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segunda-feira, 13 de abril de 2009

PARABÉNS FORTALEZA


E no final da noite o ceú ficou limpo, depois de um dia chuvoso, e a lua apareceu...


Segunda-feira, dia 13 de abril de 2009. Fortaleza completa 283 anos debaixo de chuva. Acordo cedo, o tempo está fechado e a chuva não para. Desço, tomo café e subo novamente para dormir. Ficamos no quarto até 13:30 horas. Saímos, pegamos um táxi, o motorista fala pouco, mas fala. Pedimos para nos levar ao Shopping Iguatemi. Preço da corrida: R$13,00.
Meu amigo fuma, registra o ponto para a página de nossa viagem na internet. Entramos, a fome é canina. Vamos para a praça de alimentação vazia (segunda-feira, dia de trabalho para a maioria dos mortais) e escolhemos um local que atendesse na mesa e tivesse grelhados, o Cariello Grill. Escolhi, como sempre, um peixe grelhado. Terminamos em 45 minutos. Pagamos a conta. Total: R$56,76. Pausa para um cafezinho no Café do Ponto, R$2,30 cada café. Novamente meu amigo precisa de fumar. Direto para as Lojas Americanas para comprar barras de cereais (item importante na longa viagem de ônibus que faremos para Jeri no dia seguinte) e sacos de lixo (para colocar roupa suja e proteger os equipamentos eletrônicos de possível chuva no trajeto Jijoca-Jericoacoara). Corremos para o cinema. Peço uma entrada, inteira, a atendente estranha, pois hoje em dia todo mundo tem carteira de estudante. Pago o preço de inteira - R$14,00, e entro na sala, já com os trailers passando. O filme escolhido é o vencedor do Oscar de 2009, "Quem Quer Ser Um Milionário?" (Slumdog Millionaire), de Danny Boyle. Sessão das 15:40 horas. Sala com um público pequeno, perto de vinte pessoas. O filme é uma história de amor com pitadas de pobreza, sofrimento, muito sofrimento, superação do bem contra todo tipo de mazelas - a pobreza, a imundice, a falta de perspectivas, a mendicância obrigada, o roubo, a mentira, a falsidade, a barra pesada, a tortura, o sarcasmo, a piada, o desprezo, tudo para ficar com o grande amor da vida. O personagem principal passa por tudo, se supera sempre e chega ao objetivo principal. Logo em uma das primeiras cenas, isto fica claro, quando preso numa fossa e em vias de perder a visita do principal astro do cinema indiano, a criança olha para o retrato do ator, olha para o monte de fezes e se joga, pois ali era a sua única saída. fica todo sujo, mas preserva a fotografia da sujeira e consegue o autógrafo. Esta cena é reinterpretada e várias formas até o fim do filme. O diretor claramente se inspira em filmes de Fernando Meirelles, especialmente Cidade de Deus (a cena inicial é muito parecida, com direito até a aparição de uma galinha) e O Jardineiro Fiel (a tomada de cima da favela indiana é muito parecida com a tomada da favela africana no filme de Meirelles). A caracterização do personagem Salim na fase adulta lembra um pouco a caracterização do personagem Zé Pequeno, em Cidade de Deus. Valeu o Oscar? Creio que sim, embora meu favorito fosse Milk. O filme tem tudo que Hollywood gosta: bem dirigido, belas cenas da pobreza, bela fotografia, trilha sonora inspirada, direção de atores ótima, desempenho dos atores mirins excelente, bem X mal, superação, emoção. Durante a exibição dos primeiros créditos há um número musical em plena plataforma de uma estação de trens indiana, totalmente deslocado do filme, mas, ao que parece, um estilo de Bollywood. Outro fato interessante é que beijo na boca, como em Bollywood, bem discreto, em um momento único do filme.
Saímos do cinema e do shopping às 17:45 horas e pegamos um táxi (R$16,00 a corrida) para a sauna Dragon Health Club, onde chegamos, enfrentando a hora do rush, às 18:20 horas. Nada como um vapor para relaxar. A sauna talvez seja a mais bonita e limpa do Brasil, mas peca pela temperatura dos fornos a vapor e seco. Poderia ser um pouco mais quente. Depois de ver alguns lances do primeiro capítulo da nova novela da Globo, Caras e Bocas e o início do Jornal Nacional, resolvo tomar uma massagem. Informo ao massoterapeuta que estou com uma dor nas costas desde o segundo dia em Fortaleza, acreditando ser reflexo do colchão do quarto do hotel, mas ele disse ao final de uma hora de sessão maravilhosa, que tudo era stress acumulado nos meus músculos. Saí quase levitando. A conta da sauna, só para mim, ficou em R$100,00 (entrada R$20,00 e massagem R$80,00). Se voltar à sauna nesta minha temporada em Fortaleza, repetirei a massagem com certeza. Às 22:10 horas saímos, com meu amigo desesperado de fome e fomos de táxi para a sanduicheria Baba Gula, na Praia de Meireles, no calçadão da Beira-Mar. A corrida do táxi ficou em R$8,00. A conta do restaurante, onde ficamos por 40 minutos, foi R$25,85.
Rumamos para o hotel, pedimos para nos acordar às 7:30 horas do dia seguinte e atualizo este blog e o orkut, além de checar e-mails. Hora de arrumar as malas - serão duas: a maior que ficará no bagageiro do hotel e uma pequena para as quatro noites em Jeri.
Música do dia: Moinho, 3 na Massa e Mombojó - somente a nova geração.

Termino com uma frase do meu amigo: "Com toda a chuva que cai nesta segunda em Fortaleza, o dia será do "S": Shopping, Sauna e Sanduíche".
E foi assim, do "S".

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