a cavalos em armadura, castelos protegidos por grandes portões de ferro e cenas de batalha na floresta. Charlize Theron empresta sua beleza para Ravenna, a rainha má, que em sua noite de núpcias com o pai de Branca de Neve, vivida pela insossa Kristen Stewart, a mocinha vampira da saga Crepúsculo, assassina o rei para ficar com o trono, trancando Branca de Neve em uma  cela no alto da torre norte do castelo (referência à Rapunzel, talvez). Quando Ravenna faz a clássica pergunta ao seu espelho sobre se existia alguém mais bela que ela, o espelho lhe responde que para ter a beleza eterna precisava do coração de Branca de Neve. Ravenna pede a ajuda de seu irmão e capacho para que ele traga a jovem à sua presença. É a deixa para Branca de Neve fugir e ser perseguida até a Floresta Negra (uma alusão à Alemanha dos Irmãos Grimm que escreveram um dos mais famosos contos sobre a Branca de Neve), local sombrio e cheio de espíritos malignos. Entra em cena o beberrão caçador, interpretado pelo fraquíssimo Chris Hemsworth, o mesmo que dá vida a Thor nos cinemas. Aqui ele está péssimo, pois não convence de forma alguma como um bêbado e fica pior em cena dramática quando chora ao lado do caixão de Branca de Neve. A caçada tem início, e logo ele se vira a casaca, como se esperava, para ficar ao lado da heroína. No caminho do castelo do duque, onde ela espera encontrar apoio, eles são capturados por anões rabugentos (alguns atores não são anões de verdade, em interessante truque de imagem, como é o caso de Bob Hoskins, que faz o líder do bando). Nesta altura, o cenário muda para um lugar lindo, cheio de verde e de vida, onde uma espécie de veado branco com uma galha enorme é quase um deus (neste momento lembrei-me do leão de As Crônicas de Nárnia e falei comigo mesmo: "se ele falar, saio agora"!, pois odeio filme que bicho fala - faço exceção apenas para desenho animado, mas o veado não falou). Para não deixar dúvidas que Branca de Neve é um conto de fadas, este seres bonzinhos dão as caras neste idílico lugar. O irmão de Ravenna é incansável na busca de Branca de Neve e continua no encalço da princesa. O filme acaba como todos esperávamos, mas sem um príncipe para nossa heroína, mas sim dois deles. Apesar das péssimas atuações de Stewart e de Hemsworth, o filme é interessante de se ver, nem que seja para apreciar a beleza de Theron. Ao final da projeção, saí com uma certeza. Com o elenco que foi escalado, o espelho mágico sempre haverá de responder que não existe mulher mais bela do que a rainha, afinal Charlize Theron, mesmo com a maquiagem que a envelhece no filme, é infinitamente mais bonita do que Stewart, com enormes dentes de coelho aparecendo em vários closes.

filme

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