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sexta-feira, 10 de abril de 2009

AMBULANTES


Feriadão. Primeiro dia efetivo de férias. Descanso. Acordamos praticamente no término do horário do café da manhã no hotel. Parecia fim de feira, já não tinha mais nada. Como não tenho a companhia inestimável de minha balança digital, precisei segurar a boca, comendo apenas granola e mamão.
De volta para o quarto, atualização de blog, banho, protetor solar 30, mochila nas costas e praia.
Pegamos um táxi na porta do hotel e rumamos para a Praia do Futuro. O tempo fechado, mas o motorista nos tranquilizou, dizendo que a chuva cai quando o sol está muito forte. Como estava frio (nós estávamos suando em bicas de tanto calor), continuou o motorista, não choveria. Sem ponto certo para parar, ao chegarmos no destino, meu amigo, em um estalo, gritou para o motorista entrar à esquerda pois havia se lembrado daquele lugar. O motorista sugeriu a Barraca Crocobeach. Aceitamos e pagamos a corrida, R$18,00.
Nunca tinha ido a esta barraca. Enorme, um verdadeiro complexo: cadeiras na areia, espriguiçadeiras, puffs, muito empregado transitando com bebida e comida, piscina para crianças, palco, buffet, self service, massagem, loja de conveniência, cybercafé, cafeteria, chuveiros de água doce (importantíssimos para mim, pois não gosto de água salgada).
Embora o tempo estivesse totalmente nublado, foi difícil encontrar uma mesa livre. Logo que vimos, nos sentamos e começamos a sessão de fotos para o mytrips e para o orkut. Chegamos na barraca às 12:50 h e fiamos até 16 horas. Como os dois estão de dieta, nada de frituras, calorias em excesso, embora as tentações no cardápio são extensas. Pedimos queijo coalho grelhado para começar e na hora do almoço, pedimos um super prato com frutas frescas variadas - banana, uva, papaia, melancia, laranja abacaxi - mais tropical impossível.
O que mais me impressionou foi o shopping informal ambulante. Todos os produtos e serviços a seguir nos foram oferecidos em pouco mais de quatro horas no local: massagem, tatuagem, castanha de caju assada, frita e natural, amendoim, lagosta, camarão, ostras, sanduíche natural, salada de frutas, sândalo para colocar em armários, cangas, biquinis, bermudas, shorts, camisas, camisetas, bonés, chapéus, óculos escuros, relógios, protetor solar, queijo coalho assado na brasa, sorvete, picolé, sandálias, redes, cadeiras para varanda, toalhas de mesa, caminhos de mesa, vestidos, pulseiras, colares, doces, brincos, cintos, tamancos, santos esculpidos em madeira, telas pintadas em aquarela, azulejos pintados na hora com tinta óleo, livros infantis, apitos imitando gato, passeios de barco, passeios de buggy, passeios para Jericoacoara, para Cumbuco e para Beach Park. Os vendedores ficam num vai e vem infinito, eles devem percorrer ao final de um dia de trabalho quilômetros e mais quilômetros. Detalhe importante: apenas um adolescente ofereceu queijo coalho. Sinal de que as articulações para a erradicação do trabalho infantil em Fortaleza estão surtindo efeito. Conta paga na barraca: R$43,01.
Como já escrevi, saímos por volta de 16 horas da barraca e fomos para a Praia de Mucuripe, apenas para tirar fotos e andar pelo calçadão da Beira Mar.
Chegamos ao hotel por volta de 17:30 horas e descubro que o acesso à internet via cabo do hotel é gratuito e muito mais rápido do que a minha banda larga móvel da Claro.
Atualizo o orkut e o blog. Baixo o Skype para meu notebook.
Música do dia: continua a variedade da noite anterior, com destaque para Maria Rita.
Noite. Muita fome, meu amigo enrola para sair. Falo com amigos de Brasília pelo skype. A fome aperta, saímos, procuramos restaurantes nas proximidades, todos cheios, em sua maioria, turistas aproveitando o feriado da semana santa. Paramos no Beira Mar Grill, na Praia de Meireles, bem no calçadão. Muita gente para ver o show de humor, marca cearense, em todos os grandes locais há shows deste tipo. Nos colocam em uma mesa do lado de fora, perto do entra e sai de garçons. Pergunto a diferença entre os dois ambientes, aberto e fechado. Nenhum, apenas o ar condicionado é a resposta. Há outras diferenças sim, as mesas do lado de dentro tem toalhas e guardanapos de pano. Lembrando que o dia é santo e seguindo a tradição cristã, pedimos uma peixada de sirigado, peixe local. Feita na hora, como avisou o garçon, demorou 45 minutos, a fome era insuportável. Ao final, satisfeitos, pagamos R$67,12 pela conta. Fotos do lado de fora, em estátuas bem toscas que enfeitavam o "hall" de entrada.
Resolvemos caminhar para auxiliar na digestão em direção à Praia de Iracema, quando vimos, lá estávamos e a chuva começa a cair. Corremos para abrigo na sanduicheria Babelu, bem no início da Praia de Iracema. A chuva cai forte, espera de meia hora, táxi em frente e rumamos para nosso hotel. O motorista avisa (os taxisistas cearenses são bem falantes) que a chuva cairá a noite toda e também durante todo o sábado de aleluia e que qualquer chuvinha alaga a cidade toda. Logo vimos uma moto derrapar em uma poça e cair na nossa frente, levando o motoqueiro e seu garupa para o chão molhado. A Avenida Abolição vira um grande lago. O motorista tem razão. Pagamos R$6,00 pela corrida.
Já no quarto, um susto: a lâmpada despenca e fica pendurada a poucos metros da minha cama. Chamo a manutenção, tentam, não conseguem colocar no lugar, pois o arame que a sustenta partira. Oferecem outro quarto, recusamos (mudança de todas as nossas coisas em plena madrugada....) e o conserto ficou para sábado de manhã. A lâmpada não oferece perigo!, disse meu xará, empregado do hotel.
Preparo-me para dormir o sono dos justos.

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