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quinta-feira, 28 de junho de 2012

SHERLOCK HOLMES: O JOGO DE SOMBRAS

Uma das últimas aquisições para minha coleção de filmes foi Sherlock Holmes: O Jogo de Sombras (Sherlock Holmes: A Game of  Shadows). Foi a versão em blu-ray. Resolvi ver sábado logo após chegar do almoço, em meio de tarde preguiçoso em Brasília. Deixei o quarto bem escuro, coloquei o BD no aparelho, aproveitando todos os recursos que a tecnologia me proporciona em casa em termos de imagem e som. Getúlio, meu cachorro, ficou assustado com as explosões e intrigado com os latidos de cães durante as duas horas que durou o filme. É o segundo filme da franquia Sherlock Holmes, repaginada pelo diretor britânico Guy Ritchie e estrelado pelos excelentes Robert Downey Jr. (Sherlock Holmes) e Jude Law (Dr. John Watson). A química dos dois atores é perfeita em ambos os filmes da franquia e a modernizada da história de Holmes foi feliz no sentido de atrair um público jovem para as peripécias de um detetive inglês nos idos de 1891, ano em que se passa a história do segundo filme. Rachel McAdams, vivendo Irene, uma detetive mal caráter que trabalha para quem lhe paga mais, é o grande amor de Holmes, mesmo trabalhando contra ele, volta à cena, em rápida aparição no início da história, tendo um final trágico, mas abrindo espaço para a nova heroína, a cigana Simza, interpretada por Noomi Rapace (como esta sueca tem conquistado os produtores hollywoodianos!). O inimigo desta vez é um conceituado professor (Jarred Harris) que vai se apoderando de uma indústria bélica e trama artimanhas para uma guerra se estabelecer entre a França e a Alemanha. Está dado o motivo para nossos heróis irem para Paris tentar impedir esta confusão. Antes, porém, há o casamento de Watson, sendo Holmes o padrinho que não aprecia muito o fato de perder a ajuda do médico em suas investigações. Há um sem número de insinuações que ambos são mais do que parceiros de trabalho, com direito a ciúmes e um boicote à lua de mel do doutor. No mais, a história é repetitiva, sem novidades em relação ao primeiro filme, recheada de ação, lutas e tiros em trem de ferro em movimento, no melhor estilo Agatha Christie, explosões, bandidos que erram os tiros e mocinhos que acertam todos. Ritchie não perde a oportunidade de filmar em close e em câmera lenta os tiros, desde armar o gatilho, passando pela saída da bala da arma, seja ela um revólver ou um canhão, até ela atingir um objeto qualquer, como um tronco de uma árvore. Esta técnica já deu o que tinha que dar e torna-se cansativa quando repetida à exaustão, como acontece neste segundo filmes de aventuras de Sherlock Holmes. Downey está muito inspirado, com ótima sacadas irônicas, assim como Law imprime charme, sensualidade e sagacidade ao seu personagem, mas ambos não conseguem salvar o filme da previsibilidade e da mesmice. Na minha opinião, a história já rendeu o que podia e mais um filme seria uma catástrofe total. Há poucas cenas inspiradas. Uma delas é o diálogo entre Mycroft Holmes, irmão de Sherlock, interpretado pelo ator britânico Stephen Fry (quando vejo este ator, sempre me lembro do cd de Zeca Baleiro, chamado Onde Andará Stephen Fry?) e Mary Watson (Kelly Reilly), a esposa de John Watson. Ele está nu quando entrega a ela um telegrama com notícias da dupla Homes-Watson. A cena é hilária. Esta segunda parte da franquia Holmes diverte, mas não empolga.

filme

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