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quarta-feira, 15 de abril de 2009

DOLCE FAR NIENTE


A bela praia de Jeri

Chove muito de madrugada, torrencialmente. O barulho da chuva é relaxante. Acordo bem cedo, dia lindo, mas resolvo ficar na cama. Meu amigo sai para caminhar. A chuva cai novamente. Meu amigo retorna, mas não se molha. A maionese que comi no sanduíche natural no dia anterior não me fez bem. Tenho cólicas. Vamos para o café da manhã à beira da praia, com um tempo lindo. Muitas frutas. Damos uma volta pela praia, nas imediações do hotel. Linda a vista, lindo o mar, lindas as dunas. Recordo de uma foto que vi na década de oitenta, quando uma colega de trabalho e este mesmo amigo que hoje me acompanha nesta viagem vieram a Jeri. Um coqueiro com tronco inclinado em direção ao mar (o da foto acima). Momento contemplativo.
Voltamos para o quarto, pois volta a chover e minhas cólicas se acentuam (prometo, pela enésima vez, não comer maionese fora de casa!). Saímos novamente já depois do meio dia. Passeamos pela vila deserta (há poucos turistas no local e a maioria em passeios pelas lagoas da região), tiramos muitas fotos e paramos para uma bebida refrescante no Bar da Praia. Meu amigo, cervejeiro, pede logo uma garrafa e eu, um suco de limão sem adoçar. A fome já está falando alto, resolvo enganar o estômago com um sanduíche de peito de peru ligth, sem maionese, obviamente. Meu amigo acompanha e também pede um sanduíche. A Velha Guarda de qualquer escola de samba do Rio de Janeiro grita no alto falante (para mim, todas tem a mesma voz). Três mulheres na mesa em frente chamam o garçon e pedem para mudar a música, pois estão achando-a muito chata. O garçon sugere Ana Carolina e Seu Jorge e elas aplaudem a sugestão. Penso alto: "agora é a vez da Ana Carolina gritar nos meus ouvidos". Meu amigo ri, mas ao identificar a música, diz que o rapaz colocou o último disco de Seu Jorge, sem Ana Carolina. O som é bem melhor. Dá vontade de ficar, contemplando o mar, o vento, e os infinitos mosquitos (tinha que ter, pois estamos em local rústico). Pedimos a conta - R$33,00, pagamos com cartão de crédito (um avanço da modernidade em Jeri) e resolvemos caminhar pela praia, sem rumo certo. Acabamos por rodar por quarenta minutos e tiramos várias fotos. Voltamos ao hotel, minha cólica já passou, banho para tirar o protetor solar e a areia. Atualização dos registros de nossa viagem. Leitura de e-mails. Ouço pássaros cantando nas árvores do hotel. Mais um momento contemplativo.
Durmo e quando acordo já é noite. Lógico que a fome grita. Como uma barra de sementes. Esperamos mais um tempo, arrumamos e saímos pelas ruelas de areia do vilarejo. Vamos ver algumas lojas. Aqui em Jeri as lojinhas ficam abertas até 23 horas. Paramos em uma loja de bijouterias de prata. Gostamos dos anéis, e melhor ainda, em promoção. Detalhe: o designer é de Brasília, mas há alguns anos mora no Ceará. Deixamos para depois a compra, pois a fome aperta e queremos ver outras opções. Vamos até o início da Rua Principal, já na praia e voltamos. Escolhemos o restaurante Leonardo da Vinci, de proprietários italianos. Charmoso o local. A garçonete me lembrou a poetisa Elisa Lucinda. morena, olhos verdes, sorriso aberto e bonito. Muito simpática, nos deu dicas de diversão para a noite, mas alertou que a cidade estava vazia, estamos em baixa temporada. O início da ferveção é no início da Rua Principal, no Planeta Jeri e várias banquinhas vendendo caipirinhas e afins. Pedimos bruschetta de entrada e uma massa básica ao molho de tomate e manjericão. Para acompanhar, caipiroska. ficamos por duas horas no restaurante. Comida bem feita, preço justo. Conta ao final de um café expresso, R$102,30. Descemos a rua, paramos em frente ao Planeta Jeri, 22:15 horas, céu estreladíssimo, anunciando um belo dia para a quinta-feira que se avizinhava. Nenhum movimento. Realmente é baixa temporada. Sentamos no bar/restaurante da esquina, já na areia da praia, Sky Restaurant. Cerveja para meu amigo e muita conversa jogada fora. Os nativos e os poucos turistas desfilam em nossa frente. Gente festeira. De repente, um cavalo aparece do nada em direção a nossa mesa. Medo...muito medo (parodiando um amigo). A mesa atrás da nossa, só com mulheres, se assusta. O cavalo desaparece em semi galope na escuridão da praia. A garçonete aparece, já é uma hora da madrugada, pergunta se queremos mais alguma coisa de beber, pois já estão fechando. Pedimos a conta, meu amigo paga (afinal, só bebi uma coca cola zero). Total de R$10,45. Não temos os centavos suficientes, ficamos devendo vinte e cinco centavos.
Voltamos para o hotel. Hora de dormir para aproveitar o dia seguinte.

Música do dia: logicamente a que ouvimos no Bar da Praia, ou seja, Seu Jorge.

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