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domingo, 12 de abril de 2009

DOMIGO DE PÁSCOA

"Que coco grande!" diz uma criancinha olhando para o coqueiro em frente à Barraca Cocobeach, Praia do Futuro.



Acordamos bem tarde, perdemos o café da manhã. Saímos do quarto às 13:15 horas. Novamente táxi, novamente como destino a Praia do Futuro, mesmo com o tempo totalmente nublado com pingos caindo no vidro do carro. O motorista foi o mais falante de todos até agora. Logo que entrei, viu minha camisa do Galo e começou a falar sobre futebol. Torcedor do Ferroviário, time local. Já foi jogador da segunda divisão do campeonato cearense. Contou piadas, afinal estamos na terra do humor. Perguntou se não queríamos marcar hora para ele nos buscar, mas agradecemos e pegamos seu celular, caso precisássemos. A corrida ficou por R$25,00. A barraca escolhida foi o Bar da Praia, pertencente ao Vila Galé Hotel. Decepção: pouca gente, a maioria hóspedes estrangeiros, com predominância de portugueses, cardápio enxuto e caro. Chegamos às 13:45 horas e resolvemos sair às 15 horas. Fizemos nossa primeira refeição do dia nesta barraca. Comi um sanduíche pequeno de filé de peito de frango grelhado com abacaxi. O acompanhamento era batata frita e cada palito da batata "olhava" para mim como se dissesse: "me coma, me coma..." Resisti, mas pedi para o garçon tirar aquelas destruidoras de dieta o mais rápido possível. Conta na barraca: R$33,00, sem bebida alcoólica.
Resolvemos andar pela areia e coloquei os pés na água morna do mar cearense. O tempo fechado, algumas gotas de chuva insistem em cair. Vimos duas grandes barracas e lembramos das dicas de um motorista de táxi já relatadas neste blog. Eram elas: Atlântidz (se escreve assim mesmo) e Cocobeach. Entramos na primeira, pouca gente, tiramos algumas fotos, música ao vivo. Saímos pelo calçadão e encontramos o nosso motorista torcedor do Ferroviário que logo se aproximou perguntando se queríamos ir embora. Ainda não, respondemos. Entramos na Cocobeach, muitos empregados, música ao vivo no palco, piscinas infantis. Pouca gente nas mesas na areia, pois chovia um pouco. Sentamos. Pedimos bebida e uma travessa de frutas frescas (abacaxi, mamão papaia, melancia, kiwi, coco, morango, uva itália, melão orange. A barraca, embora comparada, não chega aos pés da Crocobeach.
Aqui faço uma retratação do que disse anteriormente, quando postei o blog sobre a nossa estada na Crocobeach: muita criança com ambulantes vendendo coisas na praia. Será que há um pacto apenas com o complexo maior da praia? Não seria interessante reunir todos os donos de barraca e inserí-los na cruzada contra o trabalho infantil? Eu sei que o espaço da areia é público, mas a medida que há equipamentos de propriedade da barraca e o proprietário paga imposto para utilizar este espaço, ele poderia muito bem mostrar sua responsabilidade social e não deixar aquelas crianças por ali perambularem. Poderiam colocar avisos e cartazes para os frequentadores saberem que o trabalho infantil é proibido no Brasil. Ficamos na barraca por volta de uma hora e meia. A música ao vivo é insuportável: forró com voz esganiçada da vocalista (já repararam que toda vocalista de banda de forró tem a mesma voz? Será que fazem cursos de empostação de voz, assim como os travestis que sempre tem a voz nasalada?). Assim que a chuva começou a apertar, pedimos a conta e pagamos R$24,00.
Ao sair, táxi diretamente para o hotel. O motorista só se manifestou quando meu amigo disse que tinha que comer alguma coisa. Ele riu e exclamou que já eram quase cinco horas da tarde e ainda não tínhamos comido nada. Meu amigo justificou que precisava de algo salgado imediatamente. Preço da corrida: R$24,00.
Pit stop no hotel, coloquei tênis e saí para caminhar no calçadão da Beira Mar. Meu amigo desistiu de caminhar e foi comer um sanduba (depois reclama que a curva do seu peso está ascendente). Caminhei em direção ao Mercado de Peixes, no final da Praia de Mucuripe. Muita gente caminhando neste horário (17-18 horas). Ao finalizar a hora de caminhada, fui até a loja Beach Point para comprar passagens de ônibus para Jericoacoara. Valor da passagem: R$38,00 para o trajeto Avenida Beira-Mar (em frente ao Hotel Praiano) até Jeri (cerca de seis horas de viagem), com baldeação em Jijoca, quando deixamos o ônibus de luxo, semi-leito e ar condicionado, para enfrentar mais uma hora de viagem em uma jardineira saculejante.
Retorno ao hotel, tomo um banho relaxante e atualizo meus registros diários.
Hora de descansar, mas a fome bate forte às 21:30 horas. Arrumamos com a ideia de ver o show do Monobloco na Praia de Iracema, em comemoração ao aniversário da cidade. O palco foi montado no início da praia, próximo ao quebra mar e à caixa d'água de peixinhos. Fomos a pé, uma caminhada de vinte minutos. Muita gente assisitndo ao show de Ednardo. A fome é grande, resolvemos comer primeiro antes de ver o show. Fomos até a área de restaurantes do bairro de Iracema. Escolhemos um restaurante de comida portuguesa, bem em uma esquina da rua Tabajaras. A Tasca do Marquês é o nome, mais português impossível. Havia apenas duas mesas ocupadas. Escolhemos uma encostada na parede e pedimos um polvo no vinagrete como entrada e um bacalhau a lagareiro para dois. O garçon, muito simpático, trouxe os pedaços de bacalhau para escolhermos qual queríamos. Para a espera da entrada, trouxe um pão quentinho. O polvo chegou logo e começamos a comer, quando uma barata sobe pela parede. A dona do restaurante fica preocupada, mas logo a espanto dali (a barata, não a proprietária). Quanto ao polvo, tinha mais vinagrete do que carne, mas estava agradável. A chuva começa a cair e os garçons começam a correr pegando tudo que estava do lado de fora para não molhar. A chuva aumenta, cai bem forte. De cara desistimos do show. O bacalhau chega, a apresentação do prato não é lá essas coisas. O sabor, diria que passável. Nada de extraordinário. A chuva passa, mas com tudo encharcado, resolvemos pegar um táxi. Pedimos a conta, pagamos R$124,00. Havia um táxi passando. Era uma mulher a motorista e para não negar a raça (de motorista, claro), era bem falante. Falou sobre travecos, mostrando todas que estavam na esquina no trajeto até nosso hotel. Preço da corrida - R$8,00. Ligo o Skype, converso com meu companheiro, atualizo o blog. Hora de dormir.

Um comentário:

  1. Amiguinhos do coração!!!

    Pena que a chuva parece não dar tregua, inacreditável, nunca chove nestas bandas e vocês vão parar ai justamente nos 5 dias anuais de chuva! Coisas do destino.
    Aproveitem para correr bastante, Muca precisa para manter a forma, e isto a chuva não atrapalha.
    Espero que em Jeri tenha muito sol para aproveitar bem aquele visual deslumbrante.
    Beijos
    Roseta

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