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terça-feira, 21 de abril de 2009

TIRADENTES

Centro Cultural Dragão do Mar - Fortaleza - Ceará


Mais um feriado. Mais chuva em Fortaleza. As cólicas estão presentes, mas estou bem melhor que no dia anterior. A fome está também presente, como sempre. Descemos para o rotineiro café da manhã, com salada de frutas e mel. Hoje, ao ver um pudim de pão, não resisti e comi uma lasquinha. Nem de perto lembra o que minha mãe faz. De pão não tinha nada. Volto para o quarto e dedico a manhã inteira à leitura do livro de entrevistas com Almodóvar. Já li dois terços do livro. Saio no inicinho da tarde para comprar remédios: um para repor a flora intestinal, outro para suavizar as cólicas e um soro hidratante. Volto, converso pelo skype com meu companheiro até ele perder a paciência, pois ao ficar pintando as unhas de caneta em frente à câmara, digo que ele está se parecendo uma trava. Ele se enfurece, sem nenhum espírito esportivo, e interrompe a ligação. Eu e meu amigo fazemos planos para o dia chuvoso: almoçar no Camarões (enfim, consigo que ele vá e olha que foi ele quem propôs...), uma passada rápida no Centro Cultural Dragão do Mar para fotos diurnas e, em seguida, já que estaremos por perto, uma passada na Dragon Health Club, pegar um vapor e fazer uma massagem relaxante com um massoterapeuta. Após a sauna, iremos caminhar pelo calçadão, nos despedindo destas férias em Fortaleza.
Cai uma chuva muito forte. Esperamos passar e por volta de 14 horas saímos em direção ao calçadão da Avenida Beira Mar. Vinte minutos de caminhada, super pinta de turistas, pois estava de mochila nas costas e máquina fotográfica nas mãos, chegamos ao restaurante Camarões Beira Mar. Restaurante enorme, com uma infinidade de garçons. Meu amigo comenta que parece ter mais garçons do que clientes (o restaurante está bem cheio). Há cinco ambientes, um terraço próximo à calçada, uma pequena varanda e um terraço lateral, todos externos, e dois internos, em dois pisos. O maior possui um pé direito enorme e lustres bem grandes pendem do teto. À direita de quem entra pela Beira Mar, o mezanino, com várias mesas. Embora haja um número considerável de pratos a base de camarão, pedimos um peixe a delícia (filé de sirigado gratinado com banana frita, ladeado de arroz branco e batatas gratinadas). Todos os pratos servem duas pessoas. Para beber, nada mais do que suco de limão. Comento com meu amigo que o restaurante é cópia descarada do homônimo em Natal, Rio Grande do Norte. Ao chegar o prato, em uma espera de pouco mais que vinte minutos, faço novo comentário que até a apresentação do prato é igual ao potiguar. O peixe estava bem feito, e a banana frita faz a diferença. Quanto à batata gratinada, melhor nem comentar. Pedimos a conta e pagamos R$64,00. Ao efetuar o pagamento, pergunto ao garçon se o restaurante tinha alguma relação com o Camarões de Natal e ele responde, na ponta da língua, que é uma cópia mais que perfeita, mas que não tinha nenhuma relação e nem sociedade com os proprietários de Natal. Acrescentou que o restaurante de Fortaleza fazia parte de um grupo de empreendimentos ligados à alimentação, com unidades no Ceará e na Bahia e que em maio o grupo abrirá um Camarões em Brasília. Pegamos a rota do hotel, via calçadão e algumas pessoas nos pararam pedindo cigarro (meu amigo é um caipora!) e moedinhas. Voltamos a pé para o hotel. O tempo fechadíssimo anunciava uma tempestade. Parada rápida no hotel e pegamos um táxi, por volta de 16 horas, em direção ao Centro Cultural Dragão do Mar, passando antes em uma loja de conveniência para comprar lâminas de menta e cigarro. O táxi ficou em R$10,00. No Dragão do Mar, muitas fotos, de todos os ângulos possíveis, inclusive a que ilustra este post. O céu cada vez mais carregado. Às 16:45 horas entramos na Dragon Health Club e em menos de dez minutos lá dentro, o aguaceiro despenca do céu. A sauna não está cheia. Pegamos um vapor (como sempre bem frio para uma sauna) e fomos para o bar. Música ao vivo na sauna. Um rapaz cantará músicas do pop rock nacional. Público: não mais que cinco pessoas. Às 18 horas começa a cantoria e realmente é um desfile de sucessos do rock nacional dos anos oitenta. Há apenas um massoterapeuta na casa. Parece ser a folga do outro. A sauna não enche. A chuva, que não para, é a grande culpada. A cantoria se estende por três horas sem parar e sem repetir uma só música. Decidimos ir embora sem a massagem planejada. A fome chega devagarinho. São 21:20 horas e pagamos a conta da sauna (a minha parte fica em R$27,50, sendo R$2,50 referentes a uma coca cola zero e o restante à entrada). Vamos ao Dragão do Mar novamente e procuramos um local que seja abrigado caso chova novamente e que tenha pizza. Não encontramos nenhum que unisse as duas coisas. Resolvemos ir a pé até a área de restaurantes da Praia de Iracema, bem próxima ao local que estávamos. Chegamos ao Porto Fino, um restaurante instalado há dez anos no mesmo endereço e nos divertimos com os gritos das moças que trabalham nos restaurantes Porto Fino e La Marea, um em frente ao outro, na Rua Tremembés. Elas gritam, tentando atrair clientes, em sua maioria turistas estrangeiros, homens em busca de sexo fácil. As que gritam fazem a linha de femme fatale cearense. Sentamos e pedimos uma pizza média. A chuva cai forte novamente. A pizza tem a massa muito fina, quase não sentimos na boca. A escolha foi por uma metade de parmegiana de berinjela e a outra metade de portuguesa. A surpresa na hora de comer é que ao invés da berinjela, colocaram abobrinha. É lógico que o sabor suave da abobrinha se perdeu no molho de tomate e no queijo. Comemos assim mesmo, pedimos a conta e lá se foram R$30,00. Novamente um táxi em direção ao hotel. A música que toca no carro é um forró desses que entram na cabeça e não sai mais. O motorista diz que a chuva de cinco horas da tarde durou cinquenta e quatro minutos e alagou vários pontos da cidade, deixando vários moradores da capital cearense desabrigados e o Rio Cocó transbordou, impedindo a passagem para o aeroporto. Chegamos ao hotel. Corrida fica em R$8,00. Olho o relógio, 23 horas, ainda é cedo. Não dá cumprir o programado e andar pelo calçadão, pois a chuva insiste em cair na Terra do Sol. Atualizo blog, orkut e vejo e-mails. Resolvo ler até que o sono chegue.
Os remédios comprados no dia de hoje fazem um efeito ótimo. Estou sem dores, sem cólicas e hidratado.
Música do dia: sucessos do pop rock nacional da década de oitenta e um forró arretado ouvido no último táxi que pegamos no dia.

2 comentários:

  1. Pois então, feliz aniversário de 40 anos e vinte dias.
    Outra coisa: não entendi o titulo. É porque está indo para Tiradentes?
    Abs

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  2. Hoje é 21 de abril, Dia de Tiradentes, feriado nacional.Eis o motivo. Quanto ao aniversário de nosso amigo, ele completou 47 anos. Tudo bem que fez uma lipo e ficou parecendo mais novo, mas tirar sete anos é exagero.

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