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sábado, 18 de abril de 2009

DE VOLTA A FORTALEZA

Acordo bem cedo, como sempre antes do despertador do celular de meu amigo, programada na noite anterior, tocar. Como já havia arrumado as malas, fico na cama. Meu amigo levanta e vai arrumar as suas duas mochilas. O tempo está chuvoso. Descemos para nosso último café da manhã no Hotel Mosquito Blue. Como frutas, como nos dias anteriores, e acrescento um sanduíche com pão integral, pois a viagem de volta duraria cinco horas e meia, segundo informaram na recepção do hotel. Volta para o quarto, banho e recepção para o check out. Tenho que repetir tudo de novo sobre os lançamentos errados no extrato de nossa conta. Brenda, Felipe e Thiago são os recepcionistas. O carro que nos levará, uma Toyota Hilux 4X4 encosta às 9:25 horas. Confirmam que eu estava certo e fazem as devidas correções na conta. Pagamos a diferença devida, uma vez que meu amigo fizera no ato da reserva um depósito de R$432,00, eu paguei o mesmo valor no check in e pagamos R$250,00 das massagens diretamente ao spa. O valor restante - R$655,46 - correspondia a gastos de frigobar, restaurante, acesso à internet e o transfer para Fortaleza. Pediram para preencher uma ficha de satisfação. Apesar dos contratempos, todos resolvidos a contento, gostei do hotel e fiz uma boa avaliação. Apenas comentei o fato de a cobrança do restante das diárias no check in nos colocou numa posição de caloteiros em potencial (foi como nos sentimos). Sugeri que façam como os hotéis classificados como quatro e cinco estrelas, ou seja, solicitam uma pré-autorização no cartão de crédito, para confirmação no ato do check out. Alegar que pode-se ligar para o cartão e pedir o cancelamento é burrice, pois o acesso a Jeri é muito difícil e o hotel está cheio de seguranças, que verificariam hóspedes saindo com malas sem o devido acerto. Para quem está curioso, ainda não disse como o hotel é. De proprietário italiano, sua arquitetura nos remete às construções às margens do Mar Mediterrâneo, especialmente as italianas, obviamente. Num terreno relativamente estreito, aproveitou bem os espaços. A piscina principal fica no centro de um corredor, com muitas plantas, incluindo grandes coqueiros. Nas laterais da piscina, os apartamentos, em dois pavimentos. Ao lado desta piscina há uma pequena academia de ginástica e um mezanino para leitura e acesso à internet. Em baixo deste mezanino, algumas mesas para jogar baralho e sinuca. Há também uma jacuzzi ao lado da piscina. Por trás dos apartamentos, à direita de quem desce, há outra piscina e uma jacuzzi maior, rodeadas por um jardim bem cuidado. Ao final do corredor, já na areia da praia fica o restaurante, Oceano Blue, onde é servido o café da manhã, e as espreguiçadeiras (como as das piscinas) da praia.
Ao efetuarmos o pagamento, pedi um comprovante e me deram o extrato para simples verificação. Pedi a nota fiscal e a resposta foi que ela irá pelo correio. Já vi este filme várias vezes e nunca recebi nota alguma de outros estabelecimentos localizados em cidades do interior do Brasil. Pensei em exigir a nota, mas meu amigo disse para deixar pra lá. Apenas quis um comprovante e eles bateram um carimbo e assinaram. Cabe aqui registrar que meu amigo é fiscal de tributos e como tal recebe uma gratificação pelo volume arrecadado. Embora não trabalhe no Ceará, não entendi sua postura. Aguardarei a nota pelo correio.
O motorista, Avelar, já a postos. Colocamos a pequena bagagem no carro e partimos em direção a Fortaleza. O relógio marca 9:45 horas. O motorista, muito bem treinado e educado, só fala quando pergunto alguma coisa. Sempre responde a contento minhas dúvidas. O caminho, muito mais tranquilo que a ida para Jeri, pois o conforto é incomparável. Vencemos os caminhos de areia em pouco menos de uma hora de viagem. Já no asfalto, tenho uma forte sonolência e fico naquele estado de dorme não dorme. O motorista para em um posto de gasolina na cidade de Acaraú. Não desço. Meu amigo aproveita a deixa para ir ao banheiro e fumar. Continuamos viagem. O tempo está nublado, com o sol aparecendo. Em alguns pontos, a chuva aparece rapidamente e da mesma forma se vai. O caminho não é o mesmo que fizemos na ida. Pegamos a rodovia Estruturante - CE 85, a chamada Costa do Sol Poente. A estrada é boa. Apenas alguns pequenos pontos com lama e homens e máquinas trabalhando para o devido conserto. Afinal, é uma rota turística e temos um feriado prolongado pela frente. Meu amigo descobre que esqueceu o carregador de seu iphone no hotel. O motorista prontamente liga para Jeri e meu amigo fala com a recepção. Ficam de procurar e informar mais tarde. O telefone do motorista praticamente pega em todo o trajeto, pois toca durante a viagem algumas vezes. Pergunto a operadora. Tim. Nova parada, desta vez todos descem. Meu amigo fuma novamente. Como uma barra de sementes para disfarçar a fome. São é mais de meio dia. Fortaleza se avizinha. Ao longe, meu amigo identifica as dunas de Cumbuco, local que não conheço. O motorista confirma que é Cumbuco. Chegamos a Fortaleza, o relógio marca 13:20 horas. O motorista pede para fazer uma pequena parada na Barra do Ceará, pois ele precisa pegar uma lona para colocar no carro. Caso chova, as malas de turistas podem molhar. Sem problemas. A parada foi em vão, pois não havia ninguém no endereço. Vi o Rio Ceará e a ponte que está sob ele. Chegamos ao início das praias de Fortaleza, em Iracema. O motorista, muito simpático, vai falando os pontos de interesse. Chegamos na porta do Hotel Mercure Meireles às 14:10 horas. Portanto a viagem dura menos do que o informado. Para quem pode pagar R$450,00 (o carro leva com folga até três pessoas), o conselho é: "pague!". Não há comparação. O motorista se oferece para trazer o carregados de meu amigo, caso achem. Ligam para Jeri e confirmam que o carregador foi encontrado. Meu amigo, um macmaníaco, ficará sem seu brinquedinho por vinte e quatro horas. O motorista entregará no hotel na tarde de domingo, quando retornar de Jeri (para onde estaria novamente levando turistas para o Mosquito Blue).
Novo check in, apresento meu cartão A-Club (novo cartão de fidelidade da rede Accor) e meu nome. Localizam a reserva, mas não localizam a minha ficha nem a de meu amigo (e olha que está é a quarta vez que fico hospedado neste hotel, além do fato de a última ter acontecido havia quatro dias). Peço as malas grandes que ficaram no bagageiro do hotel. A recepcionista fala com seu colega que não há quartos limpos. Digo que já são mais de duas horas da tarde e como tinha reserva confirmado, queria um quarto imediatamente. Acha um, o 102, faz apenas uma chave. Peço duas e pergunto se não há um quarto em andares superiores. Ela diz que no momento, somente aquele. Antes de subir, pergunto se o 102 tem duas camas de solteiro. Resposta negativa. Digo que nem pensar e em dois tempos aparece um quarto como o reservado, no sexto andar. Duas chaves nos são entregues. Colocamos as bagagens no quarto e saímos imediatamente para almoçar. Decidimos comer sanduíche nas proximidades. Fomos em direção ao calçadão da Avenida Beira Mar. Iríamos repetir a dose no Baba Gula. Estava fechado. Andamos poucos passos e resolvemos entrar em um restaurante simples, mas que sempre estácheio de turistas à noite. Para o almoço, apenas uma mesa ocupada. Decoração simplérrima. O garçon sugere um peixe grelhado à belle meunière. Aceitamos, pois servia duas pessoas. O garçon mostra a foto no prato na parede do restaurante e faz propaganda que vinha com molho de alcaparras e camarões. Tento falar ao telefone com a filha de uma amiga que mora em Fortaleza. Não consigo. Falo com meus pais e com meu companheiro. O prato não demora muito. São passa das três horas da tarde. Comemos. Comida simples, sem grandes firulas. Não estou comendo camarões, pois quero preservar as minhas taxas de colesterol em níveis baixos. meu amigo também não quer comê-los. O que seria o diferencial do prato é deixado na travessa. Pedimos dois expressos e a conta do restaurante Tropical Beach - R$44,00. O garçon leva a travessa e a separa. Creio que comerá os camarões mais tarde...
Passo na farmácia para comprar pasta de dentes, sem a companhia de meu amigo. Volto para o hotel e desfaço as malas. O sono bate forte. Deito, durmo e sonho. Meu amigo fuma desbragadamente e posta fotos em sua página no orkut. São 21:30 horas, levanto, atualizo o blog. Vamos sair para dançar. Haverá uma festa na boate Donna Santa, chamada Caminhos das Índias (totalmente sem originalidade).

Música do dia: uma seleção musical colocada pelo motorista no trajeto Jeri-Fortaleza. Desde Madonna, passando por Art Popular, Zeca Baleiro, Cássia Eller, Titãs, Bajofondo, Zeca Pagodinho, Beyoncé, entre outros.

Saímos e fomos comer alguma coisa. Sem muita originalidade e tendo o meu amigo terror pânico de gastar dinheiro em restaurantes, fomos pela terceira vez nesta viagem comer sanduíche no Baba Gula. Optei pelo sanduíche vegetariano com suco de limão para acompanhar. Meu amigo foi na mesma linha natureba. Ficamos meia hora e pedimos a conta, que ficou em R$24,00. Olhamos a hora, 23:40 horas. Decidimos passar na farmácia para comprar aquelas lâminas de menta que dissolvem ao entrar em contato com a língua para dar uma refrescada no hálito. Não achamos. Havia um táxi na porta. Fomos direto para a boate Donna Santa. Como a corrida foi curta, pagamos apenas R$8,00 pelo trajeto. Havia uma fila quilométrica para entrar na boate. Faltavam cinco minutos para terminar o preço promocional de entrada (R$15,00). entramos na fila. Lentidão. Muita bicha quaquá desfilando pela calçada e pela rua em frente à portaria. Começa uma chuva fina. Alguns correm para um estacionamento coberto em frente. Ficamos um tempo, a chuva aperta. É hora de também buscarmos abrigo. A chuva passa, voltamos para a fila, que continua lenta. Um segurança passa perguntando quem vai pagar em dinheiro. Nosso caso. Passamos, pois, na frente de todos. A fila era para pagamento em cartão de crédito. Pago R$20,00 para entrar. Lá dentro, muita fumaça e muita música eletrônica. A decoração que remete ao Caminho das Índias é pequena, simples, mas surtia o efeito desejado. Fomos para a área externa. Novamente um show de música brasileira dançante é anunciado. Kátia Kiss & Banda. Música baiana grita nas caixas de som do lado externo. A chuva volta a cair e todos correm para dentro. Muito cigarro, sufoco nos olhos e garganta. Volto para fora. Estão enxugando as mesas. No palco, a banda passa o som. O show começa às 01:45 horas. Uma multidão se aglomera em frente ao palco. Todos cantam, pulam e dançam, mesmo com a voz da cantora sendo inaudível. Melhoram a saída de voz da vocalista a partir da terceira música. Sucessos recentes de bandas baianas. Foi-se o tempo. Não conheço mais nada. Compro uma coca zero - R$2,50. Danço um pouco. Resolvemos entrar. Na pista da boate há uma expectativa para o show da transformista da noite. Uma drag queen entra, pega o microfone, fala um monte de besteiras, xinga todo mundo, dubla uma música que todos sabem, mas eu não sei o nome. O refrão diz vai buscar Dalila, ou coisa do gênero. Parece música de Carlinhos Brown, cantada pela Cláudia Leite. A performance acaba, alguns gritinhos e ela anuncia a atração principal da noite. A Top Drag paulistana Thalia Bombinha. Hilária, como sempre, dubla a música de abertura da novela Caminho das Índias. É um espetáculo. Depois, um mini show de humor com a mesma drag. São quase quatro horas da madrugada de domingo. Chamo meu amigo para ir embora. Ele quer ficar. Encosto no balcão do bar. Passados dez minutos, ele fala que podemos ir. Táxi na porta. Corrida rápida, também R$8,00 até o hotel. Já passou da hora de dormir...

2 comentários:

  1. Êta Noel,
    Fiz um comentário no post anterior e você nem responde.
    Está ignorando uma lei dos blogs, que é a de responder os commets.
    Hoje li todos os seus posts e gostei muito.
    Abs

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  2. Querido Pek,

    Desculpe-me, mas estava super cansado da viagem de volta de Jeri para Fortaleza. Adorei a sua participação. E a alusão a Papai Noel está ótima.
    Abs.

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